Hoje nas notícias: dividendos, rendas e Montenegro

  • ECO
  • 14 Maio 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

As cinco maiores famílias acionistas da bolsa de Lisboa vão, em conjunto, ganhar 638,6 milhões de euros em dividendos relativos aos lucros de 2023. As famílias obrigadas a celebrar novos contratos de arrendamento, mas que se mantenham na mesma casa, vão poder continuar a receber o apoio extraordinário à renda. Com a lei orgânica do novo Governo, áreas como os Assuntos Europeus, a transição digital e os fogos rurais deixam de ser tutelados pelo primeiro-ministro. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta terça-feira.

Maiores famílias da bolsa ganham 638 milhões em dividendos

As cinco maiores famílias acionistas da bolsa de Lisboa vão ganhar mais este ano com os dividendos das participações que detêm, face ao ano passado. Ao todo, os clãs Soares dos Santos (Jerónimo Martins), Azevedo (Sonae), Amorim (Corticeira Amorim e Galp), Queiroz Pereira (Semapa) e Mota (Mota-Engil) preparam-se para receber 638,6 milhões de euros em remuneração acionista relativa aos lucros de 2023, mais 3% do que o que receberam no ano anterior. Só a família que detém a dona dos supermercados Pingo Doce vai receber mais de 231 milhões de euros através da Sociedade Francisco Manuel dos Santos

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Famílias com novos contratos para a mesma casa mantêm apoio à renda

As famílias que se vejam obrigadas a celebrar novos contratos de arrendamento, mas que se mantenham na mesma casa, vão poder continuar a receber o apoio extraordinário à renda. A medida surge no âmbito do pacote de propostas para a habitação apresentado pelo Governo no final da semana passada, no sentido de colmatar o que considera ser uma falha no funcionamento deste apoio, criado em 2023 pelo anterior executivo.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Montenegro fica sem Assuntos Europeus, transição digital e gestão de fogos

A lei orgânica do novo Governo, além de mais reduzida do que a do anterior, redefine as tutelas de várias áreas. A Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), por exemplo, que tinha ficado sob a alçada do ex-primeiro-ministro António Costa na sequência dos incêndios de Pedrógão Grande em 2017, passou para o Ministério da Agricultura e Pescas. Outros exemplos são os Assuntos Europeus, que voltaram ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, e a Transição Digital, realocada para a ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes.

Leia a notícia completa na Rádio Renascença (acesso pago).

PS muda tom e espera pelo outono para decidir voto no Orçamento

O PS vai passar a evitar pronunciar-se sobre o seu sentido de voto no Orçamento de Estado, optando por aguardar pelo documento. Inicialmente, a frase consensualizada na comissão política socialista é que era “praticamente impossível” viabilizar o Orçamento do Governo da AD; agora diz ser “muito difícil” aprovar. A mudança de discurso já tinha sido evidente na última entrevista do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, à SIC Notícias. “As visões dos problemas do país são distantes, as soluções são distantes, mas vamos ver o Orçamento, que é muito mais do que portagens ou IRS”, referiu.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

PSP trava golpe milionário dos Super Dragões na Taça de Portugal

A PSP encontrou, durante as buscas ao Estádio do Dragão no domingo, 4.000 bilhetes que se destinavam à claque do FC Porto para a final da Taça de Portugal. A referência de que se destinavam aos Super Dragões foi junta ao processo, mas os bilhetes não puderam ser apreendidos, por ainda não terem sido entregues. Pode estar em causa uma quantia milionária, visto que há ingressos a serem vendidos a mais de 500 euros. As autoridades encontraram ainda mais 3.000 bilhetes nas casas dos vários arguidos da “Operação Bilhete Dourado”.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

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LALIGA vence o Barça e o Real Madrid e pode continuar a utilizar a marca “ELCLASICO” na Arábia Saudita

  • Servimedia
  • 14 Maio 2024

O Real Madrid e o Barça estão de novo em tribunal na sua batalha legal contra a LALIGA sobre a marca “ELCLÁSICO”.

Neste caso, os pedidos do Real Madrid e do Barça contra a resolução que admitiu o anterior recurso da LALIGA para poder utilizar o nome “ELCLÁSICO” na Arábia Saudita não foram acolhidos pelo Instituto de Marcas do reino árabe, segundo o acórdão a que a Servimedia teve acesso.

Os argumentos apresentados pela organização presidida por Javier Tebas, que defende a utilização de “ELCLÁSICO” com base em tratados internacionais e provas de utilização, levaram a que a decisão tomada em primeira instância pela Autoridade Saudita para a Propriedade Intelectual, que apoiava a tese do Real Madrid e do Barça por terem sido os primeiros a registar o nome, fosse revogada e a licença de marca concedida aos clubes fosse anulada.

No processo judicial, a LALIGA argumentou que “a marca de futebol é conhecida em vários países, incluindo Espanha, Reino Unido, Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos, México, Egipto, África do Sul, Singapura, entre outros, o que demonstra a sua importância como indicação de qualidade e tem recebido uma ampla aceitação”. De igual modo, a associação patronal espanhola de futebol assinalou que “de acordo com o artigo 6, ‘segundo’, da Convenção de Paris, se a legislação nacional o permitir, seja por iniciativa própria ou a pedido do interessado, é proibido o uso da marca industrial ou comercial de forma idêntica ou semelhante, recusando ou anulando o registo se a autoridade competente considerar que a marca é suscetível de criar confusão com uma marca já registada e utilizada em produtos semelhantes”.

Na sequência desta última decisão, a LALIGA poderá continuar a utilizar o nome “ELCLASICO” no reino da Arábia Saudita para dois dos jogos importantes que se realizam todas as épocas no campeonato.

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A moda nupcial, a joalharia fina e a gastronomia estão a ganhar terreno junto de um público que aspira à personalização e à exclusividade

  • Servimedia
  • 14 Maio 2024

O setor nupcial em Espanha é o quarto maior produtor do mundo e conseguiu recuperar estabilidade e força nas vendas e presença internacional em 2023 e até agora em 2024.

E não só na moda, mas também na joalharia fina e na alta gastronomia, tem-se afirmado junto de um público que exige personalização, identidade e exclusividade, acompanhando ou antecipando as preferências dos compradores e das novas gerações.

No domínio da moda, exemplos destas tendências foram vistos na recente Barcelona Fashion Week, que reuniu 400 marcas, 80% das quais internacionais, com mais de 23.000 visitantes, de acordo com o balanço da organização. Barcelona voltou a ser o epicentro do sector durante alguns dias, com a presença da empresa de alta costura Giambattista Valli, que escolheu este evento para apresentar pela primeira vez em passerelle a sua coleção nupcial, a “Love Collection”. Uma exposição baseada na essência da individualidade, nos sonhos partilhados e na celebração do amor.

Nesta edição, o espaço da alta-costura teve maior destaque, com a presença de mais marcas de luxo, como Zuhair Murad, Elie Saab e Stephane Rolland. O objetivo era ter um alto nível de tendências de moda, juntamente com marcas consagradas com selo espanhol e fama internacional, como a Pronovias, cuja estratégia agora também inclui o reforço da sua posição como marca no segmento premium. Todas estas marcas, juntamente com empresas espanholas já estabelecidas, abriram-se para diversificar modelos e propostas, optando pela diversidade de estilos e para responder à exclusividade e identidade que marcam as tendências atuais, segundo a organização.

A par da moda, a joalharia fina também desempenha um papel fundamental no setor nupcial, uma vez que os acessórios fazem parte da essência e da personalização que se procura neste tipo de celebração. Este ano, marcas com uma longa tradição como a Rabat propuseram coleções que combinam um excelente trabalho artesanal e uma forma de criar uma história de amor e tradição através dos melhores diamantes da empresa, segundo a mesma. A equipa criou peças concebidas para recriar a expressão máxima dos desejos, das emoções e da singularidade de cada mulher e da sua história. Outras marcas internacionais, como a Chopard, destacam-se pelas suas jóias para noivas com desenhos que são a materialização de sonhos baseados em diamantes que são usados em coleções de noivado e criações personalizadas com a mais alta qualidade e uma configuração clássica e intemporal.

O setor do luxo também chega à mesa do casamento através da oferta gastronómica de grandes chefs, que oferecem catering e banquetes para casamentos e são uma tendência crescente. Prova disso é o compromisso assumido pelos irmãos Roca com o Espai Mas Marroch, onde os proprietários do Celler de Can Roca com 3 estrelas Michellin oferecem, com a sua filosofia criativa, um espaço único onde se pode descobrir a sua gastronomia. Da mesma forma, o chef basco Eneko Atxa, com 3 estrelas Michellin, também oferece uma vasta experiência vestindo as mesas mais elegantes do País Basco com a sua proposta, bem como as 12 estrelas Michellin Martín Berasategui ou o catalão Nandu Jubany.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 14 de maio

  • ECO
  • 14 Maio 2024

Ao longo desta terça-feira, 14 de maio, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Faltam 100 dias para o início da 37ª Taça América Louis Vuitton em Barcelona

  • Servimedia
  • 14 Maio 2024

Está tudo pronto na capital catalã para o início de uma nova edição da regata mais importante do planeta, que se realizará nas águas do Front Marítim a partir de 22 de agosto.

Faltam cem dias para o início da 37ª edição da Louis Vuitton America’s Cup. As seis principais equipas têm treinado arduamente em todo o mundo e estão perto do fim das suas campanhas, com os seus novos AC75 lançados e preparando-se para sentir, de 22 de agosto a setembro e outubro de 2024, em Barcelona, o calor de uma competição escaldante em que “não há mesmo segundo lugar”.

O mesmo acontecerá com as doze equipas das doze nações que competirão na UniCredit Youth America’s Cup e na inaugural Puig Women’s America’s Cup. A próxima geração de estrelas da vela da America’s Cup estará presente: os futuros vencedores do mais antigo troféu desportivo internacional continuamente disputado competirão para estabelecer as suas credenciais e demonstrar o seu potencial na cena mundial, sob o olhar dos fãs e dos meios de comunicação social.

Ambos os eventos prometem oferecer uma competição excecional e uma verdadeira via de acesso às equipas seniores. Com base no Porto Olímpico e navegando na nova classe AC40, o público poderá aproximar-se mais do que nunca e sentir por si próprio a pura adrenalina que percorrerá as equipas júnior e feminina.

Barcelona está a preparar-se para acolher um evento mundial excecional, semelhante em escala e estilo à magnífica organização dos Jogos Olímpicos de 1992. Milhares de voluntários inscreveram-se como “Equipa B” em diversas funções e contribuirão com um enorme entusiasmo, dinamismo e simpatia para garantir o bom desenrolar da regata. O magnífico Port Vell estará repleto de barcos de todas as classes e tamanhos, incluindo a classe J, que participou na America’s Cup nos anos 30, e a classe 12 metros, que navegou entre 1958 e 1987.

Para o público, este será um dos eventos da America’s Cup mais acessíveis da história, com uma vista perfeita ao longo de toda a orla marítima de Barcelona, enquanto duas Fanzones com ecrãs gigantes, restaurantes e áreas de restauração serão instaladas na praia de Bogatell e na Plaça del Mar, bem como áreas para os espetadores.

A Race Village Oficial estará localizada ao longo do Moll de la Fusta e a entrada será gratuita. Será o ponto de encontro dos espetadores que desejem estar em contacto direto com os velejadores antes e depois das regatas, com apresentações no palco principal, enquanto absorvem a atmosfera única da 37ª Taça América Louis Vuitton e seguem todas as regatas em direto nos ecrãs gigantes com comentários em tempo real. Além disso, não se esqueça de visitar a America’s Cup Experience, a primeira exposição do mundo dedicada à America’s Cup, em frente ao Aquàrium.

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5 coisas que vão marcar o dia

O ex-ministro das Finanças vai ser ouvido na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública sobre a "operação especial" para baixar a dívida pública. Já a Nos vai divulgar resultados.

Esta terça-feira, o ex-ministro das Finanças, Fernando Medina, vai ser ouvido na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública sobre a “operação especial” para baixar a dívida pública. Já a Nos vai divulgar os resultados do primeiro trimestre de 2024, o INE vai revelar dados do turismo de março e o Eurostat divulgará dados do comércio europeu. A marcar o dia está ainda o discurso de Jerome Powell.

Medina ouvido em Comissão

O ex-ministro das Finanças, Fernando Medina, vai ser ouvido na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, pelas 15h00, sobre a “operação especial” para baixar a dívida pública. Em causa está o relatório da UTAO que indicou que a redução da dívida pública no final do ano passado tinha sido “artificial”.

Nos apresenta resultados

Esta terça-feira, a Nos vai divulgar os resultados do primeiro trimestre de 2024. Em 2023, a operadora lucrou 181 milhões de euros, menos 19,4% do que no ano anterior, mas um resultado superior às estimativas dos analistas, que antecipavam lucros de 141,34 milhões. A quebra está relacionada com o efeito extraordinário das mais-valias registadas em 2022 com a venda das torres de telecomunicações.

INE revela receitas de turismo

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai divulgar esta terça-feira os dados da atividade turística referente a março de 2024. Em fevereiro, as receitas do turismo voltaram a crescer, subindo 13% para 276,4 milhões de euros. Por outro lado, o rendimento médio por quarto ocupado abrandou. O INE revelou que o setor do alojamento turístico registou 1,8 milhões de hóspedes (+7,0%) e 4,3 milhões de dormidas (+6,4%), gerando 276,4 milhões de euros de proveitos totais (+13,0%) e 202,1 milhões de euros de proveitos de aposento (+13,1%).

Eurostat publica dados de comércio internacional

O Eurostat vai divulgar os dados de 2023 do comércio internacional de matérias-primas. Desde 2002 que a União Europeia tem tido um défice comercial contínuo em matérias-primas, incluindo bens como sementes, oleaginosas, cortiça, madeira, pasta de papel, fibras têxteis, minérios e outros minerais, bem como óleos animais e vegetais.

Presidente da Fed discursa

Esta terça-feira, o presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed), Jerome Powell, vai discursar num dia marcado pela divulgação dos dados das vendas a retalho dos EUA. Os investidores aguardam com expectativa a próxima decisão da Fed, uma vez que a equipa liderada por Powell tenha garantido aos mercados, no início do mês, que a próxima reunião não decidirá a favor de uma subida das taxas de juro, o momento do primeiro corte permanece incerto.

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Restalia promove o empreendedorismo em Portugal

  • Servimedia
  • 14 Maio 2024

A Restalia, multinacional espanhola do setor da restauração organizada, organiza a segunda edição das suas jornadas informativas para promover o espírito empresarial, a ExpoRestalia.

A iniciativa consiste numa série de conferências gratuitas destinadas a futuros empresários interessados no modelo de franchising da empresa espanhola. Além disso, será também uma oportunidade para conhecer em profundidade as diferentes marcas da empresa: 100 Montaditos, The Good Burger, La Sureña, Pepe Taco e Panther.

A ExpoRestalia também oferecerá um espaço de networking após as conferências, onde será possível fazer perguntas aos especialistas da empresa. A última edição da ExpoRestalia, em janeiro de 2024, contou com a presença de mais de 30 participantes, resultando em potenciais franchisados.

A empresa salientou que “o franchising com a Restalia oferece benefícios como um investimento acessível, o apoio de uma empresa com experiência comprovada, uma diversidade de marcas para trabalhar e uma flexibilidade de formatos concebidos para se adaptarem às diversas necessidades dos empresários, desde instalações tradicionais a quiosques, centros de alimentação ou food trucks”.

“O franchising com a Restalia não é apenas uma oportunidade de negócio; é uma porta aberta para o empreendedorismo moderno, apoiado por uma rede experiente que valoriza a diversidade e se adapta às necessidades dos empresários. A ExpoRestalia serve como um catalisador essencial para compreender profundamente o nosso modelo de franchising, explorar as nossas marcas e, mais importante, dar os primeiros passos confiantes para o sucesso do negócio”, diz a empresa.

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Banco Atlântico Europa lucra mais de 5 milhões antes de venda a chineses

Banco de capitais angolanos obteve no ano passado o melhor resultado desde que acordou a venda ao grupo Well Link, em 2019. A subida dos juros foi o principal responsável pelos lucros de 5,5 milhões.

O Banco Atlântico Europa, de capitais angolanos, registou lucros de 5,5 milhões de euros em 2023, quase duplicando face ao ano anterior, com o resultado a ser impulsionado pela escalada das taxas de juro, quando se prepara para fechar a venda ao grupo chinês Well Link.

Foi o melhor resultado desde 2018, um ano antes de a holding de Carlos Silva, o Atlântico Financial Group, ter celebrado o acordo de venda do banco ao grupo com sede em Hong Kong por um valor não divulgado, mas que poderá rondar os 80 milhões de euros, tendo em conta a situação líquida da instituição no final do ano passado.

Desde então que o negócio se mantém num impasse, à espera de “luz verde” do Banco de Portugal. No relatório e contas de 2023, a instituição liderada por Nuno Vaz (recém-eleito CEO desde março) e Diogo Cunha (chairman) indica que se “mantém em curso o processo de autorização da potencial aquisição das participações sociais do banco por um novo investidor, prevendo-se agora a conclusão no decorrer do ano de 2024”.

O Atlântico Financial Group detém 96,5% do banco português, enquanto outros 3,5% estão na posse da sociedade Nasoluma.

Margem duplica

Para o melhor desempenho em mais de cinco anos contribuiu em grande medida a subida das taxas de juro. A margem financeira – diferença entre juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos — do Atlântico Europa mais do que duplicou para 16,2 milhões de euros no ano passado.

Com o produto bancário a atingir os 27 milhões de euros, mais 20% em comparação com 2022, o banco indica que manteve uma “rigorosa política de contenção de custos”, subindo apenas 3% para 18,5 milhões. Com isso, o rácio cost-to-income melhorou para 66,2%. E isto num ano em que reforçou os quadros com seis pessoas, passando a ter 182 trabalhadores.

Além de Portugal, onde está presente desde 2009, o Atlântico Europa também tem uma sucursal na Namíbia.

Depósitos tombam 30%

Apesar da subida dos resultados, o balanço contraiu. O volume de negócios caiu 10% para 994,2 milhões de euros, com o crédito a clientes a recuar quase 9% e os recursos em balanço (sobretudo depósitos) a caírem quase 30% para 440,9 milhões. Parte dos depósitos terão sido transferidos para recursos fora de balanço, que registou um disparo de 45% para 364,4 milhões.

A generalidade dos bancos perderam depósitos no ano passado por duas razões principais: a forte aposta das famílias nos Certificados de Aforro — particularmente no primeiro semestre, antes de o Governo ter cortado a remuneração em junho –, e a utilização das poupanças dos particulares para amortizar o crédito da casa.

Esta queda pronunciada nos depósitos permitiu ao Atlântico Europa aumentar o seu rácio de transformação de depósitos em crédito, passando de 45% em 2022 para mais de 50% no ano passado — a média do setor foi de cerca de 80% em 2023.

Ao nível da qualidade de crédito, manteve um rácio de malparado abaixo dos 2% e aquém da média do setor em Portugal (2,7%).

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Savannah mantém interesse no consórcio de baterias de lítio do PRR apesar de saída da Galp

“Estão a ser feitas todas as diligências para substituir o líder da Agenda CVB - Cadeia de Valor das Baterias em Portugal em articulação com os outros copromotores”, disse ao ECO o IAPMEI.

A saída da Galp do consórcio que vai criar uma cadeia de valor de baterias de lítio em Portugal, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), não ditou o desinteresse da Savannah em participar nesta agenda mobilizadora. O IAPMEI está a tentar encontrar um substituto para liderar o consórcio.

Estão a ser feitas todas as diligências para substituir o líder da Agenda CVB – Cadeia de Valor das Baterias em Portugal em articulação com os outros copromotores”, disse ao ECO fonte oficial do IAPMEI.

Quando questionada se a Savannah mantém o interesse em participar nesta agenda mobilizadora, ou qual a reação da empresa à desistência da Galp, a mesma fonte sublinhou que “a Savannah, tal como os outros copromotores, está trabalhar para encontrar uma solução”.

O ECO já tinha pedido oficialmente uma reação Savannah Resources, que está a desenvolver em Portugal o projeto de lítio da Mina do Barroso, em Boticas, à saída da Galp, por não conseguir respeitar os prazos exigidos pelo PRR para executar a refinaria, mas a empresa optou por não responder.

A Agenda CVB visa criar de raiz, em Portugal, uma cadeia de valor de baterias, com a integração de atividades de mineração, refinação, montagem de baterias e circularidade de materiais, subprodutos e resíduos. Em causa estão cerca de 914 milhões de euros de investimento.

Após encontrar uma nova empresa líder, IAPMEI e Comité Coordenador das Agendas mobilizadoras vão avaliar novamente o mérito desta agenda. Como avançou no final de abril o Ministério da Coesão ao ECO, o contrato, que ainda não estava assinado, está agora “numa fase de reestruturação”. “Após a substituição da empresa líder”, ou seja, a Galp, “a nova constituição do consórcio, para determinação do seu mérito, será submetida ao parecer do IAPMEI e do Comité Coordenador das Agendas”.

O painel internacional de peritos quando escolheu esta agenda valorizou o facto de estar em causa a produção integral das baterias. O objetivo da agenda não era a venda de concentrado de espodumena, sublinhou ao ECO, uma fonte conhecedora do projeto. A agenda não era de mineração de lítio, mas sim das diferentes fases para criar os componentes de uma bateria.

Mas, se por um lado, isto poderá pender negativamente na avaliação do mérito da nova agenda, a necessidade de cumprir as metas definidas no PRR pode pressionar para que a agenda receba luz verde. Não cumprir os valores acordados com Bruxelas poderá significar perder apoios.

A Agenda CVB (Cadeia de Valor das Baterias em Portugal) visa criar de raiz, em Portugal, uma cadeia de valor de baterias, com a integração de atividades de mineração, refinação, montagem de baterias e circularidade de materiais, subprodutos e resíduos. Em causa estão cerca de 914 milhões de euros de investimento. Só a parte da refinação de lítio representava um investimento de 660 milhões de euros que contava, inicialmente, com um incentivo de 11 milhões do PRR.

Apesar de com o novo enquadramento ao abrigo do Temporary Crisis & Transition Framework (TCTF) o financiamento poder ser superior ao determinado pelas regras das ajudas de Estado (limitadas a 20% do capex porque o projeto se situava na Península de Setúbal), tal como a Galp exigia, foram os prazos que ditaram a saída da Galp. “A decisão de saída deve-se ao facto do PRR contemplar apenas projetos que entrem em operação até ao final de 2026, enquanto o calendário de execução do projeto Aurora Lith prevê a sua entrada em operação em 2028”, explicou na altura ao ECO fonte oficial da Galp.

Mas isto não significa que a Galp, em parceria com a fabricante sueca de baterias elétricas Northvolt, tenha desistido de construir uma refinaria em Portugal. “Nessa medida, a Aurora está a fazer o levantamento de outras linhas potenciais de incentivo ao projeto”, acrescentou a mesma fonte da petrolífera.

A Agenda CVB é uma das duas agendas que ainda não foram assinadas, de um universo de 53 agendas. A Drivolution, cujo objetivo é promover a criação de um modelo de Fábrica do Futuro, é a segunda e o Executivo tem a expectativa de que o processo seja concluído a “curto prazo”, tal como o ECO já avançou.

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Acordo da Cellnex com Digi na “fase final de implementação”

Líder da Cellnex Portugal diz que a Digi "quer lançar uma rede em Portugal que tenha a melhor qualidade possível e que cubra a maior quantidade de portugueses e empresas" no país.

João Osório Mora, Managing Director da Cellnex Portugal, em entrevista ao ECO - 03MAI24
João Osório Mora, managing director da Cellnex PortugalHugo Amaral/ECO

A Cellnex Portugal, proprietária de 6.300 torres de telecomunicações, está na “fase final de implementação” do acordo anunciado em 2022 com a Digi, uma operadora de origem romena que se está a preparar para entrar este ano no mercado português, diz ao ECO o managing director da empresa, João Osório Mora. O projeto abrangia a instalação de 2.000 pontos de presença em todo o país até ao final de 2023.

“Fizemos um esforço bastante grande para trabalhar com a Digi desde o início e, portanto, foi um acordo que anunciámos e que temos trabalhado bastante para o conseguir implementar. Nós estamos neste momento numa fase final de implementação deste projeto. Não sabemos ainda quando é que a Digi vai lançar os seus serviços, não depende só da Cellnex, mas contamos ainda durante este ano concluir o projeto que temos com a Digi”, afirma o líder da Cellnex Portugal em entrevista.

Em setembro de 2022, a Cellnex anunciou através de um comunicado que celebrou “um acordo estratégico de longo prazo e de abrangência nacional” para instalar 2.000 pontos de presença até ao final do ano passado. O acordo permite à Digi usar infraestruturas que pertencem à Cellnex, como as torres de telecomunicações — a maior parte adquiridas a Altice e à Nos nos últimos anos — e representou “uma oportunidade significativa de crescimento orgânico” para a empresa espanhola de infraestruturas.

Mais de ano e meio depois, o projeto está na reta final e, questionado nesse sentido, João Osório Mora não rejeita à partida a possibilidade de ser alargado — mas, “para já, não temos nenhuma informação que possamos comunicar nesse sentido”, afirma. “O compromisso que temos percebido da Digi é que quer lançar uma rede em Portugal que tenha a melhor qualidade possível e que cubra a maior quantidade de portugueses e empresas neste país”, avança.

Sobre a importância de ter a Digi como cliente, numa altura em que a Cellnex pretende aumentar o número médio de operadoras com antenas instaladas em cada uma das suas torres, João Osório Mora considera a parceria como “bastante interessante”: “É uma parceria que permite, efetivamente, utilizar as nossas infraestruturas para fazer o deployment de um novo operador num país. Isto permite, precisamente, aumentar a eficiência destas infraestruturas e permite também um time to market mais rápido do que o desenvolvimento de uma rede própria”, defende.

A Digi Portugal, subsidiária do grupo romeno Digi Communications cotado na bolsa de Bucareste, é uma empresa de telecomunicações que se prepara para lançar ofertas de 5G e fibra ótica no mercado português, por via de redes próprias que está a construir. A empresa investiu 67,337 milhões de euros na compra de licenças no leilão de frequências promovido pela Anacom em 2021 e ainda não se apresentou publicamente, mas sabe-se que pretende iniciar a operação durante este ano de 2024.

Veja aqui a entrevista completa:

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Gigante americana dos chips investe 25 milhões em Portugal

Plano de expansão da Synopsys prevê contratação de 200 engenheiros “altamente qualificados" nos semicondutores, compra de equipamentos para laboratórios e aumento dos escritórios na Maia e em Oeiras.

A gigante Synopsys, líder mundial em soluções de EDA (Electronic Design Automation) e IP (Intelectual Property) para semicondutores, vai avançar com um investimento de 25 milhões de euros em Portugal nos próximos “três a quatro anos”, adiantou ao ECO o vice-presidente de engenharia do grupo norte-americano e responsável pela operação em Portugal, Célio Albuquerque.

O plano de expansão para este período prevê a contratação de, pelo menos, mais 200 engenheiros “altamente qualificados na área dos semicondutores”, a compra de novos equipamentos tecnológicos para os laboratórios de teste e ainda o alargamento dos escritórios localizados na Maia (Tecmaia) e em Oeiras (Lagoas Park), onde a multinacional fundada há 38 anos em Silicon Valley emprega atualmente 720 pessoas.

“Vamos alargar a gama que estamos a desenvolver em Portugal nas áreas de automotive, nas próximas gerações de produtos de mobile e também no sentido de especialização nas novas tecnologias que vão sendo lançadas na área dos semicondutores”, descreve o porta-voz da Synopsys, que diz encontrar no mercado nacional “uma ótima relação preço-qualidade na engenharia e também capacidade técnica e de gestão que tem permitido captar novas competências”.

Vamos investir à volta de 25 milhões de euros nos próximos três a quatro anos. Em Portugal encontramos uma ótima relação preço-qualidade na engenharia e também capacidade técnica e de gestão que tem permitido captar novas competências.

Célio Albuquerque

Vice-presidente de engenharia da Synopsys e responsável pela operação em Portugal

A entrada em Portugal aconteceu há 15 anos através da compra dos ativos que estavam nas mãos da norte-americana MIPS Technologies, que em 2007 tinha dado 147 milhões de dólares em dinheiro e cerca de cinco milhões de dólares em ações suas cotadas no Nasdaq para ficar com a Chipidea, fundada uma década antes por uma equipa liderada por José Epifânio da Franca. Desde essa altura, calcula já ter investido 25 milhões de euros no país, onde tem a mais relevante operação de engenharia a nível europeu.

“Faremos agora um investimento da mesma ordem de grandeza. Porquê a diferença de valores? Porque já estamos a crescer de uma forma mais acelerada e o custo das pessoas e também dos equipamentos tecnológicos para os laboratórios onde testamos as funcionalidades têm aumentado consideravelmente”, aponta o líder da equipa nacional, que se dedica ao desenho de interfaces para os chips, que são depois incorporados em equipamentos eletrónicos. Segundo a AICEP, esta é a maior empresa de engenharia eletrónica no país.

chips, semicondutores, eletrónicaFREEPIK

Com um total de 20 mil funcionários distribuídos por 125 escritórios a nível mundial, receitas anuais de 6,3 mil milhões de euros e 3.360 patentes registadas, a Synopsys emprega neste momento 420 pessoas na Maia e 300 em Oeiras, onde no ano passado expandiu o espaço de escritório para passar a ocupar um piso inteiro no Edifício 4 do Lagoas Park, num total de 1.300 metros quadrados.

Célio Albuquerque frisa que o recrutamento será feito para ambos os centros, embora haja “uma expectativa de crescer mais” no parque nortenho, em que já está a “discutir a possibilidade” de ocupar um quarto piso. “Um plano a três a quatro anos precisa de preparação”, justifica.

À caça de fabricantes para engrossar o cluster

Embora nos últimos anos o país tenha conseguido captar investimento estrangeiro de outras multinacionais como a Renesas, Aurasemi, Nanopower e, mais recentemente, a Monolithic Power Systems e a AMD/Xilinx — que juntaram-se às portuguesas SiliconGate, PICadvanced, PETsys Electronics, Powertools Technologies, Koala Tech, IOBundle ou IPblop –, ao todo, segundo contabilizou recentemente o Governo, existem apenas 20 empresas com atividade direta no setor da microeletrónica e dos semicondutores (12 em Lisboa, três no Porto, três em Setúbal e duas em Aveiro).

A par da Synopsys, o “porta-aviões” deste cluster em Portugal tem sido a subsidiária da também americana Amkor Technology, sediada no Arizona, que há pouco mais de sete anos comprou à Nanium, a empresa que nasceu da falência da Qimonda e era detida pelo Estado (18%, através da AICEP), pelo BCP (41%) e pelo Novobanco (41%). Com mais de 800 trabalhadores, a fábrica de Vila do Conde conta igualmente com um plano de expansão para a instalação de novas linhas e acaba de ser escolhida pela Amkor e pela Infineon para acolher um novo centro para o encapsulamento, montagem, assemblagem e teste de semicondutores, que deverá entrar em funcionamento no primeiro semestre de 2025.

O responsável da Synopsys, que tem projetos com a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), Instituto Superior Técnico (IST) e as Universidades de Aveiro, Minho e Nova de Lisboa, frisa que “o importante é criar talento” e que “haver mais estudo focado nesta área permite que mais empresas venham e que o ecossistema consiga alargar-se”. “Temos investido muito na educação. Há ainda poucas empresas em Portugal, o que faz com que o interesse dos alunos por esta área não seja muito forte. Temos de nos tornar mais visíveis para que entendam que há, de facto, um mercado e saídas profissionais”, acrescenta Célio Albuquerque, que entrou no ano 2000 para o projeto da Chipidea.

Filipe Santos Costa, presidente da AICEPD.R. 19 Junho, 2023

Há poucos meses, ainda com o anterior Governo, foi aprovada em Conselho de Ministros a Estratégia Nacional para os Semicondutores, prevendo um envelope financeiro de 121,1 milhões de euros até 2027, através da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e da Agência Nacional de Inovação (ANI), dos quais 39 milhões para aplicar já este ano.

Na resolução publicada em janeiro, o Executivo dava letra de lei à previsão de que a procura mundial de chips irá duplicar até ao final da década, ultrapassando um valor de mercado de um trilião de dólares, e que “estão no centro de fortes interesses geoestratégicos e da corrida tecnológica mundial”.

Queremos muito atrair o fabrico de semicondutores para Portugal. Geralmente são investimentos de grande dimensão, são esses que compensam nesta área.

Filipe Santos Costa

Presidente da AICEP

Foi de Silicon Valley que chegou há duas semanas o presidente da AICEP, já depois de em março ter viajado para o Japão e para a Coreia do Sul em missões de angariação de investimento para esta área, onde abordou várias empresas e associações de fabricantes.

Em declarações ao ECO, Filipe Santos Costa assegura que a diplomacia económica está a fazer “um grande esforço para a atração de mais indústrias da fileira dos semicondutores”, incluindo na produção. “Queremos muito atrair o fabrico de semicondutores para Portugal. Geralmente são investimentos de grande dimensão, são esses que compensam nesta área”, destaca.

O governo da Coreia do Sul acaba de anunciar um pacote de auxílio financeiro de cerca de 7 mil milhões de euros destinados a reforçar a sua indústria de semicondutores. Nas reuniões que teve nas últimas semanas com os potenciais investidores asiáticos, o líder da AICEP apresentou como principais argumentos a disponibilidade de “solo industrial viável para licenciamento ambiental e empresarial”, de “talento com uma excelente relação preço-qualidade” e de “eletricidade verde a bom preço” para uma atividade de manufatura que é muito intensiva em termos energéticos.

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Ministro da Economia quer manter gestão do Banco de Fomento

Uma das prioridades do ministro da Economia é substituir Hugo Roxo, o administrador que deixou o banco menos de um ano depois de assumir funções. Mandato do conselho termina no final de 2024.

Celeste Hagatong e Ana Cavalho lideram o conselho de administração e a comissão executiva do Banco Português de Fomento (BPF) desde novembro de 2022, e deverão manter-se em funções, pelo menos, até ao fim do mandato, em dezembro deste ano. A prioridade do ministro da Economia, Pedro Reis, é garantir a operacionalização do Banco de Fomento e a sua capacidade de resposta, evitando o risco de novas interrupções como sucedeu quando esta equipa demorou meses a ter a aprovação, obrigatória, do Banco de Portugal, para substituir a que era liderada por Beatriz Freitas.

Oficialmente, o Ministério da Economia escusa-se a responder às perguntas do ECO, mas Pedro Reis sinalizou, numa conferência da PwC e do ECO na semana passada, o que está em causa. O ministro da Economia defendeu, na apresentação do 27.º CEO Survey, que é preciso “colocar o Banco de Fomento em definitivo a chegar às empresas”, manifestando-se “profundamente a favor” da existência da instituição e que, por isso, há que “operacionalizá-lo”. Pedro Reis salientou que o Banco de Fomento “tem de cumprir a sua missão” e “colmatar as falhas de mercado”.

O ECO questionou também o conselho de administração do BPF para saber se está disponível para desempenhar um segundo mandato, mas a única resposta obtida foi a seguinte: “Gostaríamos de informar que o atual mandato vigora até ao final do ano de 2024“.

A equipa de gestão do Banco de Fomento vive, desde há anos, em instabilidade, com demissões em catadupa, seja com Beatriz Freitas ou com Celeste Hagatong e Ana Carvalho. O último episódio tem poucas semanas, quando o administrador com o pelouro comercial, Hugo Roxo, apresentou a demissão, alegadamente por “razões pessoais”. Este gestor esteve em funções menos de um ano. Tal como o ECO avançou, o administrador executivo que foi substituir Tiago Simões de Almeida — que também tinha renunciado ao cargo — iniciou oficialmente funções no Banco de Fomento em maio do ano passado. Com a demissão de Hugo Roxo, a presidente executiva Ana Carvalho acumulou as funções do pelouro comercial.

De acordo com informações recolhidas pelo ECO, a prioridade de Pedro Reis é mesmo encontrar um novo administrador para preencher o lugar agora vago, em vez de abrir um novo período de instabilidade com a mudança do conselho, quando o Banco de Fomento tem um papel relevante no financiamento às empresas, nomeadamente no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

É que a instituição já se bate, hoje, com enormes dificuldades na execução dos programas em curso. Um exemplo? O investimento previsto no Programa de Recapitalização Estratégica do BPF teve uma quebra de 10% face ao previsto no início de novembro. Várias empresas desistiram do programa, houve revisões em baixa dos valores investidos e até entraram novas empresas. Até agora, a utilização da dotação do programa é de 52,6%. E outro exemplo são os processos judiciais movidos por capitais de risco no âmbito do programa Consolidar.

É neste contexto que Pedro Reis quer evitar novas perdas tempo que resultariam da nomeação de uma nova administração que teria obrigatoriamente de passar pela Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública e, especialmente, do crivo do Banco de Portugal, que tem de fazer uma avaliação de fit and proper dos nomes propostos. Além disso, estando o Banco de Fomento obrigado a cumprir várias metas e marcos no âmbito do PRR, uma vez que parte dos seus programas é financiada pelo Fundo de Recuperação e Resiliência criados com verbas do PRR que têm de ser executadas na totalidade até 2026.

Já em Macau, em declarações ao Público e ao Jornal de Negócios, o governante tinha dito que o Banco de Fomento “é uma prioridade absoluta”. “Estamos muito cientes da prioridade de clarificar, de uma vez por todas os temas que o BPF tem em mãos, como a fusão das garantias mútuas, a integração da Sofid, dos seguros de crédito”, disse. Na mesma ocasião aproveitou para elogiar a administração que teve “o cuidado” de colocar o Governo “ao corrente da situação” e sublinhou as “frentes” em que era necessário atuar: estabilizar equipas, operacionalizar estratégias, definir prioridades”.

Depois, já com ideias mais fechadas, Pedro Reis explicava, no evento da PwC e do ECO, que o Banco de Fomento deve ter um papel mais ativo na capitalização das empresas e chegar às empresas com os seus instrumentos, ter uma articulação com a banca comercial e apoiar as empresas em operações mais difíceis e para as quais não encontram resposta, como “ir a maturidades mais longas, a apetite de risco mais forte, assegurar linhas de crédito, fazer chegar capital de longo prazo, trabalhar em project finance”. O Banco de Fomento segundo o ministro da Economia, pode ainda ter uma palavra na promoção de operações de fusões e aquisições, ajudando a promover “operações na calha”.

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