Elisa Ferreira diz que processo de demissão de Costa não bateu certo com imagem de país previsível

  • Lusa
  • 9 Julho 2024

A comissária europeia diz que o caso que levou à demissão de Costa "causou perplexidade" e foi difícil de explicar na Europa porque "não batia certo" com a imagem de país previsível e estável.

A comissária europeia Elisa Ferreira considerou esta terça-feira o processo que levou à demissão de António Costa “causou perplexidade” e foi difícil de explicar na Europa porque “não batia certo” com a imagem de país previsível e estável.

Elisa Ferreira, comissária europeia para Coesão e Reformas, discursou esta manhã na abertura do último dia das jornadas parlamentares do PS, que decorrem em Castelo Branco, tendo defendido que “Portugal é um país muito respeitado” por ser considerado “excelente em termos de diplomacia internacional”.

“Portugal é considerado muito respeitado também por ser um ser um país previsível, um país estável. Às vezes acontecem coisas que são muito difíceis de explicar”, defendeu.

Segundo Elisa Ferreira, “aquilo que aconteceu que levou à demissão do primeiro-ministro António Costa” causou “uma perplexidade que não batia certo com a imagem do país e que foi muito difícil de explicar”. “Ainda bem que agora estamos noutra fase”, disse.

Para o exemplo da excelência de Portugal em termos de diplomacia internacional, de acordo com a comissária, “basta ver os nomes de Mário Soares, António Guterres e António Costa” que agora irá presidir ao Conselho Europeu.

“E ainda bem que António Costa está lá para nos ajudar a ter uma presença forte das perspetivas europeias que passam por estas realidades do sul e do oeste da Europa”, antecipou.

Elisa Ferreira recordou o tempo da pandemia durante o qual Portugal “funcionou de uma forma muito madura, muito calma, muito organizada”.

“Esta imagem de Portugal, é um país muito influente, mas é um país também que em termos de desenvolvimento tem neste momento oportunidades que não pode perder e tem de defender uma política de coesão que também tem uma responsabilidade própria”, pediu.

Segundo a comissária europeia, “neste momento Portugal tem fundos históricos” e “é uma perda de tempo” estar a discutir se gasta ou se não gasta o dinheiro. “Portugal é um país que executa sempre até ao limite. Portanto, de facto, acho que o país e os atores políticos estarem a gastar energias a discutir a taxa de execução, se vão gastar o dinheiro todo ou não, parece-me um bocadinho dispensável”, apontou.

O que Elisa Ferreira defendeu que deve ser feito é “discutir o conteúdo das políticas”.

“Exatamente como é que o território, que é o objetivo último da política de coesão, como é que as políticas territoriais estão a ser organizadas. Portugal é, de facto, um país velho da coesão, sabe utilizar os fundos, executa os fundos até ao fim. Acho que por vezes tem de gerir um exercício difícil que é responder a desafios que são cada vez mais dramáticos e mais exigentes”, enfatizou.

A comissária alertou ainda para o facto de a Europa estar com “um orçamento extraordinariamente pequeno, que é 1%”, recusando “continuar a discutir quem é que paga, quem é que recebe”.

“Primeiro porque um orçamento é, por definição, um instrumento de redistribuição e, em segundo lugar, porque ele representa 1% e com esse 1% de quota no clube há países que ganham, digamos 90%, 80% da sua riqueza a partir da exploração e das vantagens que lhe estão abertas”, disse.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

+M

Descubra as marcas portuguesas mais valiosas de cada setor, segundo a OnStrategy. EDP é a mais valiosa

  • + M
  • 9 Julho 2024

Entre as marcas líderes setoriais, a CGD (47%), o Pingo Doce (38,4%), a Parfois (34,1%) e os CTT (29,6%) foram as que mais valorizaram. EDP é a marca com mais valor.

A EDP é a marca portuguesa mais valiosa do setor energético, segundo um estudo anual da consultora OnStrategy, que divulgou quais as marcas portuguesas mais valiosas de 37 setores de atividade em 2024. A EDP, avaliada em 2.891 milhões de euros, é também, no cômputo geral, a marca portuguesa com maior valor.

Entre as cinco marcas mais valiosas por setor destaca-se a Galp Energia (2.330 milhões) no segmento de Oil & Gas, a Jerónimo Martins (1.324) no de Holdings, o Pingo Doce (1.141) em Retail Food e a CGD (988) em Financial Bank.

O top 10 fica completo com a Meo (767) em Media e Telecom, o Grupo Mota Engil (446) em Engineering & Construction, a Super Bock (402) em Beverages Alcohol, a Fidelidade (312) em Financial Insurance e a Navigator Company (281) em Industrial Products.

Entre as 37 marcas líderes setoriais – identificadas a partir da totalidade das 100 marcas portuguesas mais valiosasas que registaram maior valorização em 2024 foi a CGD (988 milhões de euros) com uma valorização de 47%, o Pingo Doce (1,14 milhões de euros) com uma valorização de 38,4%, a Parfois (228 milhões de euros) com uma valoração de 34,1% e os CTT (227 milhões de euros) com uma valorização de 29,6%.

Em 2024, a avaliação total das 100 marcas portuguesas mais valiosas, agrupadas em 37 setores de atividade foi equivalente a cerca de 20,3 mil milhões de euros.

O estudo em causa foi “desenvolvido recorrendo à metodologia de Royalty Relief, em conformidade com as normas ISO20671 (avaliação de estratégia e força) e ISO10668 (avaliação financeira), em que todas as marcas são auditadas e avaliadas com base em informação pública, nomeadamente relatórios e contas, dados de mercado e indicadores de força de marca”, explica-se em nota de imprensa.

Este trabalho é o culminar de uma sequência de estudos de Marca que a OnStrategy tem vindo a divulgar desde o início do ano e que analisam a Reputação, Força e Energia de Marca e agora a Avaliação Financeira. Através da Avaliação Financeira, uma rigorosa análise certificada, conseguimos quantificar o valor financeiro de uma marca, e compreender, de uma forma muito concreta, o seu peso e a sua importância na atividade das organizações em diferentes setores, não apenas enquanto imagem, mas como um ativo intangível, um dos ativos mais importantes para as organizações”, diz João Baluarte, sócio responsável pelos estudos financeiro na OnStrategy, citado em comunicado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

A entrevista de Lucília Gago em seis pontos essenciais

PGR assumiu que autorizou o comunicado e que escreveu o "famoso" parágrafo que levou Costa a demitir-se, revelou que o inquérito do ex-primeiro-ministro ainda decorre e criticou a ministra da Justiça.

Seis anos depois de ter iniciado o mandato, a procuradora-geral da República, Lucília Gago, quebrou o silêncio e deu a sua primeira entrevista, no rescaldo da polémica do “famoso” parágrafo do comunicado no âmbito da Operação Influencer.

Em entrevista à RTP na segunda-feira, Lucília Gago assumiu que autorizou o comunicado e que ela própria escreveu o “famoso” parágrafo que levou António Costa apresentar a demissão, revelou que o inquérito do ex-primeiro-ministro ainda decorre, garantiu que Marcelo Rebelo de Sousa não acrescentou “nem uma vírgula” e ainda criticou a postura da ministra da Justiça.

Estes foram os seis pontos essenciais das declarações dadas pela procuradora-geral da República.

O polémico parágrafo do comunicado

O polémico parágrafo do comunicado relativo à Operação Influencer e que levou à demissão de António Costa foi um dos pontos abordados por Lucília Gago. A procuradora assumiu que escreveu e autorizou o parágrafo e que, por “razões de transparência”, não poderia ter agido de outra forma.

“Esse parágrafo foi concebido conjuntamente entre mim e o gabinete de imprensa. Acontece que em todas as situações, não só essa, em que os temas são particularmente sensíveis, relevantes, há um acompanhamento muito próximo sobre o que é dito. A inclusão desse parágrafo é da minha inteira responsabilidade. Não o escondo. Aliás, já o assumi publicamente”, assumiu Lucília Gago, que acrescentou ainda que também a divulgação do mesmo foi da sua “inteira responsabilidade”.

Para a procuradora não seria admissível a omissão a essa referência – a das suspeitas à intervenção do na altura primeiro-ministro António Costa. “Ninguém iria perceber que devesse ser omitida essa referência. Pelo contrário, teria havido uma tentativa de branquear ou de proteger. Não acho que, por razões de transparência, devesse ser omitida a referência”, acrescentou.

Lucília Gago durante a cerimónia de posse dos secretários de Estado do XXIV Governo Constitucional, no Palácio da Ajuda.Hugo Amaral/ECO

Consciente que o “famoso” parágrafo poderia desencadear uma “reação forte ao seu conteúdo”, Lucília Gago assumiu que a avaliação feita por António Costa é “pessoal” e “política” — e que culminou na sua demissão do cargo de primeiro-ministro — e que não cabe ao Ministério Público fazer.

“O Ministério Público fez o seu trabalho. Com transparência, revelou o que tinha de revelar e não tem mais que se preocupar, não deve fazê-lo, com as consequências que daí advêm para o próprio, se ele quiser optar por determinada solução. Volto a dizer: é uma decisão que tomou, pessoal e politicamente“, disse, dando exemplos de outros casos políticos na Europa.

Sobre a instauração do inquérito, assume que decorreu da “singela circunstância de o Ministério Público estar obrigado, por razões de legalidade, a dar essa sequência”. “A mera alusão à prática de um crime obriga o Ministério Público à instauração de inquérito. Não se pode ter dois pesos e duas medidas. Não se pode dizer que todos os cidadãos são iguais perante a lei e depois querer dar um tratamento diferenciado à figura de um primeiro-ministro. Todos os cidadãos têm de ter um tratamento igual”, notou.

O inquérito a Costa ainda decorre

Depois de explicar que a certidão dos autos da Operação Influencer chegou à Procuradoria-Geral da República (PGR) e foi reencaminhada para o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) com a sua “chancela”, Lucília Gago confirmou que o inquérito que visa António Costa ainda decorre.

“Coisa que ainda se está a apurar no inquérito que ainda está pendente. Ou seja, o senhor primeiro-ministro à data foi ouvido nesse inquérito, a seu pedido. Na altura, o magistrado que procedeu à audição entendeu que não havia indícios fortes da prática de ilícitos, logo não o constituiu como arguido. Foi ouvido como testemunha naquele momento. O inquérito ainda corre. Não sei, nem poderia saber, se vai haver encerramento de inquérito a breve trecho, quanto tempo vai demorar essa investigação“, revelou.

Em abril, o STJ decidiu entregar a investigação relativa a Costa ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), passando o processo para a primeira instância, igual a qualquer cidadão, perdendo o foro especial de primeiro-ministro.

António CostaLusa

A procuradora frisou que não se sente responsável pela demissão do ex-primeiro-ministro. “Não me sinto responsável pela demissão do primeiro-ministro. O primeiro-ministro fez uma avaliação pessoal e política. Poderia ter continuado a exercer as suas funções. Ursula von der Leyen permaneceu em funções. Como aqui ao lado em Espanha, Pedro Sánchez tem a sua mulher alvo de uma investigação. Portanto, não é de modo algum automática”, sublinhou.

Marcelo não acrescentou “nem uma vírgula” ao comunicado

Na entrevista dada esta segunda-feira à RTP, Lucília Gago garantiu que Marcelo Rebelo de Sousa não teve influência na introdução do parágrafo no comunicado. “Quando fui à Presidência da República, o comunicado estava já preparado, com aquele parágrafo”, disse.

O Chefe de Estado não acrescentou “nem uma vírgula“, assegurou a procuradora-geral da República. “O que acontece é que não podíamos revelar aquele comunicado antes do início da audiência porque ainda estava uma detenção por concretizar”, revelou.

Marcelo Rebelo de SousaLusa

Sobre a acusação feita por Marcelo Rebelo de Sousa, que a acusou de “maquiavelismo” por ter instaurado o inquérito do caso das gémeas no mesmo dia das buscas do caso Influencer, a procuradora assume que as palavras causaram alguma “perplexidade”, “desconforto” e “surpresa” e garante que não existiu um “esforço” para alinhar as diligências.

“Tive de ouvir sucessivas alusões a essas frases. Provocaram até, naquele específico contexto, umas gargalhadas que eram audíveis no registo áudio. Isso criou a ideia de que houve um esforço de serem alinhadas datas para aquelas diligências. Não fui eu que instaurei o inquérito e não sabia dessa data no momento em que fui à Presidência da República. Quis o destino que tivesse assim ocorrido”, disse.

Criticas à ministra da Justiça

Foi no final de junho, numa entrevista dada ao Observador, que a ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, defendeu que quer que o próximo procurador-geral da República tenha um perfil de liderança e comunicativo, “ponha ordem na casa” e ajude a pôr fim a uma “certa descredibilização” do Ministério Público. A titular da pasta da Justiça admitiu ainda que o Governo quer iniciar “uma nova era”.

A ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, conversa com a procuradora-geral da República, Lucília Gago (E), durante a cerimónia de posse dos secretários de Estado do XXIV Governo Constitucional, no Palácio da Ajuda, em Lisboa, 05 de abril de 2024.JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

Menos de 15 dias depois, Lucília Gago reagiu a esta posição tomada pela ministra da Justiça. A procuradora confessou que ficou “incrédula” e “perplexa” e classificou as declarações como “indecifráveis” e “graves”.

“Indecifráveis porque se o diagnóstico está feito, não revelou qual fosse, e também não o disse numa audiência que lhe pedi, que me concedeu e que durou três horas. Se havia qualquer elemento relevante que quisesse apontar, seria uma ocasião ótima para o fazer“, explicou.

Lucília Gago considera também as declarações “graves” por afirmar que o Ministério Público tem uma situação de “falta de liderança”, de “falta de capacidade de comunicação”, e que “tem de arrumar a casa” e haver uma “restituição da confiança”. “Ou seja, dizendo ou querendo dizer implicitamente que nos últimos tempos houve uma perda de confiança imputável ao Ministério Público e à liderança da procuradora-geral. A minha conclusão é a de que estas declarações, que se juntam a muitas outras, imputam ao Ministério Público a exclusiva responsabilidade pelas coisas más que acontecem na Justiça, coisa que eu rejeito em absoluto”, sublinhou.

PGR garante que nunca ponderou demitir-se

Outro dos “pontos-chave” na entrevista dada pela procuradora-geral da República foi se ponderou ou não demitir-se do cargo. Lucília Gago garantiu que não e que está consciente da “campanha orquestrada” para esse efeito.

“Não, nunca ponderei demitir-me. Não coloquei nunca essa questão, porque encaro o meu mandato como sendo um mandato que leva um cunho de rigor, de objetividade e de isenção. Estou perfeitamente consciente de que há uma campanha orquestrada por parte de pessoas que não deviam. Campanha orquestrada na qual se inscrevem um conjunto alargado de pessoas que têm ou tiveram no passado responsabilidades de relevo na vida da nação”, disse.

Lucília GagoHugo Amaral/ECO

O Manifesto dos 50, documento divulgado em abril e assinado por um conjunto de 50 personalidades, veio “alimentar” a necessidade de uma reforma, criticando a postura da PGR. Este documento surgiu em defesa de um “sobressalto cívico” que acabe com a “preocupante inércia” dos agentes políticos relativamente à reforma da Justiça, num apelo ao Presidente da República, Governo e Parlamento.

Desde então, quer partidos quer a sociedade civil têm alertado para a necessidade da procuradora-geral da República dar explicações aos deputados, não só pela violação do segredo de Justiça com a divulgação das escutas, como para explicar a falta de resultados, até agora, na investigação da Operação Influencer que teve consequências políticas relevantes para o país. Na semana passada, Lucília Gago transmitiu ao Parlamento “a disponibilidade para aceitar o convite para a audição que aquela lhe endereçou.

A quebra do silêncio

Lucília Gago, que em seis anos nunca concedeu uma única entrevista a um órgão de comunicação social, tem-se escudado em comunicados pontuais através do seu gabinete de imprensa, mesmo estando no olho do furacão por ter escrito o famoso parágrafo que levou António Costa a apresentar a demissão na sequência da Operação Influencer. Agora, explicou que sempre preferiu “discrição” e que não tem “culto da imagem”

Sempre considerei que a discrição é sempre melhor do que o espalhafato. Não tenho, nem nunca tive, o culto da imagem. Não privilegio tal coisa e não preciso de popularidade. Não preciso, de modo algum, de estrelato. Também considero que é e sempre foi a minha prioridade dar um contributo sério e honesto e muito, muito envolvida com aquilo que considero os problemas da Justiça e do Ministério Público. Tudo o que procurei fazer foi numa ótica de isenção e de retidão”, disse à RTP.

A procuradora-geral da República explicou que foram duplicados os elementos que compõem a assessoria de imprensa da Procuradoria-Geral da República e que desde o início do seu mandato houve a “preocupação de dotar o gabinete de imprensa de mais elementos”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Deputados pedem explicações à PGR sobre campanha contra Ministério Público

IL diz que António Costa não tem condições para liderar o Conselho Europeu porque a investigação ainda decorre. BE lamenta que relatório de atividades do Ministério Público ainda não esteja pronto.

Os deputados querem que a procuradora-geral da República (PGR), Lucília Gago, explique as acusações de que existe uma campanha contra o Ministério Público, na sequência da entrevista à RTP, quando for à Assembleia da República. O IL defende que António Costa não tem condições para liderar o Conselho Europeu, uma vez que a investigação ainda está em curso.

“A senhora procuradora virá ao Parlamento apresentar o relatório de atividades anual do Ministério Público”, afirmou esta terça-feira o líder parlamentar do CDS, Paulo Núncio, sublinhando que será “uma boa altura para que a procurador se explique perante os deputados”. “A procuradora referiu pessoas que fazem essa campanha contra o Ministério Público e nós gostaríamos de saber a que pessoas se refere”, sublinhou.

Mas a ida da PGR ao Parlamento poderá só acontecer em setembro, alertou o líder da bancada do BE, Fabian Figueiredo. O bloquista lembrou que foi aprovado um “requerimento do BE para a PGR apresentar o relatório anual de atividades do Ministério Público na Assembleia da República”. “A PGR disse que estava disponível para vir de imediato, só não estaria porque o requerimento incidia sobre o relatório de atividades” de 2023, criticou.

Fabian salientou, porém, que “esse relatório já deveria estar pronto no final de maio”. “Estamos em julho e o relatório ainda não está pronto. Lamentamos que a PGR aborde esse assunto de forma tão lisonjeira”, atirou. Assim, concluiu, “a PGR só poderá ser ouvida em setembro, depois do verão”.

O líder da Iniciativa Liberal salientou outro “ponto importante” em relação ao antigo primeiro-ministro, António Costa: “A PGR diz que a investigação ao antigo primeiro-ministro continua e isso tem uma consequência. Ficámos a saber que António Costa não continua em funções porque não quis, foi uma decisão pessoal e o mesmo António Costa com uma invetivação ainda em curso, pelos mesmos factos, quis ir para o Conselho Europeu. São decisões pessoais, porque senão aquilo que impediria de continuar no Governo, com uma investigação em curso, deveria impedi-lo de estar a candidatar-se ao Conselho Europeu”.

Contrariando as declarações de Lucília Gago, o deputado do Livre, Paulo Muacho, considera que não existe “uma campanha orquestrada para pôr em causa o Ministério Público. “Na sequência desta entrevista, entendemos que se justifica ainda mais esta audição que foi pedida à procuradora”, defendeu.

Quanto à coincidência das buscas entre a Operação Influencer e o caso das gémeas, o parlamentar referiu que “quando as coisas acontecem de forma reiterada deixa de ser tão fácil acreditar que sejam efetivas coincidências”.

O grupo parlamentar do PCP não quis tecer considerações sobre uma eventual campanha contra o Ministério Público, mas reconheceu que serão necessários mais esclarecimentos. “Se a procuradora quiser concretizar melhor essa acusação terá oportunidade de o fazer quando for ouvida na Assembleia da República”, indicou o deputado comunista António Filipe.

“Esta entrevista não anula a necessidade de audição parlamentar porque há aspetos que não foram abordados e há outros que vale a pena elucidar melhor, designadamente se não há um limite para que qualquer cidadão seja submetido a escutas telefónicas ou se o cidadão pode estar permanentemente sob suspeita e até quando”, afirmou.

Chega afirma que PGR “tem alguma razão quando diz que há uma campanha orquestrada”

O líder e deputado do Chega, André Ventura, subscreve as palavras de Lucília Gago, afirmando que “a senhora procuradora tem alguma razão quando diz que há uma campanha orquestrada do poder político contra quem investiga”.

Por isso, “algumas das reflexões que fez não são tranquilizadoras para o futuro que queremos da relação da Justiça com o país”, avisou. “Tudo aparece como se fosse uma retaliação política por se ter investigado um primeiro-ministro ou antigos governantes. E não se vê isto em relação a outros políticos nem a outros processos. A ideia de que não se pode ou não se deve investigar políticos, não se pode ou não se deve investigar primeiros-ministros porque quando isso acontece a política reage imediatamente passa uma péssima imagem”, sublinhou.

(Notícia atualizada às 12h43)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministra da Justiça recusa responder às críticas da PGR

  • Lusa
  • 9 Julho 2024

A ministra da Justiça recusou responder às críticas feitas por Lucília Gago, que considerou graves as palavras de Rita Alarcão Júdice por apontar a necessidade de pôr "ordem na casa" no MP.

A ministra da Justiça recusou responder às críticas feitas pela procuradora-geral da República, Lucília Gago, que considerou graves as palavras de Rita Alarcão Júdice por apontar a necessidade de pôr “ordem na casa” no Ministério Público (MP).

Questionado pela Lusa logo após a entrevista de Lucília Gago à RTP1, a primeira desde que assumiu em 2018 a liderança da Procuradoria-Geral da República (PGR), o gabinete do Ministério da Justiça assegurou que “não vai haver nenhuma reação” de Rita Alarcão Júdice.

Lucília Gago admitiu que a entrevista recente da ministra da Justiça ao Observador foi uma “mola impulsionadora” para reagir publicamente e acusou Rita Alarcão Júdice de não lhe ter transmitido qualquer diagnóstico sobre o MP numa audiência que durou três horas.

“Ouvi as declarações e fiquei algo incrédula e perplexa. São indecifráveis e graves. Indecifráveis porque disse que o diagnóstico estava feito. E não mo disse numa audiência de três horas, seria uma ocasião ótima para o fazer. Graves porque diz que o MP tem uma situação de falta de liderança, de falta de capacidade de comunicação e que precisa de arrumar a casa. Rejeito essas críticas que imputam ao MP o exclusivo das coisas más que acontecem na Justiça”, disse.

A PGR denunciou ainda a existência de uma “campanha orquestrada” contra o MP, implicando as palavras da ministra da Justiça nesse contexto de ataque à sua magistratura. “É muito direto e incisivo, dizendo que nos últimos tempos houve perda de confiança imputável ao MP e à atual liderança que o PGR exerce. É uma declaração extraordinária, que imputa ao MP a responsabilidade pelas coisas más que acontecem no território da justiça, coisa que rejeito em absoluto”, concluiu Lucília Gago.

Na recente entrevista ao Observador, Rita Alarcão Júdice disse que era preciso mudar algo no MP para reforçar a credibilidade e que um “novo procurador-geral tem de pôr ordem na casa” e revelar capacidade de gestão e de liderança.

“Há um diagnóstico que está feito. Houve uma certa descredibilização e algum ruído à volta do MP. Está a ser muito atacado. O MP é muito importante, a sua capacidade e credibilidade é determinante para o bom funcionamento da Justiça. E, por isso, é essencial ter alguém que possa restituir essa confiança”, declarou a ministra numa entrevista publicada no passado dia 27 de junho.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

All4Integrity lança a 4ª edição do programa RedEscolas AntiCorrupção

A associação All4Integrity lançou a 4.ª edição do programa RedEscolas AntiCorrupção, um programa de literacia anticorrupção dedicado aos jovens. As inscrições abrem no próximo dia 9 de setembro.

A associação All4Integrity lançou a 4.ª edição do programa RedEscolas Anticorrupção, um programa escolar de literacia anticorrupção dedicado aos jovens. As inscrições estão abertas entre dia 9 de setembro e 25 de outubro e podem ser feitas através de um formulário online no site da associação.

Sobre o programa, a Associação explica que “visa, no quadro dos valores de uma democracia participativa, o desenvolvimento de uma cidadania esclarecida e ativa, o desenvolvimento de projetos escolares de âmbito transdisciplinar e interdisciplinar de promoção de uma cultura de integridade, assim como potenciar competências definidas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória“.

A RedEscolas AntiCorrupção é um programa de literacia anticorrupção que promove junto dos jovens o sentido de espaço público e bem comum, assim como a confiança e empatia por instituições locais, num processo de elevação de consciências e alteração de comportamentos que favoreçam a disseminação e aprofundamento de uma cultura de integridade em Portugal.

Este programa destina-se aos alunos entre o 7º e o 12º ano de escolaridade que frequentem qualquer sistema de ensino – nacional ou internacional – pública, privada, ensino regular, ensino profissional, tanto em território português como estrangeiro.

Nos últimos três anos o programa já contou com a participação de 126 escolas, 8.750 alunos e 294 professores espalhados por sete países e quatro continentes.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bruxelas propõe oficialmente procedimento por défice excessivo contra sete países da UE

  • Lusa
  • 9 Julho 2024

Bélgica, França, Itália, Hungria, Malta, Polónia e Eslováquia ultrapassam os 3% de défice do PIB, o máximo definido nas regras da UE. Ministros das Finanças dos 27 discutem proposta na próxima semana.

A Comissão Europeia propôs oficialmente a abertura de procedimentos por défice excessivo contra Bélgica, França, Itália, Hungria, Malta, Polónia e Eslováquia, com a decisão a caber agora ao Conselho a União Europeia (UE).

Após ter anunciado a intenção de o fazer em meados de junho, o Executivo comunitário divulga, então, esta terça-feira que “propôs ao Conselho [da UE] decisões […] que estabelecem a existência de défices excessivos” para os sete países.

O próximo passo é o Conselho decidir sobre a existência de um défice excessivo nestes Estados-membros e, na sequência de uma proposta da Comissão no âmbito do pacote de outono do Semestre Europeu, adotar a sua recomendação sobre a trajetória de ajustamento e o prazo para pôr termo à situação de défice excessivo“, refere Bruxelas.

O anúncio surge depois de, no âmbito do pacote da primavera do Semestre Europeu divulgado em meados de junho, a Comissão Europeia ter concluído que o défice das administrações públicas nestes sete países registou valores acima dos 3% do Produto Interno Bruto (PIB), o teto estipulado pelos tratados da UE.

Na altura, a instituição divulgou que Portugal deixou, após vários anos de avisos da Comissão Europeia e de ter chegado a registar défice excessivo, de registar desequilíbrios macroeconómicos, atribuindo a mudança à “redução das vulnerabilidades” ao nível orçamental.

No relatório sobre Portugal, o Executivo comunitário considerou, então, que Portugal “deixou de registar desequilíbrios macroeconómicos”, principalmente por ter registado “progressos significativos na redução das vulnerabilidades relacionadas com a elevada dívida privada, pública e externa, que deverá continuar a diminuir”.

Portugal passou de um défice de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 para um excedente orçamental de 1,2% em 2023, enquanto a dívida das administrações públicas diminuiu de 112,4% do PIB no final de 2022 para 99,1% no final de 2023.

As projeções da primavera de 2024 da Comissão Europeia sobre Portugal preveem que o PIB português cresça 1,7% em 2024 e 1,9% em 2025 e que a inflação se situe em 2,3% em 2024 e em 1,9% em 2025.

O anúncio surgiu após Bruxelas ter colocado Portugal, por vários anos, na lista de Estados-membros com desequilíbrios macroeconómicos e de o país ter chegado a ser alvo de um procedimento por défice excessivo.

Na próxima semana, o caso dos sete países deverá ser discutido pelos ministros europeus das Finanças.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Euribor sobe a três meses e desce a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 9 Julho 2024

Euribor continuam em valores muito próximos, mas a taxa a três meses, que avançou para 3,708%, manteve-se acima da taxa a seis meses (3,668%) e da taxa a 12 meses (3,593%).

A taxa Euribor subiu esta terça-feira a três meses e desceu a seis e a 12 meses face a segunda-feira. Com as alterações de hoje, as Euribor continuaram em valores muito próximos, mas a taxa a três meses, que avançou para 3,708%, manteve-se acima da taxa a seis meses (3,668%) e da taxa a 12 meses (3,593%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, baixou hoje para 3,668%, menos 0,007 pontos, depois de ter atingido 4,143% em 18 de outubro, um máximo desde novembro de 2008.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a maio apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,5% do ‘stock’ de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 33,8% e 25,2%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, recuou hoje para 3,593%, menos 0,006 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.

Em sentido contrário, a Euribor a três meses avançou, ao ser fixada em 3,708%, mais 0,009 pontos, depois de em 19 de outubro, ter subido para 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.

A média da Euribor em junho desceu a três, a seis e a 12 meses, mais acentuadamente do que em maio e nos prazos mais curtos. A média da Euribor em junho baixou 0,088 pontos para 3,725% a três meses (contra 3,813% em maio), 0,072 pontos para 3,715% a seis meses (contra 3,787%) e 0,031 pontos para 3,650% a 12 meses (contra 3,681%).

O BCE desceu em 06 de junho as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 18 de julho. Esta descida das taxas diretoras deverá provocar um recuo a um ritmo moderado das taxas Euribor e assim baixar a prestação do crédito à habitação. Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

EDP estreia-se no solar descentralizado no Luxemburgo

A EDP vai instalar dois projetos solares nas instalações da The Goodyear Tire & Rubber Company, uma multinacional que produz pneus em Colmar-Berg, no Luxemburgo.

A EDP vai instalar, através da empresa Enerdeal, que a elétrica portuguesa adquiriu em 2023, dois projetos solares nas instalações da The Goodyear Tire & Rubber Company, uma multinacional que produz pneus em Colmar-Berg, no Luxemburgo.

Os painéis solares serão instalados no complexo industrial e de investigação e desenvolvimento da Goodyear, que é complementado por várias fábricas e instalações em Colmar-Berg, Bissen e Dudelange, informa a elétrica portuguesa, através de um comunicado.

O projeto inclui a instalação de cinco megawatts-pico (MWp) no telhado da fábrica e 2 MWp num sistema de carport. Estes projetos deverão gerar 6.500 megawatts-hora (MWh) de eletricidade renovável por ano, que será consumida nas instalações da Goodyear. Prevê-se que esta instalação evite aproximadamente três mil toneladas de emissões de CO2 por ano.

Atualmente, a Goodyear tem energia solar em dez das suas instalações em todo o mundo, com uma capacidade total de 30 MWp. Esta instalação será a quinta na região Europa e Médio Oriente e a 11.ª a nível mundial.

A geração solar distribuída deverá representar cerca de 50% da nova capacidade solar que será adicionada globalmente nos próximos anos, sendo por isso um eixo estratégico de negócio para a EDP. A elétrica compromete-se a investir 2,5 mil milhões de euros para instalar mais quatro gigawatts-pico (GWp) em projetos solares para famílias e empresas, até 2026. A aquisição da Enerdeal, que opera na Bélgica e no Luxemburgo, veio reforçar a aposta da EDP neste segmento na região Benelux.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Paramount vai fundir-se com a Skydance

  • Lusa
  • 9 Julho 2024

Se o negócio for aprovado, David Ellison (CEO da Skydance) será o presidente executivo da nova entidade que se vai chamar New Paramount. A nova empresa está avaliada em 28 mil milhões de dólares.

O conglomerado de entretenimento Paramount vai fundir-se com a Skydance, o que encerra um período de décadas em que foi gerido pela família Redstone, em Hollywood.

Desta forma, é injetado dinheiro num estúdio que está com dificuldades de adaptação a uma paisagem do entretenimento em mudança. O negócio também assinala a subida de um novo jogador, David Ellison, o fundador da Skydance e filho do multimilionário Larry Ellison, fundador da empresa de programação informática Oracle.

A National Amusements, de Shari Redstone, tem possuído mais de três quartos dos direitos de voto, e tem lutado para manter o controlo da empresa que possui a CBS, que está por trás de filmes como “Top Gun” e “The Godfather.”

A nova empresa está avaliada em 28 mil milhões de dólares.

A Skydance, baseada em Santa Mónica, no Estado da Califórnia, ajudou a produzir alguns dos sucessos da Paramount, incluindo filmes de Tom Cruise, como “Top Gun: Maverick” e partes das séries “Mission Impossible”.

A Skydance foi fundada em 2010 por David Ellison e rapidamente estabeleceu uma parceria com a Paramount nesse mesmo ano. Se o negócio for aprovado, Ellison vai ser o presidente executivo da nova entidade que se vai chamar New Paramount.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Campeão aveirense dos autoclismos compra francesa Regiplast por 6,5 milhões

Com esta aquisição, a Oli pretende aumentar a influência no mercado francês, que hoje representa 8% das suas vendas globais de 73 milhões de euros.

No ano em que celebra 70 anos, a Oli, empresa industrial de Aveiro que produz autoclismos, anunciou que reforçou a presença em França através da aquisição da sociedade gaulesa Regiplast, uma operação financeira de 6,5 milhões de euros. O mercado francês representa 8% das vendas globais da empresa. A Oli fatura 73 milhões e exporta 76% da produção para mais de 80 países nos cinco continentes.

“Com esta operação, a Oli capitaliza a reputação da Regiplast no mercado francês e ambiciona manter esse legado, que consideramos estrutural para os planos de crescimento da marca junto de distribuidores, arquitetos, construtores, instaladores e consumidor final”, explica António Ricardo Oliveira, administrador da Oli, citado em comunicado.

A empresa aveirense detalha que a Regiplast, sediada em Périgueux, “é reconhecida por comercializar e fornecer várias marcas de referência a instaladores, entre as quais a OLI que representa desde 1993”. Com esta aquisição, o grupo que se assume como “maior produtora de autoclismos da Europa do Sul” pretende “ampliar a oferta de produtos e serviços, através de uma gama mais ampla e diversificada de soluções sanitárias, para responder às necessidades específicas e variadas dos clientes” e “melhorar o serviço de atendimento ao cliente, tornando-o mais eficiente e proativo”.

Este investimento em França representa um grande marco para a empresa, no ano em que celebra o seu 70º aniversário, sendo essencial para o seu plano de consolidação internacional, nomeadamente no eixo Portugal – Europa do Sul, onde detém filiais em Espanha, Itália e, agora, em França.

António Ricardo Oliveira

Administrador da Oli

“Este investimento em França representa um grande marco para a empresa, no ano em que celebra o seu 70.º aniversário, sendo essencial para o seu plano de consolidação internacional, nomeadamente no eixo Portugal – Europa do Sul, onde detém filiais em Espanha, Itália e, agora, em França“, destaca António Ricardo Oliveira, administrador da Oli.

A fábrica da Oli em Aveiro trabalha ininterruptamente 24 horas por dia, sete dias por semana, e tem uma produção anual de dois milhões de autoclismos e três milhões mecanismos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo oficializa atendimento presencial sem marcação prévia nos serviços públicos

  • Joana Abrantes Gomes
  • 9 Julho 2024

Resolução que estabelece que os serviços públicos permitam o atendimento presencial sem marcação prévia foi publicada esta terça-feira no Diário da República.

A Resolução do Conselho de Ministros que determina que todos os serviços públicos passem a garantir atendimento presencial sem marcação prévia, e que disponibilizem informação em tempo real sobre a sua capacidade e o tempo de espera, foi publicada esta terça-feira em Diário da República.

Como anunciado no final de junho, o Governo determina que “todos os serviços e entidades da Administração Pública que prestem atendimento presencial ao público”, independentemente de se encontrarem ou não integrados numa Loja do Cidadão, passem a assegurar um horário de atendimento “sem necessidade de marcação prévia, com frequência diária”. Entregar um documento com emissão de um meio simplificado também deixa de ter necessidade de agendamento prévio.

Simultaneamente, os serviços públicos terão de passar a divulgar informação em português e inglês sobre esse atendimento de forma “adequada, completa e atualizada”, quer nos respetivos sites na internet, quer nos locais físicos, além de terem de indicar “em tempo real” o tempo de espera até ao atendimento. O Serviço de Tradução Telefónica deve ser divulgado através da Linha de Apoio a Migrantes da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA).

Para os cidadãos com deficiência ou incapacidade, pessoas idosas, grávidas e pessoas acompanhadas de crianças de colo, passam a ser disponibilizadas senhas para atendimento prioritário, devendo os serviços sob a tutela do Estado resolver eventuais “constrangimentos de acessibilidade física”.

Na Resolução, o Governo também pede que cada entidade elabore um estudo, a ser entregue “no prazo de 180 dias”, que inclua o “levantamento da quantidade e adequação formativa dos recursos humanos dos serviços para as funções de atendimento ao público, bem como as eventuais melhorias necessárias nas instalações físicas onde [este] se preste”; a “identificação dos serviços exclusivamente prestados presencialmente, justificando tal necessidade ou a suscetibilidade da respetiva desmaterialização”; e a “avaliação dos impactos do regime de teletrabalho pelos trabalhadores dos serviços” para o cumprimento do atendimento presencial.

O Executivo de Luís Montenegro deixa ainda uma recomendação dirigida aos órgãos próprios das regiões autónomas da Madeira e dos Açores e as autarquias locais, bem como às entidades da administração regional e local, para que adotem estas regras de forma a que “sejam aplicadas uniformemente” no país.

Já a Agência para a Modernização Administrativa, sob a tutela da ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, fica responsável por estabelecer as parcerias necessárias para a expansão da rede das Lojas de Cidadão e dos Espaços Cidadão, uma iniciativa que partiu do anterior Governo e que recorre a verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Estas medidas fazem parte da reforma da Administração Pública levada a cabo pelo Governo de Luís Montenegro, sendo que um dos seus pilares é o atendimento ao público. Outras mudanças incluem, por exemplo, a concentração dos ministérios na antiga sede da Caixa Geral de Depósitos (CGD), o reforço da capacidade de planeamento das políticas públicas e a promoção do trabalho em rede. O plano permitirá uma poupança de 23 milhões de euros por ano.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.