#9 As férias de Pedro Carvalho. Não levar “absolutamente nada”, de forma a poder focar nas pessoas
O CEO da Generali Tranquilidade aproveita às férias para dedicar-se à família e aos amigos, mas admite que podem acontecer "alguns contactos de natureza mais urgente".
- Ao longo do mês de agosto, o ECO vai publicar a rubrica “Férias dos CEO”, onde questiona os gestores portugueses sobre como passam este momento de descanso e o que os espera no regresso.
Família é prioridade, reflexões estratégicas só no regresso
Nestas férias, o CEO da Generali Tranquilidade, Pedro Carvalho, vai optar por focar na família e amigos e deixar os livros, séries e podcasts fora da bagagem. Admite que não vai desligar totalmente até porque os negócios não param, mas é defensor que as decisões estratégicas fazem-se em equipa. Após o merecido descanso, o gestor acredita que o regresso ao trabalho será marcado pelo Orçamento de Estado e pela “corrida à Casa Branca” – que “vai certamente agitar os mercados bolsistas”.
Que livros, séries e podcasts vai levar na bagagem e porquê?
Este ano opto por não levar nada, absolutamente nada – nem texto, nem áudio, nem vídeo. Quero focar-me nas pessoas com quem vou ter alguns dias de férias: família e amigos.
Desliga totalmente ou mantém contacto com as equipas durante as férias?
A verdade é que a vida não para só porque alguém vai de férias. Os clientes, os parceiros e a companhia não fecham, pelo que é natural que alguns contactos de natureza mais urgente, ou particularmente importantes ocorram, durante este período.
As férias são um momento para refletir sobre decisões estratégicas ou da carreira pessoal?
De todo. Decisões e reflexões estratégicas fazem-se em equipa e introspeções podem e devem fazer-se ao longo do ano – não acredito muito na eficácia das reflexões com “hora marcada” nem em visões resultantes das introspeções de um só indivíduo. Para mim, férias são o período em que dedico mais tempo ao lazer e à vida em família.
Que temas vão marcar o seu setor na rentrée?
O setor financeiro e o segurador, em particular, são especialmente sensíveis ao desempenho da economia e dos mercados financeiros (capitais, taxas de juro e inflação também). Em Portugal, certamente a aprovação do Orçamento de Estado será chave para a nossa economia e vida quotidiana, no próximo triénio, em que, a nível internacional, enfrentamos um contexto particularmente volátil.
Entretanto, a “corrida à Casa Branca” vai certamente agitar os mercados bolsistas. E os conflitos na Ucrânia e na Palestina têm potencial para voltar a atrapalhar a estabilização da inflação e a redução das taxas de juro.
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