“Estamos a discutir muito pouco sobre o conteúdo, e muito sobre política”, diz Medina sobre OE2025

Medina esteve esta sexta-feira num painel sobre o papel das políticas públicas e aproveitou para deixar um recado: no OE2025 "estamos a discutir pouco sobre o conteúdo, e muito sobre política".

O ex-ministro das Finanças Fernando Medina atirou esta sexta-feira que a discussão do Orçamento do Estado para 2025 tem sido mais sobre política, do que sobre conteúdo. Num painel na apresentação do novo instituto de políticas públicas da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa (Nova SBE), o antigo governante sublinhou também que o ambiente atual “não é o que vemos normalmente um mês antes da proposta orçamental entrar no Parlamento”.

“[O Orçamento do Estado para 2025] é um bom exemplo de onde podemos separar políticas públicas e política. A política pública é sobre conteúdo. Estamos a discutir muito pouco sobre o conteúdo e muito sobre política“, disse Fernando Medina.

A menos de um mês da entrega da proposta de Orçamento do Estado no Parlamento, o PSD ainda não conseguiu garantir a sua viabilização.

A redução do IRC e o IRS Jovem são dois dos pontos quentes da negociação com o PS, sendo que, sem o apoio dos socialistas, o Governo não conseguirá ver a sua proposta aprovada. Isto uma vez que não tem maioria absoluta no Parlamento, e o Chega (cuja abstenção abriria a porta à viabilização do Orçamento, mesmo sem o suporte do PS) já se colocou à parte das negociações.

Questionado esta tarde sobre se será possível fazer uma ponte entre o PS e o PSD nesta matéria, Fernando Medina começou por afirmar que não tem “nenhuma pista”. “Será suspense até ao fim“, disse. Mas acrescentou rapidamente que o Orçamento do Estado é precisamente um tema no qual se pode separar a política pública da política.

No entanto, a política pública é sobre conteúdo, o que tem sido discutido “muito pouco”, atirou Fernando Medina. “Da minha experiência, este não é o ambiente que vemos normalmente um mês antes da proposta de Orçamento entrar no Parlamento. Não é exatamente o ambiente que veríamos rumo a um acordo. Mas há muita inovação na política“, assinalou ainda o ex-ministro das Finanças.

Também sobre este tema, António Nogueira Leite, professor universitário e ex-secretário de Estado, frisou que “é importante o país não estar constantemente a ir para eleições“, mas admitiu que a possibilidade de uma ponte entre o PSD e o PS depende de vários fatores.

Atualizada às 16h36

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Ataque israelita em Beirute causou oito mortos

  • Lusa
  • 20 Setembro 2024

O comandante de uma unidade de elite do Hezbollah foi morto no "ataque seletivo" das forças israelitas nos arredores de Beirute.

O Ministério da Saúde do Líbano anunciou que o ataque israelita a uma alegada posição do Hezbollah nos arredores de Beirute fez pelo menos oito mortos e 59 feridos. O comandante de uma unidade de elite do Hezbollah foi morto no “ataque seletivo” das forças israelitas nos arredores de Beirute, disse uma fonte próxima do grupo libanês pró-iraniano.

“O ataque israelita teve como alvo o chefe da força Al-Radwan, Ibrahim Aqil, que foi morto”, disse a fonte não identificada à agência francesa AFP.

Entretanto, as equipas da Defesa Civil libanesa procuram sobreviventes nos escombros de dois edifícios atingidos pelo bombardeamento israelita nos subúrbios do sul de Beirute, conhecidos como Dahye, um importante reduto do grupo xiita Hezbollah.

“Na sequência do desmoronamento de dois edifícios residenciais na zona de Jamous, nos subúrbios do sul de Beirute, em consequência do ataque israelita, equipas especializadas de busca e salvamento da Direção-Geral da Defesa Civil dirigiram-se para o local a partir de vários centros”, declarou a organização na sua conta no X.

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Câmara de Lisboa aprova auditoria à execução do contrato dos painéis publicitários proposta pelo BE

  • + M
  • 20 Setembro 2024

A auditoria, proposta pelo BE, foi aprovada esta sexta-feira. O PSD/CDS tinha apresentado proposta para auditar o processo de concessão à JCDecaux da instalação e exploração publicitária na cidade.

A Câmara Municipal de Lisboa aprovou esta sexta-feira uma auditoria à execução do contrato ganho pela JCDecaux para os painéis de publicidade na cidade. Foi também aprovada por unanimidade uma proposta do PS e PCP para que a CML peça os pareceres internos e externos para garantia da segurança rodoviária e a relocalização de painéis que possam comprometer essa mesma segurança, descreve o PS em comunicado.

A auditoria aprovada foi proposta pelo Bloco de Esquerda, em alternativa à apresentada pelo PSD/CDS-PP, que pretendia uma auditoria externa ao processo de concessão à JCDecaux da instalação e exploração publicitária na cidade, na sequência das críticas sobre os painéis de grande formato, considerada pelo PS “uma manobra de diversão”.

A decisão desta sexta-feira surge uma semana depois de o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), ter informado que o executivo municipal pediu à JCDecaux para suspender a colocação de mais painéis publicitários de grande formato na cidade e vai negociar com a empresa soluções para os que já foram instalados.

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Colt investe um milhão de euros em Portugal

  • ECO
  • 20 Setembro 2024

Empresa investiu um milhão de euros em Portugal com a ligação de dois centros de dados ligados em Carnaxide e Linda-a-Velha, ficando assim com 15 centros na rede de banda larga.

A Colt Portugal reforçou a infraestrutura de rede com a expansão do “Global IP Transit Backbone and Services” a Lisboa e duas novas ligações aos centros de dados da AtlasEdge e da Altice em Carnaxide e Linda-a-Velha, respetivamente. Nesta nova expansão foi feito um investimento de um milhão de euros, adianta a empresa ao ECO.

“O valor do investimento total feito na ligação aos dois novos data centres (AtlasEdge + Altice) e no IP Pop/IP Transit é de um milhão de euros. Investimento efetuado em 2024″, adianta Carlos Jesus, vp global service delivery e country manager da Colt Technology Services em Portugal, ao ECO. Valor que reforça o investimento no país feito pela operadora desde a sua entrada, na ordem dos 115 milhões de euros.

O responsável da Colt destaca a relevância destas novas ligações. “Até à data não havia nenhum ponto de interligação internacional (PoP) de nível de topo (Tier1) em Portugal. O Global IP Transit Backbone and Services da Colt será o primeiro e permite que o nosso país passe a dispor de um ponto de entrada direto à rede Tier1 de Transito IP, que é a principal a nível mundial”, explica. “Os pontos de interligação até agora eram Frankfurt (Alemanha) e Londres (Reino Unido), e a partir de agora Lisboa/Portugal entra também nesta equação, criando uma clara vantagem competitiva para o país no contexto das telecomunicações à escala global”, destaca.

“Portugal tem um papel fulcral na diversificação da conectividade e em evitar a saturação das redes de comunicações, afirmando-se como uma verdadeira porta de entrada para a Europa e uma via direta de acesso das empresas de todo o mundo a um mercado de mais de 750 milhões de potenciais consumidores”, continua, seja “pelas rotas das comunicações terrestres que permite e potencia ligando a Península Ibérica ao Norte da Europa, seja porque possui vários centros de amarração dos cabos submarinos que garantem as comunicações da Europa com as Américas, a África e a Ásia”.

Com esta ligação internacional e as novas ligações dos dois centros de dados no país, a operadora aumenta a capilaridade da sua rede — passa a ter 15 centros — e reforça a “posição estratégica de Portugal também no contexto do próprio Grupo Colt”, diz ainda.

A Colt Portugal, atualmente, dispõe em Portugal de 130 colaboradores. “De momento só temos a decorrer campanhas de recrutamento para substituição das pessoas que saem”, diz o country manager.

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Alcanena quer fábrica de construtor mundial para o parque empresarial

Município do Médio Tejo vai dar início às infraestruturas da primeira fase, com 40 hectares. Autarca acredita na chegada de um gigante mundial, possivelmente do setor automóvel.

Rui Anastácio presidente da Câmara Municipal de Alcanena set24
Rui Anastácio, presidente da Câmara Municipal de Alcanena, diz ao ECO/Local Online que este parque será exclusivo para fábricas, tendo já marcada viagem a uma feira em Berlim para “vender” o projeto

 

Com vista para a placa azul da autoestrada do Norte, A1, que indica 94 km até Lisboa, e com o nó de ligação desta autoestrada à A23 ao alcance da vista a um par de quilómetros, o parque empresarial de Alcanena, cujo plano de pormenor foi aprovado na câmara por unanimidade dos três partidos ali representados, vai ter os trabalhos iniciados no primeiro trimestre de 2025, disse ao ECO/Local Online o autarca Rui Anastácio.

A primeira fase, com 40 hectares, está dividida em 12 lotes, com espaço para um hotel junto à A1, para o qual já existem conversações de investidores nacionais para a construção. A segunda fase, ainda sem data para arranque – mas que poderá ser até antes da primeira, caso surja um investidor de peso com interesse na construção de uma fábrica em parte ou na totalidade dos 50 hectares – tem em perspetiva um cenário como o que se vive em Palmela na A2.

Quem chega de Sul e olha à sua direita antes das portagens de Coina na auto-estrada do Sul, vê ali a Autoeuropa. Face aos contactos já encetados, o social-democrata Rui Anastácio não descarta a chegada de um grande construtor automóvel mundial a estes 50 hectares situados à direita da A1 a uns 2 km da saída para a A23. Apontando esta autoestrada que rasga as Beiras até à Guarda, e dali, pela A25, até Espanha, por Vilar Formoso, o autarca destaca Alcanena como “o quilómetro zero para Madrid”.

“Estamos em contacto quase semanal com AICEP e alguns players mundiais para nos ajudarem a captar bons investimentos, de alto valor acrescentado. Queremos que o rácio de metro quadrado/quadro superior contratado seja o mais elevado possível, por isso queremos uma indústria diferenciadora. Na nossa área não queremos logística, está claro para nós”, salienta o autarca. “Naquela área não é por acaso que existe a base do Intermarché [Mosqueteiros], a base do Auchan, é porque aquela localização tem aptidão para logística. Na nossa área não queremos logística, isso está claro. A AICEP concorda connosco”, assegura.

Estamos em contacto quase semanal com AICEP e alguns players mundiais para nos ajudarem a captar bons investimentos, de alto valor acrescentado. Queremos que o rácio de metro quadrado/quadro superior contratado seja o mais elevado possível, por isso queremos uma indústria diferenciadora

Rui Anastácio

Presidente da Câmara Municipal de Alcanena

“Em cima da mesa está um grande investimento âncora, e isso agrada-nos. Mas também nos agrada muitos pequenos bons investimentos. Não vamos fechar para já porta a nenhum desses cenários. Queremos empresas de elevado valor acrescentado que possam pagar bons salários aos jovens que cá estão e aos que queiram vir para cá”, salienta.

Para já, e conforme o presidente a câmara de Alcanena mostrou in loco ao ECO/Local Online no viaduto rodoviário sobre a A1 que une os dois lados do futuro parque empresarial, veem-se apenas terrenos de caça municipal. Contudo, antes do final da década já poderá ser possível ver ali a laborar a fábrica de um grande construtor automóvel internacional, de uma farmacêutica ou de um grande produtor de painés fotovoltaicos, as mais destacadas manifestações de interesse que a autarquia recebeu.

Repartido entre os dois lados da A1, o espaço envolve um total de 140 hectares, com lotes entre 2 mil e 40 mil metros quadrados. A fase inicial estende-se ao longo de 40 hectares, dos quais o município já adquiriu cerca de 75% da área a um valor a rondar dos três euros por metro quadrado, sem litígios com os proprietários, assegura Rui Anastácio.

O remanescente, perto dos 13 hectares, será fechado em breve, afirma. Ao todo, a Câmara Municipal da Alcanena gastará cerca de 1,2 milhões de euros nos terrenos, a que se juntarão entre cinco e seis milhões de euros em infraestruturas. O preço de venda do metro quadrado começará na fasquia dos 50 euros, de modo a ressarcir o município pelo investimento, ou até dar algum lucro, diz o autarca ao ECO/Local Online.

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Português Avila Spaces ganha ‘Óscar’ do design dos espaços de cowork

No espaço de pouco mais de um ano, esta é a segunda distinção a nível internacional atribuída à rede de coworks portuguesa que investiu um milhão de euros no espaço no Parque das Nações.

O Avila Spaces do Parque das Nações venceu o ‘Óscar’ de design dos espaços de cowork a nível internacional, pela “Work Design Magazine”, publicação de design de interiores de espaços de trabalho. No ano passado tinha sido a vez do espaço da rede portuguesa de coworks no Saldanha a ser considerado pelos Global Startup Awards o melhor cowork do Sul da Europa.

“No espaço de pouco mais de um ano, esta é a nossa segunda distinção a nível internacional, o que confirma o Avila Spaces como um líder no mercado dos espaços de trabalho flexíveis. As empresas que estão a adotar no modelo híbrido de trabalho podem contar com o Avila Spaces como um parceiro que as poderá ajudar neste processo, não só na ótica de racionalização de custos, como de atração e retenção de talento”, diz Carlos Gonçalves, CEO do Avila Spaces.

O espaço no Parque das Nações venceu na categoria “Hybrid Work Environments – Shared Coworking” dos prémios The Next Work Environment 2024, da “Work Design Magazine”, que distingue o espaço com o melhor conceito de modelo de trabalho híbrido. A rede investiu um milhão de euros no espaço que tem uma taxa de ocupação de 90%, na sua maioria empresas de pequena e grande dimensão e 20% nómadas digitais e freelancers, adianta Carlos Gonçalves ao ECO. O espaço está a funcionar desde julho do ano passado.

Além de ser a única empresa nacional nesta competição, o Avila Spaces foi também o único a ter um projeto de design de interiores criado pela própria equipa, liderada por Teresa Jacinto, creative director da rede, destaca o responsável da rede.

“Foi valorizado o nosso conceito híbrido e o facto de multinacionais como a Carrier e Bridgestone terem optado por um cowork no âmbito dos seus modelos híbridos de trabalho, pois permite-lhes maior flexibilidade, contratos mais curtos, poupanças de custos e muito importante: é um fator de retenção e atração de talento”, destaca Carlos Gonçalves. “O cowork, com os vários serviços orientados para o bem-estar dos colaboradores, sessões de meditação, happy hours e eventos desportivos, innovation rooms, etc., são uma mais-valia para os seus colaboradores”, continua.

O Avila Spaces é ainda um dos 12 finalistas (o único português) do prémio People’s Choice da “Work Design Magazine”, aqui com votação a depender do público. A competição está a decorrer no Instagram desta publicação e o vencedor será conhecido a 3 de outubro, o nomeado que tiver mais likes, ganha este galardão.

No ano passado, tinha sido o espaço da rede no Saldanha a ser reconhecido pelos Global Startup Awards, como “Melhor Coworking do Sul da Europa”.

Com três localizações em Lisboa, o Avila Spaces tem uma comunidade de cerca de mil empresas, entre as quais multinacionais que transitaram do escritório tradicional para o híbrido, como a Lindt, Bridgestone, Talkdesk, Nielsen, Carrier e Royal Caribbean Portugal.

“Não temos planos de expansão. Abrir no Norte é um objetivo, para já necessitamos de consolidar em Lisboa”, diz Carlos Gonçalves ao ECO.

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⛽ Combustíveis voltam a subir para a semana. Gasolina fica 1,5 cêntimos mais cara e gasóleo meio cêntimo

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá pagar 1,540 euros por litro de gasóleo simples e 1,666 euros por litro de gasolina simples 95.

Os preços dos combustíveis vão voltar a ficar mais caros na próxima semana. A gasolina deverá subir 1,5 cêntimos e o gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, deverá subir meio cêntimo, de acordo com os dados disponibilizados no site do ACP.

Quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,540 euros por litro de gasóleo simples e 1,666 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

Estes valores já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis.

Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent à sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. Além disso, os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Esta semana, os preços do gasóleo e da gasolina subiram 0,9 cêntimos, quando o mercado apontava para uma subida de meio cêntimo para a gasolina e o gasóleo sem alterações.

O preço do brent, que serve de referência para o mercado europeu, está esta sexta-feira, a cair 0,83% para os 74,26 dólares por barril, mas caminha para um segundo ganho semanal consecutivo, impulsionados pelo otimismo da procura e riscos potenciais do lado da oferta tendo em conta as tensões crescentes no Médio Oriente.

As refinarias dos EUA estão a planear levar a cabo uma manutenção, a mais leve em três anos, o que provavelmente aumentará a procura de petróleo nos próximos meses. Além disso, o corte das taxas, maior do que o esperado, pela Reserva Federal norte-americana, poderá estimular a atividade económica e melhorar ainda mais as perspetivas para o consumo de combustível nos EUA.

Em termos geopolíticos, os receios de que um conflito mais amplo no Médio Oriente perturbe o fornecimento de petróleo estão a suportar os preços do petróleo, com Israel a avançar para a fronteira com o Líbano, alimentando preocupações sobre o envolvimento do Irão, um grande produtor de petróleo. Os preços do crude também estão a ser influenciados pela redução da produção e das exportações da Líbia, juntamente com uma redução (superior ao esperado) nos stocks de petróleo bruto dos EUA na última quarta-feira.

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Nos, Arena e O Escritório lideram publicidade em agosto

No acumulado dos primeiros oito meses, o Continente, a OMD e a VML surgem na primeira posição nos rankings de anunciantes, agências de meios e criativas.

A Nos foi a maior anunciante de agosto, mês em que anunciou “Previsão para o Verão: País Coberto”, assinada pela O Escritório. A marca agora liderada por António Fuzeta da Ponte investiu a preços de tabela — ou seja, sem os descontos negociados com os meios — 62,4 milhões de euros em publicidade.

A Unilever-Fima, que em julho foi o maior anunciante, ocupou no último mês a segunda posição, com um investimento de 61,5 milhões, e no terceiro posto mantém-se a Ediclube, agora com 49,3 milhões de euros.

Modelo Continente, Vodafone, Lidl, Altice Portugal, Reckitt Benckiser, Viva Melhor Sempre e Procter & Gamble são os anunciantes que completam o top 10 do ranking elaborado todos os meses pela MediaMonitor.

A Arena Media, agência de meios da Nos, lidera em agosto o ranking das agências de meios. Denstu Media e Initiative trocaram de posição, com a agência do grupo liderado por André Freire de Andrade a subir ao segundo lugar.

OMD, Wavemaker, Zenith, Havas Media, Minshare, PHD e EssenceMediacom completam as restantes 10 posições do ranking que contabiliza o investimento publicitário.

Nas agências criativas também há novidades, com o ranking a ser liderado pel‘O Escritório. VML e Fuel ocupam a segunda e terceira posição. Destaque ainda para a McCannErickson Portugal, Santa Fé Orange, Publicis Publicidade, Dentsu Creative, WyCreative, BBDO e Uzina.

No acumulado dos primeiros oito meses do ano, os maiores anunciantes continuam a ser o Modelo Continente, Unilever-Fima e Ediclube, com estes dois últimos a trocarem entre si de posição. OMD, Arena Media e Dentsu Creative são as agências de meios que movimentaram maior volume de investimento e, nas criativas, destaque para a VML, Fuel e O Escritório, nas primeiras posições.

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Tribunal confirma multa de 225 milhões ao “cartel da banca”

Derrota para os 11 bancos no tribunal de Santarém: vão ter de pagar uma coima de 225 milhões de euros por prática concertada no mercado de crédito. Juíza considerou infração "muito grave".

O Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão (TCRS) manteve esta sexta-feira a coima de 225 milhões de euros aos bancos envolvidos no chamado caso do “cartel da banca”, confirmando a decisão de condenação da Autoridade da Concorrência (AdC) de 2019.

A juíza Mariana Gomes Machado considerou que a troca de informação relativa ao mercado de crédito às famílias e empresas representou uma infração “muito grave” da parte dos bancos: reduziram a concorrência e eliminaram a incerteza de comportamento através de uma “prática concertada” num mercado que se encontra largamente “disseminado” em Portugal.

“A habitação é um ativo relevante para as famílias portuguesas”, sublinhou durante a leitura de síntese da sentença que durou cerca de 40 minutos.

Com a decisão, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) enfrenta a maior das coimas: 82 milhões de euros. Seguem BCP (60 milhões de euros), Santander (35,65 milhões) e BPI (30 milhões).

Segundo a juíza do TCRS, que começou a sessão por rejeitar a prescrição dos prazos de condenação, a partilha de informação entre os bancos era recorrente, seguiu uma “lógica de reciprocidade” e ia para lá de “contactos bilaterais” –– era uma prática mais enraizada do que os bancos queriam fazer crer. Durante mais de dez anos, entre 2002 e 2013, os bancos trocaram informação sobre os spreads futuros e sobre os volumes de produção de crédito, factos que estão na base de todo o processo iniciado em 2012.

Mais: criticou a “ausência de sentido crítico” dos bancos em relação à conduta que tiveram, o que “intensifica a necessidade de prevenção geral e especial”, devendo-se assegurar que os bancos “interiorizem” a gravidade das suas práticas para sejam “irrepetíveis”, argumentou.

Já no final lembrou “os lucros significativos” dos bancos nos últimos dois anos, estão atualmente “numa situação que compara favoravelmente” do que na pandemia, disse a juíza, afastando os receios em relação ao facto de as coimas poderem colocar em causa a estabilidade das instituições.

20 dias para recorrer

Já depois de lida a súmula da sentença, a juíza determinou um prazo de 20 dias corridos para os bancos recorrerem da decisão para o Tribunal da Relação de Lisboa. Um prazo que algumas das defesas dos bancos consideraram escasso e tentaram que fosse mais alargado (de 30 dias), o que sugere que vão recorrer da decisão (algo que foi já indicado pelo BCP). Autoridade da Concorrência e Ministério Público classificaram exagerado 30 dias.

Depois da Relação ainda será possível recorrer para o Tribunal Constitucional, mas só em matéria de direito.

A juíza decidiu ainda a publicação da decisão de condenação em Diário da República e nos maiores jornais nacionais devido à importância do processo.

Montepio criticado, Barclays “admoestado”

O Banco Montepio viu a sua coima de 26 milhões reduzida para metade (13 milhões) por ter recorrido ao regime de clemência, mas não se livrou de críticas da juíza pela atuação o banco que teve durante o processo.

BBVA (2,5 milhões), BES (700 mil), EuroBic (500 mil), Crédito Agrícola (350 mil), Deutsche Bank (350 mil) e UCI (150 mil euros) foram condenados a multas mais reduzidas. A mais pequena de todas foi passada ao Banif: 1.000 euros, que o banco já aceitou.

Em relação ao Barclays, que denunciou a infração, a juíza valorizou a conduta do banco durante todo o processo e substituiu a coima de oito milhões de euros por uma admoestação. O Abanca, também visado no processo, viu a infração prescrever ainda na fase administrativa.

(Notícia atualizada às 16h54)

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Associação Sindical da PSP pede reunião ao MAI para resolver atrasos nos gratificados

  • Lusa
  • 20 Setembro 2024

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia pediu uma reunião ao Ministério da Administração Interna para resolver os atrasos no pagamento dos serviços gratificados.

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) pediu esta sexta-feira uma reunião ao Ministério da Administração Interna (MAI) para resolver os atrasos no pagamento dos serviços gratificados, com muitos polícias sem receber essas verbas desde fevereiro.

O presidente da ASPP/PSP, Paulo Santos, explicou à Lusa que o pedido de uma reunião com a tutela visa encontrar soluções imediatas para esta questão, mas também para outras matérias, como a conjugação do regime de mudança de índice por acelerador de carreiras com o regime de mudança de índice por avaliação de desempenho ou o regime de pré-aposentação, antes de iniciar em janeiro as negociações sobre as tabelas remuneratórias e as carreiras.

Temos um conjunto de situações para resolver, em concreto a questão dos serviços remunerados que estão por liquidar desde fevereiro. Queremos saber o que foi feito e qual é a perspetiva para o futuro deste problema que se regista todos os anos. Quase todos os anos os policias são confrontados com meses de atrasos [no pagamento dos gratificados]”, afirmou o sindicalista.

Embora tenha frisado que é uma matéria que não está sujeita a negociação coletiva e que depende também de outras entidades, Paulo Santos assegurou que a ASPP/PSP tem “várias propostas” e apelou ao Governo para avançar com a “cabimentação dos valores para estes serviços” prestados pelos polícias fora do seu horário de serviço (como o policiamento dos jogos de futebol ou a vigilância dos exames escolares).

Não nos podemos esquecer que há uma regulamentação da forma como são pagos os serviços e que deve ser antes da realização do serviço. Sabemos que há problemáticas que carecem de resolução e que as verbas vêm de outros organismos, mas queremos que o Governo perceba… tem de criar mecanismos e instrumentos para alocar essas verbas para pagar aos profissionais”, sublinhou.

Segundo avançou esta sexta-feira o jornal Público, o MAI já deve quase três milhões de euros aos elementos das forças de segurança (PSP e GNR) pelo pagamento destes serviços, cujas verbas são provenientes das receitas dos jogos sociais da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Paulo Santos disse que o pedido de reunião visa ainda abordar a alteração do posicionamento remuneratório de três anos para dois anos e de 12 pontos nas avaliações de desempenho para 10 pontos, na sequência do acordo de julho com o MAI, e saber como e quando se vai proceder à conjugação do regime de mudança de índice por acelerador de carreiras com o regime de mudança de índice por avaliação de desempenho.

“Há um conjunto de milhares de profissionais que ainda não foram colocados no índice por avaliação de desempenho e que cumprem os requisitos”, frisou o presidente da ASPP/PSP, garantindo que é possível resolver estes temas antes de janeiro: “Queríamos ‘limpar’ essas matérias para em novembro preparar com a ministra as negociações. Era importante o Governo perceber, no contexto de Orçamento do Estado, o que a ASPP/PSP tem para este processo negocial”.

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Bondalti Water avança para o negócio do biogás

A Bondalti Water lançou uma nova área de negócio para o fornecimento de tecnologia e engenharia para a produção de biogás. Empresa espera chegar a 30 milhões de faturação em 2030.

A Bondalti vai passar a fornecer tecnologia e engenharia para a exploração de biogás gerado nas instalações de tratamento de águas residuais. Empresa do Grupo José de Mello prevê faturar dez milhões de euros já este ano.

A nova área de negócio nasce dentro da Bondalti Water. Antonio Alonso, administrador executivo, afirma, citado em comunicado, que a nova divisão vem reforçar a capacidade da empresa para “entregar soluções ao longo de todo o ciclo da água, desde as águas de processo industrial ao tratamento de efluentes, incluindo, agora, a produção de biogás”.

A empresa não adianta o investimento realizado para o lançamento do novo negócio, mas indica ao ECO que estima faturar dez milhões já este ano e chegar aos 30 milhões por ano em 2030.

A Bondalti acredita que o mercado ibérico tenha um potencial para mais de 2.500 instalações de biogás. Em Espanha, 40% do atual consumo pode ser substituído por biogás, refere o comunicado. Em Portugal, o Plano de Ação para o Biometano (PAB) estima que o país possa substituir quase 10% do consumo de gás natural por biometano, percentagem que chegará aos 18,6% em 2040.

A empresa irá recorrer a uma tecnologia própria, denominada Multi-AD, já instalada nas Bodegas AGE, em Espanha). Segundo a Bondalti Water, permite reduzir a contaminação em águas residuais em mais de 90%, diminuir o consumo de eletricidade em processos de depuração e o custo de gestão de lamas em cerca de 80%. A tecnologia produz, além disso, biogás com um teor de metano de alta qualidade.

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Proteção Civil contabiliza cinco mortos e 17 feridos graves provocados pelos incêndios

  • Lusa
  • 20 Setembro 2024

Dos 17 feridos graves, 11 são bombeiros, enquanto há 36 operacionais entre os 87 feridos ligeiros. Proteção Civil dá como dominados os incêndios em Arouca, São Pedro do Sul e Castro Daire.

Os incêndios que lavraram nas regiões norte e centro ao longo desta semana provocaram cinco mortos e 177 feridos, 17 dos quais graves, segundo números provisórios avançados esta sexta-feira pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

No ponto de situação sobre os incêndios realizado na sede da ANEPC, em Carnaxide (concelho de Oeiras), o comandante nacional indicou que dos 17 feridos graves, 11 são bombeiros, e dos 87 feridos ligeiros, 36 são operacionais que estiveram a combater as chamas. André Fernandes acrescentou que foram ainda assistidas no local dos fogos 72 pessoas, a maioria bombeiros.

Dos cinco mortos contabilizados pelo INEM, quatro são bombeiros, segundo o comandante nacional de emergência e proteção civil.

André Fernandes foi questionado sobre a área ardida, tendo respondido que é um valor que ainda está a ser contabilizado.

Fogos de Castro Daire, Arouca e São Pedro do Sul estão dominados

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil revelou também que todos os grandes incêndios foram dados como dominados e que os meios deverão ser desmobilizados ao longo do dia.

Todas as ocorrências que durante o dia de ontem e a madrugada de hoje [sexta-feira] ainda estavam ativas foram, de facto, dadas como dominadas, em particular as ocorrências nas regiões de Viseu/Dão-Lafões, nos municípios de Castro Daire e São Pedro do Sul, bem como o incêndio que lavrava na área metropolitana do Porto, no concelho de Arouca, em Alvarenga”, adiantou o comandante nacional André Fernandes.

No ponto de situação sobre os incêndios realizado na sede da ANEPC, o responsável da Proteção Civil acrescentou que, apesar de já não persistirem grandes incêndios em curso, o dispositivo continua a seguir 22 ocorrências em fase de resolução, que mobilizam ainda 1.257 operacionais e 387 meios terrestres.

“O dispositivo ainda vai estar ao longo do dia. Prevê-se que seja desmobilizada a maioria dos meios ao longo do dia, sejam eles nacionais ou internacionais”, referiu André Fernandes, indicando apenas uma ocorrência atual em Peso da Régua, que mobiliza agora 39 operacionais, 11 veículos e dois meios aéreos.

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