Taxas Euribor sobem em todos os prazos

  • Lusa
  • 26 Março 2024

Taxas que servem de base para o cálculo da prestação da casa subiram a três, a seis e a 12 meses em relação a segunda-feira.

As taxas Euribor, que servem de base para o cálculo da prestação da casa, subiram a três, a seis e a 12 meses em relação a segunda-feira.

Com as alterações de hoje, a Euribor a três meses, que avançou para 3,902%, permaneceu acima da taxa a seis meses (3,858%) e da taxa a 12 meses (3,675%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou para 3,858%, mais 0,003 pontos do que na segunda-feira, após ter avançado em 18 de outubro para 4,143%, um novo máximo desde novembro de 2008.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também subiu para 3,675%, mais 0,017 pontos que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses subiu para 3,902%, mais 0,016 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

Na última reunião de política monetária, em 7 de março, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro de referência pela quarta reunião consecutiva, depois de 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 11 de abril em Frankfurt.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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União Europeia procura cleantechs em Portugal para combater alterações climáticas

Candidaturas nacionais para o programa ClimateLaunchpad decorrem até 8 de maio. Desde 2016, programa já recebeu mais de 150 candidaturas portuguesas.

A União Europeia (UE) está à procura das melhores ideias para combater as alterações climáticas. O ClimateLaunchpad tem a decorrer até 8 de maio as candidaturas ao programa internacional que tem 10 mil euros em prémios. Os três vencedores da final nacional vão representar Portugal na final regional da competição.

Esta iniciativa da UE quer fazer crescer os projetos cleantech de todo o mundo nas categorias de agricultura, ar e meio ambiente, energia limpa, indústria limpa, armazenamento de energia, eficiência, transporte e água. Desde o início desta competição, em 2014, já se candidataram ao ClimateLaunchpad quase 15 mil ideias de negócio de 60 países. As 5 mil empresas que passaram no programa já receberam mais de 500 milhões de euros em investimento externo, informa comunicado de imprensa.

Em Portugal, a competição é organizada pela UPTEC, pela OERN – Ordem dos Engenheiros Região Norte e pelo Fórum Oceano/Hub Azul, contando esta edição com o apoio da 3xP Global, Câmara Municipal de Matosinhos, Crowe, Galp, Prio, Vieira de Almeida, Smart Waste Portugal e Pacto Português para os Plásticos.

“Ao longo do programa, todos os participantes vão ter oportunidade de participar num curso online e num bootcamp intensivo de três dias com um formador certificado da EIT Climate-KIC, a principal iniciativa da União Europeia em inovação associada ao clima”, informa comunicado.

Os participantes terão ainda “acesso a treino de pitch e sessões de mentoria com especialistas em sustentabilidade ambiental e economia circular, incluindo profissionais das entidades organizadoras do programa em Portugal.”

Os três vencedores da final nacional do ClimateLaunchpad vão representar Portugal na final regional da competição, tendo ainda acesso a “incubação gratuita na UPTEC durante quatro meses, além de mentoria, formação e outros prémios atribuídos pelos parceiros do programa avaliados em 10 mil euros.”

A decorrer em Portugal desde 2016, o programa já recebeu mais de 150 candidaturas, apoiou mais de 80 equipas e mais de 150 participantes. “Portugal conta também com três vencedores internacionais – Pavnext, Eco2blocks e Mudatuga, e as distinções da Windcredible e da Build.ing, que chegaram ambas à final regional”.

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IGCP revê em alta financiamento com Obrigações do Tesouro

Agência que gere a dívida pública previa levantar 13,9 mil milhões de euros com Obrigações do Tesouro, mas reviu em alta essa meta para os 16 mil milhões.

O IGCP reviu em alta o objetivo de financiamento com Obrigações do Tesouro para os 16 mil milhões de euros em 2024, o que representa um aumento de 15% face à estimativa inicial de 13,9 mil milhões, segundo adianta esta terça-feira.

Entre janeiro e março, o IGCP já emitiu 8,4 mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro, “o que representa mais de 50% do objetivo de emissão anual deste instrumento”, adianta este organismo.

Isto significa que até final do ano a agência ainda deverá emitir cerca de 7,6 mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro, com algumas emissões a ocorrerem ainda durante o segundo trimestre, “sendo esperadas colocações de 1.000 a 1.250 milhões de euros por leilão”.

Em sentido contrário, o objetivo de financiamento líquido através de Bilhetes do Tesouro foi revisto em baixa para 4,7 mil milhões de euros, menos 23% face à estimativa inicial.

A agência liderada por Miguel Martin acaba de lançar o calendário de leilões de Bilhetes do Tesouro para o próximo trimestre: 17 de abril, 15 de maio e 19 de junho são as datas em que Portugal regressará aos mercados para se financiar com títulos de curto prazo (com maturidades até 12 meses).

Durante o primeiro trimestre, as emissões líquidas de Bilhetes do Tesouro atingiram os 2,3 mil milhões de euros, faltando agora executar 2,4 mil milhões.

Por conta da subida das taxas de juro, o custo de financiamento do Estado disparou nos últimos anos, passando de 0,6% em 2021 para 3,5% em 2023 no que diz respeito a novas operações. A dívida emitida em 2024 apresenta uma ligeira redução para 3,2%.

(Notícia atualizada às 14h03 com indicação sobre a revisão em alta da meta de emissões de Obrigações do Tesouro)

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Avaliação bancária na habitação renova máximos com subida homóloga de 5,5%

Apesar de ter interrompido um período de três meses de um abrandamento da taxa homóloga, a subida do preço da avaliação das casas em fevereiro foi o terceiro aumento mais baixo em quase oito anos.

O valor mediano da avaliação bancária na habitação aumentou 10 euros em fevereiro para 1.560 euros por metro quadrado (m2), como resultado de uma subida mensal de 0,6% e um aumento homólogo de 5,5%, segundo dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Além de ser um novo valor recorde em termos absolutos, trata-se da maior subida homóloga desde novembro e traduziu-se num interregno a um período de três meses consecutivos de abrandamento da evolução da avaliação das casas.

O INE revela inclusive que se observou uma “variação mais intensa” na Região Autónoma da Madeira, onde o valor mediano da avaliação bancária da habitação subiu 19,1%, e que não se verificou qualquer descida homóloga em nenhuma região.

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No entanto, não significa que o mercado imobiliário não esteja a resfriar. A evolução registada em fevereiro da avaliação bancária das habitações foi a terceira taxa homóloga mais baixa desde novembro de 2016.

Os números do INE revelam ainda que, em fevereiro, o valor mediano de avaliação bancária dos apartamentos aumentou 4,75% face a fevereiro de 2023, fixando-se nos 1.741 euros por metro quadrado. Tratou-se do segundo aumento homólogo mais baixo desde novembro de 2016.

“Os valores mais elevados foram observados na Grande Lisboa (2.319 euros/m2) e no Algarve (2.096 euros/m2), tendo o Centro registado o valor mais baixo (1.162 euros/m2)”, revela o comunicado do INE, destacando ainda a Região Autónoma da Madeira como tendo apresentado “o crescimento homólogo mais expressivo (19,6%) e o Algarve o menor face ao mesmo período do ano anterior (0,7%).”

No segmento de moradias, a tendência é outra, com o valor mediano da avaliação bancária a registar o terceiro mês consecutivo de subida homóloga, que colmatou numa subida anual de 7,24% em fevereiro para os 1.230 euros/m2.

“Os valores mais elevados observaram-se no Algarve (2.218 euros/m2) e na Grande Lisboa (2.185 euros/m2), tendo o Centro e o Alentejo registado os valores mais baixos (952 euros/m2 e 1 040 euros/m2, respetivamente). A Região Autónoma da Madeira apresentou o maior crescimento homólogo (15,1%), tendo-se registado o menor na Grande Lisboa (2,6%)”, refere o INE em comunicado.

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Iniciativa Liberal fora do Governo de Montenegro. Partidos “não avançarão para entendimentos alargados”

PSD e IL defendem que "o diálogo deve manter-se", mas afastam entendimentos para integrar os liberais no Governo. Aguiar-Branco vai ser eleito para presidente do Parlamento sem o apoio do PS.

O PSD e a Iniciativa Liberal (IL) não chegaram a acordo para formar Governo. Num comunicado conjunto, divulgado esta terça-feira, os dois partidos afirmam que “não avançarão, nesta altura, para a celebração de entendimentos alargados, aqui incluídos os que dizem respeito a formação do novo Governo”.

O futuro líder da bancada social-democrata, Hugo Soares, não quis adiantar muito mais. Questionado pelos jornalistas à saída da reunião do grupo parlamentar, o deputado, que foi cabeça de lista por Braga, disse apenas: “Esse comunicado é claro e diz tudo.”

A seguir, o líder da IL, Rui Rocha, acabou por admitir que, “neste momento, não há uma aproximação suficiente para a celebração de acordos mais alargados”, acrescentando que “a conclusão das negociações é comum”. Em causa “estão sempre as ideias” e não os cargos ou ministérios, salientou o deputado, também eleito por Braga, que reiterou que “as prioridades não convergiram o suficiente para o haver um entendimento mais alargado”.

Rui Rocha afastou ainda a hipótese de a IL vir, no futuro, a integrar o Executivo de Montenegro: “A única porta que está aberta é a manutenção de diálogo sobre temas importantes. É uma prova de sentido de responsabilidade dos dois partidos. Há matérias importantes que terão de ser discutidas e viabilizadas.” Como o Orçamento do Estado? “Seguramente”, respondeu.

O partido de Luís Montenegro e de Rui Rocha confirmam, no mesmo comunicado, “que nos últimos dias decorreram contactos entre as direções dos dois partidos no sentido de avaliar diferentes cenários políticos”.

Ambos defendem que “o diálogo deve manter-se durante a legislatura que agora se inicia, comprometendo-se a discutir, sempre que tal se justificar as melhores soluções em matérias relevantes para a vida e o futuro dos portugueses”.

Mas preferem não incluir a IL no Executivo de Montenegro. PSD e IL indicam, na mesma nota, que “não avançarão nesta altura para a celebração de entendimentos alargados, aqui incluídos os que dizem respeito à formação do novo Governo”.

“Os dois partidos sublinham ainda que estes contactos decorreram num clima de grande abertura e com respeito integral pelo princípio da boa-fé, num quadro multo exigente que impõe a todos os agentes políticos um elevado sentido de responsabilidade“.

Neste momento, não há uma aproximação suficiente [entre IL e PSD] para a celebração de acordos mais alargados.

Rui Rocha

Iniciativa Liberal

PSD indica Teresa Morais e Chega propõe Pacheco de Amorim para a vice-presidência do Parlamento

Hugo Soares, que será eleito líder do grupo parlamentar do PSD, revelou que o partido vai indicar a deputada Teresa Morais para a vice-presidência da Assembleia da República, confirmando que os sociais-democratas vão propor o antigo ministro da Defesa José Pedro Aguiar-Branco para presidente do Parlamento.

Teresa Morais, que foi durante um mês ministra da Cultura e da Igualdade no segundo e muito curto Governo de Passos Coelho, poderia vir a integrar o Executivo de Luís Montenegro. Indicada agora para a vice-presidência do Parlamento, está completamente afastada a possibilidade de tutelar um ministério.

Sobre o candidato do Chega a vice-presidente da Assembleia, Hugo Soares, confirmou o que André Ventura já tinha afirmado na segunda-feira ao final do dia: “O que faremos é votar cada um dos nomes no boletim seja do PSD, da IL, seja o nome do Chega”, indicou. Mas rejeitou existir um “acordo”, como lhe chamou o líder do Chega. O que está em causa “é o princípio da Constituição”, em que “os quatro maiores partidos devem indicar um vice-presidente”, defendeu.

E recordou que “já na anterior legislatura tínhamos proposto votar qualquer nome, quer da IL, quer do Chega”, mas, na altura, a bancada, herdada de Rui Rio, dividiu-se e uma parte decidiu rejeitar os nomes, que acabaram chumbados com os votos de deputados do PSD e da esquerda parlamentar.

Questionado se, desta vez, os deputados vão aprovar o nome do Chega, Soares mostrou-se confiante. “Não tenho dúvida de que os deputados do PSD vão cumprir a indicação dada pelo líder do grupo parlamentar do PSD”, Joaquim Miranda Sarmento, “e por aquele que se propõe agora liderar a bancada”, ou seja, o próprio Hugo Soares.

Entretanto, o líder do Chega, André Ventura, anunciou que vai propor o deputado Diogo Pacheco de Amorim para vice-presidente do Parlamento. O polémico nome, que tem no currículo passagens pelo CDS e que fez parte da direita armada do MDLP no pós-25 de abril, já tinha sido indicado para a vice-presidência da Assembleia na anterior legislatura, em 2022, mas acabou por ser chumbado pela esquerda e por deputados do PSD. Ventura recupera agora a candidatura para o que designa de “novo ciclo” que fará “um ajuste de contas de quando a Assembleia se juntou para boicotar” o nome de Pacheco de Amorim.

O dirigente do Chega, Diogo Pacheco de Amorim.MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

Espero que se abra hoje um novo ciclo e uma nova forma de trabalhar na Assembleia, com esperança de que uma nova maioria ampla de direita possa trabalhar democraticamente, respeitando a representatividade dos partidos”, defendeu.

Na legislatura que está a terminar, o partido de André Ventura chegou a apresentar quatro nomes, mas foram todos chumbados pela esquerda, nomeadamente pela maioria absoluta socialista de 120 deputados, mais quatro do que os 116 necessários para aprovar candidaturas à vice-presidência do Parlamento, segundo o regimento da Assembleia da República. Como resultado, a mesa perdeu dois dos quatro vices, porque não foram eleitos os candidatos do Chega e da IL.

De lembrar que a IL vai voltar a propor, para esta legislatura, o deputado Rodrigo Saraiva para vice-presidente da Assembleia, que também foi rejeitado em 2022.

O líder do Chega adiantou ainda que, “no final da semana, haverá uma proposta minha para a liderança da bancada”, que, na legislatura que terminou, era ocupada pelo deputado Pedro Pinto.

Além disso, Ventura garante que vai “avançar, nos primeiros dias da legislatura, com reformas importantes”. “Porque temos uma maioria para isso”, atirou.

O PS vai indicar o deputado e membro do secretariado nacional do partido, Marcos Perestrello, para a vice-presidência da mesa da Assembleia.

No dia da instalação do novo Parlamento, realizou-se uma cerimónia de recolocação da placa do CDS, retirada em 2022, na nova sala do grupo parlamentar centrista, que foi presidida pelo líder do partido, Nuno Melo, e que contou com a presença do antigo presidente, Paulo Portas, que afirmou apenas estar “muito emotivo e nada mais”.

Acolhimento dos deputados da XVI Legislatura na Assembleia da República - 26MAR24
Paulo Portas fotografa a placa do novo gabinete do CDS-PP na Assembleia da RepúblicaHugo Amaral/ECO

Questionado pelos jornalistas qual a pasta que iria ocupar no Executivo de Luís Montenegro, Melo reiterou o que já se sabia: “Estaremos num Governo.” Defesa? “Paulo Portas foi o melhor ministro da Defesa”, respondeu, ladeado pelo antigo governante e pelo militante histórico Narana Coissoró.

“Ao fim de dois anos, passamos dessa dita irrelevância parlamentar a de novo ter deputados na Assembleia da República e ao poder, porque estaremos num Governo. Isso não é coisa pouca”, sublinhou, acrescentando que “é a Montenegro que compete informar o país das suas escolhas”.

Estaremos num Governo.

Nuno Melo

CDS-PP

Aguiar-Branco eleito sem apoio do PS. Pedro Nuno Santos critica “acordo” entre PSD e Chega

O líder do PS e deputado eleito por Aveiro, Pedro Nuno Santos, confirmou que o PS vai indicar Marcos Perestrello para vice-presidente do Parlamento, e deu a entender que a bancada não vai votar em José Pedro Aguiar-Branco, proposto pelo PSD, para presidente da Assembleia da República, nem aprovar Diogo Pacheco de Amorim, indicado pelo Chega, para vice-presidente, criticando o acordo entre PSD e Chega.

“Votaremos, o voto é secreto, vamos pelo exercício de voto dos deputados”, afirmou, revelando apenas que “não fomos contactados nem pelo líder da AD”, Luís Montenegro, “nem pelo líder parlamentar do PSD”, que ainda é Joaquim Miranda Sarmento, para concertar posições sobre a eleição de Aguiar-Branco.

“Não se preocupem com o voto do PS, porque a eleição do presidente da Assembleia da República está assegurada por Chega e PSD. Depois de tanta separação e distanciamento, na primeira necessidade o Chega e o PSD entenderam-se”, atirou, dando a entender que os socialistas poderão não votar em Aguiar-Branco.

O primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro (E), cumprimenta o deputado do Partido Social Democrata (PSD), José Pedro Aguiar-Branco (D), à chegada para a primeira reunião plenária da XVI legislatura, na Assembleia da República, em Lisboa, 26 de março de 2024.JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

“Há um entendimento entre PSD e Chega, essa maioria de direita existe quando é necessário e as eleições representaram uma viragem clara à direita, que foi sendo negada pelo PSD”, continuou.

A eleição do presidente da Assembleia da República está assegurada por Chega e PSD. Depois de tanta separação e distanciamento, na primeira necessidade o Chega e o PSD entenderam-se.

Pedro Nuno Santos

PS

Questionado sobre o cumprimento do Regimento do Parlamento e da Constituição, que indicam que os quatro maiores partidos — neste caso, PSD, PS, Chega e IL — devem indicar um vice-presidente, Pedro Nuno Santos insistiu: “O que vimos da parte do Chega foi que houve um acordo para a eleição do presidente da Assembleia por contrapartida à eleição do vice-presidente do Chega.”

Em entrevista à SIC Notícias, o deputado socialista Francisco César foi mais claro em relação à posição do PS sobre a votação do candidato do PSD para a presidência do Parlamento: “O líder do PSD não ligou a Pedro Nuno santos e teria uma resposta positiva da nossa parte. O PSD ligou ao Chega e informou que iria viabilizar o nome para vice-presidente do Chega e o Chega informou que, em virtude disso, viabilizaria o nome de Aguiar-Branco.”

Ou seja, o PS não vai votar em Aguiar-Branco. De salientar que o boletim tem apenas um quadrado para desenhar uma cruz, não tem opção de contra ou a favor. Os socialistas também não vão aprovar o candidato do Chega, Diogo Pacheco de Amorim, para a vice-presidência. Aqui, sim, há a possibilidade de se votar contra, a favor ou abster.

“O PSD tinha uma opção clara. Não precisava de falar com o Chega para eleger Aguiar-Branco, bastava falar com o PS. O que seria normal era que falassem com o PS e teriam o nosso apoio para a eleição e o PSD preferiu um acordo com o Chega para uma questão tão simples como a eleição do presidente da Assembleia da República. É um sinal que nós lamentamos”, reforçou

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, adiantou ainda que, durante a próxima semana, será conhecido o novo líder da bancada, cargo que foi ocupado na anterior legislatura por Eurico Brilhante Dias. Francisco César já garantiu que não será candidato: “Líder parlamentar não vou ser, garanto-lhe.”

(Notícia atualizada às 13h52 com declarações de Francisco César)

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Paula Franco recandidata-se ao cargo de bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados

Eleições estão agendadas para 21 de junho. Interrupção do atual mandato foi ditada pelas alterações introduzidas no âmbito da reforma da lei das ordens. Paula Franco é bastonária dos OCC há seis anos.

A atual bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados, Paula Franco, vai recandidatar-se ao cargo para um novo mandato, depois da interrupção ditada pelas alterações dos estatutos das Ordens profissionais. Uma reforma feita no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e que dita a necessidade de novas eleições das equipas de topo de todas as ordens.

“É com um novo patamar de excelência profissional em mente que me volto a recandidatar a bastonária”, para o mandato de 2025/2028, anunciou Paula Franco num vídeo publicado nas redes sociais. As eleições estão agendadas para 21 de junho.

“Após a interrupção do mandato em resultado da alteração do estatuto estamos cientes que temos um trabalho muito grande pela frente” para criar “uma melhor profissão”, acrescenta.

Paula Franco ocupa o cargo há seis anos e entre os “múltiplos obstáculos” que diz ter atravessado com a sua equipa elenca uma revolução digital, a pandemia, uma crise inflacionária e “um voraz ataque aos atos próprios” para construir a profissão. Uma crítica aberta às alterações introduzidas no âmbito da reforma da lei das ordens.

Na primeira proposta de alteração ao estatuto dos contabilistas certificados, o Governo sugeriu acabar com a exclusividade de alguns dos atos da profissão, de modo a que qualquer cidadão pudesse submeter declarações fiscais e deixar de ser precisa a assinatura do contabilista certificado “nas demonstrações financeiras e declarações fiscais das entidades, públicas ou privadas, que possuam ou que devam possuir contabilidade organizada”. Mas, acabou por recuar e chegar a uma situação de compromisso com a Ordem.

Paula Franco reconhece que foi “um percalço” que punha em causas as competências exclusivas dos contabilistas certificados e que foram “apanhados desprevenidos”. Perante a manifestação negativa da ordem a situação foi revertida e a bastonária admitiu que a Ordem “foi daquelas que esteve mais de acordo com muitas das alterações e as compreendeu”.

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Sonae quer ter 45% das posições de liderança ocupadas por mulheres em 2026

Com 40% das atuais posições de liderança ocupadas por mulheres, Sonae quer reforçar participação feminina na gestão. Aponta para 45% em 2026, como parte da estratégia de diversidade e inclusão.

A Sonae quer ter 45% das suas posições de liderança ocupadas por mulheres em 2026, com vista a assegurar a igualdade de género. Em comparação, neste momento, cerca de 40% desses lugares são ocupados por elas.

“A Sonae está comprometida com a promoção da igualdade de género, tendo estabelecido o objetivo de 45% das posições de liderança serem ocupadas por mulheres em 2026. Este compromisso enquadra-se na estratégia de diversidade e inclusão”, informou o grupo esta terça-feira, numa nota enviada às redações.

Importa notar que essa estratégia já tem permitido alguns avanços, quanto à participação de mulheres na liderança da Sonae: entre 2019 e 2023, permitiu o reforçar o peso delas nessas posições de 34% para 40%.

“Na Sonae, estamos num processo constante de aprendizagem e adaptação, conscientes de que temos de melhorar. Foi com um claro sentido de propósito que definimos o compromisso de acelerar o equilíbrio de género nas funções de liderança. Por esse motivo, estabelecemos metas para alcançar essa diversidade, que é fundamental para promover a diversidade de pensamento, variedade de experiências e pontos de vista, impulsionar a inovação e conduzir a decisões mais ponderadas“, sublinha João Günther Amaral, administrador executivo da Sonae.

A Sonae integra, “numa posição de destaque”, o Bloomberg Gender-Equality Index, que reúne as cotadas de todo o mundo que mais contribuem para a promoção da igualdade de género.

Em comunicado, o grupo garante ainda que “promove ativamente uma cultura de meritocracia, onde a diferenciação do desempenho e o contributo das pessoas e equipas é sustentado em processos e ferramentas de avaliação e reconhecimento“.

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Há um novo programa de proteção da propriedade intelectual para PME, o IP Management Clinic

A COTEC Portugal, em parceira com a OMPI, vai lançar um projeto que pretende apoiar as empresas em crescimento internacional na gestão e proteção dos seus ativos intangíveis e direitos de propriedade

Em parceira com a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), a COTEC Portugal, uma associação empresarial para a inovação, vai lançar o IP Management Clinic, um projeto que pretende apoiar as empresas em crescimento internacional na gestão e proteção dos seus ativos intangíveis e direitos de propriedade industrial.

Em comunicado, a associação explica que o principal objetivo é preparar as empresas – pequenas e médias empresas, smallcaps e startups com modelos de negócio estabelecido -, dando acesso a um programa de coaching com especialistas e um conjunto abrangente de recursos e orientações com vista a retirar o máximo partido dos ativos intangíveis como parte integrante das suas estratégias empresariais.

“Falta ainda fazer um longo caminho para dar a devida importância à gestão dos ativos intangíveis e direitos de propriedade industrial. O balanço incorpóreo é cada vez mais objeto de atenção na valorização das empresas, pelos investidores e pela banca. A internacionalização pelo incorpóreo e pelos intangíveis será cada vez mais relevante no desempenho competitivo das empresas. Assim, é fundamental consciencializar os líderes empresariais, e também urgente preparar o tecido exportador cada vez mais internacional para uma proteção e gestão ativa dos seus principais ativos intangíveis“, sublinhou Jorge Portugal, diretor-geral da COTEC Portugal.

O programa é gratuito para os participantes e as empresas podem candidatar-se através do preenchimento de um questionário que está disponível no site da associação. No total, serão selecionadas entre 15 e 20 empresas, de acordo com o seu perfil, estratégia de crescimento e importância da Propriedade Industrial na sua competitividade. O programa tem a duração de quatro meses e terá quatro fases: um exame aos principais ativos intangíveis e situação de proteção, estratégia de propriedade intelectual ao que se seguirá um processo de mentoria na elaboração de um plano de gestão e proteção dos ativos intangíveis mais relevantes.

Desde 2021 presente em mais de 30 países em todo o mundo, o IP Management Clinic chega assim pela primeira vez à Europa através desta parceria entre a COTEC Portugal e o WIPO. “A iniciativa contempla sessões de mentoria individual com especialistas, que irão orientar as empresas e prepará-las para desenvolverem e alinharem a sua estratégia de propriedade intelectual com a sua estratégia de crescimento“, explicam em comunicado.

As empresas terão ainda a oportunidade de ter acesso a ferramentas e recursos práticos, bem como workshops e práticas, e ainda acesso exclusivo a eventos públicos e internacionais, oportunidades de criação de redes de networking e ferramentas de apoio para a definição e implementação da sua estratégia de propriedade industrial.

“Estamos muito satisfeitos pelo WIPO ter reconhecido na COTEC Portugal o parceiro certo para trazer esta iniciativa pela primeira vez à na Europa. Queremos apoiar as empresas de base nacional a prepararem-se para um contexto competitivo internacional muito exigente em termos de cópia legal ou ilegal dos seus intangíveis mais valiosos e para a possibilidade de real de litigância, tenham ou não direitos de Propriedade Industrial no seu balanço, bem como para reduzir a assimetria de informação entre investidores, financiadores e as empresas”, acrescentou Jorge Portugal.

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Portugal ultrapassa Polónia e Estónia no PIB per capita, mas está ainda 17% abaixo da média da União Europeia

PIB per capita de Portugal, expresso em paridades de poder de compra, aumentou em 2023 e ascende à 18º posição entre os Estados-membros da União Europeia, subindo dois lugares face ao ano anterior.

O PIB per capita de Portugal, expresso em paridades de poder de compra, aumentou em 2023 e ascendeu à 18º posição entre os Estados-membros da União Europeia (UE), subindo dois lugares face ao ano anterior, de acordo com a estimativa rápida do Eurostat divulgada esta terça-feira.

Apesar desta melhoria, o PIB per capita português continua a estar abaixo da média europeia: fixou-se em 83% da média da UE em 2023, enquanto em 2022 tinha sido 79%. Quer isto dizer que o volume do PIB medido em paridades de poder de compra está 17% abaixo da média comunitária.

Face a 2022, Portugal passou à frente da Polónia e da Estónia, que atualmente têm um PIB per capita que representa 80% e 81% da média europeia, respetivamente.

O Eurostat destaca a disparidade neste indicador entre os Estados-membros, sendo que variou entre 64% da média da UE na Bulgária e 240% no Luxemburgo.

“O Luxemburgo e a Irlanda registaram os níveis mais elevados (140% e 112% acima da média da UE, respetivamente), bem à frente dos Países Baixos (30% acima da média da UE), da Dinamarca (+28%) e da Áustria (+23%)”, indica o gabinete de estatísticas europeu.

Já no extremo oposto encontra-se a Bulgária, que registou o PIB per capita mais baixo ao ficar 36% abaixo da média da UE, seguida pela Grécia (-33%) e pela Letónia (-29%).

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Quase 80% dos consumidores dispostos a descarregar apps de retalhistas em troca de recompensas

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  • 26 Março 2024

Em Portugal, 75% dos compradores consideram que os retalhistas precisam de melhorar a forma como incentivam à fidelidade dos clientes.

Quase oito em cada 10 consumidores (77%) estão dispostos a descarregar a aplicação de um retalhista para receberem melhores bónus ou recompensas de fidelização, segundo as conclusões do Retail Report 2023, resultado de uma análise da Adyen ao setor da alimentação e bebidas. Este número representa um aumento de 11% em relação a 2022.

Segundo o estudo, 82% dos inquiridos revelam que gostariam de usufruir de descontos mais personalizados dos retalhistas onde fazem compras frequentemente. Em Portugal, 75% dos compradores consideram que os retalhistas precisam de melhorar a forma como incentivam à fidelidade dos clientes.

Já entre as empresas analisadas, metade “assume dificuldades em categorizar os compradores de acordo com as suas necessidades e não dispõem de uma base de dados funcional e centralizada“, refere-se em nota de imprensa de divulgação do estudo.

O Retail Report 2023, desenvolvido a nível global, realça também que 61% dos consumidores valorizam a conveniência das devoluções de compras realizadas online em loja e que 63% dos consumidores procuram a possibilidade de adquirir produtos esgotados em loja com a opção de envio ao domicílio, o que faz com que as empresas estejam a investir no “comércio unificado”.

Neste âmbito do comércio unificado, onde acontece uma integração entre lojas físicas e online e onde os pagamentos no digital e no offline são consolidados numa mesma plataforma, 17% dos retalhistas diz estar a investir ativamente neste sistema, enquanto 33% refere que vai começar a fazê-lo e 39% pensa fazê-lo a curto prazo.

No que toca à aquisição de produtos de mercearia e de outros bens alimentares, 76% dos consumidores continuam a preferir fazer as compras de forma física para poderem experimentar os produtos (59%), garantir a sua qualidade (56%) e obtê-los mais rapidamente (53%).

Mas quer seja em lojas físicas ou online, 55% dos consumidores abandonam as compras se não puderem pagar com os seus métodos preferidos, o que “evidencia o poder de oferecer opções de pagamento para atender às preferências individuais e garantir uma conclusão bem sucedida das transações”, refere-se em nota de imprensa.

Os dados mostram também que duas em cada 10 pessoas estão “particularmente preocupadas” com os custos de entrega e dizem encomendar menos refeições online, para evitar pagar estas taxas.

Conscientes destas preferências, os retalhistas dizem querer melhorar o seu negócio para ir ao encontro da expectativa dos seus clientes, reduzindo os custos e aumentando a eficácia (22%), identificando produtos inovadores (22%) e melhorando as experiências dos clientes (21%).

Esta é assim uma “mudança de paradigma que os próprios retalhistas também estão a sentir”, tendo em conta que 58% reportam um aumento das expectativas dos clientes devido à inflação do custo de vida.

“Esta análise ao setor alimentar e das bebidas evidencia a complexidade da dinâmica do mercado atual e oferece, ao mesmo tempo, um guia para os retalhistas que decidem crescer e aproveitar as oportunidades do mundo contemporâneo”, refere-se em nota de imprensa.

Na mesma nota acrescenta-se ainda que “é importante quebrar os ciclos de vendas tradicionais e investir em estratégias flexíveis, como descontos personalizados e programas de fidelidade inovadores, para aumentar a fidelidade dos clientes e acompanhar a competitividade do mercado”.

Perante um panorama económico incerto e um consumidor mais consciente e cauteloso, continua a ser essencial que as empresas quebrem os ciclos de vendas tradicionais, por exemplo, com dias como a Black Friday, o Prime Day ou o CyberMonday”, diz citado em comunicado Juan José Llorente, country manager da Adyen em Espanha e Portugal, algo que é de “extrema importância” para os retalhistas, “sendo que muitos deles já o fazem”.

Por exemplo, as empresas, a nível global, dizem que vão manter períodos de desconto flexíveis mesmo após a inflação diminuir, algo que pode ajudar a aumentar a fidelidade dos clientes”, exemplifica.

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Worldcoin vai suspender operações em Portugal, mas garante “total conformidade” com a lei

Organização assegura que vai suspender as operações em Portugal, apesar de garantir que o projeto respeita o Regulamento Geral de Proteção de Dados europeu.

A Worldcoin vai respeitar a decisão da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) e suspender as operações em Portugal, disse ao ECO fonte oficial da organização. A comissão anunciou esta terça-feira que ordenou a empresa responsável a “proceder, no prazo de 24 horas, à limitação temporária da recolha de dados biométricos, pelo período de 90 dias”, até “concluir a sua averiguação e emitir decisão final”.

Apesar da garantia da Worldcoin de que vai cumprir o deliberado pela CNPD, o responsável pela proteção de dados da Worldcoin Foundation, Jannick Preiwisch, assegura, numa declaração enviada à imprensa, que “a Worldcoin está em total conformidade com todas as leis e regulamentos que regem a recolha e transferência de dados biométricos, incluindo o Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) da Europa”. O ECO perguntou a fonte oficial da Worldcoin se vai impugnar judicialmente a decisão da CNPD e aguarda resposta.

Reagindo à decisão da comissão presidida por Paula Meira Lourenço, o responsável da Worldcoin diz também que “o relatório da CNPD é o primeiro contacto que temos da parte deles sobre muitos destes assuntos, incluindo o tema de verificações por menores em Portugal, para o qual temos tolerância zero e estamos a trabalhar para resolver em todas as instâncias”. Porém, ressalva serem “poucas situações”.

Jannick Preiwisch aponta também que a organização “tem o maior respeito pelo papel e responsabilidades das autoridades de proteção de dados, incluindo a CNPD em Portugal”. “Desde que oferecemos serviços de verificação de humanidade em Portugal, temos sido completamente transparentes e disponíveis para responder às questões ou preocupações da CNPD”, remata.

A Worldcoin diz ser um novo protocolo de autenticação para a era da internet, permitindo que cada pessoa tenha uma e uma só conta. Este sistema pode ser integrado noutras aplicações: por exemplo, na rede social Reddit, os utilizadores de uma determinada comunidade que tenham aderido à Worldcoin podem provar, através desse protocolo, que é mesmo um humano que está detrás do ecrã, explica o site do projeto. O gestor dessa comunidade pode permitir, ou não, esse método de autenticação.

A Worldcoin oferece uma compensação de um certo valor numa criptomoeda a quem aderir voluntariamente ao projeto. E, para garantir que ninguém se inscreve mais do que uma vez, a organização desenvolveu um dispositivo chamado “Orb”.

É precisamente a “Orb” que está no cerne do problema, porque ela foi concebida para recolher dados biométricos das pessoas. No momento da inscrição, a Worldcoin captura o padrão da íris do olho — que, à semelhança da impressão digital, é único em cada ser humano — e uma fotografia do rosto. A entidade assegura que só usa estas leituras para gerar um código único, eliminando-as depois. Mas esse código é gravado permanentemente numa base de dados e não pode ser eliminado.

Imagem ilustrativa da “Orb” facultada pela Worldcoin

A principal preocupação da CNPD reside no facto de haver notícia de menores que estão a participar nesta recolha de dados sem consentimento dos pais. Explicando a decisão de suspender temporariamente a recolha de dados pela Worldcoin em Portugal, a autoridade de proteção de dados disse que “a adoção desta medida provisória urgente surge na sequência de largas dezenas de participações recebidas na CNPD no último mês, dando conta da recolha de dados de menores de idade sem a autorização dos pais ou outros representantes legais”.

A CNPD também apontou “deficiências na informação prestada aos titulares, na impossibilidade de apagar os dados ou revogar o consentimento, que tornou imperiosa a necessidade de agir“.

Estima-se que 300 mil pessoas já tenham fornecido os seus dados à Worldcoin, segundo informação citada pela CNPD num comunicado. Em várias comunicações, a Worldcoin tem afirmado que já recolheu a íris a 2% da população de Portugal, normalmente em locais de grande afluência de pessoas, como centros comerciais ou pontos de paragem dos transportes públicos.

Segundo a comissão, “os dados biométricos são qualificados como dados especiais no RGPD e gozam, por isso, de uma proteção acrescida, sendo os riscos do seu tratamento elevados”. “Por outro lado, os menores são pessoas especialmente vulneráveis e são também objeto de uma proteção especial por parte do legislador europeu nacional, por poderem estar menos cientes dos riscos, consequências e garantias do tratamento dos seus dados pessoais, bem como dos seus direitos”, apontou a CNPD num comunicado divulgado na manhã desta terça-feira.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h40)

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Evio “energiza” expansão na mobilidade elétrica com ronda de 2,5 milhões de euros

Com cerca de 30 trabalhadores, a startup que atua na área da mobilidade elétrica e gestão de energia tenciona também reforçar a equipa, prevendo atingir as 57 pessoas ainda este ano.

Equipa da Evio

A Evio, startup portuguesa que comercializa soluções integradas para o setor da mobilidade elétrica e de gestão de energia, levantou 2,5 milhões de euros numa ronda seed liderada pela Lince Capital. “Acelerar o processo de expansão comercial” e “investir significativamente em inovação e desenvolvimento da sua plataforma tecnológica” são os objetivos desta ronda. Empresa quer reforçar equipa e fechar o ano com 57 colaboradores.

“Este aporte financeiro reforça a nossa missão de liderar a transformação no ecossistema de mobilidade elétrica, oferecendo soluções que não apenas atendem às necessidades atuais do mercado, mas também antecipam os desafios futuros. Com o apoio da Lince Capital iremos expandir nossa equipa e solidificar a nossa posição num setor em rápida evolução”, diz Carlos Almeida, CEO da Evio, citado em comunicado.

“Estamos entusiasmados por acelerar não apenas a nossa expansão, mas também por impulsionar a inovação contínua que define a nossa plataforma”, reforça o CEO da startup.

A startup desenvolveu uma plataforma SaaS, agnóstica e escalável, e entre os vários serviços de mobilidade elétrica que presta incluem-se a “gestão inteligente de frotas, gestão de postos de carregamento, disponibilização de serviços de carregamento em espaços de estacionamento públicos e privados, quer em Portugal, quer noutros países”, elenca a startup. Em Portugal, é comercializadora de eletricidade para a mobilidade elétrica, “disponibilizando eletricidade 100% verde.”

Recentemente, lançou uma gama White Label que permite a empresas terceiras lançar oferta na mobilidade elétrica com marca própria, como é o caso das parcerias com o Automóvel Clube de Portugal (ACP), que resultou no lançamento da aplicação ACP Electric, que permite aos sócios e público em geral carregarem os seus veículos elétricos; com o Grupo Salvador Caetano (com a marca Go.Charge) e, por fim, com a Hyundai (Hyundai Blue).

A ronda foi liderada pela Lince Capital e irá permitir acelerar processo de expansão. “O crescimento da produção e da procura de veículos elétricos requer soluções inovadoras, tanto na vertente das infraestruturas de carregamento, como também na de gestão de frotas. O posicionamento único e integrado da Evio é essencial para dar resposta a esta necessidade crescente e, dessa forma, continuar a aumentar a sua quota de mercado e estabelecer-se como uma plataforma de referência no setor da mobilidade elétrica”, diz Vasco Pereira Coutinho, CEO da Lince Capital.

Atualmente com cerca de 30 pessoas, a startup tenciona também reforçar equipa prevendo atingir os 57 colaboradores ainda este ano.

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