Aeroporto em Alcochete demora 10 anos? “Pode ser menos”, responde Fernando Alexandre
Fernando Alexandre, membro da Comissão Técnica Independente para o novo aeroporto da capital, acha possível concluir construção da infraestrutura de forma mais rápida. Há que "pôr as coisas a andar".
A localização do novo aeroporto da região de Lisboa continua a ser alvo de aceso debate, mas caso a opção venha mesmo a recair sobre Alcochete, a construção da nova infraestrutura poderá ser inferior aos 10 anos estimados, considerou o economista Fernando Alexandre, membro da Comissão Técnica Independente responsável pela Avaliação Ambiental Estratégica do novo aeroporto. O que é preciso é decidir e “pôr as coisas a andar”.
“O novo aeroporto, juntamente com a Alta Velocidade, são as infraestruturas com mais impacto no país e são as duas essenciais para que Portugal possa ambicionar convergir com Europa”, avaliou Fernando Alexandre, numa intervenção durante a 6.ª edição da Fábrica 2030, uma conferência organizada pelo ECO na Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota, no Porto.
Questionado sobre se será preciso esperar 10 anos para ter um novo aeroporto a funcionar em Alcochete, caso seja esta a localização escolhida pelo próximo Governo, respondeu que “pode ser menos“. “Pôr as coisas a andar não é fácil”, mas “o que é preciso é ter pessoas com capacidade de decisão à frente“, defendeu o professor da Universidade do Minho.
O relatório realizado pela CTI, apresentado em dezembro do ano passado, concluiu que o Campo de Tiro de Alcochete é a solução que apresenta mais vantagens para receber o novo aeroporto de Lisboa, recomendando que a Portela se mantenha até o novo aeroporto ter duas pistas a funcionar.
Para Fernando Alexandre, a construção do novo aeroporto é de grande importância para o desenvolvimento do país, mas, tratando-se de um investimento de grande dimensão, “suscita muitos interesses, a começar desde logo pelo concessionário”. O que leva à dificuldade de chegar a um consenso quanto ao local onde será localizada esta infraestrutura.
É uma falha institucional não conseguir planear os investimentos essenciais para o desenvolvimento do país.
Ainda assim, o economista ressalvou que “se assumirmos que vamos ter ambição de convergir com a União Europeia, isso só é possível com o crescimento das exportações e não vejo como isso seja possível se não tivermos a conectividade e um aeroporto“.
O mesmo responsável realçou ainda que o país está a pagar um preço por não conseguir programas investimentos essenciais, como o novo aeroporto. “É uma falha institucional não conseguir planear os investimentos essenciais para o desenvolvimento do país”, remata.
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