YoungNetwork Group reforça Public Affair com Tiago Preguiça

Tiago Preguiça passou por agências de comunicação, tendo depois sido assessor e chefe do gabinete em dois governos. Era diretor-geral da Segurança Social desde 2021.

O YoungNetworkGroup apostou em Tiago Preguiça para reforçar a sua área de public affairs e business strategy. Agora como novo diretor, Preguiça regressa ao grupo depois de ter saído em 2015 para assessorar o Governo. O objetivo com este reforço passa por “dar um novo impulso a uma área cada mais exigente no contexto atual“, explica o YoungNetwork Group, em nota de imprensa.

Regressar ao YoungNetwork Group é um tremendo desafio, especialmente depois de mais de sete anos muito intensos do ponto de vista profissional. Venho com grandes expectativas, mas também com uma nova visão sobre as necessidades dos clientes e empresas”, afirma, citado em comunicado, Tiago Preguiça, que passou pelos gabinetes do ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, do primeiro-ministro e, mais recentemente, pela Direção-Geral da Segurança Social.

Já João Duarte, CEO do Grupo, refere que “acreditamos que o Tiago é uma pessoa chave para a nossa organização. Tanto em public affairs, como nas áreas políticas e de estratégia será seguramente uma mais-valia para o nosso projeto”.

“A visão e o plano do nosso Grupo não tem qualquer eficácia sem as pessoas certas nos lugares certos. Acreditamos muito no Tiago para completar o naipe de excelentes recursos que temos dentro de casa”, acrescenta.

Atualmente com 36 anos, Tiago Preguiça é licenciado em Estudos Europeus e pós-graduado em Ciência Política. Com um curso avançado em Gestão Pública, Tiago Preguiça passou por agências de comunicação, tendo depois sido assessor e chefe do gabinete em dois governos. Era diretor-geral da Segurança Social desde 2021.

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Derrapagens atrasam a gestão digital dos fundos da UE

Apesar dos progressos, "algumas ações fundamentais sofreram grandes atrasos e derrapagens orçamentais, pelo que a mudança para a gestão digital ainda tem um caminho para percorrer", indica o TCE.

A Comissão Europeia digitalizou os seus sistemas para fazer pagamentos aos Estados‑membros, mas estes usam ferramentas informáticas diferentes para gerir os fundos de coesão e de desenvolvimento rural, que não estão interligados nos sistemas europeus, e por isso não há uma forma eficiente de trocar informações úteis sobre os beneficiários dos fundos e as autorias são mais difíceis, revela um relatório do Tribunal de Contas Europeu, divulgado esta quinta-feira. A obrigatoriedade de uniformizar os sistemas foi adiada para 2028.

“A mudança para a gestão digital está a colocar pedras no caminho da Comissão Europeia e de todos os organismos responsáveis pela gestão dos fundos da UE”, lê-se no comunicado da instituição liderada por Tony Murphy.

Embora tenha havido progressos, algumas ações fundamentais sofreram grandes atrasos e derrapagens orçamentais, pelo que a mudança para a gestão digital ainda tem um caminho para percorrer“, afirma Laima Liucija Andrikienė, membro do TCE responsável pelo documento. “São muitos os sistemas informáticos utilizados para a gestão das despesas operacionais do orçamento da UE. É preciso que sejam harmonizados e simplificados para melhorar a sua interação e transparência. Também não ajuda em nada que as regras da UE não exijam que todos os Estados‑membros e todos os organismos de gestão utilizem em igual medida as ferramentas informáticas comuns para proteger as despesas da UE”, acrescenta.

A Comissão propôs alargar o seu sistema de exclusão de contrapartes e os seus acordos de transparência ao financiamento da UE em todos os modos de gestão, tornando obrigatório para os Estados-membros o uso do Arachne – o instrumento de pontuação do risco. Em relação a ambos os acordos de transparência, bem como ao Arachne, a Comissão propôs que essas prorrogações não entrem em vigor até o próximo período de programação, que deverá começar em 2028. Ora esta opção faz com que não haja “um meio eficiente de trocar informações úteis sobre os beneficiários dos fundos da UE”.

A Comissão tem um portal online com dados sobre os contratantes e os beneficiários de financiamentos da UE quando gere os fundos de forma direta e indireta, mas o portal não contém informações sobre os beneficiários efetivos ou destinatários finais quando os fundos são geridos por organizações parceiras ou outras autoridades dentro ou fora da União, explica o Tribunal de Contas Europeu. O Tribunal defende que, “para aumentar a transparência e, portanto, a proteção do Orçamento da UE”, se deve “introduzir um identificador único dos contratantes e beneficiários de fundos da UE, o que permitiria a pesquisa nas diferentes ferramentas e sistemas”.

Outro dos problemas identificados pelo Tribunal passa pelo facto de o recurso à contratação pública eletrónica ser “desigual” nos vários Estados, e as informações sobre os contratantes e beneficiários das despesas agrícolas e de coesão, que os países da UE devem comunicar para efeitos de transparência, estarem “muito fragmentadas”.

Se todos usassem o Arachne, a ferramenta única para exploração de dados e pontuação do risco, que permite o acesso e a análise de dados relevantes para a gestão dos fundos da UE, então seria possível extrair de forma automática documentos dos sistemas da Comissão e a utilização de ferramentas digitais para verificar a qualidade e coerência das estatísticas de controlo e os dados sobre os pagamentos, através de uma amostra de agências pagadoras.

Outro dos problemas identificados é que, assim, as auditorias não podem beneficiar de tecnologias emergentes como a inteligência artificial, análise de big data ou automação de processos robóticos.

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RFM regressa à Praia do relógio com o ‘Maior Sunset de Sempre’

Na edição deste ano do RFM Somnii, os destaques do cartaz vão para DJ Claptone, James Hype, Blasterjaxx, Alok, KSHMR e Oliver Heldens.

“O Maior Sunset de Sempre” é o que a RFM promete voltar a levar durante três dias à Praia do Relógio, na Figueira da Foz. O RFM Somnii volta assim para mais uma edição entre 7 e 9 de julho, apostando como já é hábito na música eletrónica e DJs. A produção do evento é da MOT – Memories of Tomorrow.

Durante o festival, a RFM vai mesmo marcar presença em pleno areal com Catarina Figueiredo e Inês Bento que, entre as 18h e as 22h, vão contar “tudo o que vai acontecer na Praia do relógio”, através de reportagens, entrevistas aos artistas, ao público, aos ouvintes e aos parceiros. A estação de rádio promete ainda “muitas surpresas”, revela-se em comunicado.

Na edição deste ano, os destaques do cartaz vão para DJ Claptone, James Hype, Blasterjaxx, Alok, KSHMR e Oliver Heldens.

Este ano o festival tem como mote “Sunset Feeling”, naquela que é “uma metáfora perfeita do que é o RFM Somnii: três dias de celebração da vida, do verão, da amizade, da música e do espírito livre, num momento que vai deixar memórias inesquecíveis com a RFM”, refere-se em nota de imprensa.

Entre os parceiros do festival encontram-se as marcas Mazda, ESC Online, Asus, MOT, Genius, MBWay, Rede Expressos, SeeTickets, Sic Radical, Somersby, Super Bock, Tribes, Twenty One, Visit Portugal, Turismo Centro, Mybrinde, Altri, Braver, CP, Fnac, e a Câmara Municipal de Figueira da Foz.

O Grugo Altri, à semelhança do ano passado, volta a marcar presença no RFM Somnii enquanto parceiro de sustentabilidade.

Com o festival a realizar-se em pleno areal e com acesso ao mar, o Grupo Altri pretende aproveitar esse fator e “abrir aí uma ‘porta para o futuro’: onde as melhores práticas ambientais garantem o cuidado do Planeta, e onde os novos talentos podem fazer parte de uma indústria de vanguarda”, refere-se em nota de imprensa.

Neste sentido, o Grupo prepara-se para apresentar diversas surpresas aos festivaleiros para que estes possam ficar a conhecer “o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido em prol dos valores da conservação da natureza”.

“A sustentabilidade assume extrema importância na estratégia do Grupo Altri. Por isso foram definidos, em 2020, os principais objetivos a alcançar no âmbito do seu desenvolvimento sustentável, estabelecidos no Compromisso 2030”, refere a marca, acrescentando que as metas incluem a redução da emissão de gases com efeito de estufa, do uso de água e da utilização de energia exclusivamente obtida a partir de fontes renováveis nas suas operações.

O festival realiza-se no concelho da Figueira da Foz, cidade que alberga a Celbi, uma das maiores unidades de produção de fibras celulósicas da Altri.

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Governo vai clarificar regras para cálculo de acesso a apoio a rendas

  • Lusa
  • 6 Julho 2023

O PS já tinha decidido retirar a proposta de norma interpretativa que clarifica que o acesso para o apoio à renda inclui os rendimentos sujeitos a taxas especiais.

O Governo vai clarificar “num diploma próprio” as regras para o cálculo de acesso ao apoio às rendas, depois de o PS ter retirado a sua norma interpretativa, adiantou a ministra da Presidência esta quinta-feira, no final do Conselho de Ministros.

O PS decidiu retirar a proposta de norma interpretativa que clarifica que o acesso para o apoio à renda inclui os rendimentos sujeitos a taxas especiais. Esta decisão foi anunciada pelo deputado do PS Hugo Carvalho no início do processo de votação na especialidade da proposta do Governo e propostas de alteração do programa Mais habitação.

No final do Conselho de Ministros, questionada sobre o assunto, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, disse que “o Governo clarificará o que há a clarificar num diploma próprio” no contexto “de uma avaliação também dos primeiros dados” que receberá “sobre a utilização da resposta na área do crédito a habitação”. “Nesse contexto, resolveremos o que existe para resolver”, destacou.

Em causa está uma proposta de norma interpretativa do PS a prever que “os conceitos de rendimento anual e de rendimento médio anual, a que se refere o artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 20-B/2023, de 22 de março [que cria o apoio à renda], devem entender-se como incluindo os rendimentos considerados para determinação da taxa geral de IRS aplicável, as deduções específicas aos rendimentos de IRS considerados para determinação da taxa, bem como os rendimentos considerados para efeitos da aplicação das taxas especiais a que se refere o artigo 72.º do mesmo Código”.

Esta norma interpretativa surgiu após as críticas geradas em torno de um despacho do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais para clarificar a forma de apuramento do apoio à renda.

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Raul Almeida formalizou candidatura ao Turismo Centro

  • Lusa
  • 6 Julho 2023

A lista para a comissão executiva é liderada por Raul Almeida, presidente do Município de Mira, e apresenta como vice-presidente Anabela Freitas, presidente do Município de Tomar.

O presidente da Câmara de Mira, Raul Almeida, formalizou esta quinta-feira a candidatura à liderança do Turismo do Centro, com a entrega da lista, que inclui, como n.º 2, a presidente do Município de Tomar, Anabela Freitas.

A lista para a Comissão Executiva é liderada por Raul Almeida, presidente do Município de Mira, e apresenta como vice-presidente Anabela Freitas, presidente do Município de Tomar. Integra também a Comissão Executiva Jorge Sampaio, vice-presidente do Município da Anadia, além de um representante das entidades privadas (a Federação Portuguesa de Turismo Rural, representada por Elsa Marçal) e de um representante dos municípios associados (a Câmara Municipal de Ourém, representada pelo seu presidente, Luís Albuquerque)”.

O mandatário da candidatura é Jorge Rebelo de Almeida, presidente do Conselho de Administração da Vila Galé S.A., grupo do qual é o fundador.

A lista candidata aos órgãos sociais, entregue na sede desta entidade regional de turismo, em Aveiro, apresenta para a liderança da mesa da Assembleia Geral a Associação para a Promoção do Turismo na Região Centro de Portugal, representada pelo seu presidente, Pedro Machado, o atual presidente do Turismo do Centro que vai cessar o mandato. Para secretário da mesa, o candidato é o Município da Covilhã, representada pelo seu presidente, Vítor Pereira.

“Para o Conselho de Marketing, a lista apresenta como candidatos Hotel Avenida, representado por Jorge Loureiro; ADIRAM – Associação Aldeias de Montanha, representada por José Francisco Rolo; Aldeias Históricas de Portugal, representadas por Carlos Ascensão; Município de Torres Vedras, representado pela sua presidente, Laura Rodrigues; Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior, representada por Rodolfo Baldaia de Queirós; Empreendimentos Turísticos Montebelo, representados por Jorge Costa; e APECATE – Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos, representada por António Marques Vidal”, adianta a mesma nota.

Citado na mesma nota, Raul Almeida afirmou que “a atividade turística está em franco crescimento neste território” e considerou estarem “reunidas todas as condições para prosseguir e, se possível, intensificar este percurso de excelência turístico nacional”.

O Turismo do Centro abrange as regiões da Beira Baixa, Coimbra, Leiria, Médio Tejo, Oeste, Ria de Aveiro, Serra da Estrela e Viseu Dão Lafões, num total de 100 concelhos. As eleições para o mandato 2023-2028 realizam-se no dia 26. Em 29 de maio, Raul Almeida disse à Lusa que seria candidato ao Turismo do Centro e, quatro dias depois, Anabela Freitas, igualmente presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, também confirmou ser candidata.

Já em 25 de junho foi anunciado que os dois candidatos iriam apresentar uma lista única a bem dos “superiores interesses da região”.

“Há a tradição, na Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal, de se apresentar uma lista única nas eleições. Foi o que aconteceu agora. As conversas que mantivemos nas últimas semanas renderam frutos e chegámos ao entendimento que todos desejávamos. Vamos apresentar uma lista de unidade, que reúne elementos de várias áreas da atividade turística e de diversos quadrantes políticos e que tem como prioridade máxima os superiores interesses da região”, destacou Raul Almeida, numa mensagem enviada à Lusa.

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Governo aprova proposta de novo estatuto da carreira de investigação

Executivo aprovou diplomas na área da ciência e ensino superior, incluindo uma proposta do novo estatuto da carreira de investigação. Objetivo é "garantir a estabilidade" e reforço do emprego.

O Governo aprovou esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, uma proposta de lei para o novo estatuto da carreira de investigação científica, tal como havia sido prometido pelo primeiro-ministro. Objetivo é “garantir a estabilidade profissional” dos trabalhadores, bem como reforçar “emprego científico e académico”.

Num Conselho de Ministros dedicado exclusivamente à Ciência foram aprovados vários diplomas relativos ao setor, entre os quais o “projeto de proposta de lei que estabelece o novo estatuto de carreira científica, procurando, fundamentalmente, garantir a estabilidade profissional dos trabalhadores desta área e o reforço do emprego científico e académico“, anunciou a ministra da Presidência, esta quinta-feira.

O estatuto da carreira de investigação científica vigora desde 1999, sendo que a regularização dos vínculos precários e a integração dos investigadores nas carreiras científicas estão há muito entre as principais reivindicações dos cientistas.

Com este novo estatuto, o Governo pretende fazer uma “simplificação” da carreira, extinguindo, por exemplo, “as categorias de estagiário de investigação e de assistente de investigação”, elencou a ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Este diploma, que será discutido com os sindicatos e com as instituições do sistema científico, “pode também ser aplicado a instituições particulares sem fins lucrativos financiados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia ou a outras fontes de financiamento, seja através de fundos nacionais ou europeus”, acrescentou.

Além disso, os investigadores que são integrados em instituições do ensino superior públicas passam também a poder prestar serviço docente”, ainda que com um limite “máximo de 4 horas semanais”, referiu Elvira Fortunato. Mas há exceções: estes podem ser dispensados de dar aulas “para a realização de projetos de investigação sempre que seja necessário”, sublinhou.

Os investigadores integrados nesta carreira passam também “a ser contabilizados para efeitos do cumprimento das regras de acreditação dos ciclos, de modo a favorecer mais candidaturas de investigadores estrangeiros” e foi também fixado que o período experimental para a carreira de investigação “é de cinco anos em todas as categorias”, exceção feita se o “investigador já estiver integrado em carreira na mesma instituição”.

Além disso, segundo a ministra, é também introduzido um sistema de avaliação de desempenho muito semelhante “ao que existe no sistema universitário e no sistema politécnico” e está ainda previsto que “a avaliação de desempenho negativa durante um período de 6 anos determine um processo disciplinar e justa causa de despedimento”.

Além disso, foram também aprovados outros diplomas, nomeadamente o “decreto-lei que estabelece os regimes especiais de acesso e ingresso no ensino superior”, o “decreto-lei que altera o regime jurídico do reconhecimento dos graus académicos e diplomas de ensino superior atribuídos em universidades e instituições de ensino superior estrangeiros”, bem como “decreto lei que procede à alteração do regime jurídico do titulo académico de agregado”, tendo em “vista à sua adequação de mobilidade de docentes e investigadores”, elencou ainda a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva.

Quanto ao decreto-lei que procede à atualização do regime jurídico do título académico de agregado, a ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior explicou que a ideia é que passe a haver “dois momentos de avaliação”, sendo que as “provas podem ser limitadas a um dia”. “É muito mais fácil até em termos económicos”, justificou. Este diploma permitirá ainda que os “investigadores estrangeiros que tenham desempenhado a sua carreira científica fora de Portugal” possam também “ser contratados por universidades ou institutos politécnicos” portugueses.

Já relativamente ao diploma sobre as regras de acesso ao ensino superior este visa estabelecer que passem a ser obrigatórios, pelo menos, dois exames nacionais como provas de ingresso para um curso superior, ao invés de um.

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Mais de 90% do crédito concedido às empresas está sob risco climático

O Banco de Portugal revela que a maioria do crédito concedido às empresas apresenta um risco médio, alto e severo a eventos de stress hídrico, térmico e incêndios.

O tecido empresarial tem um longo caminho a percorrer no combate às alterações climáticas. De acordo com dados do Banco de Portugal divulgados esta quinta-feira, “a exposição do setor bancário, avaliada através do crédito às empresas, revela alguma concentração a empresas localizadas em zonas com potencial de materialização do risco físico.”

Os dados apresentados esta quinta-feira no primeiro relatório anual sobre a exposição ao risco climático do setor bancário revelam que mais de 90% do crédito concedido às empresas em 2021 apresentava um risco médio, alto ou severo a eventos de stress hídrico, térmico e incêndios.

Segundo cálculos do Banco de Portugal, esta realidade traduz-se com quase 20% das empresas nacionais a viver uma situação de risco climático. Considerando apenas as empresas mais vulneráveis financeiramente, esse rácio desce para 16,6%.

Todavia, o Banco de Portugal nota que “o impacto dos riscos climáticos é propenso a ser amplificado caso as empresas tenham um maior risco de crédito resultante de vulnerabilidades financeiras, como maior alavancagem ou menor liquidez.”

Mas não se observa uma concentração de empréstimos em empresas com maior risco de crédito nos setores que tenderão a ser negativamente afetados pelo processo de transição climática. “O risco de crédito médio dos setores que tenderão a ser, pela atividade desenvolvida, afetados negativamente pelo processo de transição climática é próximo, mas inferior, ao risco de crédito da carteira de empréstimos às empresas não financeiras”, lê-se no relatório.

O relatório apresentado esta quinta-feira revela ainda “alguma expressão da exposição ao risco de empresas localizadas em áreas suscetíveis à ocorrência de inundações, com 38% do total de crédito às empresas” nestas condições. Além disso, cerca de um quinto do crédito concedido foi concedido a “a empresas localizadas em zonas onde se espera que a variação das temperaturas máximas seja das mais elevadas a nível global.”

As conclusões do banco central tiveram como base a avaliação de 63 mil milhões de euros de empréstimos (cerca de 81% do total de empréstimos às empresas nãos financeiras) e 11 mil milhões de euros de dívida detidos pelo setor bancário concedido a um leque de cerca de 50 mil empresas em 2021.

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Fitch sobe rating das obrigações hipotecárias do Montepio para notação máxima

  • Lusa
  • 6 Julho 2023

A agência subiu o rating das Obrigações Hipotecárias do Banco Montepio em mais 1 nível, de AA para AA+, com perspetiva estável.

A Fitch subiu o rating das obrigações hipotecárias do Banco Montepio de AA para AA+, atingindo “a notação máxima passível de ser atribuída pela agência a emitentes portugueses”, anunciou o banco num comunicado ao mercado.

A agência de notação financeira Fitch Ratings subiu o rating das Obrigações Hipotecárias (OH) do Banco Montepio em mais 1 nível, de AA para AA+, com perspetiva (‘Outlook’) estável (‘Stable’)”, de acordo com a mesma nota.

No documento, a instituição financeira acrescenta que esta ação “decorre da subida do ‘rating’ de longo prazo (‘IssuerDefault Rating’) do Banco Montepio”, que, por sua vez, resulta da diminuição de risco no balanço, nomeadamente a redução de ativos não produtivos e não estratégicos em benefício da posição de capital do Banco, conforme divulgado em 03 de julho de 2023, acrescenta o Montepio.

Em 3 de julho a agência de notação financeira tinha já subido o rating da dívida sénior não garantida do Banco Montepio de B- para B+, mantendo a perspetiva positiva, bem como revisto em alta os ratings de outros elementos, como o de longo prazo dos depósitos – então tinha passado de B+ para BB-.

O rating das OH do Banco Montepio tinha sido revista em alta de AA- para AA em dezembro de 2022.

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59% das empresas oferecem carro da empresa ou subsídio aos colaboradores

São as categorias profissionais relacionadas com vendas as mais elegíveis a ter um carro de empresa como benefício, bem como profissionais com funções de liderança.

Mais de metade das empresas em Portugal (59%) oferece aos colaboradores carro de empresa ou subsídio, mas quase metade pretende rever nos próximos 12 meses a sua política automóvel para políticas mais amigas do ambiente, procurando ainda uma redução de custos, aponta o Relatório 2023 “Company Car Benefits Survey – Portugal”, da WTW, resultante de um inquérito junto a cerca de 300 empresas.

“O benefício carro continua a ser um dos benefícios mais valorizado pelos colaboradores tornando-se num dos itens que entram na negociação de quem está prestes a mudar de empresa. E, num mercado em que existe disputa por profissionais, as empresas têm usado este benefício como elemento de atração e retenção, apesar dos custos elevados que representam”, comenta Sandra Bento, associate diretor na WTW Portugal, citada em comunicado.

A WTW inquiriu 292 empresas em Portugal, entre abril de 2022 e janeiro de 2023, das quais 59% diz atribuir carro de empresa ou subsídio aos colaboradores, sendo que 23,5% dá ambas as opções aos colaboradores elegíveis a estes benefícios.

O benefício carro continua a ser um dos benefícios mais valorizado pelos colaboradores tornando-se num dos itens que entram na negociação de quem está prestes a mudar de empresa. E, num mercado em que existe disputa por profissionais, as empresas têm usado este benefício como elemento de atração e retenção, apesar dos custos elevados que representam.

Sandra Bento

Associate diretor na WTW Portugal

São as categorias profissionais relacionadas com vendas aquelas mais elegíveis a ter um carro de empresa como benefício – 61,3% no nível manager e 64% no profissional – bem como profissionais com funções de liderança, como é o caso do business unit head e country manager, com mais de 60%.

“Quando se fala na atribuição exclusiva de um subsídio em alternativa ao carro ou em dar a opção de escolha entre um dos dois benefícios, as categorias mais elegíveis a essa escolha verificam-se nos níveis executivos de business unit head e country manager, middle manager e senior professional (não-vendas)”, refere ainda a WTW.

Mais de metade das empresas permite que os colaboradores escolham a sua viatura entre um leque de marcas e modelos definido pela organização, sendo a BMW, a Audi e a Volkswagen as mais comummente disponibilizadas.

Políticas automóveis mais amigas do ambiente

As empresas já reviram ou pensam rever as suas políticas de frota automóvel por soluções mais amigas do ambiente, destaca ainda a WTW.

Nos últimos 12 meses, menos de metade (42%) reviu a sua política de atribuição de carro, com a maior parte (80%) a fazê-lo para “estar alinhada com as práticas do mercado/competitividade e para introduzir políticas/comportamentos mais amigas do ambiente”, aponta o relatório. Em 40% dos casos, essa política visou também uma redução de custos e “uma maior flexibilidade”.

“As principais alterações feitas neste período aconteceram nas marcas e os modelos de carros atribuídos e dar a possibilidade de escolher entre uma viatura da empresa ou um subsídio de viatura devido ao seu estatuto na empresa ou com base nos requisitos da função”, explica a WTW.

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“Contar uma história em 20 segundos não é possível”, diz secretário-geral da APAN

A boa e má publicidade, as relações entre os diferentes agentes do setor e os principais desafios da indústria foram alguns dos temas que marcaram o primeiro encontro promovido pelo +M.

Conversas +M - 21JUN23
Conversas +MHugo Amaral/ECO

80% da publicidade é uma seca“, afirmou Nuno Jerónimo, cofundador e diretor criativo d’O Escritório, na primeira conversa promovida pelo +M e que pretendeu colocar em discussão alguns dos temas que afetam anunciantes, agências criativas e agências de meios. O encontro contou também com Sandra Alvarez, diretora da Associação Portuguesa de Profissionais de Marketing (APPM) e general manager da PHD, e Ricardo Torres Assunção, secretário-geral da Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN).

Transformamos aquilo que as marcas querem dizer naquilo que as pessoas querem ouvir. Não é a mesma coisa mas há muitas marcas que ainda acham que é a mesma coisa. É esse o grande desafio” disse Nuno Jerónimo, acrescentando que a luta da indústria criativa passa por “elevar o nível qualitativo da publicidade”.

Já Ricardo Torres Assunção considera que quando se trata de uma questão direta, de coisas técnicas e do dia-a-dia, como a comunicação de preço, “dificilmente [a publicidade] se torna interessante”, pelo que neste sentido é difícil ser-se “disruptivo e diferente”. Ricardo Torres Assunção acrescentou ainda que 50 a 60% das vendas de supermercado é feita pelas promoções, pelo que “pode ser uma seca” mas as pessoas compram.

O secretário-geral da APAN considera ainda que existe publicidade “muito forte” em Portugal e que só não tem maior visibilidade devido à pequena dimensão do país. “Em Espanha, mesmo sendo médio [o anúncio] é médio para 40 milhões, aqui o excelente é excelente para 10 milhões”, apontou.

Sandra Alvarez não concordou com nenhum dos anteriores intervenientes, referindo que “pode efetivamente haver um equilíbrio”, e que muitas vezes se trata de entregar a publicidade a quem deve ser entregue.

Os três participantes também não estiveram totalmente de acordo quando o tema foi a frequência com que as diferentes partes do setor se “sentam à mesa” para a elaboração dos projetos. Sandra Alvarez disse que tal acontece com frequência e que isso pode ser fundamental para as marcas, referindo que, para si, essa é a “forma ideal de trabalhar”.

Já Ricardo Torres Assunção observou que muitas vezes o facto de as diferentes agências não quererem trabalhar em conjunto se deve a um “mecanismo de defesa“, por não se sentirem confortáveis e não quererem mostrar as suas fraquezas.

O diretor criativo d’O Escritório, por seu lado, acrescentou que o grande problema “tem a ver com a falta de confiança no que estão a fazer”, apontando um “defender as quintas“, que quando é ultrapassado “funciona muito bem”.

Sandra Alvarez referiu que este trabalho conjunto é importante, desde logo para se “balizar” o que se pretende para um determinado anúncio, até porque “não vale a pena desenvolver peças criativas que não cabem em 20 segundos, quando o budget só dá para peças de 20 segundos“.

Nuno Jerónimo aproveitou a deixa para observar que é impossível contar uma [boa] história em 20 segundos. “Se é 20 segundos, fazemos histórias para 20 segundos, temos é que partir todos do mesmo ponto e com as mesmas expectativas“. O exemplo foi também desde logo aproveitado por Ricardo Torres Assunção que, reforçou, “contar uma história em 20 segundos não é possível“. Foi a televisão que começou a standardizar os anúncios de 20 segundos, “toda a indústria foi atrás”, à exceção de algumas marcas que dispõem de maiores orçamentos. “Toda a indústria tem que repensar um bocadinho e fazer uma pressão sobre o que existe nos meios. Uma coisa que tinha conteúdo e era interessante, que era os blocos publicitários, tornou-se ‘mais seca'”.

Para fazer uma boa campanha é também necessário um bom briefing, concordaram os intervenientes. Ricardo Torres Assunção disse considerar que um briefing deve ser feito numa discussão conjunta com as agências. Com a agência criativa – de modo a definir-se o objetivo, mensagem e público-alvo -, depois de fechado o conceito é necessário falar com as agências de meios, para decidir a melhor forma de amplificar.

Sandra Alvarez não concordou neste ponto, defendendo que todo o processo tem fases e que, primeiro, é necessário que a marca tenha a capacidade de conseguir “dizer o que quer” e escolher a mensagem. “O briefing para mim é a marca a dizer o que quer. Isso compete à marca fazer”, observou a general manager da PHD.

Mais tarde, a diretora da Associação Portuguesa de Profissionais de Marketing observou que os marketeers, tal como cada vez mais todos os profissionais, são cada vez mais um ‘canivete suíço’, mas que tem de existir uma diferenciação entre pessoas generalistas e especialistas. Segundo Sandra Alvarez, esta generalização tem acontecido mais ao termo da língua, para que cada vez mais toda a gente das agências consiga falar a mesma linguagem, “o que não quer dizer que a mesma pessoa faça tudo”.

Para Ricardo Torres Assunção, secundado por Sandra Alvarez, o maior desafio do setor é a “panóplia e complexidade” dos dados de audiências, que dificultam a tomada de decisão. “Há aqui uma oportunidade de chegar com qualidade ao consumidor quando estes dados estiverem todos cruzados”, o que simplificaria muito a tomada da decisão, considera o secretário-geral da APAN.

Trabalhar não ferindo sensibilidades foi também apontado por Nuno Jerónimo como um desafio. “É cada vez mais difícil ser surpreendente tentando não ferir nenhuma suscetibilidade“, atualmente há um escrutínio “apertadíssimo”, constata.

O diretor criativo d’O Escritório listou ainda a Inteligência Artificial (IA) como um “desafio grande”, acrescentando que esta vai mudar tudo o que é processo em todas as áreas da sociedade e colocar em causa algumas profissões. No entanto, o essencial é saber lidar com ela e tirar o melhor que esta ferramenta tiver para dar, defendeu Nuno Jerónimo.

Sandra Alvarez acrescentou que as agências de meios já utilizam em larga escala a IA e que esta será “muito importante” como ferramenta que aumenta a produtividade. Para Ricardo Torres Assunção trata-se de “uma das grandes oportunidade”, tão transformadora como a internet já foi. “Temos de estar capazes de nos adaptar e tirar o melhor do que aí vem”, defende.

A fechar a conversa, o secretário-geral da APAN afirmou que ainda que não podia precisar a variação do investimento publicitário para este ano, mas que há uma previsão de manutenção. Sandra Alvarez apresentou uma visão mais ambiciosa e disse estar previsto um crescimento no investimento de 4 a 5%.

 

 

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Condóminos passam a ser ouvidos previamente sobre novos alojamentos locais

  • Lusa
  • 6 Julho 2023

No caso em que já existam alojamentos locais em edifícios habitacionais, o cancelamento fica dependente de uma maioria de dois terços dos condóminos, em vez da maioria simples proposta pelo Governo.

Os condóminos passam a ser ouvidos previamente sobre os novos alojamentos locais que queiram instalar-se em edifícios destinados a habitação, segundo uma proposta aprovada esta quinta-feira na Assembleia da República.

A proposta de lei do Governo com o plano de intervenção Mais Habitação, aprovada na generalidade no parlamento em 19 de maio, estipulava que o parecer dos condóminos só era pedido depois da instalação do novo alojamento local. Contudo, já em sede de debate na especialidade, o PS apresentou uma proposta de alteração para o registo passar a ser “precedido de decisão do condomínio para uso diverso de exercício da atividade de alojamento local”.

Simultaneamente, o PS remete a decisão para o número 1 do artigo 1419.º do Código Civil, que refere que “o título constitutivo da propriedade horizontal pode ser modificado por escritura pública, havendo acordo de todos os condóminos”. A formulação “acordo de todos os condóminos” também altera a proposta do Governo, que fazia depender apenas de dois terços dos condóminos a aprovação de um novo alojamento local.

Com a alteração aprovada – que contou com os votos a favor de PS e PCP, contra de PSD, CH e IL e abstenção do BE –, a aprovação do novo AL está sujeita à unanimidade.

Em declarações recentes à Lusa, a deputada Maria Begonha (PS), coordenadora do grupo de trabalho parlamentar sobre Habitação, justificou a introdução da unanimidade com o objetivo de “equilibrar a proposta do Governo” e dar resposta a algumas das reivindicações do setor do alojamento local. Simultaneamente, no caso em que já existam alojamentos locais em edifícios habitacionais, o cancelamento fica dependente de uma maioria de dois terços dos condóminos, em vez da maioria simples proposta pelo Governo.

O atual regime já permitia aos condóminos aprovar, por maioria, uma participação à respetiva Câmara Municipal relativa a qualquer situação que cause danos (patrimoniais ou não patrimoniais) ao condomínio ou aos condóminos, podendo a autarquia cancelar a licença até um ano.

Em 22 de março, o Supremo Tribunal de Justiça proferiu uma decisão que uniformiza a jurisprudência sobre a possibilidade de coexistirem, num mesmo prédio, habitação permanente e habitação temporária para fins turísticos. A decisão, na prática, implica a proibição de instalar alojamento temporário em frações autónomas destinadas a habitação permanente num prédio de propriedade horizontal.

O programa Mais Habitação começou hoje a ser votado na especialidade, na Assembleia da República. Antes da interrupção dos trabalhos para o plenário, os deputados do grupo de trabalho votaram um terço das páginas com as cerca de três centenas de propostas a votação.

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Estão contratualizadas 50 agendas do PRR. Falta a Galp, REN e Bondalti

Estão contratualizadas 50 Agendas Mobilizadoras do PRR, que representam um investimento total de 7,7 mil milhões de euros e têm incentivo total aprovado de 2,7 mil milhões.

estão contratualizadas 50 Agendas Mobilizadoras do Plano de Recuperação e Resiliência, que representam um investimento total de 7,7 mil milhões de euros e contam com um incentivo total aprovado de 2,7 mil milhões. Agora já só falta concluir as negociações com a Galp, a REN e a Bondalti para ficarem concluídas as 53 agendas aprovadas para obter financiamento da bazuca.

Na cerimónia de assinatura dos termos de aceitação das agendas Aliança para a Transição Energética EFACEC Energia – Máquinas e Equipamentos Elétricos; A-Mover – Continental Advanced Antenna; Circular TechBee2solutions; Drivolution – Volkswagen Autoeuropa; H2DRIVEN Green Agenda – EFACEC Engenharia e Sistemas e Tec4Green – Ascenza Agro, em Ílhavo, o ministro da Economia sublinhou que o país só vai “resolver os problemas” se tiver “capacidade de criar riqueza e distribuí-la de forma coesa e equitativa”. “E a riqueza só se cria com empresas e com consórcios com o sistema científico e tecnológico capaz de criar conhecimento”, acrescentou.

Estas agendas já receberam 384 milhões de euros em adiantamentos: as 23 agendas mobilizadoras receberam 239 milhões de euros e as 13 agendas verdes outros 145 milhões de euros a estes projetos.

As agendas mobilizadoras ou agendas verdes para a Inovação Empresarial pretendem “consolidar e expandir sinergias entre o tecido empresarial e o sistema científico e tecnológico em Portugal, contribuindo para o incremento da competitividade e resiliência da economia portuguesa, com base em I&D, na inovação e na diversificação e especialização da estrutura produtiva”, explica o comunicado, enviado pelo Ministério da Economia, após a realização do evento, que contou ainda com a apresentação dos desenvolvimentos e evolução das Agendas do Espaço New Space Portugal e AI Fights Space Debris.

No total, o PRR pretende apoiar 53 agendas mobilizadoras que envolvem um investimento total de 7,8 mil milhões de euros, com incentivo público estimado na ordem dos 2,8 mil milhões. Nestes projetos estão envolvidas 1.247 entidades, sendo que 941 são empresas, das quais e 60% são PME, e 119 são entidades do sistema de investigação e inovação.

Num balanço do Ministério estão ainda envolvidas 87 associações empresariais e gestoras de clusters; 41 entidades da Administração Pública (CIM, municípios, institutos, Direções-Gerais, Forças Armadas, empresas públicas, Centros de Turismo Regionais, centros hospitalares, escolas profissionais) e 88 outros parceiros.

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