Exportações de saúde fecham 2023 com novo máximo

O diretor executivo do Health Cluster Portugal realça que o crescimento sustentado das exportações em saúde refletem o "trabalho que tem vindo a ser feito ao nível da internacionalização" do setor.

As vendas ao exterior de bens ligados à saúde vão de ‘vento em poupa’ e fecharam o ano passado com um novo máximo. Em 2023, as exportações em saúde cresceram quase 36% para 3,3 mil milhões de euros, à boleia do crescimento dos mercados “mais competitivos”, como Estados Unidos, Alemanha, França e Bélgica, realça o Health Cluster Portugal.

Os dados são da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), tendo como fonte o Instituto Nacional de Estatística” e indicam que as exportações em saúde subiram 35,8%, superando “a meta dos 3 mil milhões”, ao atingir os 3,3 mil milhões de euros, adianta, em comunicado, a organização que representa mais de 200 entidades do setor.

“Este marco consolida o trabalho que tem vindo a ser feito ao nível da internacionalização deste setor que assim se afirma como motor do desenvolvimento económico e social”, realça Joaquim Cunha, diretor executivo do Health Cluster Portugal. A subida face a 2022 foi alicerçada pelo “crescimento nos mercados mais competitivos”, com o top 5 a ser ocupado pelos Estados Unidos, Alemanha, França e Bélgica.

O setor mantém, deste modo, a trajetória de crescimento que tem vindo a registar nos últimos anos. Em 2022, as exportações em saúde tinham crescido 35%, face ao ano anterior, para 2.400 milhões de euros.

Em Portugal, o setor da saúde representa um volume de negócios anual na ordem dos 34 mil milhões de euros e um valor acrescentado bruto de cerca de 12 mil milhões, segundo os dados da mesma entidade. Nesta área operam perto de 105 mil empresas e trabalham cerca de 400 mil pessoas.

Em termos gerais, as exportações portuguesas de bens recuaram 1% em 2023, enquanto as importações cederam 4,1%, o que permitiu uma redução do défice da balança comercial de 3.727 milhões de euros, situando-se nos 27.356 milhões de euros, de acordo com os dados provisórios do INE.

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Agricultores polacos bloqueiam passagem de fronteira com a Alemanha

  • Lusa
  • 26 Fevereiro 2024

"Nós, agricultores polacos, estamos aqui porque já não aceitamos os regulamentos verdes da União Europeia" e "a importação descontrolada de cereais de outros países da UE", dizem.

Agricultores polacos bloquearam esta segunda-feira um ponto de passagem de fronteira com a Alemanha para protestar contra as regulamentações europeias e a importação de cereais ucranianos para a União Europeia (UE), noticiou a imprensa internacional. Tratores foram deslocados desde domingo para a autoestrada A2, bloqueando esse importante ponto de passagem localizado a sul da pequena cidade polaca de Slubice, separada da cidade alemã de Frankfurt pelo rio Oder, de acordo com a agência de notícias AFP.

“Nós, agricultores polacos, estamos aqui porque já não aceitamos os regulamentos verdes da União Europeia” e “a importação descontrolada de cereais de outros países da UE”, disse à AFP um dos manifestantes, Christopher Janicki.

O bloqueio, inicialmente previsto para durar 25 dias, termina esta segunda-feira, porque os agricultores mudaram de ideia após conversações com a população local, segundo os organizadores. Os protestos de agricultores têm ocorrido há várias semanas na Polónia, com agricultores bloquear estradas em todo o país e passagens de fronteira com a Ucrânia.

A Polónia está entre os maiores apoiantes da Ucrânia desde o início da ofensiva russa em fevereiro de 2022. Entretanto, as suas relações foram prejudicadas nos últimos meses por disputas comerciais, em particular pela abertura, por Bruxelas, das fronteiras europeias aos produtos agrícolas ucranianos que, segundo os agricultores polacos, não respeitariam as normas da UE e os envios estariam descontroladas.

“Os agricultores polacos têm os seus armazéns cheios e não podem vender os seus produtos. Se não podemos vender cereais, não podemos ganhar dinheiro e continuar a nossa produção”, lamentou Janicki. Também foram registados casos isolados de produtos agrícolas ucranianos despejados em estradas ou vias férreas perto da fronteira entre a Polónia e a Ucrânia.

Na sexta-feira, o Governo polaco disse à AFP que Varsóvia e Kiev estavam “longe de um acordo” sobre a importação de produtos agrícolas ucranianos. O primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmygal, por seu lado, declarou que a Ucrânia tem “o direito de aplicar medidas de retaliação”.

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E-fatura com dificuldade de acesso no último dia para validar faturas

  • Lusa
  • 26 Fevereiro 2024

"Por motivos de ordem técnica não nos é possível responder ao seu pedido. Por favor, tente mais tarde", indica a mensagem no site e-fatura.

O acesso à funcionalidade do e-fatura do Portal das Finanças tem estado a registar constrangimentos com os contribuinte que tentam validar as suas faturas a não conseguirem fazê-lo “por motivos de ordem técnica”.

“Por motivos de ordem técnica não nos é possível responder ao seu pedido. Por favor, tente mais tarde”, indica a mensagem que aparece na página pessoal de muitos dos contribuintes que durante a manhã de hoje tentaram validar as faturas, sendo este o último dia para o fazerem.

Perante os constrangimentos de acesso reportados, a Lusa questionou o Ministério das Finanças sobre o motivo e se está a ser equacionado um alargamento do prazo para a validação das faturas, mas ainda não obteve resposta.

A validação das faturas é um dos passos necessários para a preparação da declaração anual do IRS, sendo esta segunda-feira o último dia do prazo para os contribuintes verificarem, registarem ou resolveram as faturas que ficaram pendentes.

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Nokia Portugal está a avançar com despedimento coletivo, denuncia sindicato

  • Lusa
  • 26 Fevereiro 2024

A Nokia Portugal está a avançar com um despedimento colectivo que abrange 142 trabalhadores, segundo o Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações e Comunicação Audiovisual.

O Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações e Comunicação Audiovisual (STT) denunciou esta segunda-feira que a Nokia Portugal tem em curso um despedimento coletivo que abrange 142 trabalhadores, mas até ao momento a Lusa não conseguiu obter uma resposta da empresa.

“O STT teve conhecimento que a Nokia Portugal está a avançar com um despedimento colectivo que abrange 142 trabalhadores, tendo os trabalhadores envolvidos recebido a intenção por escrito no passado dia 22 de fevereiro”, indica o sindicato, no comunicado.

Este despedimento além de injusto, se não for travado, terá drásticas consequências em termos de confiança laboral para um conjunto de excelentes profissionais que vestem a ‘camisola’ da Nokia”, prossegue o STT, que critica a “argumentação utilizada pela empresa”, considerando que “é falaciosa e mistificadora e está baseada numa realidade ‘virtual’ que os discursos dos responsáveis da empresa a nível mundial em termos de liderança, oportunidades de negócio e I&D contradizem e desconstroem”.

O sindicato diz que tem “dúvidas da legalidade deste processo e põe em dúvida a fundamentação usada”, referindo ainda que “critérios de seleção na base do vencimento mais elevado, numa empresa com contas saudáveis, pode ser considerado um critério discriminatório e no mínimo a ultrapassar a fronteira da inconstitucionalidade”.

Nesse sentido, o STT “irá pedir a solidariedade da CGTP e dos Sindicatos do Movimento Sindical Unitário, audiências ao Ministério do Trabalho e aos grupos parlamentares e vai denunciar este ‘atentado’ de forma pública através das formas de luta que os trabalhadores entenderem como as mais adequadas”.

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Câmara do Porto “estuda” aumentar taxa turística

Pedido pela autarquia, estudo de universidades propõe a subida da taxa turística do Porto de dois para três euros por noite no centro da cidade e de 2,5 euros por noite nas restantes localidades.

Um estudo encomendado pela Câmara Municipal do Porto, apresentado esta segunda-feira na reunião do executivo, propõe aumentar a Taxa Municipal Turística dos atuais dois para três euros nas freguesias do centro histórico e para 2,50 euros nas restantes localidades. Mas o presidente Rui Moreira não concordou com esta diferenciação geográfica, no sentido em que se pode “correr o risco de ser considerado como um imposto e não uma taxa”.

Também o vereador da Economia da Câmara do Porto, Ricardo Valente, referiu ter “alguma dificuldade em acompanhar a diferença entre freguesias”, notando que a diferença do valor da taxa teria de ser justificada legalmente com despesas. O estudo realizado pelos professores José Rio Fernandes, Luís Carvalho e Pedro Chamusca, a pedido do município, propõe a subida da taxa turística do Porto de dois para três euros por noite no centro da cidade, ou seja, na União de Freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Miragaia, Sé e Vitória, e de 2,5 euros por noite nas restantes localidades do município.

O professor José Rio Fernandes, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, argumentou esta diferenciação geográfica entre freguesias com o facto de haver “uma acentuada concentração” de turistas no centro da cidade. “Não acho justo que Paranhos ou Campanhã pague o mesmo que na Ribeira ou na Baixa. Face a sinais de overtourism no centro, é justo haver uma diferenciação do ponto de vista político”. O docente justificou, assim, a medida com “o aumento progressivo do número de dormidas e considerando também a significativa diferença entre a concentração de unidades de alojamento e visitantes na área central da cidade do Porto”.

José Rio Fernandes sugeriu ainda que o valor da taxa seja revisto de dois em dois anos. Ressalvou, contudo, que esta taxa municipal turística “não é um elemento de dissuasão do turismo” e que “não é por aumentar que vai deixar de haver turismo” na cidade. “O Porto é das cidades da Europa com maior intensidade turística. O aumento da taxa municipal não terá efeitos significativos sobre a viabilidade económica das unidades de alojamento”, sublinhou.

Estes valores propostos no estudo foram calculados em função das despesas que a autarquia tem com serviços principalmente orientados para o turismo e “igualmente pelos que servem todas as pessoas que utilizam a cidade e que, por motivos de equidade, se considerou que não devem onerar apenas os residentes”, lê-se no mesmo documento. A taxa municipal turística do Porto, aprovada em 2016, é de dois euros por noite.

No estudo, a que o ECO/Local Online teve acesso, os investigadores consideram mesmo que “o valor cobrado é reduzido relativamente a outras cidades com intensidade turística superior ou idêntica”. Neste ponto, Rui Moreira referiu: “Faz-me confusão a ir a algumas cidades holandesas onde pago taxas de sete euros e no Porto são dois euros”.

Desta reunião não saiu qualquer decisão do executivo municipal sobre a revisão da taxa turística municipal, que irá posteriormente decidir a proposta de revisão da taxa turística a submeter a consulta pública. “Não vamos tomar decisões para já”, assegurou o independente Rui Moreira, durante a sessão. O autarca ressalvou, contudo, que a equipa de José Rio Fernandes realizou este estudo com “toda a independência, não foi pressionada por ninguém”.

Durante a sua intervenção, o vereador Sérgio Aires, do Bloco de Esquerda, considerou “injusta” a aplicação da taxa a cidadãos nacionais, defendendo o aprofundamento deste estudo. “Estamos a dificultar a vida a um português que quer fazer turismo no seu próprio país”, referiu Sérgio Aires, questionando ainda a “módica quantia” cobrada e considerando que, face a outras cidades europeias, Portugal faz “descontos”. Ao que Rui Moreira respondeu, por sua vez, que preferia que “houvesse uma taxa maior”, mas que para tal acontecer será necessária uma alteração legislativa. “Seria razoável criar um imposto municipal do turismo que fosse uma decisão política”, disse o autarca independente.

A vereadora Ilda Figueiredo, da CDU, defendeu, por sua vez, a necessidade desta taxa ser transformada num imposto nacional. “Não faz muito sentido que em Portugal se ande a fazer uma política de taxas e taxinhas de diferentes valores nas cidades”, sustentou.

Desde março de 2018, todos os hóspedes com idade superior a 13 anos passaram a pagar esta taxa “para diminuir o peso da pegada turística”. Em 2022, a Taxa Municipal Turística gerou uma receita de 15 milhões de euros, estimando o município que a receita de 2023 seja superior a 20 milhões de euros.

Por fim, o autarca da Invicta defendeu que se podem “encontrar estratégias para reduzir a pressão turística em determinadas zonas, mas não é exequível fechar o turismo”. Como é o caso da criação de quarteirões territoriais na cidade para dispersar o fluxo turístico do centro histórico, aliviando as zonas de maior pressão turística. A autarquia está, por isso, a elaborar um estudo com vista à identificação e desenvolvimento estratégico das futuras unidades territoriais turísticas, segundo avançou ao ECO/Local Online a vereadora do pelouro de Turismo e Internacionalização, Catarina Santos Cunha.

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Google vai incorporar modelos de inteligência artificial Gemini no Performance Max

Entre as novidades encontra-se a edição de imagens ou a geração de títulos longos e sitelinks, refere a tecnológica.

Depois de anunciar no final do ano passado o lançamento do Gemini, o mais recente modelo de inteligência artificial generativa da Google, a gigante tecnológica vai incorporar modelos desta ferramenta no Performance Max, as campanhas de “máximo desempenho” que marcam presença na totalidade do inventário de anúncios da Google (Google Ads) e permitem mais oportunidades de ligação entre anunciantes e consumidores.

As novas funcionalidades visam ajudar os clientes a “dimensionar e a criar ativos de alta qualidade”, através de modelos Gemini para as campanhas Performance Max que trabalham na geração de recursos, que está a ser implementada a nível global em inglês e que incluirá depois mais idiomas, refere-se em comunicado.

Entre estas novidades encontra-se a disponibilização da edição de imagens (que estará concluída em março nos Estados Unidos, com a expansão global em inglês a acontecer logo a seguir), ou a geração de títulos longos (até 90 carateres, em comparação com os anteriores 30 permitidos) e de sitelinks (que direcionam as pessoas para páginas específicas dos sites).

Os novos recursos irão usar as capacidades sofisticadas de raciocínio do modelo Gemini para gerar recursos de texto“, acrescenta-se no comunicado.

Nas próximas semanas, à medida que são atualizados os modelos de geração de imagens do Imagen 2 – tecnologia que transforma texto em imagem – vai também começar a ser possível gerar imagens de lifestyle de forma a mostrar pessoas em ação. Esta edição de imagens vai incluir a capacidade de gerar e adicionar fundos com pessoas não identificáveis.

A Google refere ainda que está a desenvolver estas ferramentas para os anunciantes de acordo com os seus Princípios e Práticas de inteligência artificial de forma a continuar a “inovar de uma forma responsável”.

“Por exemplo, aplicamos filtros concebidos para evitar a geração de imagens de pessoas conhecidas, incluindo celebridades e figuras públicas. Os anunciantes não podem usar as campanhas da Performance Max ou geração de recursos para criar conteúdo que promova violência, deturpação ou qualquer outro conteúdo proibido pelas políticas de longa data do Google Ads e nos termos de utilização da IA generativa”, refere a Google.

“Além disso, utilizamos mecanismos como a marca d’água através do SynthID que permitem identificar imagens geradas através da inteligência artificial”, lê-se ainda no comunicado onde se adianta que as tecnologias Imagen2 e SynthID são desenvolvidas pela Google DeepMind.

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Ryanair aumenta preços para o verão em 10% e culpa Boeing

  • ECO
  • 26 Fevereiro 2024

Ryanair vai aumentar preços dos bilhetes para o verão devido aos constrangimentos na oferta provocados pelo atraso na entrega de aeronaves pela Boeing.

A Ryanair vai receber menos aviões Boeing do que tinha encomendado, o que segundo o CEO da companhia aérea irá criar constrangimentos na operação no verão e levar a um aumento de entre 5% e 10% nos preços.

A companhia liderada por Michael O’Leary deveria receber 57 Boeing Max 8200 até final de abril. O CEO afirmou esta segunda-feira, citado pela Reuters, que está “razoavelmente confiante” de que receberá apenas 40 a 45 até ao final de junho.

O responsável disse que irá passar alguns dos custos deste atraso na entrega das aeronaves aos consumidores, com aumentos entre 5% a 10% no preço dos bilhetes no verão. Além disso, as tarifas médias poderão aumentar entre 10 a 15 euros nos próximos cinco anos.

A Boeing viu a sua capacidade de produção do 737 Max restringida, enquanto decorre uma auditoria imposta pelo regulador depois de uma aeronave ao serviço da Alaska Airlines ter perdido um painel em pleno voo. A Ryanair é a primeira companhia aérea europeia a dar conta de restrições devido à crise no fabricante americano.

Numa resposta enviada à Reuters, a Boeing confirmou que disse a algumas companhias aéreas que as entregas poderiam ser adiadas, com a empresa a tomar medidas para garantir que os aviões cumprem todas as exigências regulamentares.

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CIP/ISEG estima crescimento económico de 1% a 2% em 2023 e admite desaceleração no início de 2024

  • Lusa
  • 26 Fevereiro 2024

Segundo a CIP/ISEG, os dados disponíveis para o início do corrente ano "são muito escassos, não são negativos, mas não excluem a tendência de desaceleração".

A economia portuguesa terá crescido 1% a 2% em 2023, segundo o ISEG – Instituto Superior de Economia e Gestão, e os “muito escassos” dados disponíveis relativamente a 2024 “não são negativos, mas não excluem a tendência de desaceleração”.

“A previsão do ISEG para 2023, que ainda não se justifica rever dada a informação entretanto disponível, situa-se no intervalo de 1% a 2%, cuja média está acima da previsão da CE [Comissão Europeia], mas cuja amplitude reflete a incerteza associada ao exercício de previsão na presente conjuntura“, lê-se no mais recente Barómetro da Conjuntura Económica da CIP – Confederação Empresarial de Portugal e ISEG, divulgado esta segunda-feira.

“Entretanto — acrescenta –, os dados disponíveis em relação ao início do corrente ano são muito escassos, não são negativos, mas não excluem a tendência de desaceleração“. Segundo detalha, esta desaceleração é “sobretudo expectável em termos homólogos, uma vez que, para manter um crescimento na ordem dos 2% em termos homólogos, seria preciso que a economia crescesse mais de 1% em cadeia”.

Contudo, e dada a pouca informação existente, a CIP/ISEG refere que “só no próximo relatório será possível ser mais conclusivo quanto ao andamento da economia no primeiro trimestre”.

Na mais recente revisão das suas previsões, a CE estima que a economia da Zona Euro cresça 0,8% em 2024, com a Alemanha a crescer 0,3%, a França 0,9%, a Itália 0,7% e a Espanha 1,7%. Já a previsão para Portugal é de 1,2%, o que corresponde a uma ligeira revisão em baixa, mas mantém um diferencial positivo em relação à média do euro.

Quanto aos indicadores disponíveis para este ano relativamente à economia portuguesa, a CIP/ISEG apontam o consumo de cimento, “cujo crescimento em janeiro começou forte e a exceder o do final do ano anterior”, e a produção automóvel, que “também cresceu muito em janeiro, possivelmente por efeito base”. Quanto às vendas de automóveis, “tiveram em janeiro um crescimento semelhante ao do final do ano anterior”, enquanto a produção de energia elétrica “diminuiu e o seu consumo aumentou ligeiramente”.

Já o indicador diário de atividade económica do Banco de Portugal, que a CIP/ISEG destacam ser “mais abrangente”, apresentava até 11 de fevereiro “um nível médio inferior ao do quarto trimestre de 2023 e uma trajetória descendente, sugerindo uma desaceleração da atividade”.

Em fevereiro de 2024, o índice de confiança do ISEG, relativo à evolução da atividade económica portuguesa no curto prazo, assumiu o valor de 40,1, o que corresponde a uma subida do nível de confiança relativamente ao mês anterior, em que o valor do índice foi de 39,6. Em termos homólogos, a variação percentual do índice foi de 8,1%.

O valor do índice de confiança do ISEG pode variar entre 0 (confiança mínima) e 100 (confiança máxima) e é atribuído por um painel de 16 professores daquele instituto com base em informação quantitativa e qualitativa previamente recolhida e que inclui os apuramentos de um inquérito realizado mensalmente a todos os docentes do ISEG.

Relativamente ao mês anterior, em fevereiro manteve-se o consenso dos membros do painel sobre a evolução da economia portuguesa.

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Navigator faz segundo aumento do preço do papel em quatro meses

  • ECO
  • 26 Fevereiro 2024

A Navigator vai aumentar preço do papel em até 5% na Europa, a partir de março, para refletir a subida do custo da matéria-prima. Valores já tinham aumentado em dezembro.

A The Navigator Company anunciou esta segunda-feira que irá aumentar em até 5% o preço do papel uncoated woodfree (UWF), usado na impressão e escrita, a partir de 25 de março. É a segunda vez que a empresa atualiza os preços no espaço de quatro meses.

A empresa justifica, em comunicado, o ajuste com “o preço estruturalmente mais alto da maioria dos custos de entrada essenciais para a fabricação de papel, o que torna os níveis de preço atuais insustentáveis”. “A recuperação da procura visível nos mercados globais também contribui para este ajuste de preço”, acrescenta.

A Navigator já tinha feito em dezembro um aumento entre 5% e 7%. Somando-se agora estes 5% adicionais. A atualização abrande também os mercados internacionais.

A empresa fechou 2023 com um volume de negócios de 1.953 milhões de euros, uma queda de 20% face aos 2.465 milhões alcançados no ano anterior, mas, ainda assim, o “segundo melhor resultado da história da empresa”.

A produtora de pasta e papel registou um lucro líquido de 275 milhões de euros no ano passado, o que representa um recuo de 30% face a 2022.

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Mais de 93 mil já se inscreveram no voto antecipado em mobilidade

A inscrição para o voto antecipado em mobilidade decorre até 29 de fevereiro. O voto tem de ser exercido no dia 3 de março.

As inscrições para o voto antecipado em mobilidade para as próximas eleições legislativas já contabilizaram mais de 93 mil eleitores inscritos, no território nacional.

De acordo com o comunicado divulgado esta segunda-feira, pelo Ministério da Administração Interna, até às 12h foram contabilizados 93.602 eleitores recenseados no território nacional.

Recorde-se que a inscrição no voto antecipado em mobilidade no território nacional decorre entre 25 e 29 de fevereiro e pode ser efetuada online ou por carta dirigida à Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna. Existirão mesas de voto antecipado em cada município do continente e das regiões autónomas.

O voto antecipado em mobilidade, em território nacional, tem de ser exercido no dia 3 de março, ou seja, sete dias antes das eleições, numa mesa a constituir em cada município, escolhida pelo eleitor. Caso o eleitor se tenha inscrito para votar em mobilidade, mas não consiga exercer esse direito na data prevista, 3 de março, poderá votar no dia das eleições legislativas, 10 de março, na assembleia ou secção de voto na qual se encontra recenseado.

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APREN distingue melhores teses de mestrado e doutoramento em energia

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  • 26 Fevereiro 2024

Quatro investigadores portugueses foram galardoados na passada sexta-feira, numa cerimónia em que se debateram os desafios da transição energética. Conheça os vencedores do Prémio APREN 2023.

O diagnóstico é conhecido e os objetivos estão definidos: Portugal deve atingir a neutralidade carbónica até 2045. Para lá chegar, porém, será preciso manter e reforçar a aposta na produção de energias renováveis, aumentar a capacidade geradora do país e assegurar uma transição justa. Neste caminho, a inovação é uma aliada inquestionável e deve ser desenvolvida em parceria entre a academia e as empresas, numa relação que se pretende benéfica para ambas as partes: as universidades produzem conhecimento e testam soluções, enquanto as organizações vêm os seus desafios endereçados.

Este foi, de resto, o tema do debate que antecedeu o anúncio dos vencedores do Prémio APREN 2023 e que juntou Luís Seca, administrador-executivo do INESC-TEC, Sofia Simões, investigadora do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG), Pedro Amaral Jorge, presidente da APREN, e José Carlos Matos, responsável de energia eólica do INEGI.

De facto, como reconhece José Carlos Matos, “a ligação com a academia é muito importante” para alavancar a inovação e fazer avançar os esforços para a transição energética. Habituado a trabalhar com empresas no INEGI, diz existirem “muitos e bons exemplos” da relação de colaboração com a indústria, mas defende que deve ser criada uma situação de “co-dependência” para aprofundar essa parceria. E exemplifica. “O grande desafio é haver chão comum. Vamos ao MIT [nos EUA] e as empresas têm sedes lá dentro, os business angels estão lá dentro”, sugere.

O líder da APREN não só concorda, como vai mais longe e afirma que Portugal precisa de seguir o exemplo norte-americano no que respeita ao financiamento.

"O que falta é o investimento muito mais massivo em cooperação com as universidades e com os centros tecnológicos para criar conhecimento a taxas muito mais elevadas do que as que temos hoje. Este é o instrumento essencial para conseguir criar um modelo de competitividade com base no conhecimento para Portugal e para a Europa.”

Pedro Amaral Jorge, presidente da APREN

O investimento em ciência no país continua abaixo da média de países mais desenvolvidos e abaixo da meta dos 3% do PIB definidos pelo Governo para 2030. Em 2023, o valor empregue em investigação e desenvolvimento não foi além dos 1,7% do PIB, sendo que a larga maioria teve origem em fundos privados. No entanto, um dos desafios da relação entre academia e empresas prende-se com a velocidade da produção científica. “Os timings das empresas não são os da investigação, que deve poder ser feita de forma descontraída”, acrescenta Luís Seca.

A par com o financiamento e com a definição de uma política estratégica que aproxime a academia da sociedade, alimentar a inovação para acelerar a transição energética depende sobretudo de talento. E também nesse campo há obstáculos a ultrapassar em território nacional. “Não só temos de trazer talento de fora, como não queremos que o nosso vá embora. Pode e deve ser feita mentoria dos alunos por parte das empresas”, sugere ainda a investigadora Sofia Simões.

Pedro Amaral Jorge insiste que é necessário implementar em Portugal “estruturas para financiar estes projetos em toda a cadeia de valor”, incluindo o surgimento de startups no setor energético. “Precisamos de tentar potenciar o capital de risco na Europa para darmos estes saltos. A Google e o Facebook cresceram em universidades e depois deram um salto”, aponta o presidente da APREN.

Talento reconhecido no setor energético

Como já é hábito, a APREN distingue anualmente as melhores dissertações académicas realizadas em universidades portuguesas e cujo foco seja a eletricidade ou as energias renováveis.

"Verificámos uma elevadíssima qualidade de todas as teses, sem exceção. Não apenas pela sua qualidade académica e gosto científico, mas sobretudo pela atualidade dos assuntos.”

Maria da Graça Carvalho, eurodeputada e presidente do júri

Segundo os membros do júri, os quatro trabalhos premiados (dois de mestrado e dois de doutoramento) cruzam-se nos temas que abordam e apresentam visões importantes sobre o setor energético e a sua necessária descarbonização. “A visão multidisciplinar e capacidade de inovação que estas teses demonstraram são absolutamente críticas para o setor, numa altura em que enfrentamos nesta área desafios sem precedentes”, continua a eurodeputada.

Maria da Graça Carvalho, cujo mandato no Parlamento Europeu está a chegar ao fim, lembra que “temos 70 meses para chegar a grande parte destes objetivos” de neutralidade carbónica. Importa agora agir e investir na inovação que servirá de base a um mundo mais verde e mais sustentável.

LISTA VENCEDORES PRÉMIO APREN 2023

Mestrado

1º lugar: Leonardo Vidas, do Instituto Superior Técnico, com a dissertação “Optimal Sizing of Solar/Wind–to–Hydrogen Systems in a Suitable Site Selection Geospatial Framework: The case of Italy and Portugal”

2º lugar: Luís Rodrigues, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, com a dissertação “Predicting Surface Properties from Atomic Force Microscopy Nanoindentations using Artificial Neural Networks”

Doutoramento

1º lugar: António Coelho, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, com a dissertação “Network-Secure Participation of Aggregators of Multi-Energy Systems in Multi-Energy Markets”

2º lugar: Luís Barros, da Universidade do Minho, com a dissertação “Smart Power Conditioners for Electric Railway Power Grids”

Estou convencido de que a transição energética ainda vai ser mais revolucionária do que foi a transição digital nos anos 90, perspetiva Pedro Amaral Jorge, presidente da APREN.

 

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Só 18% das empresas em Portugal vendiam online em 2022

  • ECO
  • 26 Fevereiro 2024

Em 2022, mais de um quinto das empresas da UE realizavam vendas online. Portugal é o quinto país mais atrasado neste âmbito com apenas 18% das empresas a fazê-lo. Já a Lituânia lidera o pódio.

Depois de ter sido impulsionado pela pandemia, o comércio online continua a ganhar terreno na Europa. Em 2022, quase 23% das empresas da União Europeia (UE) têm vendas através da internet, o que representa um aumento de 0,1 pontos percentuais face a 2021. Portugal é o quinto país do bloco comunitário onde a percentagem é menor, com apenas 18% das empresas a fazê-lo.

Em 2022, mais de um quinto das empresas (22,9%) do bloco comunitário realizavam vendas online, face às 22,8% registadas no ano anterior. Ainda assim, na última década, houve um crescimento significativo, dado que, em 2012, apenas 16,4% das empresas da UE vendiam online, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Eurostat.

Entre os Estados-membros as percentagens são variáveis. A Lituânia é o país com a maior percentagem de empresas com vendas online (38,9%), seguido pela Suécia (38,1%) e Dinamarca (36,7%).

Portugal aparece mal na “fotografia”, com apenas 18% empresas com comércio online. O país é o quinto do bloco comunitário mais atrasado neste âmbito, empatado com a Polónia, e apenas superado pela Roménia (12,9%), Luxemburgo (13,4%), Bulgária (15,1%) e França (16,8%).

O gabinete de estatísticas europeu adianta ainda que a percentagem de empresas que vendem online variou significativamente mediante a dimensão das mesmas. Neste contexto, em 2022 quase metade (45,9%) das grandes empresas na UE tinham comércio online, enquanto a fasquia nas médias empresas recuava para 30,2%. Por outro lado, apenas 20,8% das pequenas empresas vendiam pela internet nesse ano.

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