Comprar o Novobanco? “Não nos imiscuímos na gestão da Caixa”, diz Miranda Sarmento
Ministro das Finanças diz que Governo respeita a autonomia do banco público quando questionado sobre interesse na aquisição do Novobanco.
O ministro das Finanças admite que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) pode estudar e avançar para a aquisição do Novobanco, mas salientou que o Governo não se envolve na gestão do banco público. “Se a Caixa entender fazer essa avaliação face a situações que possam vir a ocorrer no futuro, o Governo depois tomará decisões com base nessa avaliação”, afirmou Joaquim Miranda Sarmento esta sexta-feira.
“Respeitamos a autonomia de gestão da Caixa. A Caixa fará a avaliação que entender das condições de mercado e daquilo que possam ser desenvolvimentos futuros de mercado”, respondeu o ministro depois de questionado sobre a notícia de que o Estado teria interesse em o banco público estudar a compra do Novobanco, avançada pelo Jornal Económico.
Joaquim Miranda Sarmento, que falava à margem de uma conferência no ISEG, em Lisboa, não refutou a notícia. Adiantou apenas que não tem qualquer informação de que a Lone Star esteja vendedora da totalidade dos 75% que detém do Novobanco e assegurou que a equipa de Paulo Macedo tem total autonomia: “Não nos imiscuímos naquilo que é a gestão da Caixa.”
Com o fim do acordo de capital contingente, o fundo norte-americano prepara a venda da sua participação no Novobanco com duas opções em cima da mesa: uma venda direta a outro banco ou através de uma dispersão em bolsa (IPO), cenário no qual o CEO, Mark Bourke, já disse que está a trabalhar.
Um IPO poderia ocorrer em maio, com a venda de 30% do capital do Novobanco, depois de a instituição proceder ao pagamento de cerca de 1,3 mil milhões de euros em dividendos aos acionistas. Fundo de Resolução e Direção-Geral do Tesouro e Finanças detêm os outros 25% do Novobanco.
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