Estas 8 startups querem ser ‘unicórnio’. Programa Scaling Up abre inscrições

Em conjunto, estas oito jovens empresas têm 282 colaboradores, já captaram mais de 11 milhões de euros em investimento e têm uma receita anual combinada de 18 milhões de euros.

Bandora, Bling Energy, Bridge IN, DareData, Hoopers, Nutrition from Water, Pix Force e Smash são as oito novas startups que integram a 6.ª edição do programa Scaling Up da Unicorn Factory Lisboa. Em conjunto estas startups têm 282 colaboradores, já captaram mais de 11 milhões de euros em investimento e têm uma receita anual combinada de 18 milhões de euros. As inscrições para 7.ª edição do programa decorrem até 31 de janeiro.

Com duração de oito meses, o programa Scaling Up visa apoiar startups na sua fase de expansão e internacionalização. As novas startups juntam-se assim às 40 startups já apoiadas por esta iniciativa da Unicorn Factory Lisboa. No total, as oito empresas que integram a sexta edição do programa, dos quais 75% são portuguesas, empregam 282 colaboradores e já captaram mais de 11 milhões de euros em investimento, com uma receita anual combinada de 18 milhões de euros, segundo dados partilhados pela Unicorn Factory.

“O programa Scaling Up da Unicorn Factory Lisboa conta com 140 mentores, empreendedores e membros seniores de unicórnios, scaleups post-series B, parceiros corporativos, investidores e líderes de mercado nacionais e internacionais, entre os quais se encontra Steve Cadigan, primeiro diretor de Recursos Humanos do LinkedIn, que acompanha o programa desde a sua primeira edição”, informa a Unicorn Factory.

BPI, Cuatrecasas, Delta Cafés, Fidelidade, Galp, Google, Grupo Brisa, PwC Portugal e a Câmara Municipal de Lisboa são parceiros estratégicos do programa.

Quem são?

“A sexta edição do Scaling Up espelha o sucesso do programa, que tem contribuído sucessivamente para a internacionalização das startups portuguesas e a construção de uma rede de inovação de relevo internacional. O facto de se basear nas melhores práticas internacionais leva a que a iniciativa se tenha afirmado como uma plataforma-chave para atrair empresas com elevado potencial de crescimento, impacto que se traduz na criação de emprego qualificado, na captação de financiamento e no fortalecimento da posição de Portugal, e Lisboa, como um forte centro de inovação no palco global”, afirma Gil Azevedo, diretor executivo da Unicorn Factory Lisboa, citado em comunicado.

  • Bandora (Cleantech): “Plataforma SaaS que otimiza a energia de edifícios, com planos escalonados e um modelo de partilha de receitas baseado em 50% das poupanças geradas”;
  • Bling Energy (Cleantech): “Oferece soluções solares e energéticas acessíveis e geridas, com poupanças imediatas e sem custos iniciais”;
  • Bridge IN (IA & Machine Learning): “Simplifica a gestão empresarial através da automatização de processos como salários, contabilidade, impostos e conformidade”;
  • DareData Engineering (IA & Machine Learning): “Empresa de soluções em IA que conecta redes de especialistas para entregar projetos personalizados e de elevada qualidade em diversos setores”;
  • Hoopers (Sports Tech): “Plataforma tecnológica global que une fãs, jogadores e marcas de basquetebol em espaços digitais e físicos”;
  • Nutrition from Water (Foodtech): “Explora microalgas oceânicas sustentáveis para oferecer uma nutrição acessível e com impacto positivo no planeta”;
  • Pix Force (IA): “Análise de imagens baseada em IA, melhorando inspeções visuais e monitorização com precisão e rapidez”;
  • Smash (HRtech): “Simplifica a atribuição de recompensas aos colaboradores com a distribuição instantânea de cartões-presente para reconhecimento e motivação das equipas.”

O programa já recebeu mais de 212 candidaturas, tendo como público alvo startups que já tenham receitas, uma equipa estruturada e que já iniciaram ou procuram escalar operações e expandir internacionalmente.

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CMVM recomenda que empresas respeitem novas regras de reporte “verde” antes da transposição da diretiva

Não é expectável que o projeto de transposição da nova diretiva de reporte de sustentabilidade esteja em vigor até 1 de janeiro de 2025, refere a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), responsável pela supervisão dos mercados de capital, emitiu uma recomendação no sentido de as empresas visadas pelas novas regras de reporte de sustentabilidade as respeitarem já a partir de janeiro de 2025, como está previsto na diretiva, apesar de esta não ter sido ainda transposta para a lei nacional, e não ser previsível que seja transposta a tempo.

“Apesar de a CSRD [Diretiva do Relato de Sustentabilidade das Empresas] estar ainda em processo de transposição, a CMVM recomenda que as empresas sujeitas à sua supervisão, às quais o novo dever se aplicaria a partir de 1 de janeiro de 2025, façam os melhores esforços para observar as exigências previstas“, escreve o regulador, numa nota publicada no respetivo site.

Isto, numa altura em que o projeto de transposição da CSRD para o ordenamento jurídico nacional encontra-se em apreciação e discussão pelo Governo e pelas principais partes interessadas, “não sendo expectável que esteja em vigor até 1 de janeiro de 2025”, indica a mesma entidade.

A Diretiva do Relato de Sustentabilidade das Empresas (Corporate Sustainability Reporting Directive ou “CSRD”) impõe a divulgação de informações sobre sustentabilidade. Esta abrange, numa primeira fase, as grandes empresas europeias que excedam o número médio de 500 empregados, assim como as “empresas-mãe” que superem esta fasquia de funcionários.

“A divulgação de informação de acordo com o relato da sustentabilidade, tal como previsto na CSRD, é muito relevante para alcançar os resultados pretendidos, assegurando que as empresas cumprem o papel esperado na transição para uma economia mais sustentável”, considera o regulador, na mesma comunicação.

A CMVM recomenda igualmente que as pequenas e médias empresas cotadas que não sejam microempresas, que ainda não estão abrangidas pela CSRD em 2025, mas que integrarão este regime nos anos subsequentes, iniciem os esforços necessários para adaptar os seus sistemas de reporte e processos internos. “Esta preparação permitirá a adaptação progressiva aos processos de recolha e análise de dados sobre sustentabilidade”, defende o regulador.

No atual enquadramento legal, apenas os auditores com registo ativo junto da CMVM estarão qualificados para prestar serviços de verificação de fiabilidade de relatos de sustentabilidade.

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Moedas concorda com organismo autónomo para resposta à corrupção nas autarquias

  • Lusa
  • 9 Dezembro 2024

O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, considera que faz sentido ter um organismo autónomo para garantir uma resposta mais ativa à corrupção nas autarquias, como defendeu a ministra.

O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, considerou fazer sentido ter um organismo autónomo para garantir uma resposta mais ativa à corrupção na área das autarquias, como defendeu a ministra da Justiça, Rita Júdice.

“As declarações da ministra fazem sentido. Todas as câmaras deveriam ter um departamento como nós criámos em Lisboa, um departamento anticorrupção e de transparência. Nesse sentido, sabendo que muitas destas queixas, como diz a senhora ministra, vêm das autarquias, faz sentido ter um organismo autónomo para olhar para essas queixas”, disse Carlos Moedas.

Numa entrevista à Rádio Renascença hoje divulgada, a ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, admitiu a criação de um “organismo autónomo” para uma fiscalização “mais ativa” à “perceção de alguns fenómenos corruptivos na área das autarquias” e anunciou também uma revisão da orgânica do Mecanismo Nacional Anticorrupção.

A Inspeção-Geral da Administração Local foi extinta durante a ‘troika’ e, desde então, a fiscalização das autarquias é assumida pela Inspeção-Geral das Finanças, organismo que, segundo a governante, “não tem vocação para tal”.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa falava à entrada para o Seminário em Ética, Integridade e Prevenção da Corrupção, destinado a cerca de mil trabalhadores da autarquia.

Carlos Moedas frisou a necessidade de se “construir uma cultura de prevenção e anticorrupção nas câmaras municipais”, além da definição de regras muito concretas e da existência de um canal de denúncias “para que as pessoas, quando veem alguma coisa que não está bem, possam denunciar.

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Trabalhadores da Volkswagen na Alemanha iniciam paralisações de quatro horas

  • Lusa
  • 9 Dezembro 2024

Planos da Volkswagen incluem o encerramento de, pelo menos, três fábricas na Alemanha. Sindicato propõe negociação para poupar 1.500 milhões em custos laborais se grupo não fechar unidades no país.

Os trabalhadores da Volkswagen na Alemanha iniciaram paralisações de quatro horas, convocadas nas fábricas antes do retomar das negociações para a revisão do acordo coletivo e dos planos de poupança do gigante automóvel europeu.

Os planos de poupança da Volkswagen incluem o encerramento de, pelo menos, três fábricas na Alemanha. Segundo o jornal alemão Zeit, os primeiros trabalhadores da principal fábrica da empresa em Wolfsburg pararam às 09:30 e só regressarão ao trabalho passadas quatro horas.

O sindicato IG Metall convocou a segunda greve de advertência, assinalada com paragens temporárias em nove das dez fábricas do construtor automóvel no país: Wolfsburg, Braunschweig, Emden, Hannover, Kassel, Salzgitter, Chemnitz, Dresden e Zwickau.

Esta greve surge depois de cerca de 100.000 trabalhadores terem participado na greve anterior, no passado dia 2, um dia depois de a obrigação de respeitar a paz social ter expirado.

Coincide também com o reinício das negociações para a revisão do acordo coletivo e dos planos de poupança do grupo, uma vez que os trabalhadores e a administração da empresa vão reunir-se esta tarde, depois de a última reunião ter terminado sem progressos porque a empresa considerou insuficiente a proposta de poupança do IG Metall.

O sindicato propôs um caminho de negociação para poupar 1.500 milhões de euros em custos laborais, se a empresa renunciasse ao encerramento de fábricas, algo que “ainda está longe de ser suficiente para garantir o futuro da Volkswagen”, nas palavras do diretor executivo, Oliver Blume.

Neste contexto, o chanceler alemão Olaf Scholz, em entrevista ao Funke Group, apelou à Volkswagen para não encerrar fábricas, pois “não seria a coisa certa a fazer”, e disse ser contra o despedimento de trabalhadores “só para poupar dinheiro”.

A Volkswagen tem cerca de 120.000 empregados na Alemanha e 10 fábricas: Wolfsburg, Emden, Osnabrück, Hannover, Zwickau, Dresden, Kassel, Salzgitter, Braunschweig e Chemnitz.

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Pacto para valorizar engenheiros sobe salários em 5% e “evita” emigração de 600 recém-licenciados

Ordem contabiliza primeiros resultados nas 26 empresas do Norte que assinaram o “pacto para a qualidade e valorização do trabalho dos engenheiros" e ganha agora outras 11 subscritoras. Veja os nomes.

Quase um ano depois de ter sido lançado com 11 empresas portuguesas – A400, ACA, BIMMS, Casais, DouroGas, Efacec, GEG, Infraspeak, Mota-Engil, Painhas, Sopsec –, o “pacto para a qualidade e valorização do trabalho dos engenheiros” já foi assinado por 26 sociedades, tendo-se juntado, entretanto, a Vialsil, PPSEC, KEO Portugal, JFA Engenharia, VHM, Centro de Estudos do Património, Jayme da Costa, PQF Engnheiros, Pinto & Varandas Engenharia – Tykhe, Tabique, Conduril, Proef, Lipor, CEiiA e Sevenforma.

Esta segunda-feira, 9 de dezembro, este pacto promovido pela Ordem dos Engenheiros – Região Norte (OERN) prepara-se para passar a ter um total de 37 subscritoras. De acordo com a lista enviada ao ECO, estas são as 11 novas adesões: Adão da Fonseca – Engenheiros Consultores, Bragalux, Core Concept, Energy Drawing Systems, Excellens, Gabriel Couto, Gesconsult, MPT-Mobilidade e Planeamento do Território, NCREP, Schmitt-Elevadores e Techonis.

A partir de agora, estas 37 organizações nortenhas comprometem-se a “conciliar objetivos que prossigam compromissos na melhoria das oportunidades de trabalho dos engenheiros, assim como no incremento de condições para o desenvolvimento pessoal, social e profissional, concretizando uma mudança real no atual contexto profissional da Engenharia”.

Segundo a informação partilhada pela OERN, que analisou os dados e o impacto desta iniciativa no primeiro semestre de 2024 das empresas subscritoras, depois de assumirem este pacto, a remuneração média dos engenheiros aumentou 5%, os contratos sem termo subiram 20% e cresceu também 11% a execução de atos de engenharia por profissionais habilitados para o exercício da profissão.

Por outro lado, descreve a organização liderada por Bento Machado Aires, na primeira metade do ano foram contratados mais de 600 recém-licenciados pelas empresas subscritoras da região Norte, “evitando desta forma que saíssem do país”, enquanto terão neste período promovido o regresso de 56 profissionais que se encontravam a trabalhar no estrangeiro.

Num universo de 17.600 colaboradores, as primeiras 26 empresas subscritoras integram 3.250 profissionais de engenharia. Entre as condições e benefícios proporcionados por este grupo de empresas, aponta a conciliação e flexibilidade entre a vida pessoal e profissional”, práticas de inclusão e igualdade de género, programas de plano de vida com quatro eixos (família, nutrição, saúde mental e saúde física), seguros de saúde e outros benefícios monetários em saúde e bem-estar, ou estratégias para a igualdade salarial.

Melhorias no ambiente de trabalho, remunerações, benefícios, progressão de carreiras, formação, equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, e o regresso ao país de engenheiros que atualmente trabalham no estrangeiro. Estes foram os principais compromissos assumidos pelas empresas neste pacto que teve como base um inquérito a que responderam mais de 2.000 profissionais.

Compromissos assumidos pelas signatárias:

  • Aumentar a remuneração dos engenheiros;
  • Garantir a execução de atos de Engenharia por engenheiros qualificados para o exercício da profissão e em conformidade com os respetivos níveis de qualificação;
  • Proporcionar um ambiente de trabalho saudável e seguro;
  • Incentivar uma tipologia de contrato de trabalho estáveis;
  • Promover de oportunidades e diversidade nas condições de trabalho dos engenheiros;
  • Desenvolver um programa de formação e desenvolvimento dos colaboradores;
  • Integrar profissionalmente engenheiros com base num plano de desenvolvimento de competências;
  • Contratar recém-licenciados nas escolas de ensino superior nacionais em condições superiores aos definidos nos programas públicos de apoio;
  • Fomentar o regresso de engenheiros que trabalhem no estrangeiro;
  • Promover práticas de sustentabilidade responsáveis.

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Mais de 48% das denúncias de corrupção são sobre autarquias

A ministra da Justiça alertou que quase metade das denúncias feitas ao Mecanismo Nacional da Anticorrupção dizem respeito ao plano autárquico, rondando os 48,5%.

No Dia Internacional Contra a Corrupção a ministra da Justiça alertou que quase metade das denúncias feitas ao Mecanismo Nacional da Anticorrupção (MENAC) dizem respeito ao plano autárquico, rondando os 48,5%. “Este número merece que olhemos para ele com seriedade e preocupação”, sublinha Rita Júdice na conferência sobre “Regime geral de Prevenção da Corrupção: obrigações, desafios e boas práticas no contexto das Autarquias Locais”, organizada pela Câmara Municipal de Pombal e pela Transparência Internacional/Portugal, a decorrer esta segunda-feira, em Pombal.

Até à intervenção da Troika, em 2011, cabia à IGAL – Inspeção-Geral da Administração Local acautelar o cumprimento da lei, fazendo inspeções de rotina às autarquias e analisando denúncias dos cidadãos. Mas desde que este organismo foi instinto, as competências passaram para a Inspeção-Geral das Finanças e, segundo a ministra, não está “especialmente vocacionada para assegurar, com eficácia, essa missão no que ao exercício da tutela administrativa diz respeito”. “Penso particularmente nas vertentes da contratação pública, do urbanismo e da própria gestão e administração dos órgãos autárquicos“, acrescenta.

Rita Alarcão Júdice notou que a descentralização foi aumentando e permanece como um dos pilares fundamentais no relacionamento da Administração Central com as autarquias locais e que os autarcas “reclamam um maior acompanhamento da sua ação”, para aumentar a segurança jurídica no desempenho das suas funções.

O Governo não é insensível a este tema. Muito pelo contrário. É por isso que, em conjunto com os Ministérios das Finanças, da Coesão Territorial e com a Presidência do Conselho de Ministros estamos a ponderar alternativas para suprir essa lacuna“, avança a ministra.

Entre as soluções apresentadas está a criação de um núcleo na IGF dedicado exclusivamente às autarquias, a criação de uma nova entidade ou a atribuição dessa função a uma entidade que já existia. “Estou certa de que daremos um passo em frente na luta contra a corrupção. E estou certa de que teremos o reconhecimento e a gratidão dos autarcas que sabem que esta medida não é contra os autarcas, nem contra os funcionários autárquicos, nem contra os munícipes”, sublinha.

A ministra da Justiça considera que é mais eficiente lidar com a corrupção na fase inicial, intervindo junto dos fatores que o facilitam. “Atuar preventivamente tem menos custos para a sociedade do que reprimir e tentar reparar os danos causados, depois de consumada”, disse.

“O sucesso da nossa ação será maior se não dermos condições para que a corrupção aconteça. Isso não quer dizer que desconsideramos a importância de um sistema punitivo eficaz e também ele dissuasor. Também não quer dizer que não valorizamos a necessidade de, nos casos concretos, apurar as responsabilidades individuais pelas infrações cometidas. Pelo contrário”, refere.

Em junho, o Governo aprovou a Agenda Anticorrupção que, entre as medidas de repressão penal, está a criação de um novo mecanismo de perda alargada de bens. Segundo avançou a ministra, o grupo de trabalho constituído para preparar a transposição da diretiva e a criação de um novo mecanismo de confisco de bens entregará até ao final de janeiro um anteprojeto de diploma.

Sublinhou ainda a proposta de alteração do Código de Processo Penal apontada para início de 2025, de forma a promover a celeridade processual e a eficácia da justiça penal, nomeadamente no âmbito dos megaprocessos.

Outra das medidas já em vigor da Agenda Anticorrupção é a digitalização do inquérito penal. “Nas primeiras horas da entrada em vigor da tramitação eletrónica do inquérito foram feitas mais de 1200 notificações para advogados, metade delas lidas na hora”, revela.

“A inexistência de controlos intermédios, nas instituições e nas empresas, aumenta o risco de corrupção. A mera perceção da existência de corrupção tem como efeito uma maior tolerância para o fenómeno. Isto para não falar na própria confiança que as pessoas têm no funcionamento das instituições. A confiança sai reforçada com o estabelecimento de regras claras e exigentes”, explica, destacando o Regime Geral da Prevenção da Corrupção.

“Uma das pedras angulares em que assenta o Regime Geral da Prevenção da Corrupção é o MENAC responsável não só pela aplicação do regime sancionatório, mas também pela divulgação e esclarecimento do RGPC junto dos seus destinatários”, disse, assumindo que o Executivo comprometeu-se a promover uma redefinição da estrutura interna do MENAC e do seu modelo de governação, bem como a superar algumas condicionantes que nos foram sinalizadas ao recrutamento para o seu mapa de pessoal.

Rita Alarcão Júdice avança também que têm vindo a trabalhar com o Ministério da Educação para incluir na Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania um referencial dedicado à promoção da ética e da integridade e da prevenção de condutas que afetem o funcionamento do Estado de direito democrático e social. “Pretendemos uma abordagem integrada destas temáticas no currículo das várias disciplinas, no âmbito da revisão em curso das Aprendizagens Essenciais – pois até o desporto escolar é sede privilegiada para a educação sobre a importância do fair-play e a prevenção da manipulação de competições, da corrupção desportiva e da corrupção em geral”, acrescenta.

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Portuguesa Tekever fecha contrato de cinco milhões com Governo espanhol

O acordo fechado com o Ministério do Interior espanhol prevê o fornecimento drones AR3 da Tekever, bem como acesso à plataforma Atlas e formação durante três anos às equipas.

A Tekever, empresa portuguesa que desenvolve e opera drones (sistemas aéreos não tripulados), fechou um contrato de cerca de cinco milhões de euros com o Governo espanhol para a entrega, entre 2024 e 2025, de drones para patrulhar fronteiras terrestres e marítimas.

“Temos o prazer de apoiar a Polícia Nacional Espanhola, uma instituição reconhecida pela sua expertise e dedicação à proteção da segurança pública. Esta parceria permite-nos fornecer tecnologia de ponta que aprimora suas capacidades na proteção de fronteiras e vigilância marítima. Ao equipar a Polícia Espanhola com nossos sistemas avançados e plataformas alimentadas por IA, reafirmamos nosso compromisso em fornecer soluções de classe mundial para agências dedicadas a garantir a segurança e a proteção globalmente”, diz Nadia Maaref, head da unidade de segurança da Tekever, citada em comunicado.

O acordo fechado com o Ministério do Interior espanhol prevê o fornecimento drones AR3 da Tekever, bem como acesso à plataforma Atlas e formação durante três anos às equipas. Os drones irão permitir apoiar as patrulhas nas fronteiras terrestres e marítimas.

A empresa liderada por Ricardo Mendes também já fornece drones às tropas da Ucrânia para apoiar operações terrestres e marítimas, através de um fundo liderado pelo Reino Unido. Em novembro, levantou 70 milhões de euros junto de vários fundos, entre os quais o NATO Innovation Fund (NIF), fundo de capital de risco participado pelos 24 aliados da NATO.

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Turismo vai bater recordes em 2024 com mais de 30 milhões de turistas

  • Lusa
  • 9 Dezembro 2024

Portugal vai fechar o ano de 2024 com números recorde no turismo, ultrapassando os 27 mil milhões de euros de receita, adiantou o secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado.

Portugal vai fechar o ano de 2024 com números recorde no turismo, ultrapassando os 27 mil milhões de euros de receita, com mais de 30 milhões de turistas estrangeiros e 80 milhões de dormidas.

Os números foram revelados esta segunda-feira pelo secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, na inauguração da reconversão da antiga estação ferroviária da Lousã em Alojamento Local, no âmbito do Fundo Revive Natureza.

Naquele concelho do distrito de Coimbra, o governante adiantou que a região Centro tem registado crescimentos significativos, acima da média nacional, e que 2024 vai também bater o recorde histórico das quase oito milhões de dormidas em 2023.

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Índice de confiança da Zona Euro cai para mínimos de um ano

Os problemas nas economias da Alemanha e de França afundam confiança dos investidores para a economia europeia, enquanto se assiste a uma tendência contrária nos EUA com a "Trump mania".

O sentimento económico na Zona Euro sofreu um revés significativo em dezembro, com o índice Sentix a registar uma queda acentuada de 20,8% face ao mês anterior, atingindo o valor mais baixo desde novembro de 2023. Segundo o mais recente relatório da instituição alemã Sentix, o índice global de confiança dos investidores para a Zona Euro caiu 4,6 pontos, fixando-se nos -17,5 pontos este mês, de acordo com um inquérito realizado junto de 1.148 investidores entre 5 e 7 de dezembro.

Esta deterioração do sentimento económico reflete-se tanto na avaliação da situação atual como nas expectativas para os próximos meses. O índice de situação atual caiu drasticamente para -28,5 pontos, o nível mais baixo desde novembro de 2022, enquanto as expectativas a seis meses também se agravaram, descendo para -5,8 pontos.

A Alemanha, motor económico da Europa, apresenta dados particularmente preocupantes. A avaliação dos investidores para a situação atual na Alemanha caiu para -50,8 pontos, o nível mais baixo desde junho de 2020, no auge da crise da pandemia Covid-19. “O que significa que a recessão continua omnipresente, especialmente porque as expectativas também caíram 0,8 pontos”, refere Patrick Hussy, diretor-geral da sentix, sublinhando ainda que “após o anúncio de novas eleições para o Bundestag alemão, não há qualquer clima de otimismo”.

A fraqueza da economia alemã continua a ser um fardo para a Zona Euro, agora agravada pela crise política em França. “Os dois maiores países da Zona Euro estão a arrastar a economia da União Europeia”, destaca Patrick Hussy.Em contraste ao ambiente pessimista na Zona Euro surgem os EUA, com os investidores a revelarem uma perspetiva muito mais positiva para a maior economia do mundo.

O índice global de confiança para os EUA subiu pelo quarto mês consecutivo, desta feita com um aumento de 35,8% para 21,6 pontos, o valor mais elevado desde fevereiro de 2022, impulsionado por aumentos semelhantes nas condições atuais e nas expectativas. O relatório descreve esta reação como “Trump mania”, refletindo o otimismo dos investidores face à expectativa de um novo mandato de Donald Trump.

Esta divergência entre a Zona Euro e os EUA poderá ter implicações significativas para as políticas monetárias e para os mercados cambiais. O relatório sugere que “não só as tendências das taxas de juro poderão seguir caminhos diferentes em ambas as regiões, como o par cambial EUR/USD [euro/dólar] também poderá permanecer sob pressão”.

Esta situação coloca também o Banco Central Europeu (BCE) numa posição delicada, potencialmente criando um conflito de objetivos entre o apoio à economia e o controlo da inflação. O primeiro embate destas duas visões será espelhado já esta quinta-feira com a realização da última reunião do Conselho do BCE, em que o mercado antecipa mais um corte das taxas de juro.

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Euribor cai a três meses para novo mínimo desde março de 2023

  • Lusa
  • 9 Dezembro 2024

Esta segunda-feira, as taxas Euribor subiram a seis meses para 2,661% e a 12 meses para 2,450%. No prazo mais curto (três meses), desceram para 2,862%, um novo mínimo desde 17 de março de 2023.

A Euribor desceu esta segunda-feira a três meses para um novo mínimo desde março de 2023 e subiu, pela terceira sessão consecutiva, a seis e a 12 meses. Com estas alterações, a taxa a três meses, que baixou para 2,862%, continuou acima da taxa a seis meses (2,661%) e da taxa a 12 meses (2,450%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro de 2023, subiu para 2,661%, mais 0,007 pontos.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, também avançou, para 2,450%, mais 0,051 pontos.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses desceu, ao ser fixada em 2,862%, menos 0,006 pontos do que na sessão anterior e um novo mínimo desde 17 de março de 2023.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a outubro mostram que a Euribor a seis meses representava 37,36% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 33,13% e 25,54%, respetivamente.

A média da Euribor em novembro desceu nos três prazos, menos acentuadamente do que em outubro e com mais intensidade no prazo intermédio: a três meses baixou 0,160 pontos, para 3,007% (contra 3,167% em outubro); a seis meses caiu 0,214 pontos, para 2,788% (contra 3,002%); e a 12 meses recuou 0,185 pontos, para 2,506% (contra 2,691%).

Os mercados esperam que o Banco Central Europeu (BCE) desça, pela quarta vez este ano, e terceira consecutiva, as taxas diretoras em 25 pontos percentuais na reunião de política monetária, a última deste ano, na quinta-feira, 12 de dezembro.

Em 17 de outubro na Eslovénia, a instituição liderada por Christine Lagarde cortou as taxas de juro em um quarto de ponto pela terceira vez este ano, a segunda consecutiva, para 3,25%, face a uma inflação que considera estar “no bom caminho” e a uma atividade económica pior do que o previsto.

Em 18 de setembro foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Miranda Sarmento confiante de que Zona Euro escapará a contágio da crise francesa

Ministro das Finanças português defendeu que a Zona Euro é "muito forte". Miranda Sarmento acredita que franceses irão encontrar uma solução de "estabilidade" política.

O ministro das Finanças português, Joaquim Miranda Sarmento, mostrou-se confiante de que a crise em França não terá repercussões na Zona Euro, argumentando que esta “é muito forte”.

Em declarações esta segunda-feira à Bloomberg, antes da reunião do Eurogrupo em Bruxelas, o governante afastou, assim, um cenário de contágio.

“Penso que não há qualquer perigo de contágio”, disse, acrescentando que “a Zona Euro é muito forte”.

Para Miranda Sarmento, o bloco tem “os instrumentos” para responder ao desafio e mostrou-se convicto que o impasse político em França será desfeito. “Estou confiante de que os franceses poderão encontrar uma solução política que possa trazer estabilidade ao país”, disse.

O primeiro-ministro francês, Michel Barnier, apresentou a demissão ao Presidente francês, Emmanuel Macron, que a aceitou, após a aprovação de um moção de censura apresentada pelo bloco de partidos de esquerda Nova Frente Popular e apoiada pela União Nacional, partido de Marine Le Pen.

O Governo de Barnier foi o que teve menos tempo em funções na V República Francesa, já que cumpriria 100 dias a 13 de dezembro.

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Omnicom compra Interpublic. Será a maior multinacional de publicidade do mundo

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  • 9 Dezembro 2024

"Haverá uma total separação e independência de cada uma das agências do grupo, como até agora tem acontecido", garante Luís Mergulhão, CEO do braço de media do grupo Omnicom em Portugal.

É oficial. O Omnicom Group e o Interpublic Group fecharam o acordo esta segunda-feira. A fusão entre as duas multinacionais americanas vai dar origem à maior companhia de publicidade e media do mundo.

“Trata-se de um movimento, o da aquisição do Interpublic Group pela Omnicom, que pretende, antes de tudo ganhar uma maior posição competitiva para os nossos clientes, e criar sinergias focadas na criatividade, na inovação e no talento, mantendo uma total separação e independência de cada uma das agências do grupo, como até agora tem acontecido”, refere Luís Mergulhão, presidente e CEO da OMG Portugal, citado em comunicado.

O acordo, divulgado este domingo pelo Financial Times, está avaliado em mais de 30 mil milhões de dólares e implica a compra da Interpublic pelo Omnicom Group. A primeira valia 10,9 mil milhões de dólares na sexta-feira, após o fecho das bolsas, enquanto a segunda estava avaliada em 20,2 mil milhões.

O grupo que resultará da fusão das duas companhias terá uma receita líquida superior a 20 mil milhões de dólares, refere o jornal, sendo que a combinação dos dois grupos fará com que ultrapasse a britânica WPP e a francesa Publicis, tornando-se a maior multinacional do setor.

Os acionistas da Omnicom ficam com 60,6% da empresa combinada e os investidores da Interpublic os restantes 39,4%. Espera-se que o acordo seja fechado no segundo semestre de 2025 e gere economias de custo anuais de 750 milhões, avança a Reuters.

Ambas as empresas estão presentes em Portugal. O acordo, confirmado esta segunda-feira, juntará então sob o mesmo teto agências como como a BBDO, TBWA, Fleishman Hillard, OMD e PHD com agências como a McCann, Weber Shandwick, FCB ou Mediabrands.

Este acordo será o maior no setor desde a anunciada fusão da Publicis e da Omnicom, em 2013, que também teria criado o maior grupo de publicidade do mundo, e que foi cancelado após meses de negociações.

 

 

(Notícia atualizada às 14h05)

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