Galp perde 7%. Lisboa fecha com maior queda desde junho

Investidores estão a vender ações com medo de uma recessão na Zona Euro e perante um dólar pujante. Petróleo negoceia em mínimos de oito meses e Galp perdeu 7%. Lisboa cai mais do que a Europa.

A bolsa de Lisboa registou esta sexta-feira a maior queda intradiária desde junho, fechando a cotar no valor mais baixo desde setembro de 2021, enquanto o índice de referência europeu encerrou em mínimos de dezembro de 2020. Os investidores estão a ajustar os portefólios a perspetivas económicas cada vez mais desanimadoras para a Zona Euro.

O sentimento nos mercados financeiros deteriorou-se significativamente nesta sessão, levando o principal índice português a terminar o dia com um recuo de 3,37%, para 5.487,44 pontos, superior ao da generalidade dos pares europeus. Todos os membros do PSI caíram mais de 1%, com o índice a acumular uma desvalorização de 2,86% esta semana, contribuindo para uma queda mensal que já vai em 5,28%.

A Galp Energia destacou-se pela negativa, com uma queda de 6,99%, para 9,394 euros por ação, depois de ter estado a perder quase 8% no decorrer das negociações. Os títulos dos CTT caíram 6,43%. Sonae e Altri apresentam quedas superiores a 5%, enquanto Navigator e Mota-Engil recuaram acima de 4%. A menor queda foi a da REN, que, ainda assim, alcançou 1,39%.

À hora de fecho da sessão em Lisboa, o Brent perdia 4,67%, para 86,23 dólares por barril. O petróleo que serve de referência para as importações nacionais negociava, assim, a preços que não eram vistos desde janeiro deste ano, antes do início da invasão da Ucrânia pela Rússia.

Galp derrapa na bolsa

Na Europa, o Stoxx 600 caiu 2,37%, para o valor mais baixo em quase dois anos. O alemão DAX, o britânico FTSE 100 e o CAC-40 encolheram mais de 2% e tocaram mínimos de vários meses. O espanhol IBEX-35 cedeu 2,42%.

A “maré vermelha” nas bolsas estende-se ao outro lado do Atlântico, com os principais índices norte-americanos a negociar em baixa, próximos dos mínimos alcançados em junho. Após o fecho das bolsas europeias, o S&P 500 seguia a cair 2%, enquanto o industrial Dow Jones recuava 1,87% e o tecnológico Nasdaq perdia 1,97%.

Este cenário dá-se numa altura em que o dólar continua a ganhar força, depois de uma semana marcada por mais uma subida das taxas de juro de 75 pontos base pela Fed dos EUA. O euro continua a perder terreno face à divisa dominante e tocou esta sexta-feira o valor mais baixo desde 2002, abaixo de 0,98 dólares, enquanto a libra transaciona em mínimos de 37 anos.

“Parece que os traders e investidores vão mandar a toalha ao chão esta semana naquilo que parece ser uma situação do tipo ‘o céu está a cair'”, comentou com a Bloomberg Kenny Polcari, estratega chefe da SlateStone Wealth. “Assim que toda a gente parar de dizer que ‘a recessão está a caminho’ e aceitar que ela já chegou, então aí o sentimento vai mudar”, defendeu o responsável.

Os investidores conheceram esta sexta-feira novos dados que apontam para um recuo da atividade económica na Zona Euro este mês. As negociações foram ainda condicionadas pelas eleições em Itália marcadas para este domingo, com as sondagens a preverem a eleição da candidata de extrema-direita Giorgia Meloni.

Além disso, no Reino Unido, o Governo de Liz Truss anunciou o maior corte de impostos desde 1972, segundo a Bloomberg. Trata-se de um pacote de estímulos que está a alimentar os receios de que o Banco de Inglaterra tenha de subir ainda mais os juros para controlar a inflação.

(Notícia atualizada pela última vez as 17h19)

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Para profissionais de tecnologia, mas não só. Conferência Future.Works está de volta a 7 e 8 de outubro

Joshua Klein, CEO da Indigometrics, Dalia Turner, VP of people da Feedzai, e Ricardo Gonçalves, manager do Invest / Startup Fundão, são três dos 150 oradores que vão pisar o palco.

O Future.Works está de volta para refletir sobre o futuro do trabalho. Promovido pela Landing.Jobs e pela imatch, o Future.Works Lisbon 22 acontece nos dias 7 e 8 de outubro, num formato híbrido e mais abrangente do que nunca. Joshua Klein, CEO da Indigometrics, Dalia Turner, vp of people da Feedzai, e Ricardo Gonçalves, manager do Invest / Startup Fundão, são três dos cerca de 150 oradores que vão pisar o palco.

“Este evento tem sido focado na tecnologia e na gestão de carreiras de profissionais de tecnologia. Este ano vamos discutir temas relacionados com o futuro do trabalho de uma perspetiva mais geral, como a semana de quatro dias, os desafios de construir e gerir equipas distribuídas globalmente com elementos de diversas culturas, o papel dos escritórios e do trabalho remoto, entre muitos outros”, adianta Pedro Moura, chief marketing officer da Landing.Jobs, em declarações à Pessoas.

“Iremos também ter uma track dedicada às pessoas que querem mudar para uma carreira tecnológica, onde se debaterão sobretudo os desafios para empresas e talento referentes à requalificação tecnológica”, acrescenta.

Com estes novos temas, mais abrangentes, o público-alvo será mais alargado: não só profissionais de tecnologia, mas também líderes de empresas, governo e autarquias, empresas de requalificação tecnológica e universidades, bem como as pessoas que pretendem mudar para uma carreira na tecnologia.

A conferência irá reunir, no Centro de Congressos de Lisboa, oradores nacionais e internacionais, talento e profissionais tech, decisores empresariais, empresas públicas e privadas, administração pública e instituições de ensino com o intuito de promover a partilha de conhecimento sobre o futuro do trabalho, desde a mudança de paradigma, a globalização do trabalho tecnológico, o papel da tecnologia na vanguarda desta revolução e como Portugal pode tirar partido desta mudança de paradigma.

São esperados cerca de 150 oradores, 100 sessões, 40 empresas parceiras e 3.500 participantes. Joshua Klein, CEO da Indigometrics, falará sobre novos paradigmas de trabalho na era digital; Dalia Turner, vp of people da Feedzai, abordará o tema da flexibilidade na construção de equipas globais; e Ricardo Gonçalves, manager do Invest / Startup Fundão, explicará os prós e contras de construir equipas tecnológicas em cidades de média dimensão.

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Marcelo espera que solução do novo aeroporto não se arraste por falta de “sustentabilidade na visão” política

  • Lusa
  • 23 Setembro 2022

Presidente da República espera que o investimento aeroportuário "não demore décadas ou eternidades a concretizar-se por falta de sustentabilidade na visão dos responsáveis políticos”.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse esta sexta-feira esperar que a construção do novo aeroporto de Lisboa não se arraste no tempo por “falta de sustentabilidade na visão” dos responsáveis políticos.

Folgo com o ser possível, aparentemente e finalmente, podermos saber quando é que avança um investimento estrutural, e avança consensualmente, que é um investimento aeroportuário prometido há não sei quantos anos e que se espera que não demore décadas ou eternidades a concretizar-se por falta de sustentabilidade na visão dos responsáveis políticos”, sustentou o chefe de Estado, numa intervenção no encerramento do 7.º Congresso dos Contabilistas Certificados, em Lisboa.

O primeiro-ministro, António Costa, e o presidente do PSD, Luís Montenegro, reúnem-se hoje à tarde para discutir a metodologia sobre a futura solução aeroportuária para a região de Lisboa, num encontro marcado para as 17:00 em São Bento. Ao contrário da única reunião pública entre António Costa e Luís Montenegro, que aconteceu a dois em 22 de julho, desta vez o encontro será alargado ao ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, e ao vice-presidente social-democrata Miguel Pinto Luz, “o interlocutor técnico” do PSD sobre o tema do aeroporto.

Na quarta-feira, Luís Montenegro divulgou uma carta enviada ao primeiro-ministro, em que dá conta da conclusão do processo de audições e reflexão interna que o PSD estava a fazer desde julho sobre o tema e transmitiu as cinco condições do partido para concordar com a metodologia a seguir sobre a futura aeroporto da região de Lisboa.

A “realização imediata” de uma Avaliação Ambiental Estratégica (AAE), concluída no prazo de um ano, para as opções Montijo, Alcochete “e qualquer outra que o Governo ou a estrutura encarregue de fazer a AAE decidam fundamentada e tecnicamente incluir” é uma das premissas colocadas por Montenegro.

Depois, o presidente do PSD pede que esta avaliação seja entregue “a personalidades de reconhecido mérito técnico, académico e científico” e que seja acompanhada de uma análise comparativa dos custos e prazos de execução de cada uma das localizações em estudo, incluindo as “infraestruturas conexas, complementares” necessárias. Em relação à carta de Luís Montenegro, “quanto ao essencial”, António Costa salienta ter registado a reafirmação da “total disponibilidade para se alcançar a maior convergência possível” sobre “a estratégia de desenvolvimento da capacidade aeroportuária da região de Lisboa” e, em especial, “da aceitação recíproca da metodologia a seguir”.

Em 29 de junho, o Ministério das Infraestruturas publicou um despacho a dar conta de que o Governo tinha decidido prosseguir com uma nova solução aeroportuária para Lisboa, que passava por avançar com Montijo para estar em atividade no final de 2026 e Alcochete e, quando este último estivesse operacional, fechar o Aeroporto Humberto Delgado. No entanto, no dia seguinte, o despacho foi revogado por ordem do primeiro-ministro, António Costa, levando Pedro Nuno Santos a assumir publicamente “erros de comunicação” com o Governo nas decisões que envolveram o futuro aeroporto da região de Lisboa.

Numa entrevista recente à TVI/CNN, António Costa adiantou que estava muito perto de ter um entendimento com o PSD sobre “a metodologia” a seguir para a localização do novo aeroporto de Lisboa, de modo a tomar uma “decisão definitiva” no final de 2023.

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Filstone avança com despedimento coletivo por dificuldades financeiras

  • Lusa
  • 23 Setembro 2022

A empresa do distrito de Santarém, que se dedica ao setor da pedra natural, indica que "não está a passar por qualquer processo de insolvência". Na Filstone trabalham cerca de 150 pessoas.

A Filstone – Comércio de Rochas, Lda avançou com um processo de despedimento coletivo de 53 pessoas, devido a dificuldades financeiras, confirmou à Lusa fonte da empresa sedeada em Fátima, no distrito de Santarém.

A notícia foi avançada pelo jornal O Mirante e confirmada à Lusa por fonte da comunicação da empresa, que adiantou que a Filstone “está a passar por algumas dificuldades financeiras, pelo que foi necessário fazer uma reestruturação para evitar uma situação mais complicada”.

Assegurando que a Filstone “não está a passar por qualquer processo de insolvência” e que está a continuar a trabalhar normalmente, a mesma fonte explicou que o mercado chinês, um dos principais clientes da empresa “fechou as portas” durante muito tempo no período da covid-19, o que se refletiu numa “quebra significativa de vendas”. Segundo o site da empresa, trabalham na Filstone cerca de 150 pessoas.

A empresa, que se dedica ao setor da pedra natural em Portugal, nasceu em 2002, junto a Alcanede, fixando-se na localidade de Casal Farto, em Fátima. A Filstone foi obtendo “dimensão e capacidade adequadas para o mercado chinês”, quando iniciou, em 2006, parceria com a Kingstar e, “em três anos, são introduzidos nove novos produtos de diversas pedreiras de calcário português na China”, lê-se na página.

Dois anos mais tarde, na sequência das alterações no negócio de trading e cooperativa em Portugal, a empresa adquiriu a pedreira em Casal Farto, Fátima, onde hoje se situa. “Em março de 2021, e após um novo desafio imposto pela pandemia, a Filstone inaugurou o primeiro Filstone Center, em Yunfu, reforçando a presença dos seus materiais na China”, informa ainda a empresa.

Em julho de 2021, adquiriu uma nova pedreira, em Alpalhão, no concelho de Nisa, alargando a sua área de negócio ao granito. A Filstone patrocina todos os escalões da formação e equipa sénior de futsal masculina do Sporting Clube de Portugal, entre outros emblemas desportivos.

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Plataforma T-Invest permite “decisão informada” sobre municípios, diz Ana Abrunhosa 

  • Lusa
  • 23 Setembro 2022

Ana Abrunhosa considera que a plataforma pública T-Invest vai permitir às famílias e às empresas uma decisão informada sobre os municípios onde pretendem viver, trabalhar e investir.

“A plataforma reúne a informação que permite comparar municípios e permite às pessoas tomar uma decisão informada quando decidem onde viver, trabalhar e onde investir”, disse a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, após a apresentação da plataforma pública T-Invest lançada, esta sexta-feira.

De acordo com a ministra, a plataforma pública reúne a informação “de todos os apoios e todas as infraestruturas que os municípios têm para as famílias e as empresas”, nomeadamente os lotes de acolhimento empresarias disponíveis, as características desses lotes, quais as instituições de ensino superior existentes no território e as distâncias a eixos estruturantes como aeroportos, portos, entre outras.

“Tem um conjunto muito vasto de informação. [As pessoas podem] Saber se os municípios abdicam da sua parte de IRS, se têm redução de IMT, se dão apoio à reabilitação da casa, se dão apoio quando uma criança nasce, permite fazer tudo”, frisou.

A ministra salientou ainda a importância desta ferramenta quando se está próximo de um novo ciclo de fundos europeus, porque este “também é um instrumento de planeamento depois para aplicar os apoios dos fundos europeus”.

Tem um conjunto muito vasto de informação. [As pessoas podem] Saber se os municípios abdicam da sua parte de IRS, se têm redução de IMT, se dão apoio à reabilitação da casa, se dão apoio quando uma criança nasce, permite fazer tudo.

Ana Abrunhosa

Ministra da Coesão Territorial

Ana Abrunhosa adiantou que a plataforma será uma forma de os municípios “se promoverem” e de, cada vez mais, “trabalharem em rede de forma a evitar as redundâncias nos territórios”, além de ser uma forma de aproveitar em rede os equipamentos que existem.

A plataforma T-Invest foi lançada online oficialmente, esta sexta-feira, para divulgar informação sobre os incentivos existentes para famílias e empresas em todos os municípios Portugal Continental.

Esta plataforma dá a conhecer os apoios e permite comparar variáveis importantes entre os municípios para a captação ativa de residentes e empresas para os territórios, como isenções de impostos, apoios à família, benefícios fiscais e disponibilidade de lotes para acolhimento empresarial.

Para já, e de acordo com o secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Carlos Miguel, que apresentou a plataforma, dos 278 municípios do continente 260 já aderiram, referindo que só estará “satisfeito quando estiverem todos e os 30 das regiões autónomas”.

Carlos Miguel apontou que a plataforma foi construída no sentido de ter “mais funcionalidades no futuro”, pretendendo que os municípios se apropriem da mesma e que esta seja uma ferramenta de “marketing de desenvolvimento”.

“Com esta ferramenta pensamos alargar a ideia às pessoas e famílias daquilo que cada município pode oferecer a vários níveis, se tiverem intenção de mudar de município, que possam saber e fazer as contas e suas opções”, elucidou o secretário de Estado, sublinhando que é uma ferramenta “prática, simples e eficaz” que vai direto àquilo que as pessoas procuram.

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Combustíveis com descidas ligeiras. Diesel recua 1,5 cêntimos e gasolina apenas um na próxima semana

Quando for abastecer a sua viatura na próxima semana deverá pagar 1,745 euros por litro de gasóleo simples e 1,685 euros por litro de gasolina simples 95.

Com o petróleo a caminho da quarta semana consecutiva de perdas, vai voltar a sentir um alívio nos preços quando for abastecer na próxima semana. De acordo com os dados avançados ao ECO por uma fonte do mercado, o litro de gasóleo deverá ficar 1,5 cêntimos mais barato e o de gasolina deverá descer apenas um cêntimo.

Assim, deverá passar a pagar 1,745 euros por litro de gasóleo simples e 1,685 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas esta segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), e que já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras. Os preços ainda podem sofrer um ajustamento, não só para ter em conta o fecho das cotações do brent esta sexta-feira e o comportamento do mercado cambial, mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras.

Estes valores incorporam já os descontos aplicados no Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP) dos combustíveis, a suspensão da atualização da taxa de carbono e também os descontos para o gasóleo agrícola. Medidas que o Governo decidiu prolongar até ao final do ano para ajudar as famílias a mitigar os efeitos da aceleração da inflação. A partir do final de outubro, os consumidores vão passar a ter uma ideia mais clara dos “descontos” resultantes da aplicação destas medidas, já que terão de ser obrigatoriamente discriminados na fatura.

Com o gasóleo nos 1,745 euros por litro, é preciso recuar a 15 de agosto para encontrar o litro do gasóleo mais barato (1,729 euros). Mas esta redução esperada é bastante menos significativa do que os 6,3 cêntimos desta semana (e que se espera que fossem 6,5 cêntimos).

Já em relação à gasolina, apesar de a descida ser, à partida, de um cêntimo, é preciso recuar a 28 de dezembro do ano passado para encontrar um preço médio nas bombas mais baixo. Esta semana, o preço da gasolina desceu 0,8 cêntimos, mas a expectativa era até de que não iria sofrer alterações.

Os preços nas bombas refletem a expectável queda de 1,4% das cotações do brent esta semana, devido aos receios de que as fortes subidas das taxas de juro, para travar a evolução da inflação, provoquem uma recessão que irá reduzir a procura por outro negro. Esta sexta-feira o Brent do Mar do Norte, que serve de referência ao mercado europeu, caia 3,11%, para os 87,65 dólares por barril.

Enquanto isso, o dólar vai a caminho da sua quinta semana de ganhos face ao euro. O euro caiu esta sexta-feira para um nível abaixo do mínimo de duas décadas, abaixo de 0,98 dólares, depois da divulgação de indicadores económicos fracos da Alemanha e da Zona Euro que apontavam para uma recessão. Este comportamento do mercado cambial torna as compras de petróleo nos mercados internacionais mais caras, já que são denominadas em dólares.

Petróleo em alta

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Wall Street abre em queda e caminha para mínimos de junho

Agressividade da política monetária da Reserva Federal está a afastar investidores dos Estados Unidos, devido aos receios sobre economia e resultados das empresas.

Os índices bolsistas norte-americanos voltaram a abrir a sessão em terreno negativo. Em causa estão os receios dos investidores relativamente à economia dos Estados Unidos, por causa da política restritiva da Reserva Federal (Fed). Os índices norte-americanos caminham para mínimos de junho.

Na abertura, a maior descida estava por conta do índice tecnológico Nasdaq, que cedia 1,03% (10.952,69 pontos). O S&P 500 caía 0,82% (3.727,14 pontos), enquanto a praça industrial Dow Jones perdia 0,40%.

Embora a subida das taxas de juro em 75 pontos base, anunciada na quarta-feira, fosse aguardada pelos investidores há várias semanas, o mercado está a ser assombrado pela perspetiva de aumentos mais agressivos da parte da Fed para travar a inflação. Em 2023, a taxa de juro de referência poderá atingir os 4,60%.

Ao assumir uma política monetária mais restritiva e com menos liquidez no mercado, a Fed poderá atirar a economia norte-americana para um cenário de recessão. A situação tem penalizado os índices norte-americanos nos últimos dias.

“Enquanto caminhamos para uma inflação mais baixa e uma desaceleração da economia — provavelmente não está a cair de um precipício –, até certo ponto, isso não será visto como boas notícias para os investidores, que estão a tentar passar por este período de transição o mais depressa possível”, comenta Rick Meckler, sócio da Cherry Lane Investments, citado pela Reuters.

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Apenas elétricos e iluminação estão alinhados com meta de neutralidade carbónica para 2050

De 55 áreas dentro das quais se caminha para a neutralidade carbónica, apenas veículos elétricos e iluminação eficiente aparecem em conformidade com a meta para 2050, segundo a AIE.

Os veículos elétricos e a iluminação são as únicas áreas que estão em linha com os objetivos de neutralidade carbónica para 2050. De acordo com a análise feita Agência Internacional de Energia (AIE), através do Tracking Clean Energy Progress (TCEP), estas duas componentes foram as únicas a receber nota positiva (ou “luz verde”) face aos desenvolvimentos verificados no último ano, enquanto a maioria ainda peca por carecer de mais esforços (“luz amarela”) e as restantes aparentam estar a seguir o caminho inverso ou apresentam resultados significativamente abaixo das exigências previstas para 2030 (“luz vermelha”). Ao todo, a entidade internacional avaliou 55 componentes essenciais para um cenário de zero emissões líquidas até 2050.

Segundo as conclusões do estudo, divulgadas esta sexta-feira, os “veículos elétricos são a tecnologia chave para descarbonizar o transporte rodoviário”, um setor que é responsável por 16% das emissões globais. Posto isto, a AIE verificou que no último ano houve um “crescimento exponencial na venda de veículos elétricos”, em linha com uma maior variedade de modelos disponíveis. “Os carros elétricos ligeiros estão a crescer em popularidade — estimamos que 13% dos carros novos vendidos em 2022 sejam elétricos”, refere a análise divulgada, acrescentando que, se o ritmo se mantiver nas próximas décadas, em 2050 este setor estará completamente alinhado com o cenário de zero emissões líquidas.

Já na componente de iluminação, a AIE conclui que, em 2021, verificou-se uma maior aposta na instalação de díodos emissores de luz (isto é, iluminação LED), potenciando, por sua vez, uma maior eficiência luminosa. “Enquanto vários países começaram a eliminar as lâmpadas incandescentes há mais de dez anos, muitos começam agora a eliminar a iluminação fluorescente também para tornar as [lâmpadas] LED na principal tecnologia de iluminação. Mais de 50% do mercado global de iluminação usa tecnologia LED“, explica a entidade. Ainda que os desenvolvimentos sejam animadores, nomeadamente com alguns países a tornarem obrigatória a venda exclusiva deste tipo de iluminação, “o progresso nesta área deve ser sustentado para garantir que todos os países vendam predominantemente tecnologia LED até 2025 e com maior eficiência até 2030“, recomenda a entidade.

As boas notícias ficam, no entanto, por aqui. Das 55 componentes avaliadas, que integram oito setores (o energético, tecnologias e infraestruturas, eletricidade, gás e petróleo, combustíveis “verdes”, transportes, indústria e edifícios), apenas duas estão em conformidade com os objetivos ambientais e climáticos para 2050, sendo que as restante 53 ou se encontram a meio caminho ou estão mais atrás.

Em componentes marcadas a amarelo — como a eletrificação, energias renováveis, tecnologia de captura de CO2, hidrogénio, ferrovia e climatização de edifícios — a AIE pede que sejam alocados “mais esforços”, referindo que embora “as tendências recentes sejam positivas e, de forma geral, estejam na direção certa para estar em linha” com o cenário de zero emissões, “o progresso precisa de ser mais rápido”, caso contrário ficarão aquém dos objetivos definidos para a próxima metade do século.

Num cenário mais gravoso ainda, surgem componentes como a eficiência energética, a tecnologia de armazenamento de CO2, a eletricidade a carvão, as emissões de metano provenientes da indústria do gás e do petróleo, biocombustíveis e a aviação que aparecem pintadas a vermelho, ou “fora do caminho”. Para a AIE, “as tendências recentes estão na direção errada ou são substancialmente insuficientes para alinhar até 2030 com a trajetória de um cenário de zero emissões líquidas até 2050″. Apesar de a entidade reconhecer que possam ter havido “desenvolvimentos positivos em certos aspetos ou em certas regiões”, certo é que “uma mudança radical no esforço a nível global é necessária”.

Ainda que as conclusões deste TCEP não sejam as mais animadoras, a AIE acrescenta que “as políticas recentes e os desenvolvimentos tecnológicos”, nomeadamente a nível do aumento da capacidade de eletricidade proveniente de energias renováveis, da aposta em projetos de hidrogénio e da captura de carbono, “mostram que se verifica um impulso na transição para as energias limpas”. A próxima atualização deverá ser divulgada em outubro.

Para a avaliação dos progressos verificados em cada um dos setores, e as respetivas componentes, a AIE teve em consideração um conjunto de indicadores, como tendências e desenvolvimentos relacionados com as emissões de CO2, o consumo de energia, tecnologia, inovação, infraestrutura, política, investimento, colaboração internacional e estratégias do setor privado. “A avaliação não se baseia num único indicador quantitativo específico, mas é uma avaliação geral dos principais fatores que contribuiriam para o alinhamento do cenário de zero emissões líquidas até 2050”, explica o documento.

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Quer saber se foi vítima do ciberataque à TAP? Não precisa de ir à “dark web”

Plataforma que permite saber se está entre as vítimas de ciberataques conhecidos adicionou suporte para as vítimas do ciberataque à TAP. Saiba como ver se foi "apanhado".

A TAP foi alvo de um ciberataque em agosto e os dados pessoais de milhares de clientes foram comprometidos, incluindo os de Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa. Mais de 580 GB de informação privada foi publicada pelos hackers esta semana, expondo as vítimas a possíveis ataques secundários.

Os dados foram publicados numa parte restrita da internet, mas não tem de aceder à dark web para saber se foi uma das vítimas da falha de segurança. Há vários anos que a plataforma Have I Been Pwned? permite verificar se um determinado email ou número de telefone foram comprometidos nos milhares de ciberataques que vão sendo conhecidos. E, esta sexta-feira, a ferramenta passou a dar suporte às vítimas da companhia aérea portuguesa.

Assim, para confirmar se foi “apanhado” no ciberataque à TAP, basta entrar no site, indicar o seu email e carregar no botão “pwned?” (pode repetir o processo com o seu número de telemóvel ou telefone). Caso os seus dados estejam entre a informação roubada pelos hackers, o site abrirá uma página a vermelho com a indicação “Oh no – pwned!” e o logótipo da TAP na lista “Breaches you were pwned in”, que aparecerá mais abaixo.

Passo a passo:

  1. Aceda ao site Have I Been Pwned?;
  2. Insira o seu email ou contacto telefónico;
  3. Carregue no botão “pwned?”;
  4. Veja se a TAP aparece na lista.

Isto é o que verá se os seus dados tiverem sido expostos:

Fonte: Have I Been Pwned?

Tenha em conta que o site verifica todas as bases de dados já expostas em ciberataques, mesmo a outras empresas. É possível que a plataforma abra a mesma janela a vermelho, mas que a fuga de dados da TAP não esteja nessa lista. Este site foi criado pelo especialista em segurança Troy Hunt em 2013, que trabalha na Microsoft, e tem ganhado notoriedade ao longo dos anos.

Se vir que os seus dados foram comprometidos, não há motivo para entrar em pânico, mas existem algumas medidas que poderá querer tomar para ficar mais protegido. A TAP recomenda que mude a password dos serviços (poderá querer fazer o mesmo para contas que tenha registadas com esses dados noutras empresas ou plataformas) e ative, sempre que possível, a autenticação a dois passos (password e SMS, por exemplo).

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INE revê em alta crescimento do PIB do ano passado para 5,5%

  • Lusa
  • 23 Setembro 2022

PIB cresceu 5,5% em volume em 2021, uma melhoria face aos 4,9% estimados anteriormente.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) reviu em alta de 0,6 pontos percentuais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 para 5,5%, segundo a atualização dos dados divulgada esta sexta-feira.

De acordo com as contas nacionais anuais de 2021, que incorporam nova informação estatística, o PIB (a preços de mercado) cresceu 5,5% em volume em 2021, uma melhoria face aos 4,9% estimados anteriormente.

O INE também reviu os dados referentes a 2020 prevendo agora uma contração de 8,3%.

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Jovens espanhóis já podem pedir “cheque” de 250 euros por mês para arrendar casa

Governo de Madrid vai dar um "cheque" de 250 euros para arrendar casa, durante dois anos, aos jovens entre os 18 e os 35 anos. Pedidos começaram a ser feitos esta semana.

Os jovens que queiram morar em Madrid começaram esta semana a submeter os pedidos para receberem a ajuda de 250 euros por mês, durante dois anos, para arrendar casa na capital espanhola. De acordo com o Expansión, está previsto um limite máximo de renda e a medida é dirigida a jovens até aos 35 anos, com residência fiscal em Espanha e fonte regular de rendimentos.

Desde terça-feira que podem ser submetidos os pedidos para receber este “cheque” de 250 euros mensais para arrendar um quarto ou casa na Região de Madrid.

De uma maneira geral, estão previstos limites máximos de renda de 600 euros por mês para uma casa e 300 euros para um quarto. Contudo, o Governo de Madrid ampliou esses limites para 29 municípios onde os preços são mais caros: 900 euros por mês para uma casa e 450 euros por um quarto.

Para aceder a este “cheque” é preciso ter entre 18 e 35 anos, ter residência fiscal em Espanha, dispor de uma fonte regular de rendimentos e os rendimentos não podem superar os 24.318,84 euros por ano.

A medida foi aprovada em janeiro e, para isso, foram disponibilizados 31,8 milhões de euros. Esta ajuda, aprovada na semana passada, será dada durante dois anos, até um máximo de 6.000 euros repartidos em 24 mensalidades.

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Contas públicas com excedente de 0,8% na primeira metade do ano

Portugal fechou o primeiro semestre com um excedente de 894,1 de euros, o que corresponde a uma percentagem de 0,8% do PIB. Para a totalidade do ano, Finanças mantêm previsão de défice de 1,9%.

As contas públicas registaram um excedente de 0,8% do PIB, na primeira metade do ano, revelam os dados em contabilidade nacional, a que interessa para as comparações internacionais, publicados esta sexta-feira os dados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

“Considerando valores para o conjunto do primeiro semestre de 2022, o saldo das Administrações Públicas foi também positivo (0,8% do PIB), registando-se uma melhoria expressiva deste indicador face não só aos semestres homólogos de 2020 e 2021, marcados pela pandemia Covid-19, mas igualmente face a 2019”, explica o INE.

A diferença entre receitas e despesas nos primeiros seis meses do ano foi de 894,1 milhões de euros.

Para a totalidade do ano, o Governo mantém a previsão de um défice de 1,9%. Já o Conselho das Finanças Públicas publicou ontem previsões que apontam para um défice de apenas 1,3% este ano e para um excedente orçamental de 0,1% no próximo. Isto num cenário de políticas invariantes, ou seja, sem considerar medidas de política económica ainda não anunciadas pelo Governo.

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