Ainda não é desta: Acusação de Mexia, Manso Neto, Pinho e João Conceição adiada

MP pediu adiamento do prazo, pela segunda vez. Depois dos requerimentos dos advogados dos arguidos, juiz avisa os procuradores: se usarem os emails declarados nulos, "haverá consequências".

A acusação de António Mexia, João Manso Neto, João Conceição e Manuel Pinho volta a ser adiada. Em causa o pedido de prorrogação do prazo – pela segunda vez – feito pelos procuradores do caso EDP/CMEC, que, segundo avança o Observador, o vice-procurador-geral Carlos Adérito Teixeira já terá na sua mesa. Os procuradores Carlos Casimiro e Hugo Neto solicitam mais algumas semanas de prazo para conseguirem terminar o despacho de encerramento de inquérito.

O prazo para deduzir uma acusação ou um arquivamento terminava esta terça-feira, 30 de abril. Mas, apesar da investigação durar há quase 12 anos, ainda não é desta que o MP vai decidir. Este é o segundo pedido de prorrogação do prazo. A 15 de março, já o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) pedia mais 50 dias para decidir se acusava os arguidos.

Pedido que foi aceite pelo vice-PGR e que surgiu após um incidente processual. Os procuradores recusaram aplicar o acórdão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) que anulou a apreensão das caixas de correio eletrónico de António Mexia e João Manso Neto. Os advogados de defesa decidiram apresentar uma queixa-crime contra o procurador Carlos Casimiro e solicitaram ainda formalmente ao DCIAP o afastamento de Casimiro e de Neto da investigação.

O ECO/Advocatus questionou o gabinete da PGR, Lucília Gago, no sentido de saber se o prazo de 30 de abril seria cumprido ou se haveria um pedido de prorrogação, mas não obteve qualquer resposta.

Agora, este segundo pedido de prorrogação surge devido aos requerimentos enviados pela defesa de João Conceição, de Mexia e Manso Neto, na sexta-feira. Os advogados de defesa de António Mexia e João Manso Neto pediram à Procuradoria-Geral da República que esclareça se os magistrados vão mesmo insistir em deduzir uma acusação ou se pediram uma nova prorrogação do prazo.

Os advogados invocam a nulidade dos emails decretada pelo juiz de instrução a 17 de abril. Dizem então os advogados João Medeiros, Rui Costa Pereira e Inês Almeida Costa que – caso o faça – “o Ministério Público estaria dolosamente a frustrar e a violar, em toda a medida processual útil, uma decisão judicial a que deve obediência”.

Defendendo que “seria mesmo – e por isso não queremos acreditar que seja ou possa vir a ser – um golpe de Estado judiciário, através do qual o Ministério Público, achando-se acima de decisões jurisdicionais e lançando mão de manobras que, se acaso proviessem das defesas, seriam taxadas, no mínimo, como inadmissível chicana, agiria como se decisões não houvesse, que há, ou que não estivesse obrigado a cumpri-las, como está, Assim, aliás, pouco ou nada contribuindo para o prestígio da justiça em geral e do Ministério Público –prestígio, de resto, como é sabido, que bem preciso é, sempre, e agora em particular”.

Dizendo que, caso o MP o faça, estará a incorrer numa série de “ilícitos disciplinares”, bem como num crime de violação de
correspondência e de prevaricação.

Horas antes, os advogados de João Conceição enviaram também um requerimento ao juiz de instrução do processo, alertando que, caso o MP insista em usar os emails considerados inválidos como prova para a acusação, estará a cometer o crime de desobediência à lei, de violação de correspondência e de prevaricação, pedindo ao juiz de instrução para que este tome de forma urgente “medidas processuais adequadas e necessárias” para evitar a inclusão desses emails no despacho de acusação.

Rui Patrício e Tiago Geraldo pediram ainda que o magistrado informe os procuradores do DCIAP titulares do processo de que incorrerão num crime de desobediência, defendendo que, a acontecer, o país estaria perante um “golpe de Estado judiciário”.

A resposta do juiz de instrução veio esta terça-feira. Segundo o despacho de Nuno Dias Costa – a que o ECO/Advocatus teve acesso – o magistrado recusou o pedido dos advogados de Conceição para que ordenasse ao MP que não usasse esta correspondência na acusação, mas não deixa de deixar um aviso: esta decisão “não implica que não haja consequências a extrair de um eventual não acatamento de decisões judiciais”, não só no processo na fase de instrução mas também no julgamento. E acrescenta: as consequências podem também a nível extraprocessual.

O juiz cita o artigo da Constituição em que é dito que “as decisões dos tribunais são obrigatórias para todas as entidades públicas e privadas e prevalecem sobre as de quaisquer outras autoridades”

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BBVA volta à carga para uma fusão com Sabadell que pode criar mega banco em Espanha

BBVA já confirmou que manifestou o interesse junto do Sabadell para negociar uma possível fusão que irá criar um mega banco espanhol.

O BBVA está novamente interessado em fundir-se com o Banco Sabadell, a quem já transmitiu o interesse em “iniciar negociações para explorar uma possível fusão entre ambas as entidades”, segundo informou esta terça-feira ao mercado. Adiantou mesmo que já nomeou os assessores para avançar com a operação.

Poucos minutos mais tarde, o Sabadell confirmou o interesse do banco concorrente e acrescentou, em comunicado, que às 13h43 desta terça-feira (12h43 em Lisboa) recebeu “uma proposta escrita indicativa do BBVA” para uma fusão. “Todos os aspetos da proposta serão analisados adequadamente”, frisou o banco.

Em reação as estas movimentações, as ações do Sabadell estão a disparar mais de 6% para 1,87 euros, enquanto o BBVA afunda 6,7% para 10,17 euros.

A notícia de uma eventual fusão foi avançada inicialmente pela cadeia britânica Sky News, apontando que o BBVA já contratou os assessores financeiros, entre eles o JPMorgan, numa operação em que será realizada através da troca de ações.

Se for bem-sucedida, a fusão irá criar um mega banco em Espanha. O BBVA apresenta uma capitalização em bolsa de 63,6 mil milhões de euros, enquanto o Sabadell tem um market cap de cerca de 9,5 mil milhões.

Em 2020 as duas entidades tentaram uma fusão que não chegou a um bom porto por falta de entendimento em relação ao preço.

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Ana Jorge “desiludida” com a forma “rude e caluniosa” como foi afastada da Santa Casa

  • ECO
  • 30 Abril 2024

Numa carta aos trabalhadores, a provedora denuncia a forma "rude e caluniosa" com que foi justificada a sua exoneração da Santa Casa. Garante que vai contar a sua verdade "em tempo e em sede própria".

Ana Jorge já reagiu ao afastamento da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML). Numa mensagem enviada aos trabalhadores da instituição, a provedora mostra-se “desiludida” com a forma “rude e caluniosa” com que foi justificada a sua exoneração da administração da SCML.

A antiga ministra da Saúde destacou os 11 meses “muito duros” que passou no cargo, fazendo questão de contrariar os argumentos usados pelo Executivo para a afastar do cargo. “É por isso – pelo tanto trabalho, desenvolvido em tão pouco tempo e pelo plano de reestruturação sólido que desenhámos e que queríamos implementar – que hoje não me sinto tão triste. Por isto, só por isto”, disse.

Ana Jorge garante ainda que vai contar a sua verdade “em tempo e em sede própria”, mas sublinha na mesma missiva, citada pelo Observador, que serviu a SCML com a mesma entrega e espírito de missão com que desempenhou funções públicas e cívicas ao longo da sua carreira.

Na segunda-feira, o Governo decidiu exonerar com “efeitos imediatos” os membros da mesa da SCML, bem como Ana Jorge, por “se ter revelado incapaz de enfrentar os graves problemas financeiros e operacionais da instituição, o que poderá a curto prazo comprometer a fundamental tarefa de ação social que lhe compete”.

Pela voz de Tiago Barbosa Ribeiro, vice-presidente da bancada parlamentar, o Partido Socialista defendeu esta manhã que a exoneração da provedora da Santa Casa, Ana Jorge, tem como único objetivo colocar no cargo “pessoas mais politicamente alinhadas e domesticáveis” pelo Governo do PSD.

Em reação, o primeiro-ministro descartou que haja qualquer “saneamento político”. “É preciso desdramatizar. Vamos tentar escolher uma equipa que dê garantias de total sintonia nos propósitos e orientações do Governo e da respetiva tutela”, disse Luís Montenegro, frisando que “é normal” que quando os Governo mudam e quando as orientações de políticas são novas que haja este tipo de substituições”.

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Grupo SATA com prejuízos de 30 milhões no primeiro trimestre. Cancelamentos e aluguer de aeronaves pesaram nas contas

Receitas do grupo SATA aumentaram 24% os primeiros três meses do ano, mas contas foram penalizadas por agravamento dos custos.

O Grupo SATA teve prejuízos de 30,3 milhões de euros no primeiro trimestre, em linha com o resultado obtido no mesmo período do ano passado. Receitas cresceram 24%, mas contas foram penalizadas pelo cancelamento de voos e custos com aluguer de aeronaves.

Na Azores Airlines, que opera as rotas internacionais e entre os Açores e o continente, os prejuízos agravaram-se em 2,9 milhões de euros, para os 25,6 milhões. Já na SATA Air Açores, que faz as ligações entre ilhas, o resultado líquido teve uma melhoria de 2,3 milhões, para um prejuízo de 4,7 milhões, indica a companhia aérea em comunicado.

O número de passageiros transportados pelas duas companhias aumentou 21% no primeiro trimestre, face ao período homólogo, para 447 mil. O que impulsionou a receita em 24% para os 68,9 milhões de euros. O crescimento foi maior da Azores Airlines (31,5% para 47,1 milhões) do que na SATA Air Açores (10,5% para 21,7 milhões).

O Resultado Operacional antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) registou uma melhoria na Azores Airlines, mas manteve-se no vermelho: -8,5 milhões. O Grupo SATA justifica com “o incremento significativo dos custos com irregularidades (motivadas, em grande parte, por condições meteorológicas adversas, mas também pelos Acordos de Empresa extremamente restritivos) e ACMI [aluguer de aeronaves]“. Na SATA Air Açores, o EBITDA aumentou 400 mil euros, ficando quase em terreno positivo (-0,8 milhões).

Os custos operacionais aumentaram 24,6%, para 55,6 milhões de euros na Azores Airlines. Na SATA Air Açores “assistiu-se a um acréscimo mais significativo dos custos comerciais (+27%), dos custos com manutenção (+9%) e dos custos com pessoal (+8%)”, refere o comunicado.

A SATA salienta que “que entraram ao serviço da Azores Airlines no primeiro trimestre de 2024 duas novas aeronaves A320 NEO, fazendo estas parte do plano de renovação da frota, com tecnologia de última geração, representando um salto significativo em termos de eficiência operacional e consequente redução do impacto ambiental”.

Estas são as últimas contas apresentadas por Teresa Gonçalves, que assumiu a liderança executiva do Grupo SATA em março, substituindo Luís Rodrigues, que saiu para a presidência da TAP. A CEO apresentou a demissão no início de abril, com efeitos a partir do fim do mês (hoje), alegando “motivos pessoais”.

Em declarações à Lusa, a presidente cessante da SATA afirmou que a empresa está a “conseguir crescer muito em receitas” e a fazer um “percurso consistente de melhoria”, com base nos resultados relativos ao primeiro trimestre do ano. “De um modo geral, a SATA está na boa trajetória e está efetivamente a conseguir crescer, a conseguir receitas, a conseguir crescer muito em receitas”, disse Teresa Gonçalves.

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Filho de Costa demite-se de presidente de junta em Lisboa por “falta de condições pessoais e políticas”

Renúncia foi comunicada por Pedro Costa através de uma carta dirigida aos munícipes de Campo de Ourique. Autarca diz que "chegou ao limite" face ao silêncio da Câmara liderada por Carlos Moedas.

Pedro Costa, filho do ex-primeiro ministro António Costa, anunciou que vai renunciar ao cargo de presidente da Junta de Freguesia de Campo de Ourique, após incompatibilidades com a Câmara de Lisboa, liderada por Carlos Moedas.

Sinto que cheguei ao meu limite face ao silêncio da Câmara Municipal, disse o autarca através de uma carta dirigida aos munícipes de Campo de Ourique. “É difícil dar a cara junto dos eleitores com a falta de informação de que disponho e sinto que é impossível, com a energia que me resta, garantir as prioridades certas para a freguesia de Campo de Ourique. Este ponto de encontro entre a falta de condições pessoais e políticas é a pedra de toque da decisão que aqui partilho“.

É difícil dar a cara junto dos eleitores com a falta de informação de que disponho e sinto que é impossível, com a energia que me resta, garantir as prioridades certas para a freguesia de Campo de Ourique. Este ponto de encontro entre a falta de condições pessoais e políticas é a pedra de toque da decisão que aqui partilho.

Pedro Costa

Presidente da Junta de Freguesia de Campo de Ourique

Na carta, citada pela CNN Portugal, pede “desculpa pelo tom pessoal” mas sublinha que é necessário ser o “sincero possível” com quem lhe confiou o mandato na freguesia de Campo de Ourique. E quis anunciá-lo desta maneira “antes de o fazer formalmente à presidente da Assembleia de Freguesia”.

Pedro Costa, presidente da presidente da Junta de Freguesia de Campo de OuriqueFacebook Pedro Costa

Pedro Costa realça ainda que “um autarca deve reconhecer o final do seu ciclo quando esgota a sua criatividade para procurar respostas, insistir junto dos responsáveis para que aceitem soluções ou priorizem investimentos”, concluindo ainda a “honra e orgulho” que sente por ter estado à frente da freguesia lisboeta.

O cargo vai ser ocupado por Hugo Ferraz de Abreu Vieira da Silva ao qual Pedro Costa deseja “a maior das sortes”, destacando que “não duvida de que terá o engenho e a arte de garantir modelos eficazes para projetar Campo de Ourique para o futuro”.

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Montenegro recusa “saneamento político” na Santa Casa. Quer nova direção “sintonizada” com Governo

Primeiro-ministro garante que "não há saneamento politico" na exoneração da mesa da SCML e que vai "escolher uma equipa que dê garantias de total sintonia" com orientações do novo Governo.

O primeiro-ministro disse esta terça-feira que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) está numa situação “dificilíssima” do ponto de vista financeiro e não dá “garantias da salvaguarda das suas funções sociais”, referindo que com a atual administração, agora exonerada, “não estão criadas as condições” para “recuperar” dessa situação. “Vamos tentar escolher uma equipa que dê garantias de total sintonia nos propósitos e orientações do Governo e da respetiva tutela”, afiançou Luís Montenegro.

“O Governo assume a responsabilidade da substituição da mesa” da SCML de modo a “salvaguardar os próximos anos” e a iniciar “um ciclo de recuperação dos problemas graves, do ponto de vista financeiro e das tarefas sociais” que a instituição enfrenta. E “isso implica uma relação entre a tutela e a direção da Santa Casa que não está assegurada”, justificou Luís Montenegro, em declarações transmitidas pela RTP3.

O chefe de Governo descartou ainda que haja qualquer “saneamento político”. Sublinha que foram pedidas informações, mas que “não estão criadas as condições para que esta administração [possa] estabelecer essa relação com a tutela”. “É preciso desdramatizar. Vamos tentar escolher uma equipa que dê garantias de total sintonia nos propósitos e orientações do Governo e da respetiva tutela”, disse, frisando que “é normal” que quando os Governo mudam e quando as orientações de políticas são novas que haja este tipo de substituições”.

O PS defendeu esta manhã que a exoneração da provedora da Santa Casa, Ana Jorge, tem como único objetivo colocar no cargo “pessoas mais politicamente alinhadas e domesticáveis” pelo Governo do PSD. “O Governo está a criar um conjunto de casos que tem como único fundamento substituir pessoas que sejam mais politicamente alinhadas, mais domesticáveis pelo Governo PSD”, sustentou o vice-presidente do grupo parlamentar socialista, Tiago Barbosa Ribeiro.

Em resposta, o líder parlamentar do PSD assegurou que a preocupação “não é nomear gente que tenha ligações partidárias”, mas sim “nomear os melhores para poder gerir o que é de todos”. “O PSD e o Governo não levam lições do PS, que são catedráticos em nomeações e em enxamear o Estado com gente do aparelho”, atirou Hugo Soares, responsabilizando ainda o Governo socialista pela “rutura de tesouraria” e pelo ” incumprimento de ação social mais básica” a que a SCML chegou.

“A preocuparão é recuperar a instituição e colocá-la a funcionar de acordo com as suas matrizes e princípios orientadores”, defendeu ainda o líder parlamentar. E assegurou que a nova ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social “terá oportunidade de explicar ao país e ao Parlamento todos os pedidos para audições no Parlamento seja de quem for sobre esta matéria”.

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“Não vejo instabilidade política em Portugal. O país está a ser governado”, entende líder do BPI

João Pedro Oliveira e Costa diz que Portugal precisa de um "fortíssimo programa de construção de casas" para resolver o problema da habitação.

O presidente executivo do BPI considera que não há instabilidade política em Portugal. “Não vejo. O país está a ser governado, há uma situação de estabilidade”, referiu João Pedro Oliveira e Costa, para quem as eleições europeias marcadas para junho vão dar um sinal mais claro dessa estabilidade.

“Há sempre uma guerra política que faz parte, mesmo quando tínhamos um governo com maioria”, adiantou aos jornalistas na conferência de apresentação dos resultados trimestrais.

O gestor explicou que Portugal enfrenta “desafios tão elevados e o momento é tão importante” que não há mais “tempo nem espaço a perder do que o que já se perdeu desnecessariamente”, referindo-se a temas como o “aproveitamento dos fundos europeus”, a transformação tecnológica com o advento da Inteligência Artificial e a atração de investimento e talento para o país.

Segundo João Pedro Oliveira e Costa, as eleições europeias vão ajudar a reforçar a estabilidade. “Será importante manter a visão de que queremos estabilidade e de que é com estabilidade que vivemos melhor”, afirmou.

Questionado sobre o problema da falta de habitação, o líder do BPI disse que é preciso um “fortíssimo programa de construção de casas em Portugal”, no qual Estado, construtoras e bancos podem participar.

“Falta claramente habitação em Portugal. Falta habitação para o emprego necessário para a economia continuar a crescer”, referiu. João Pedro Oliveira e Costa elogia medidas que facilitem o acesso ao crédito da casa, mas destacou que “não é com subsídios, é com mais oferta” que se resolve o problema.

O BPI registou lucros de 121 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, uma subida de 43% em relação ao mesmo período do ano passado.

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Vista Alegre paga 5,3% em nova dívida verde para o retalho

  • Lusa
  • 30 Abril 2024

A completar 200 anos de vida, a Vista Alegre acaba de lançar um empréstimo de 45 milhões de euros a cinco anos em obrigações ligadas a critérios de sustentabilidade. Paga um juro de 5,3% ao ano.

A Vista Alegre Atlantis vai lançar um empréstimo obrigacionista (Obrigações Vista Alegre 2029) com um valor global inicial de até 45 milhões de euros a cinco anos e uma taxa de juro fixa bruta de 5,3% ao ano.

Num comunicado divulgado esta segunda-feira, a Vista Alegre Atlantis, que detém as marcas Vista Alegre e Bordallo Pinheiro, precisa que a operação passa pela oferta pública de subscrição de até 90.000 obrigações com um valor nominal unitário de 500 euros e um valor global inicial de até 45 milhões de euros, que poderá ser aumentado por opção da empresa.

As Obrigações Vista Alegre 2029 têm um montante mínimo de subscrição de cinco obrigações — o equivalente a 2.500 euros –, com o prazo da oferta a decorrer entre 2 e 15 de maio e dirigindo-se ao público em geral, tendo especificamente como destinatários pessoas singulares ou coletivas residentes ou com estabelecimento em Portugal, conforme detalhado nos documentos da oferta.

No comunicado, a VAA refere ainda que as Obrigações Vista Alegre 2029 são ligadas a critérios de sustentabilidade e que a empresa se compromete a pagar uma remuneração adicional de 1,25 euros por cada obrigação na data de reembolso destas, caso a VAA não cumpra as metas de desempenho de sustentabilidade definidas no âmbito desta emissão.

Para o presidente da Vista Alegre, Nuno Terras Marques, citado no comunicado, “no ano em que a marca Vista Alegre comemora os seus 200 anos, a Vista Alegre lança a oferta pública de subscrição de Obrigações Vista Alegre 2029 disponibilizando aos portugueses a possibilidade de investir numa história de sucesso”.

O Haitong Bank, o Caixa Banco de Investimento e o Millennium Investment Banking são os Coordenadores Globais da Oferta, auxiliados pelo Banco Invest, que desempenha um papel de co-líder na colocação.

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Regulador exige à CNN “carta de princípios” sobre uso de inteligência artificial

  • + M
  • 30 Abril 2024

Esta é a primeira vez que a ERC se pronuncia sobre conteúdo gerado por IA num programa televisivo de informação. Em causa esteve a rubrica “Pulsómetro”, relacionada com os debates das legislativas.

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) quer que a CNN Portugal publique uma carta de princípios para o uso de inteligência artificial (IA), depois de o canal ter usado esta tecnologia numa rubrica a propósito dos debates eleitorais no âmbito da campanha para as eleições legislativas de 2024.

Em comunicado, a ERC diz que existe a necessidade de a CNN Portugalelaborar e publicar uma carta de princípios sobre a utilização de inteligência artificial na sua redação, caso prossiga a produção de conteúdos de programas de informação jornalística com recurso a ferramentas de IA”.

Esta medida visa “garantir a integridade, quer dos conteúdos decorrentes dessa tecnologia, quer das prerrogativas inerentes à atividade jornalística, e tornar transparentes perante os espetadores o tipo de tarefas que são executadas por estes sistemas – editoriais e/ou não editoriais”.

Esta é a primeira vez que a ERC se pronuncia sobre conteúdo gerado por IA enquadrado num programa de informação televisivo. Segundo o regulador, os órgãos de comunicação social que utilizem IA “devem seguir códigos de boas práticas e tornar explícito para o público se estes sistemas são utilizados apenas como adjuvantes em tarefas ou se substituem o trabalho jornalístico na produção de conteúdos”.

Em causa esteve a rubrica “Pulsómetro”, integrada no programa “Decisão 24” da CNN, que motivou uma exposição reencaminhada pela Comissão Nacional de Eleições relativa ao regulador.

Desenvolvido em parceria com a Augusta Labs, o “Pulsómetro” foi lançado pela CNN Portugal por altura da campanha eleitoral para as eleições legislativas de 2024. A ferramenta tratava-se de um “indicador de sentimento nas redes sociais”, que analisou “milhões de dados nas redes sociais em tempo real, em páginas consideradas neutras”, de forma a “tirar a temperatura” em cada um dos debates eleitorais, explicou a CNN aquando o seu lançamento.

Segundo o canal, foram “consideradas apenas opiniões relativas à performance comparativa dos candidatos presentes em cada debate, interpretadas através de um LLM (‘large language model‘, um modelo de linguagem natural) capaz de realizar uma análise de sentimento às várias interações identificadas”.

Na apreciação feita pela ERC a propósito do caso, são ainda relembrados os dez princípios gerais que constam da Carta de Paris sobre Jornalismo e IA. Este documento, lançado pela organização internacional Repórteres Sem Fronteiras (RSF) em conjunto com 16 parceiros, visa definir princípios e padrões éticos para jornalistas, redações e meios de comunicação na sua relação com a inteligência artificial.

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Bruxelas abre inquérito à TAP e outras 19 companhias por anúncios ecológicos enganosos

  • Lusa
  • 30 Abril 2024

Visados são chamados "a alinhar as suas práticas com a legislação da UE União Europeia em matéria de defesa do consumidor no prazo de 30 dias", diz Comissão Europeia.

A TAP é uma das vinte companhias de aviação visadas num inquérito hoje lançado pela Comissão Europeia por denúncias de anúncios ecológicos potencialmente enganosos, feitas por organizações de defesa dos consumidores.

As cartas questionam anúncios das companhias aéreas segundo as quais as emissões de CO2 causadas por um voo poderiam ser compensadas por projetos climáticos ou pela utilização de combustíveis sustentáveis, para os quais os consumidores poderiam contribuir mediante o pagamento de taxas adicionais, de acordo com um comunicado do executivo comunitário.

Nesta primeira fase do inquérito, os visados são ainda chamados “a alinhar as suas práticas com a legislação da UE [União Europeia] em matéria de defesa do consumidor no prazo de 30 dias”.

As associações de consumidores envolvidas (incluindo a Deco) suspeitam que as alegações ecológicas possam ser consideradas ações/omissões enganosas e as companhias aéreas não esclarecem se podem ser fundamentadas com base em provas científicas sólidas.

A Comissão Europeia e a rede de autoridades de defesa do consumidor identificaram vários tipos de práticas potencialmente enganosas, incluindo terem criado a impressão incorreta de que o pagamento de uma taxa adicional para financiar projetos climáticos com menor impacto ambiental ou para apoiar a utilização de combustíveis alternativos para a aviação pode reduzir ou compensar totalmente as emissões de dióxido de carbono (CO2).

Outras falhas apontadas são a utilização do termo “combustíveis sustentáveis para a aviação” sem justificação clara do impacto ambiental desses combustíveis e também dos termos ‘verde’, ‘sustentável’ ou ‘responsável de forma absoluta ou o recurso a outras alegações ecológicas implícitas.

A Organização Europeia de Consumidores (OEC) indicou, por seu lado, que as companhias em causa são, para além da TAP, Air Baltic, Air Dolomiti, Air France, Austrian, Brussels Airlines, Eurowings, Finnair, KLM, Lufthansa, Norwegian, Ryanair, SAS, SWISS, Volotea, Vueling, e Wizz Air.

Os membros da OEC denunciaram que alegações como a de que os pagamentos de créditos extras podem ‘neutralizar’ ou ‘compensar’ as emissões de CO2 são “factualmente incorretas” e que as empresas envolvidas enganam os consumidores quando cobram mais pelo contributo para o desenvolvimento de combustíveis sustentáveis.

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Sociedade Ponto Verde e Nova SBE desafiam alunos a pensar “fora da embalagem”

Maratona de inovação vai juntar 30 universitários no campus da Nova SBE para responder a "necessidades concretas" da Sociedade Ponto Verde na área do ecodesign de embalagens ou da gestão de resíduos.

A Sociedade Ponto Verde (SPV), em parceria com a Nova School of Business and Economics (Nova SBE) vai realizar nos dias 2 e 3 de maio o primeiro hackathon para estudantes universitários. Esta maratona de inovação, que vai decorrer sob o tema Hacking Packaging Waste, tem como objetivo repensar o futuro da reciclagem de embalagens.

Agrupados em equipas multidisciplinares, 30 alunos vão juntar-se a esta iniciativa em que serão desafiados a desenvolver soluções práticas e eficazes, assentes nas boas práticas de sustentabilidade, em resposta a necessidades concretas identificadas pela SPV, nomeadamente no ecodesign de embalagens e em medidas de prevenção na gestão de resíduos.

“Pretende-se que seja uma jornada transformadora que pense o futuro da reciclagem de embalagens, através de casos reais e num incentivo para que haja mais e melhor recolha seletiva destes resíduos em Portugal, apoiando o país a cumprir as metas nacionais”, explica a Sociedade Ponto Verde.

Ainda de acordo com a informação partilhada pela empresa num comunicado enviado às redações, o evento será presencial e irá decorrer durante os dois dias no campus da Nova SBE em Carcavelos (Cascais).

Fundada em 1996, a SPV é uma instituição privada sem fins lucrativos responsável pelo encaminhamento para reciclagem e valorização dos resíduos de embalagens que resultam do grande consumo, apoiando a conceção de embalagens cada vez mais circulares e propondo novas formas de melhorar os seus processos de recolha, separação e tratamento. Atualmente, trabalha com 8.200 clientes, entre micro, pequenas, médias e grandes empresas.

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ÉvoraWine espera 8.000 visitantes e retorno de meio milhão de euros no Alentejo

Evento vínico na Praça do Giraldo vai dar a provar cerca de 250 vinhos de 40 produtores do Alentejo. Organização fala em "combustível para o motor da economia do vinho, turismo e gastronomia".

Considerado o maior evento vínico do Alentejo, a 9ª edição do ÉvoraWine está agendada para os dias 24 e 25 de maio na Praça Giraldo, em Évora. O certame vai contar com uma mostra de mais de 250 vinhos da região e são esperados mais de oito mil visitantes nacionais e estrangeiros. A organização estima ao ECO/Local Online que o evento tem um impacto económico de meio milhão de euros na região. “O evento é o combustível para o motor da economia do vinho, turismo e gastronomia”, garante.

“Este evento é o único da região alentejana que coloca os produtores em contacto direto com os consumidores nacionais e estrangeiros, o que o torna numa fonte altamente rica de pareceres sobre os vinhos produzidos no Alentejo. Para além disso, é uma porta aberta para o turismo, essencial para o crescimento e reconhecimento da região“, reforça Reto Frank Jorg, porta-voz da organização do evento.

Ravasqueira, Herdade dos Coteis, Tapada do Chaves, Quinta do Paral, Adega Borba, Serrano Mira e Fundação Eugénio de Almeida são alguns dos 40 produtores que vão marcar presença em mais uma edição do ÉvoraWine.

José Santos, presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo salienta ainda que “o vinho é hoje uma das principais âncoras de visita ao território e é por esse motivo que o ÉvoraWine é tão importante para alavancar o turismo da região”.

O vinho é hoje uma das principais âncoras de visita ao território, é por esse motivo que o ÉvoraWine é tão importante para alavancar o turismo da região.

José Santos

Presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo

O ÉvoraWine surgiu em 2014 com o objetivo de dar a conhecer a diversidade que a região tem, a nível vínico, gastronómico, cultural e turístico. Na edição deste ano, o evento volta a contar com a parceria e o apoio da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) e da Câmara Municipal de Évora.

O setor vitícola assume grande relevância na região de Évora e a prova disso é o novo espaço de enoturismo da Adega da Cartuxa no Páteo de São Miguel, um edifício histórico situado no centro histórico da capital de distrito. A Adega Cartuxa, que pertence à Fundação Eugénio de Almeida, investiu neste novo espaço depois de ter alcançado em 2023 o “melhor ano de sempre” no segmento do enoturismo.

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