Pedro Nuno responde aos críticos. “Prefiro perder eleições a abdicar de convicções”
O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, pede para não se ilibar o Chega de "responsabilidades políticas" e acusou o governo de radicalismo por "governar para uma minoria" com o IRS Jovem.
“Eu prefiro, para ser claro e frontal com todos vós, perder eleições a defender as nossas convicções e aquilo que achamos que é o melhor para o país do que abdicar das nossas convicções para evitar eleições com medo de as perder”, afirmou o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, no encerramento do 19º Congresso Regional do PS/Açores que está a decorrer no Teatro Micaelense, em Ponta Delgada. É a resposta às críticas, incluindo os pedidos de Marcelo Rebelo de Sousa para fazer um “esforço” na negociação da proposta de Orçamento do Estado para 2025.
Este domingo, Pedro Nuno Santos defendeu que o “voto dos portugueses tem de ser respeitado” e reiterou que “o tempo da tática política acabou”. “Uma viabilização do por parte do PS tem consequência. Não podia deixar de ter. Eu sei, mesmo cá dentro, há quem ache que devíamos viabilizar sem ver, mas para isso tinham de ter um secretário-geral diferente. Nós não viabilizamos OE sem ver. Era o que faltava”, reforçou.
O líder socialista salientou que o PS “não quer fazer o Orçamento” e insistiu na retirada o IRS Jovem e da baixa do IRC na proposta do Governo. “Não queremos sequer 50% do Orçamento. Não queremos desenhar um OE a meias com quem governa. Quem governa tem de apresentar o OE e a posição tem de fazer o juízo, a análise e a avaliação”, vincou.
Nesse discurso, Pedro Nuno Santos pediu para que não se ilibe o Chega de “responsabilidades políticas” e acusou o governo de radicalismo por “governar para uma minoria”, devido à proposta do IRS Jovem. “Não façam é o favor ao Chega de o ilibar de ser também um partido com responsabilidades políticas. Não isentem o Chega de responsabilidades. Não isentem o Chega de avaliação e de crítica porque esse é o pior serviço que estão a fazer à democracia portuguesa“, atirou.
(Em atualização)
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