Espanha ordena confinamento de todas as aves criadas ao ar livre devido a gripe

  • Lusa
  • 13 Novembro 2025

A medida, que já estava em vigor desde segunda-feira passada em algumas regiões do país, consideradas de maior risco, é agora alargada a todo o território de Espanha.

O Governo de Espanha determinou o confinamento, a partir desta quinta-feira, de todas as explorações de criação de aves ao ar livre do país por causa da gripe aviar.

A decisão do Ministério da Agricultura foi publicada esta quinta-feira no Boletim Oficial do Estado e alarga a todo o território de Espanha esta medida, que já estava em vigor desde segunda-feira passada em algumas regiões do país, consideradas de maior risco.

Segundo o Ministério da Agricultura, trata-se de um reforço das medidas que visam controlar a propagação da gripe aviar, face ao aumento do risco de expansão da doença.

A decisão publicada esta quinta-feira — que proíbe a criação e manutenção ao ar livre das aves — estabelece que o confinamento abrange todos os tipos de criação, incluindo as para autoconsumo.

Foram até agora notificados em Espanha 14 focos de gripe aviar em aves de capoeira, cinco em aves em cativeiro e 68 em aves selvagens, segundo o Ministério da Agricultura.

O Governo espanhol realçou que nas últimas quatro semanas houve um aumento do número de focos detetados no centro e norte da Europa, territórios a partir de onde aves migratórias se dirigirão previsivelmente na direção da Península Ibérica com a chegada do inverno.

O Ministério considerou que existe um “claro risco de contágio” das aves criadas ao ar livre, justificando, assim, a medida anunciada esta quinta-feira.

Entre 1 de julho e 5 de novembro, foram registados 139 surtos de gripe das aves em explorações avícolas na Europa, segundo dados do sistema europeu para doenças animais (ADIS).

Outros países, como Reino Unido e França, tomaram também medidas semelhantes às anunciadas em Espanha.

Em Portugal, o risco de disseminação da gripe das aves é elevado, avisou na terça-feira a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), que determinou o confinamento em zonas de alto risco. “Face ao acentuado aumento do número de focos de infeção pelo vírus da gripe aviária de alta patogenicidade confirmados e à sua ampla distribuição geográfica na Europa, neste momento, o risco de disseminação da doença entre aves selvagens e aves domésticas, é elevado”, alertou a DGAV, em comunicado. O número total de focos detetados este ano, em Portugal, está em 31.

A DGAV sublinhou que a grande maioria dos focos em aves domésticas tem origem em contactos com aves selvagens, apelando para o reforço das medidas de biossegurança. As aves domésticas em estabelecimentos localizados nas zonas de alto risco, incluindo capoeiras domésticas e aves em cativeiro, têm de estar, obrigatoriamente, em cativeiro.

Já nas zonas de proteção e vigilância é proibida a circulação de aves, o repovoamento de aves de espécies cinegéticas, feiras, mercados e exposições, a circulação de carne fresca e de ovos para incubação e para consumo humano, bem como a circulação de subprodutos animais.

No início do mês, a gripe das aves voltou a ser confirmada nos distritos de Aveiro e Santarém.

A edição de 2025 da Avisan — Exposição Nacional de Aves, Animais de Companhia, Equipamentos e Acessórios, em Santarém, foi cancelada devido ao agravamento da situação sanitária provocada pela gripe das aves, anunciou o CNEMA.

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