“Temos razões para confiar nas nossas polícias”, diz Montenegro

"Temos razões para confiar nas nossas polícias. Temos razões para confiar nos nossos serviços públicos", disse Montenegro na tomada de posse do diretor da PJ e do diretor-geral da DGRSP.

O primeiro-ministro assegurou esta terça-feira na tomada de posse do diretor Polícia Judiciária, Luís Neves, e do diretor-geral da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, Orlando Carvalho, que existem razões para confiar na polícia e que Portugal é um dos países “mais seguros do mundo”.

“Temos razões para confiar nas nossas polícias. Temos razões para confiar nos nossos serviços públicos e, em particular, da reinserção e serviços prisionais. E temos razões para dizer alto e bom som que somos um país seguro. Um dos mais seguros do mundo“, sublinhou Luís Montenegro, acrescentando que um dos maiores fatores de competitividade que o país tem é ser seguro.

Sobre os Luís Neves e Orlando Carvalho, assegurou que são ambos homens das “respetivas casas”, com provas dadas e com a ambição de fazer “mais e melhor no futuro”. “Desde a primeira hora do mandato deste Governo, fizemos questão de dar uma mensagem muito clara a todos os servidores do Estado e em algumas áreas em particular. A mensagem foi de valorização, uma mensagem de confiança e foi, e é, uma mensagem de todos fazermos dentro da gestão de recursos que são escassos para podermos apetrechar os nossos serviços com melhores meios físicos e sobretudo com melhores recursos humanos”, disse.

“Queremos uma administração pública competitiva em todas as áreas. Queremos uma administração pública competitiva também na área da justiça e da segurança. Competitiva significa que presta um bom serviço, um serviço que responda às necessidades das pessoas“, acrescentou.

Montenegro alertou que, para além do reforço dos meios, é importante um “edifício legislativo consistente”. “Quero aqui reiterar que teremos de continuar a tomar medidas para que os serviços prisionais deem à sociedade uma imagem de salvaguarda dos direitos dos reclusos, mas também de segurança face aquilo que têm sido episódios que induzem em sentido contrário“, frisou.

O diretor nacional da Polícia Judiciária, Luís Neves, intervém no final da cerimónia de inauguração do Laboratório Digital Forense da Polícia Judiciária e 79.º Aniversário da PJ, em Lisboa, 21 de outubro de 2024. ANTÓNIO COTRIM/LUSAANTÓNIO COTRIM/LUSA

Agradecendo a confiança de Montenegro e reforçando o compromisso com o Governo e com o País, Luís Neves assegura estar “absolutamente certo e seguro” que com o apoio “forte e decisivo” do Governo a PJ a dar frutos essenciais ao Estado de Direito Democrático. “Um compromisso sério e contínuo no combate à corrupção e criminalidade económico-financeira, mas também assumindo um compromisso de reforço do gabinete de recuperação de ativos como uma forte aposta e que seja também visto como uma vertente fulcral de combate à corrupção”, disse.

O diretor da PJ, que conseguiu o terceiro mandato consecutivo, sublinhou que este compromisso é assumido em três momentos: nas ações de prevenção, com a investigação criminal e no apoio à tomada de decisão política. “Tenho sempre em mente que a grande responsabilidade de qualquer dirigente de uma instituição pública é fortalecê-la. Torná-la crescentemente mais eficiente“, disse.

Esta terça-feira também tomou posse Orlando Carvalho como novo diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais. “Vivemos tempos conturbados numa organização com situações de crise recorrentes, responsável pela gestão articulada dos sistemas prisionais de reinserção social de vigilância eletrónica e tutelar educativo que ainda não conseguiu resolver plenamente os problemas de integração destes organismos e que, embora prosseguindo objetivos comuns, tinham lógicas de funcionamento diferentes as quais se torna imperativo articular de forma mais efetiva”, disse.

Assim, considera que há questões que necessitam de resolução “imediata” e outras carecem de “decisões políticas urgentes” que permitam adotar medidas de caráter estrutural que os capacitem para responder às exigências que se colocam à execução das penas e medidas. “Estamos pressionados pelas instituições internacionais, onde temos sido recorrentemente condenados, pela opinião pública que nos confronta com as nossas insuficiências e, por fim, pelas pessoas que temos à nossa responsabilidade que exigem que cumpramos a lei e lhes proporcionemos condições dignas que favoreçam o seu processo de reinserção social“, disse.

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