Via Navegável do Douro recebe mais de 1,2 milhões de turistas em 2023

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2024

"O ano de 2023 registou aumentos comparativamente a 2022 nas diferentes tipologias" de navegação.

A Via Navegável do Douro (VND) recebeu mais de 1,2 milhões de turistas em 2023, um aumento face aos 1,13 milhões registados em 2022, mas ainda abaixo dos 1,6 milhões registados em 2019, foi esta quarta-feira divulgado pela Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), que gere esta via.

“O ano de 2023 registou aumentos comparativamente a 2022 nas diferentes tipologias” de navegação. “Se no registado em navios hotel, com passageiros maioritariamente estrangeiros, o aumento foi de quase 20% num total próximo de 107.000 passageiros, nos designados cruzeiros de 1 dia — que efetuam operações nas eclusas de navegação — o aumento foi menor (mais de 3%), com um movimento de cerca de 170.000 passageiros”, detalha a APDL em comunicado.

Já quanto às escalas de navegação, “que se efetuaram numa mesma albufeira ou no estuário, o aumento foi de cerca de 11%, com um movimento de 958.438 passageiros”, refere a administração portuária liderada por João Neves.

A APDL refere que a atividade “já deixou de se centrar apenas no estuário e nas grandes áreas urbanas do Porto/Gaia”, perspetivando-se “dinâmicas muito interessantes” para territórios como Entre-os-Rios, Bitetos, Escamarão, Pala, Porto Antigo, Caldas de Arêgos, Régua, Folgosa, Foz do Távora, Ferrão, Sabrosa, Pinhão, São Xisto, Foz do Sabor, Pocinho e Barca D’Alva.

No total, registaram-se 25.000 escalas e respetivos movimentos, operações e serviços, valores “sempre associados a uma atividade ao longo da VND dos diferentes operadores marítimos turísticos do Douro”.

Por outro lado, “os dados de 2023 mostram que o Douro ainda não é visto como uma via privilegiada de transporte de mercadorias, tendo registado um decréscimo de 25% face a 2022, com um total de mais de 9.000 toneladas, com escalas de 10 navios com navegação flúvio-marítima, com destino ao Norte da Europa”, reconhece a APDL.

O rio Douro, que em território nacional desce de Barca de Alva (Figueira de Castelo Rodrigo, Guarda) até ao Porto, atrai turistas que optam por viajar em pequenas embarcações, em cruzeiros numa albufeira ou de dia ou ainda barcos-hotéis, e por programas que vão desde uma hora até uma semana.

O melhor ano para o turismo fluvial no Douro foi 2019, tendo sido ultrapassados os 1,6 milhões de passageiros dispersos pelas diferentes embarcações marítimo-turísticas. Os dois anos seguintes ficaram marcados por quebras significativas em resultado da pandemia da Covid-19.

Em 1990, com a inauguração dos 210 quilómetros da Via Navegável do Douro, abriu-se uma porta ao turismo que foi, depois, consolidada em 2001 com a classificação do Douro como Património Mundial da Unesco No dia 14 de dezembro o Alto Douro Vinhateiro assinalou 22 anos de património mundial.

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+M

Campanha sensação da Ikea permite escalada ao top cinco das marcas mais recordadas

  • + M
  • 7 Fevereiro 2024

Na semana de lançamento da campanha que se tornou tema no país, a Ikea subiu 61 posições no ranking de recordação. Alcançou a quarta posição, o melhor lugar de sempre.

Desde que chegou ao mercado português, a Ikea conseguiu pela primeira vez um lugar no top cinco semanal de marcas mais recordadas. A marca de origem sueca conseguiu alcançar este marco graças à campanha que contemplou um outdoor que promovia uma estante “Boa para guardar livros. Ou 75.800€” – o montante em dinheiro apreendido ao chefe de gabinete de António Costa, Vítor Escária. A campanha começou por se tornar viral, dando origem depois a múltiplas reações, notícias e análise sobre os limites do humor e o assumir de riscos na publicidade.

Na semana de lançamento desta campanha, a Ikea subiu 61 posições face à semana anterior, alcançando o quarto lugar do ranking de marcas com maior recordação. Os dados são do estudo “Tracking Genérica”, da Marktest, que recolhe a recordação sobre marcas, independentemente da classe de produto e do meio de comunicação.

A Ikea conseguiu assim alcançar pela primeira vez o topo de um ranking de notoriedade e recordação que é ocupado de forma consistente pelas três principais operadoras de telecomunicações (Vodafone, Meo e Nos), por insígnias de distribuição alimentar como o Continente, Lidl e Pingo Doce, ou por marcas como a Worten ou a Nike.

A melhor posição que a marca já tinha conseguido ocupar neste ranking foi um 17.º lugar, sendo que em 2023 a Ikea ocupou o 47.º lugar no ranking global de marcas mais recordadas pelos portugueses, refere-se em comunicado.

A campanha que permitiu ao Ikea esta escalada no ranking de recordação de marcas foi assinada pela Uzina e foi aproveitada por muitas outras marcas que partilharam conteúdos em resposta à campanha, num verdadeiro exemplo de real-time marketing. O buzz criado à volta do anúncio foi até também aproveitado junto do quadrante político, com a Iniciativa Liberal (IL) a usar o tema nas suas publicações.

Embora a marca tenha assegurado que apenas queria “brincar com a atualidade, sem qualquer ambição política”, as opiniões dividiram-se entre as que consideraram a Ikea uma marca corajosa que brincou com um assunto tabu e as que julgaram que esta ultrapassou o limite e entrou na campanha eleitoral.

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) acabou mesmo por receber queixas por parte de cidadãos contra a campanha lançada pela marca sueca, por considerarem que a mesma representava uma interferência no processo eleitoral. Após análise, a CNE considerou que a campanha “não se enquadra no entendimento do que é considerado propaganda política na forma comercial”, avançou o Público.

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PSP abre inquérito para apurar baixas médicas de 44 polícias do Corpo de Intervenção

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2024

O comandante da Unidade Especial de Polícia da PSP vai abrir um inquérito para apurar as baixas médicas de 44 polícias do Corpo de Intervenção e decidiu fazer alterações nos grupos operacionais.

O comandante da Unidade Especial de Polícia (UEP) da PSP vai abrir um inquérito para apurar as baixas médicas de 44 polícias do Corpo de Intervenção e decidiu fazer alterações nos grupos operacionais.

Num comunicado divulgado esta quarta-feira, a direção nacional da Polícia de Segurança Pública refere que 44 polícias pertencentes ao terceiro grupo operacional do Corpo de Intervenção (CI), integrado na UEP, apresentaram baixa médica no passado dia 4 de fevereiro.

A PSP avança que, tendo em conta “a situação inédita de 44 polícias de um grupo operacional terem apresentado baixa médica em simultâneo”, o comandante da UEP, Luís Carrilho, promoveu a abertura de processo de inquérito visando apurar as circunstâncias do ocorrido.

Segundo a polícia, o comandante daquela unidade da PSP decidiu também “extinguir o terceiro grupo operacional e distribuir estes polícias pelos restantes grupos operacionais do CI em Lisboa, reativando o sexto grupo operacional” para “manter a normal atividade operacional do Corpo de Intervenção”.

A PSP explica que o Corpo de Intervenção é constituído por cinco grupos operacionais em Lisboa, dois grupos operacionais no Porto e um grupo em Faro.

De acordo com esta força de segurança, o Corpo de Intervenção é uma força de reserva à ordem do diretor nacional da PSP, especialmente preparada e destinada a ser utilizada em ações de manutenção e reposição da ordem pública e combate a situações de violência concertada, bem como na colaboração com os comandos territoriais em ações de patrulhamento.

Por isso, “os polícias que nesta subunidade prestam serviço têm especiais deveres, designadamente no que concerne à sua conduta, disponibilidade, prontidão, assiduidade, aprumo, zelo no exercício de funções e qualidade do trabalho desenvolvido”.

A PSP refere ainda que o diretor nacional, José Barros Correia, “mantém total confiança na UEP e em todas as subunidades”, mas “não permitirá qualquer ato que coloque em causa o normal funcionamento desta unidade, nem de qualquer outra da PSP, pelo que tomará todas as iniciativas e decisões que permitam a manutenção da ordem e paz públicas” do país.

Num comunicado divulgado anteriormente, o Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP/PSP) fala “em represálias motivadas por pressão política” e “de uma interferência política inaceitável”.

O SPP/PSP lembra que as baixas em causa são “por motivos clínicos devidamente verificados por médico competente”.

Segundo o SPP, os 44 polícias do Corpo de Intervenção que apresentaram baixa médica estavam destacados para o jogo do passado domingo da I Liga de futebol, entre o Benfica e o Gil Vicente, embora tal situação não tenha impedido a realização do desafio.

Como reação, o SPP/PSP anunciou a realização de uma concentração para quinta-feira às 08h00, junto ao portão do Corpo de Intervenção, na Ajuda, em Lisboa, e sublinhou que há até elementos disponíveis para passar a noite no local.

Nos últimos dias, vários polícias da PSP e militares da GNR apresentaram baixas, apesar de a plataforma que representa 11 sindicatos e associações destas forças de segurança não assumir que sejam uma forma de protesto.

Entretanto, o ministro da Administração Interna determinou a abertura de um inquérito urgente à Inspeção-Geral da Administração Interna sobre as generalizadas e súbitas baixas médicas apresentadas por polícias.

Os polícias da PSP e os militares da GNR reclamam o pagamento do suplemento de missão, à semelhança do que foi feito para a PJ.

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Tribunal da UE anula auxílio de Estado de 3,4 mil milhões dos Países Baixos à KLM

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2024

"Bruxelas cometeu um erro na definição dos beneficiários do auxílio de Estado concedido, ao dele excluir duas sociedades que fazem parte do grupo", a Air France-KLM e a Air France, diz o tribunal.

O Tribunal Geral da União Europeia voltou a anular, num acórdão desta quarta-feira, a aprovação do auxílio de Estado dos Países Baixos no valor de 3.400 milhões de euros a favor da KLM.

Num comunicado, o Tribunal Geral da UE, que foi chamado a pronunciar-se pela companhia aérea Ryanair, afirma que “entende que a Comissão cometeu um erro na definição dos beneficiários do auxílio de Estado concedido, ao dele excluir a holding Air France-KLM e a Air France, duas sociedades que fazem parte do grupo Air France-KLM“.

“Quando haja razões para recear os efeitos na concorrência de um cúmulo de auxílios de Estado dentro de um mesmo grupo, incumbe à Comissão examinar com especial atenção as relações entre as sociedades que pertencem a esse grupo”, precisa o Tribunal Geral no comunicado.

Depois de ter sido chamado a pronunciar-se pela Ryanair, o Tribunal examinou as relações de capital, orgânicas, funcionais e económicas entre as sociedades do grupo Air France-KLM, o quadro contratual com base no qual a medida em causa foi concedida, bem como o tipo de medida de auxílio concedido e o contexto em que se inseria, precisa o comunicado.

Baseando-se neste exame, o Tribunal Geral conclui que a holding Air France-KLM e a Air France podiam beneficiar, pelo menos indiretamente, da vantagem concedida pelo auxílio de Estado em causa.

Em 2020, a Comissão Europeia autorizou um auxílio de Estado neerlandês a favor da KLM, que consistia numa garantia de Estado para um empréstimo bancário e num empréstimo de Estado, afirma o comunicado, precisando que o orçamento total do auxílio ascendia a 3.400 milhões de euros e que a medida em causa tinha por objetivo fornecer temporariamente à KLM liquidez no contexto da pandemia da covid-19.

No entanto, em 2021, o Tribunal Geral da UE anulou a decisão da Comissão 1 por falta de fundamentação no que respeita à determinação do beneficiário da medida em causa e decidiu suspender os efeitos da anulação até que a Comissão adotasse uma nova decisão.

Posteriormente, em 16 de julho de 2021, a Comissão adotou uma nova decisão, na qual considerou que o auxílio de Estado era compatível com o mercado interno e que a KLM e as suas filiais eram as únicas beneficiárias do auxílio, com exclusão das outras sociedades do grupo Air France-KLM.

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Bruxelas abre três processos contra Portugal por falhas na gestão de resíduos, natureza e água

Bruxelas acusou de Portugal de incumprimento na transposição da diretiva de resíduos, por falhas na conservação dos sítios Natura 2000 e por não rever os planos gestão das bacias hidrográficas.

A Comissão Europeia abriu três processos contra Portugal por falhas na transposição da diretiva de melhoria de gestão de resíduos, por incumprimento do acórdão sobre a conservação dos sítios Natura 2000 e por não ter concluído a revisão dos planos relativos à água.

De acordo com a nota divulgada esta quarta-feira, o executivo comunitário notificou Portugal e a Polónia a propósito da abertura de um procedimento de infração por não terem transposto corretamente a Diretiva-Quadro Resíduos. A nova diretiva estabelece objetivos vinculativos a todos os Estados-membros a nível da reciclagem e a preparação de resíduos urbanos para reutilização. Ademais, exige que os Estados-Membros melhorem os seus sistemas de gestão de resíduos e a eficiência da utilização de recursos.

Segundo a nota enviada por Bruxelas, os Estados-Membros tinham até 5 de julho de 2020 para transpor a nova diretiva, mas no caso de Portugal o processo não foi concluído “corretamente”.

Portugal não transpôs corretamente as disposições relativas ao estatuto de “fim de resíduos”, alguns aspetos dos requisitos para os regimes de responsabilidade alargada do produtor e a metodologia de medição dos níveis de resíduos alimentares”, explica o executivo de von der Leyen.

O Governo tem agora dois meses para responder à notificação e corrigir as falhas identificadas. Na ausência de uma resposta satisfatória, a Comissão pode decidir emitir um parecer fundamentado.

Além dos resíduos, a Comissão instaurou uma nova ação contra Portugal no Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) por incumprimento do acórdão sobre a conservação dos sítios Natura 2000.

Num acórdão de 5 de setembro de 2019, o Tribunal de Justiça decidiu que Portugal não tinha designado 61 sítios de importância comunitária (SIC) como zonas especiais de conservação (ZEC), conforme exigido pela Diretiva Habitats. Na sequência do acórdão do Tribunal, Portugal designou formalmente os 61 sítios em causa como ZEC mediante a adoção de um decreto específico. No entanto, esta designação não é suficiente para dar cumprimento ao acórdão, uma vez que Portugal também necessita de adotar objetivos e medidas de conservação para dar cumprimento ao acórdão.

Por ser a segunda ação instaurada no tribunal neste âmbito, esta poderá resultar na aplicação de sanções financeiras pelo tempo decorrido após a data do primeiro acórdão até se verificar a conformidade.

No que toca à revisão dos seus planos relativos à água, a Comissão Europeia abriu processos no TJUE contra Portugal, Bulgária, Irlanda , Espanha, Malta e a Eslováquia por não terem concluído a revisão dos seus planos de gestão das bacias hidrográficas, conforme exigido pela Diretiva-Quadro Água e os planos de gestão dos riscos de inundações.

“A Diretiva-Quadro Água centra-se na garantia de uma boa saúde qualitativa e quantitativa das massas de água europeias, como os rios e os lagos. Visa reduzir e eliminar a poluição, bem como garantir a disponibilidade de água suficiente para satisfazer simultaneamente as necessidades humanas e a vida selvagem”, recorda Bruxelas na nota divulgada.

Esta decisão acontece depois de os países terem sido alertados para tal, formalmente, no ano passado. E, apesar de alguns progressos, estes países continuam a não cumprir as obrigações que lhes incumbem por força das diretivas.

“A Comissão considera que os esforços das autoridades foram até à data insuficientes e, por conseguinte, decidiu intentar uma ação contra a Bulgária, a Irlanda, a Espanha, Malta, Portugal e a Eslováquia no Tribunal de Justiça da União Europeia”, informa a nota.

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EDIA volta a aumentar o capital. Desta vez, em cinco milhões

Depois de 15 aumentos de capital nos últimos cinco anos e de um outro no início de janeiro, a EDIA avança para mais um, desta vez de 5 milhões.

A EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas do Alqueva, sociedade gestora da barragem do Alqueva, no Alentejo, avançou esta quarta-feira que foi aprovado um novo aumento de capital, de 5,3 milhões de euros. Esta operação junta-se a outro aumento, de 41 milhões, realizado no início deste ano, e aos 15 aumentos de capital, que somam 415 milhões de euros, entre 2018 e 2023.

O aumento dá-se através da emissão de 1.058.758 de ações nominativas, no valor de cinco euros cada, “a subscrever e a realizar pelo Estado, em numerário, para fazer face a serviço da dívida”, lê-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O ano já se tinha iniciado com outro aumento de capital, de 41 milhões, também com o objetivo de “fazer face ao serviço de dívida”, nomeadamente para a concretização de um reembolso antecipado do empréstimo obrigacionista e pagamento de juros.

Na mesma data, 3 de fevereiro, a EDIA dava conta de ter feito dois pedidos de empréstimo ao Estado num valor que ultrapassa os 22 milhões de euros.

Mas a história não começa em 2024. No espaço de cinco anos, entre 2018 e 2023, a EDIA obteve 15 aumentos de capital, que perfazem um total de cerca de 414,9 milhões de euros.

Só em 2023, a empresa liderada por José Pedro Salema aprovou três aumentos de capital no valor de quase de 23 milhões de euros: o primeiro em fevereiro, no valor de cerca de 4,5 milhões de euros, e mais dois no mês de agosto, um no valor de 12,8 milhões de euros e outro de 5,65 milhões de euros.

No passado agosto, a EDIA esclareceu ao ECO/Capital Verde que estes montantes serviriam não só para cobrir as necessidades de financiamento da empresa inerentes ao serviço da dívida como também para “capacitar a empresa para os investimentos no âmbito do Programa Nacional de Regadios“.

Questionado pelo ECO/Capital Verde, aquando do último aumento de capital realizado em agosto, o ministério das Finanças não respondeu sobre futuros aumentos de capital, ou os seus valores, nem esclareceu a sua posição quanto à gestão financeira levada a cabo pela empresa.

O Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA), a infraestrutura explorada pela EDIA, conta com uma área de influência superior a 10.000 quilómetros quadrados, que usa para abastecer uma área de 130.000 hectares de regadio e cinco barragens, as quais, por sua vez, fornecem cerca de 200.000 habitantes. Além disto, a entidade é responsável por abastecimento industrial, pela produção de energia hidroelétrica e fotovoltaica, ao mesmo tempo que “potencia o desenvolvimento de turismo e da região”, explica a empresa.

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António Salvador homenageado com Prémio Carreira atribuído pela Apodemo

  • + M
  • 7 Fevereiro 2024

"António Salvador é um exemplo amplamente reconhecido de inestimável contributo para o desenvolvimento e reconhecimento dos Estudos de Mercado e Opinião em Portugal", justifica a associação.

António Salvador, presidente do conselho de administração do Grupo GfK Portugal, foi homenageado com a atribuição do Prémio Carreira por parte da APODEMO (Associação Portuguesa Empresas de Estudos Mercado e Opinião).

António Salvador é um exemplo amplamente reconhecido de inestimável contributo para o desenvolvimento e reconhecimento dos Estudos de Mercado e Opinião em Portugal“, justifica o presidente da direção da APODEMO, Carlos Mocho. Este prémio pretende “prestar homenagem e elogiar, de uma forma pública, uma personalidade que, ao longo dos anos, se tenha destacado nas diversas vertentes dos estudos de mercado e opinião”, refere a associação.

António Salvador iniciou a sua atividade profissional como responsável de trabalho de campo na empresa de estudos de mercado Contagem. Foi um dos sócios fundadores da empresa Consulmark e fundou a Intercampus em 1990, da qual é agora director geral.

Foi em 1997 que fundou a GfK Portugal, sendo ao dia de hoje presidente do conselho de administração das empresas do Grupo GfK em Portugal. Ao longo de mais de uma década fez parte das direções da APODEMO. É também coordenador da unidade curricular de Sondagens e Estudos de Mercado da licenciatura de Sociologia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa desde 2009.

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Turismo Centro de Portugal distingue melhores ideias de negócio no setor

As candidaturas ao IX Concurso de Empreendedorismo Turístico e ao VIII Concurso de Teses Académicas decorrem até 15 de março.

É para apoiar as melhores ideias de negócio turístico e valorizar o conhecimento científico produzido sobre a atividade que a Turismo Centro de Portugal (TCP) lança, mais uma vez, o Prémio José Manuel Alves – Concurso de Empreendedorismo Turístico e o Concurso de Teses Académicas.

Os interessados têm até ao dia 15 de março para submeter as candidaturas. O Prémio José Manuel Alves, que já vai na nona edição, é a distinção “de empreendedorismo turístico mais antiga do país, tendo já recebido um total de 378 candidaturas, distinguido 64 projetos e premiado 23“, calcula a TCP.

Este galardão presta homenagem ao ex-presidente da Região de Turismo do Centro que esteve na origem do gabinete de apoio ao investimento turístico na região Centro de Portugal.

Neste concurso são apenas elegíveis projetos que ainda não tenham iniciado atividade turística. Serão premiadas iniciativas nas áreas de alojamento turístico — incluindo empreendimentos turísticos e alojamento local –, agências de viagens e turismo/operadores turísticos, assim como estabelecimentos de restauração e de bebidas. Também podem concorrer projetos de aluguer de veículos automóveis sem condutor, de atividades de animação turística ou de base tecnológica associada ao setor.

Em 2023 o grande vencedor foi “O Nosso Fado”, destinado à construção de um eco hostel na Serra da Lousã, dedicado à sustentabilidade e ao desenvolvimento da economia local. Os empreendedores Ricardo Cunha e Romane Forgue pretendiam utilizar energia solar e sistemas de recolha de água da chuva.

Já o Concurso de Teses Académicas, que vai na oitava edição, visa distinguir o conhecimento gerado no seio da comunidade científica sobre a atividade turística e aproximá-lo das empresas do setor. Contempla duas categorias: uma para teses de mestrado e outra para teses de doutoramento.

Em 2023, esta iniciativa galardoou uma dissertação de doutoramento sobre experiências enogastronómicas denominada “A cocriação enquanto impulsionadora de experiências enogastronómicas”, de Mariana Sousa e Silva Cabral de Carvalho. Assim como uma outra tese de mestrado sobre turismo criativo, “A regeneração do património olivícola em Portugal com suporte no Turismo Criativo”, de Inês Costa Soares.

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Banco de Portugal aplica coimas de dois milhões de euros no quarto trimestre

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2024

Entre os 282 processos de contraordenação aplicados pelo regulador, a grande maioria (194) diz respeito a infrações de natureza comportamental (da relação com os clientes).

O Banco de Portugal (BdP) concluiu 282 processos de contraordenação no último trimestre de 2023 e aplicou coimas no valor de dois milhões de euros, disse esta quarta-feira em comunicado.

O regulador e supervisor bancário detalhou que, dos 282 processos concluídos, 194 dizem respeito a infrações de natureza comportamental (da relação com os clientes), 45 a infrações de natureza prudencial, 27 por quebra das regras relativas ao funcionamento da Central de Responsabilidades de Crédito, 10 por infrações das regras de recirculação de numerário, quatro por atividade financeira ilícita e dois por infrações nos deveres relativos à prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo.

No âmbito destes processos, o Banco de Portugal aplicou coimas de 2,048 milhões de euros, sendo que 62.000 euros ficaram suspensos na sua execução.

Ainda no quarto trimestre, o BdP instaurou 94 processos. Desses, 50 respeitam a infrações de natureza comportamental, 22 a infrações às regras em matéria de recirculação de numerário, 13 a infrações de natureza prudencial, cinco a infrações a deveres relativos à prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo e quatro a infrações relacionadas com atividade financeira ilícita.

No terceiro trimestre, o BdP tinha aplicado 1,5 milhões de euros em coimas, no âmbito de 213 processos concluídos, e instaurado 306 processos de contraordenação.

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pbbr assessora RE Capital na compra de um terreno no Cabanas Golf

A equipa da pbbr envolvida na operação contou com Catarina Ruivo Rosa e Pedro Pinto da área de Imobiliário, Tânia Ferreira Osório de Urbanismo e Mário Silva Costa de Fiscal.

A pbbr assessorou a RE Capital na aquisição de um dos terrenos incluídos na carteira Eleanor do Novobanco. A equipa do escritório envolvida na operação contou com Catarina Ruivo Rosa e Pedro Pinto da área de Imobiliário, Tânia Ferreira Osório de Urbanismo e Mário Silva Costa de Fiscal.

“Inserido no empreendimento Cabanas Golf, localizado junto ao TagusPark, em Oeiras, o terreno conta com uma área bruta para construção de 82 mil metros quadrados, tendo já um projeto aprovado, onde se prevê que sejam construídos apartamentos turísticos, espaços comerciais, e ainda, um campo de golfe“, explicou a firma.

A RE Capital é uma empresa pan-europeia de investimento, desenvolvimento e gestão de ativos imobiliários, com presença em Londres, Lisboa, Luxemburgo e Genebra.

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SIC e TVI separadas por duas décimas em janeiro

A liderança das audiências discute-se à décima. Enquanto 0,2 pontos percentuais separam SIC e TVI no total dia, o prime time foi conquistado pela estação do grupo Impresa, com uma vantagem de 0,4 pp.

A SIC e a TVI fecharam o primeiro mês do ano a duas décimas de distância. O canal da Impresa continua na liderança, mas a distância foi encurtada uma décima em relação ao último mês de 2023, com a SIC a obter em janeiro um share de 15,5% e a TVI a situar-se nos 15,3%. Trata-se de um crescimento de 0,6 e 0,7 pontos percentuais (pp) em relação ao último mês, com a SIC e registar agora uma audiência média de 327,6 mil espetadores e a TVI 321,6 mil. A RTP1 registou, no mesmo período, um share de 12% — mais 0,1 pp — e uma audiência média de 252,7 mil espetadores. O total cabo foi acompanhado em média por 854,1 mil espetadores, releva o relatório preparado pela Denstu para o +M.

Apesar de no total dia a SIC ter diminuído a margem de liderança, a estação do grupo Impresa reconquistou o prime time, período no qual cresceu 1,1 pp, situando-se agora nos 17,2%. A TVI, que desceu à segunda posição, aumentou o share nesta faixa 0,4 pp, o mesmo crescimento da RTP1, que se situou nos 11,7%. O total cabo perdeu 1,9 pp.

Nas restantes faixas horárias não há alterações e maior, com o período entre as 7h30 e as 12h a ser liderado pela RTP1, que volta a ser canal mais visto entre as 18h e as 20h. A SIC é estação com mais espetadores entre as 12h e as 18h e a TVI ocupa a primeira posição a partir da 24h.

Alargando a âmbito aos canais por cabo o CMTV continua a ser o mais visto, com um share de 5,9%. Seguem-se a CNN Portugal, Fox, Hollywood e SIC Notícias.

No ranking dos programas mais vistos a SIC ocupa seis posições, a TVI cinco e a RTP1 quatro. No cabo, e sem exceção, os 15 programas mais vistos são do CMTV.

 

Nota Técnica para a produção da análise evolutiva e mensal
Dados: Yumi / Caem_TV Fonte: Mediamonitor/ GFK Análise Dentsu/Carat para o +M/ECO
Outros: Vídeo, DVD, VHS, Blu-Ray, satélite, consolas, unmatch (além dos 150 canais medidos e o time-shift com um delay de sete dias), plataforma dos operadores (vídeo clube, jogos)
Aud. Total: Percentagem de indivíduos que contactaram um canal, pelo menos uma vez.
Aud. Média: Audiência provável que contacta com o canal em qualquer momento do período respetivo.
Tempo médio despendido: Média do tempo que cada indivíduo contactado despendeu com um canal num determinado período.
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Leiria investe mais de oito milhões no sistema de drenagem para evitar cheias na cidade

Em causa estão as áreas mais críticas da cidade que precisam de intervenção a curto prazo por forma a evitar cheias como as que têm ocorrido na última década.

A Câmara Municipal de Leiria vai investir mais de 8,2 milhões de euros até 2030 na requalificação do sistema de drenagem pluvial para prevenir a ocorrência de inundações e cheias em zonas da cidade mais vulneráveis, como as que aconteceram na última década. O plano, apresentado em reunião do executivo, inclui ainda um sistema de monitorização da precipitação mediante a instalação de dispositivos e medidores de caudal no caneiro que atravessa o centro histórico.

Sob a liderança de Gonçalo Lopes, o município pretende, assim, responder à “falta de escoamento das águas pluviais, principalmente devido à limitação dos coletores, escassez de energia gravítica, falta de proteção eficaz, ao assoreamento e obstrução de coletores, com construção sob edifícios, e à não separação do sistema de drenagem das águas residuais domésticas”.

O plano, apresentado na reunião do executivo desta terça-feira, define as áreas mais críticas da cidade que precisam de intervenção a curto prazo por forma a evitar cheias. Entre elas estão as ruas da Restauração, Dr. António Costa Soares, de São Miguel e Emídio Agostinho Marques, além da rotunda D. Dinis.

O município pretende ainda avançar, no centro da cidade, com a reabilitação do caneiro assim como a construção de coletores em pressão e de uma estação elevatória no Largo Papa Paulo VI. Esta intervenção “vai conduzir e bombear a água diretamente para o rio Lis sempre que se registar um caudal demasiado elevado”, descreve a autarquia que pretende avançar com medidas que impeçam a água da chuva chegar à zona baixa da cidade.

Plano de reabilitação e beneficiação do sistema de drenagem pluvial de Leiria

Este plano contempla ainda a criação de um dique de proteção, o desvio de caudais e o reforço da rede de águas pluviais na zona junto ao Estádio Municipal Dr. Magalhães Pessoa. Entre as várias medidas estão igualmente o controlo dos caudais na origem, nomeadamente a criação de bacias de retenção, a colocação de pavimento permeável, o aproveitamento das águas pluviais nos edifícios, a instalação de coberturas e fachadas ajardinadas, assim como a criação de poços e trincheiras que retêm a água antes de entrar no sistema de drenagem.

Outra medida consiste na criação de um sistema de monitorização da precipitação no âmbito de um projeto-piloto para instalar dispositivos e medidores de caudal no caneiro que atravessa o centro histórico.

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