António Marçal afirma que Justiça exige reflexão do poder político e “visão estratégica”

  • Lusa
  • 16 Julho 2024

O presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais defendeu que as conclusões do estudo do Iscte devem ser motivo de ampla reflexão, quando falta uma "visão estratégica" para a Justiça.

O presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ) defendeu hoje que as conclusões do estudo do Iscte sobre a Justiça devem ser motivo de ampla reflexão, quando falta uma “visão estratégica” para o setor.

Em declarações à agência Lusa, António Marçal referiu que a “perceção negativa” das pessoas inquiridas que tomaram contacto com o sistema de justiça deve ser motivo de preocupação para todos, incluindo operadores judiciários e poder político.

Deve também justificar uma “urgente reflexão conjunta” do que está mal no funcionamento dos tribunais.

Segundo o dirigente do SFJ, esta reflexão é fundamental para que se tomem medidas para que a Justiça funcione melhor, observando que é preciso traçar um “plano estratégico” que consiga ir além da legislatura em curso.

Em seu entender, tem de existir uma concertação que envolva o poder político na adoção de medidas concretas que resolvam os diferentes problemas que afligem, por exemplo, a jurisdição administrativa e fiscal, e também a jurisdição penal e outras.

António Marçal lembrou a propósito o problema dos megaprocessos e da necessidade de arranjar forma de resolver a questão por via legislativa ou outra.

O presidente do SFJ defendeu também uma melhor comunicação da Justiça com os cidadãos, partilhando da ideia já expressa pelo atual presidente do Supremo Tribunal de Justiça de que as sentenças devem ser percetíveis pelos cidadãos. “A justiça deve prestar contas à sociedade”, adiantou António Marçal.

O mesmo responsável admitiu que existe um subfinanciamento do setor, mas lembrou que se tem gasto muito dinheiro em certas áreas tecnológicas sem se obter os resultados esperados, o que vem reforçar a ideia da necessidade de um planeamento estratégico na área da Justiça

De acordo com o estudo do Iscte — Instituto Universitário de Lisboa, “74% dos inquiridos consideram que a Justiça funciona ‘mal’ ou ‘muito mal'”, sendo que numa avaliação mais detalhada ao sistema de Justiça as considerações “menos positivas concentram-se no desempenho geral do sistema, incluindo rapidez, eficácia e eficiência”.

O estudo indica que os portugueses consideram que os políticos não têm resposta para os problemas. O inquérito envolveu 1.207 inquiridos, com uma margem de erro de 2,8%.

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Nuno Botelho reeleito presidente da Associação Comercial do Porto

  • Lusa
  • 16 Julho 2024

Botelho traça como objetivo para este novo mandato a construção de uma residência universitária para responder à escassez de habitação para estudantes.

O atual presidente da Associação Comercial do Porto, Nuno Botelho, foi reeleito no cargo e traça como objetivo para este novo mandato a construção de uma residência universitária para responder à escassez de habitação para estudantes.

“As prioridades do corpo diretivo da Associação Comercial do Porto para este novo mandato anual passam por investir na qualificação dos serviços da instituição, nomeadamente em matéria de arbitragem comercial, e avançar com um projeto de residência universitária que irá contribuir para responder à escassez de habitação dirigida a jovens estudantes”, referiu esta terça-feira a Associação Comercial do Porto em comunicado.

Fundada em 1834, a Associação Comercial do Porto, que este ano assinala 190 anos de história, garantiu que vai continuar a “intervir publicamente em defesa do desenvolvimento económico do Porto e da região Norte”.

Nuno Botelho, que foi reconduzido no cargo na segunda-feira em assembleia geral ordinária, está na liderança da mais antiga associação empresarial portuguesa desde outubro de 2013, depois de suceder a Rui Moreira que assume, desde essa altura até hoje, a presidência da Câmara Municipal do Porto.

Além de Nuno Botelho foram também reconduzidos Álvaro Costa, como vice-presidente, Filipe Avides Moreira, como 1.º secretário, e Gonçalo Moreira, como 2.º secretário.

Na nota de imprensa, a Associação Comercial do Porto adiantou que de saída da direção por se encontrarem em funções governamentais estão Paulo Rangel, atual ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, e Maria José Barros, secretária de Estado da Justiça.

Desta forma, acrescenta a associação, Nuno Lameiras, administrador da BLX-Bragalux, e Jorge Queiroz Machado, presidente executivo da CPCEcho, são os novos membros da equipa.

“A direção fica completa com os nomes que transitam do mandato passado. Mantêm-se António Ricca, António Campos e Matos, Ricardo Fonseca, Vasco Moura Ramos, Gonçalo Lobo Xavier, Jorge Macedo, José Manuel Fortunato, Rosário Gambôa e Miguel Franco”, sublinhou.

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Dois consórcios luso-espanhóis na reta final do concurso para dessalinizadora do Algarve

  • Lusa
  • 16 Julho 2024

Aquapor (que se juntou ao grupo espanhol GS Inima) e a Transwater e Cimontubo (que se juntaram à espanhola Tedagua) são os dois consórcios que estão a disputar a obra.

Dois consórcios luso-espanhóis estão na reta final do concurso para a construção da dessalinizadora do Algarve, uma obra de 90 milhões de euros financiada pelo PRR, a concluir até 2026, segundo várias fontes contactadas pela agência Lusa.

De acordo com a plataforma de contratação pública AcinGov, consultada esta terça-feira pela Lusa, são quatro as empresas que concorreram até ao final do concurso, 07 de julho, mas apenas duas delas apresentaram uma licitação abaixo dos 108 milhões de euros, o valor limite indicado pela Águas do Algarve.

A Aquapor, que se juntou ao grupo espanhol GS Inima, apresentou um valor global de 107,92 milhões de euros, enquanto a Transwater e Cimontubo, que se juntaram à espanhola Tedagua, que pertence ao grupo Cobra, avançou com 106,97 milhões.

Segundo fontes conhecedoras do processo, tudo aponta para que sejam afastados os consórcios que ultrapassaram o limite indicado, o Única/Casciana Acque Itália/Zaffaroni/Urban Grafts & Partners (146 milhões de euros) e o Conduril-Engenharia/Oliveiras/Aciona Agua (136 milhões de euros).

As mesmas fontes consideram que estas empresas apenas se apresentaram a concurso por questões de notoriedade e para mostrar que no futuro querem concorrer neste setor.

A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, avançou, há uma semana na Assembleia da República, que havia “dois concorrentes” no concurso para a construção e exploração da dessalinizadora que vai ser construída no concelho de Albufeira.

A adjudicação será feita de acordo o critério da “proposta economicamente mais vantajosa”, tendo em consideração coeficientes de ponderação: custo do investimento (preço) 35%, custo de exploração 35% e valia técnica 30%.

Segundo fontes do mercado, a decisão final sobre a empreitada deverá ser tomada até setembro, devido à urgência na utilização das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

A construção de uma dessalinizadora no concelho de Albufeira, cujo valor base é de 90 milhões de euros, é uma das medidas de resposta à seca que afeta a região sul de Portugal, prevendo-se que o equipamento tenha uma capacidade inicial de conversão de água do mar em potável de 16 hectómetros cúbicos.

De acordo com a Águas do Algarve, empresa responsável pelo abastecimento de água na região, que tem a seu cargo a gestão de infraestruturas como barragens ou Estações de Tratamento de Águas Residuais, a conclusão da obra está prevista para o final de 2026.

Recentemente, uma plataforma que agrupa associações ambientalistas iniciou uma diligência judicial junto do Ministério Público, pedindo a invalidação da Declaração de Impacto Ambiental favorável à construção de uma dessalinizadora no Algarve.

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Aguiar-Branco defende que Lucília Gago deveria ter falado primeiro no Parlamento e mais cedo

  • Lusa
  • 16 Julho 2024

O presidente da Assembleia da República defendeu que a procuradora-geral da República, Lucília Gago, deveria ter-se pronunciado mais cedo e no parlamento, e não em entrevista à RTP.

O presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, defendeu esta terça-feira que a procuradora-geral da República, Lucília Gago, deveria ter-se pronunciado mais cedo e no parlamento, e não em entrevista à RTP.

Em declarações aos jornalistas à margem da participação na cerimónia de apresentação do relatório anual “O Estado da Nação e as Políticas Públicas” 2024, no ISCTE, Aguiar-Branco afirmou que se esta intervenção pública de Lucília Gago “tivesse acontecido há muito mais tempo”, havia “menos razões para ter juízos que foram feitos e que eram desproporcionais ou descabidos em relação à atuação do Ministério Público”.

Quanto mais tivesse acontecido lá atrás, mais credibilidades teríamos tido no setor da justiça”, acrescentou.

O presidente do parlamento sublinhou também que “teria sido melhor” que a sua intervenção tivesse sido no parlamento, porque “o lugar por expressão de maior dignidade nos órgãos de soberania” e “o local onde estão os representantes do povo”.

“Como outros procuradores no passado fizeram, responderam às perguntas, responderam àquilo que achavam que podiam responder, àquilo que achavam que não podiam responder, não respondiam. E eu teria preferido que a primeira intervenção tivesse sido no parlamento“, disse.

Aguiar-Branco disse também que não queria pronunciar-se sobre o conteúdo da entrevista à RTP, mas sublinhou que esta entrevista permitiu perceber que “era possível” dar explicações sobre em matéria de justiça “sem que estivesse a violar qualquer segredo de justiça ou a falar de casos concretos de uma forma que não o pudesse fazer”.

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FMI melhora crescimento da economia da Zona Euro para 0,9% este ano

Fundo Monetário Internacional (FMI) melhora ligeiramente perspetivas para a economia da Zona Euro este ano e mantém o crescimento mundial em 3,2%. Instituição vê taxa de inflação a desacelerar.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu esta terça-feira em alta ligeira, de uma décima, as previsões de crescimento da economia da Zona Euro, para 0,9% este ano, mantendo inalterado a expansão do produto global.

Na atualização das previsões económicas mundiais (WEO, na sigla em inglês), a instituição de Bretton Woods considera que a atividade nos países da moeda única “parece ter atingido o seu nível mínimo” (em 2023, a Zona Euro avançou 0,5%, depois de ter crescido 3,4% em 2022) e prevê um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para os países da moeda única de 0,9% em 2024, impulsionado por uma dinâmica mais forte nos serviços e por exportações líquidas superiores ao esperado no primeiro semestre do ano.

Para 2025, manteve a previsão inalterada face a abril, em 1,5%, sustentada “por um consumo mais forte devido ao aumento dos salários reais, bem como um investimento mais elevado devido à flexibilização das condições de financiamento num contexto de flexibilização gradual da política monetária este ano”.

O FMI perspetiva que algumas fragilidades contínuas na indústria transformadora sugerem uma recuperação mais lenta em países como a Alemanha. Entre as principais economias da Zona Euro, prevê um avanço do PIB alemão de 0,2% este ano e de 1,3% em 2025 e do PIB francês de 0,9% em 2024 e de 1,3% em 2025. Para Itália aponta um crescimento de 0,7% em 2024 e 0,9% em 2025 e para Espanha de 2,4% e 2,1% este ano e o próximo, respetivamente.

A nível global, a instituição liderada por Kristalina Georgieva manteve as perspetivas de 3,2% para 2024, revendo em alta de uma décima o crescimento para 2025, para 3,3%.

Entre as economias avançadas, espera assim que o crescimento convirja nos próximos trimestres. O FMI cortou a previsão para os Estados Unidos em uma décima, para 2,6% em 2024, apontando para uma desaceleração para 1,9% em 2025. No entanto, o dinamismo da atividade na viragem do ano reduziu ligeiramente a divergência do produto entre economias dos países à medida que os fatores cíclicos diminuem e a atividade se torna mais alinhada com o seu potencial.

Taxa de inflação a desacelerar

O FMI antecipa que a inflação global deverá desacelerar, mas alerta ainda que a inflação nos serviços “está a atrasar o progresso na desinflação, o que dificulta a normalização da política monetária”.

“Os riscos ascendentes para a inflação aumentaram, aumentando assim a perspetiva de taxas de juro mais elevadas durante um período ainda mais longo, no contexto da escalada das tensões comerciais e do aumento da incerteza política”, aponta.

Segundo a instituição, “para gerir estes riscos e preservar o crescimento, a combinação de políticas deve ser sequenciada cuidadosamente para alcançar a estabilidade de preços e repor as reservas reduzidas”, recomenda.

O relatório indica ainda que, globalmente, os riscos para as perspetivas continuam equilibrados, mas alguns riscos de curto prazo aumentaram, incluindo a falta de progressos na desinflação dos serviços e pressões sobre os preços decorrentes de novas tensões comerciais ou geopolíticas.

Para o FMI, os riscos da inflação persistente no setor dos serviços estão ligados à fixação de salários e de preços, dado que o trabalho representa uma parte elevada dos custos nesse setor. “Um maior crescimento dos salários nominais, que em alguns casos reflete a recuperação dos salários reais, se for acompanhada por uma fraca produtividade, podendo dificultar para as empresas moderarem os aumentos de preços, especialmente quando as margens de lucro já estão reduzidas“, refere.

A instituição considera também que a escalada das tensões comerciais poderá agravar ainda os riscos de curto prazo para a inflação, aumentando o custo dos bens importados ao longo da cadeia de abastecimento.

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Banca espera “aumento ligeiro” da procura de crédito pelas famílias

Bancos acreditam que mercado vai cimentar retoma no terceiro trimestre. Antecipam um crescimento “mais acentuado” na procura por empréstimos para a compra de casa.

Os bancos estão a antecipar um “aumento ligeiro” da procura de crédito pelas famílias no terceiro trimestre, consolidando a retoma do mercado observada na primeira metade do ano, depois de dois anos de forte contração devido à escalada das taxas de juro.

O aumento da procura será “mais acentuado no segmento da habitação”, revela o inquérito sobre o mercado de crédito divulgado esta terça-feira pelo Banco de Portugal.

A perspetiva otimista da banca surge numa altura em que o Banco Central Europeu (BCE) já começou a aliviar as taxas de juro de referência na Zona Euro, o que está a levar a uma descida das Euribor, que são usados como indexantes nos contratos com taxa variável.

O BCE cortou os juros na passada reunião de 6 de junho, depois de dois anos em que as taxas subiram 450 pontos base para máximos de históricos. Os analistas esperam mais dois cortes ao longo do ano: em setembro e dezembro.

As expectativas para a procura de crédito são diferentes no segmento das empresas. Os bancos não esperam grandes alterações no segmento das pequenas e médias empresas e nos empréstimos de longo prazo. Ainda assim, apontam para uma “ligeira diminuição da procura por grandes empresas e em empréstimos de curto prazo”.

Para o terceiro trimestre, os bancos não tencionam proceder a alterações nos critérios de concessão de crédito tanto às famílias como às empresas.

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Esquerda francesa apresenta Laurence Tubiana como candidata a primeira-ministra

  • Lusa
  • 16 Julho 2024

Os socialistas, comunistas e ecologistas franceses apresentaram o nome da economista e diplomata Laurence Tubiana como candidata a primeira-ministra.

Os socialistas, comunistas e ecologistas franceses apresentaram o nome da economista e diplomata Laurence Tubiana como candidata a primeira-ministra, apesar de esta proposta não ter sido bem recebida pelo partido França Insubmissa (LFI), de Jean-Luc Mélenchon.

Segunda-feira, o líder da LFI tinha anunciado que abandonava as negociações para encontrar um candidato a chefe de governo proposto pelo bloco progressista da Nova Frente Popular (NFP).

Também na véspera, o presidente do Partido Socialista (PS), Olivier Faure, anunciou que a maioria dos partidos da NFP tinha chegado a um acordo para apresentar um candidato da “sociedade civil”, tendo esta terça-feira confirmado o nome de Tubiana, cujo currículo inclui ter sido embaixadora para as negociações da Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas em 2015.

O coordenador da LFI, Manuel Bompard, foi um dos primeiros a pronunciar-se sobre o assunto e, numa entrevista à France2, criticou os outros membros da NFP por não terem respeitado o procedimento correto para propor a candidatura de Tubiana. “Se é este o perfil que os membros estão a trabalhar, eu caio da cadeira”, comentou Bompard, sublinhando que a economista “não é uma alternativa séria”.

Segundo o coordenador do NFP, Tubiana “representa de alguma forma as ideias” do Presidente francês, Emmanuel Macron, e, por isso, acusa os socialistas de “trazerem pela janela os ‘macronistas’ expulsos pelos eleitores” nas urnas. “Há oito dias que estamos a trabalhar para formar um governo da NFP para implementar o programa”, sublinhou.

Na sequência destas críticas, Faure veio defender que Tubiana é uma pessoa “empenhada tanto no domínio ecológico como no social” e defende o pagamento da luta contra as alterações climáticas e as desigualdades com a cobrança de impostos sobre os rendimentos mais elevados, o que considera ser um candidato que “corresponde perfeitamente” ao programa eleitoral.

Por seu lado, o líder do Partido Comunista francês (PCF), Fabien Roussel, avisou que, se o bloco progressista não conseguir encontrar uma alternativa de governo, “seria um verdadeiro desastre e uma falta de respeito por todos os eleitores e eleitoras que manifestaram o seu desejo de que as coisas mudassem”.

Tubiana, 73 anos, nascida na Argélia francesa, trabalhou no governo do socialista Lionel Jospin (1997-2002) e rejeitou repetidamente a proposta de Macron para dirigir o Ministério da Transição Ecológica.

Enquanto os socialistas, comunistas e ecologistas veem Tubiana como uma candidata de alto nível a primeira-ministra, os apoiantes de Mélenchon desconfiam da sua possível afinidade com políticas mais centristas e ‘macronistas’.

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Sara Pastor vai liderar o crescimento da receita publicitária da Dazn em Portugal e Espanha

  • + M
  • 16 Julho 2024

Sara Pastor deixou a Amazon, onde desempenhava a função de head of agency development no mercado espanhol, para liderar o crescimento da receita publicitária da Dazn nos dois mercados ibéricos. 

A Dazn oficializou a contratação de Sara Pastor enquanto senior vice president ad media sales para Portugal e Espanha. A profissional é agora a responsável por liderar o crescimento da receita publicitária da Dazn nos dois mercados ibéricos.

“A contratação da Sara é uma excelente notícia que irá reforçar a liderança da equipa da Dazn com a sua vasta experiência em algumas das maiores empresas do mundo. A Dazn detém um portefólio de conteúdos desportivos de excelência em Portugal e os consumidores reconhecem a qualidade das competições transmitidas”, afirma Jorge Pavão de Sousa, diretor-geral da Dazn Portugal, citado em comunicado.

“Com a chegada da Sara, temos a confiança de que cada vez mais marcas e agências vão olhar para a Dazn como uma oportunidade inovadora e autêntica de interagir diretamente com os fãs de desporto“, acrescenta.

Por sua vez, Sara Pastor diz que se junta à equipa da Dazn em Portugal e Espanha para “ajudar as marcas a criar ligações emocionais e duradouras com os seus clientes através de uma paixão partilhada pelo desporto“.

“Graças à crescente comunidade de fãs que escolhem a Dazn para desfrutar dos desportos que amam, as marcas têm uma oportunidade única de transformar todos os fãs em clientes e também em embaixadores dos seus produtos, e de o fazer de uma forma diferente, inovadora e relevante“, refere.

Para integrar a Dazn, Sara Pastor deixou a Amazon, onde desempenhava a função de head of agency development no mercado espanhol, tendo nos últimos meses liderado o segmento de Amazon Ads. Antes já tinha passado pela Twitch Ads enquanto country director para Portugal e Espanha. No seu currículo conta ainda com o cargo de diretora-geral EMEA na Adara. É também presidente do Clube de Inovação Empresarial e Tecnologia da ESADE Alumni.

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Governo deve ligação aérea regional deste ano à Sevenair

  • Lusa
  • 16 Julho 2024

O Governo tem em dívida para com a Sevenair os serviços aéreos prestados este ano na ligação aérea regional que liga Bragança a Portimão, segundo o administrador da empresa, Carlos Amaro.

O Governo tem em dívida para com a Sevenair os serviços aéreos prestados este ano na ligação aérea regional que liga Bragança a Portimão, disse esta o administrador da empresa, Carlos Amaro.

Até abril, altura em que terminou o ajuste direto firmado em janeiro, o montante em dívida era já de 750 mil euros, ou seja, 187,5 mil euros por cada mês.

“Em janeiro, assinámos um ajuste direto ainda com o Governo anterior, que previa recebermos mensalmente a quantia correspondente acordada. A verdade é que esse ajuste direto já terminou, era só por quatro meses. Não recebemos nem um tostão”, explicou Carlos Amaro.

O administrador acrescentou ainda que já com o novo Governo em funções aguardam a formalização de um novo ajuste direto, o que tem permitido que a ligação se mantenha.

“Temos uma ligação às pessoas e a este serviço. E para nós é muito complicado suspender. A pedido do Governo, (…) temos estado a aguardar que os procedimentos existam e que possamos receber. Porque não recebemos do anterior (Governo) nem nenhuma verba do atual”, disse Carlos Amaro, que revelou ainda que o pagamento das concessões finda também ainda não está totalmente saldado, perfazendo “no limite mais de 3,5 milhões” de euros.

O contrato da concessão do serviço de transporte aéreo regular Bragança/Vila Real/Viseu/Cascais/Portimão terminou em 28 de fevereiro.

Esta medida foi tomada após um ajuste direto de 750 mil euros do Governo liderado pelo socialista António Costa enquanto decorre o novo concurso público internacional para a concessão do serviço. O concurso público é internacional, o preço base do procedimento, sem IVA, é de 13,5 milhões de euros e o prazo de execução do contrato é de quatro anos.

“O concurso, só está previsto lá para outubro haver adjudicação, para nós ou para outro concorrente. É uma situação muito constrangedora mas que aconteceu com todos os governos. Quer de um partido quer de outro, nunca houve ligação entre um concurso e outro a tempo”, segundo Carlos Amaro, à frente da empresa que presta o serviço há 15 anos.

Desde 29 de fevereiro que a empresa introduziu novos horários. Os voos de segunda e sexta-feira são feitos em todas as escalas, às terças e quintas-feiras os voos são diretos entre Bragança e Cascais e aos sábados não há escala em Vila Real. Às quartas-feiras e domingos não há voos.

Até ao final de fevereiro os voos eram feitos de forma regular entre Bragança e Portimão, com paragem em Vila Real, Viseu e Cascais.

“É quase um caciquismo aquilo que estamos a fazer em relação a esta linha e às populações que estamos a servir. Custa-nos muito interromper. No momento em que interromper, terei de despedir pessoas. São 80 ligadas a esta linha, nas várias escalas, tripulações e manutenção”, lamentou Carlos Amaro, admitindo que vai ser “muito difícil” suportar a ligação até haver decisão do concurso público.

Carlos Amaro disse ainda que, no limite, os aviões podem ser atribuídos a outras linhas, para que se continuam operacionais. “(…) E depois já não podemos voltar. Ou teremos de fechar. E não podia manter 80 empregos numa linha para fechar. Teria de fazer um layoff ou extinção dos postos de trabalho. Estamos a tentar a todo o custo evitar isso”, garantiu Carlos Amaro.

A Lusa contactou o Ministério das Infraestruturas e da Habitação, mas até ao momento ainda não obteve resposta.

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55 mil já se registaram na plataforma que faz “match” entre trabalhadores e empresas do turismo

Nascida em 2021, a Merytu, que liga talento a empresas turísticas, está agora a celebrar o seu terceiro aniversário, com mais de 55 mil profissionais inscritos e mais de mil empregadores registados.

A portuguesa Merytu já tem 55 mil profissionais registados e mais de mil empresas inscritas. Em causa está uma plataforma que promete fazer match entre trabalhadores independentes e empregadores das áreas ligadas ao turismo (como restauração e hotelaria).

“A Merytu celebra o seu terceiro aniversário. Destaque para um crescimento do negócio a rondar os 70%, face a igual período do ano transato. Esta evolução resulta de um número de profissionais registados que chegou recentemente aos 55 mil, enquanto o total de organizações que integram a plataforma já ultrapassa o milhar“, adianta a startup, numa nota enviada às redações. Por mês, são transacionados, em média, 100 mil euros, acrescenta a empresa.

Lançada em 2021, a Merytu nasceu para “redesenhar a aquisição de profissionais” no setor do turismo, através de um “método pioneiro” baseado no mérito e desempenho dos trabalhadores.

“No perfil de cada profissional fica registado o seu mérito, sob diretrizes perfeitamente claras e seguras. Quanto maior o seu mérito, maior o potencial de crescimento da carreira profissional e potenciais ofertas de trabalho, aos quais se apresentam à medida do que cada pessoa e empresa procuram“, explica a empresa.

Portanto, esta app permite aos profissionais trabalharem quando, onde e com quem quiserem, sendo que podem também classificar as empresas às quais prestam serviços.

“Para as empresas, apresenta uma solução no sentido de estas encontrarem os profissionais que realmente respondam às suas necessidades“, sublinha a startup.

Entretanto, a Merytu já não está disponível apenas na Grande Lisboa, mas também no Porto, Algarve, Braga e Coimbra. “Espera-se continuar a crescer geograficamente, não apenas no continente, mas também nas regiões autónomas”, adianta a startup.

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Ministros das Finanças da UE aprovam recomendações do Semestre Europeu para os 27

  • Lusa
  • 16 Julho 2024

Assegurar a sustentabilidade orçamental a médio prazo do sistema de pensões e reforçar a capacidade administrativa para gerir os fundos da UE são algumas das recomendações para Portugal.

Os ministros das Finanças da União Europeia (UE) aprovaram esta terça-feira, em Bruxelas, as recomendações específicas por país, no âmbito do Semestre Europeu, sobre as políticas económicas, sociais, de emprego, estruturais e orçamentais dos Estados-membros, incluindo Portugal.

Para Portugal, as recomendações incluem a apresentação atempada do plano orçamental-estrutural de médio prazo e, conforme o Pacto de Estabilidade e Crescimento, a limitação do crescimento das despesas líquidas em 2025 de modo a manter uma trajetória descendente da dívida pública a médio prazo e o respeito do valor de referência de 3% do PIB previsto no Tratado para o défice.

Tomar medidas para assegurar a sustentabilidade orçamental a médio prazo do sistema de pensões e reforçar a capacidade administrativa para gerir os fundos da UE, mantendo a dinâmica na execução das reformas, e acelerar a execução dos programas da política de coesão são ainda medidas recomendadas para Portugal.

No campo do ambiente, o Governo deve ainda melhorar a gestão dos recursos hídricos para reforçar a adaptação aos efeitos das alterações climáticas e garantir a resiliência económica e ambiental a longo prazo, criando uma estratégia de gestão integrada e sustentável da água.

Este ano, o ciclo do Semestre Europeu será alinhado com as disposições do quadro de governação económica reformado da UE e, de acordo com as novas regras, em vigor desde 30 de abril, os 27 vão preparar planos estruturais orçamentais de médio prazo no outono, definindo as suas trajetórias de despesa e as suas reformas e investimentos prioritários.

O processo do Semestre Europeu de 2024 permite aos Estados-membros coordenar as suas políticas económicas, de emprego e orçamentais. Portugal está representado na reunião do Conselho Ecofin pelo ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento.

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ERSE alerta para uso abusivo do seu nome por angariadores de clientes de energia

  • Lusa
  • 16 Julho 2024

"Existem atualmente angariadores de clientes de eletricidade e gás natural a utilizar indevidamente o nome da ERSE como argumento de venda".

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) alertou para o uso abusivo do seu nome por parte de angariadores de clientes de eletricidade e gás natural e recordou que, enquanto regulador, não vende energia.

Num alerta publicado na sua página na internet, a ERSE alertou os consumidores de que “existem atualmente angariadores de clientes de eletricidade e gás natural a utilizar indevidamente o nome da ERSE como argumento de venda”.

O regulador do setor energético recordou que não vende energia, nem contacta os consumidores nas suas casas para ver contadores ou faturas e que apenas comunica diretamente com os consumidores quando é previamente contactada.

No alerta, a ERSE recomenda aos consumidores que “exijam sempre a identificação a quem o abordar” e não mostre nem dê informações pessoais sem primeiro confirmar a identidade e a atividade de quem o contacta.

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