7.700 consumidores já pediram transferência para o gás regulado

  • Capital Verde
  • 13 Setembro 2022

Desde a publicação do decreto-lei na semana passada, cerca de 7.700 consumidores no mercado livre já pediram à Galp e EDP transferência para o gás regulado.

A Galp e a EDP já registaram cerca de 6.500 pedidos de transferência para o mercado regulado do gás. De acordo com a notícia avançada pelo Negócios, esta terça-feira, na primeira semana da possibilidade de regresso às tarifas reguladas de gás natural, a petrolífera terá recebido 4.000 pedidos e a energética 3.700.

Ao jornal do grupo Impresa, fonte oficial da Galp afirma que “recebeu até ao momento mais de 4.000 pedidos de celebração de contratos com os CUR [comercializadores de último recurso, regulados] desde a publicação do Decreto-Lei [57-B/2022] a 6 de setembro”. Por sua vez, o comercializador regulado de gás, a EDP Gás Serviço Universal, tinha recebido até esta terça-feira à tarde mais de 3.700 pedidos de adesão às tarifas reguladas.

Desde a passada quarta-feira, 7 de setembro, que os consumidores no mercado livre do gás podem pedir a transferência para o mercado regulado. A medida integra o programa “Famílias Primeiro” apresentado pelo Governo e que visa ajudar os consumidores a enfrentar o aumento dos custos energéticos e da inflação.

A mudança de comercializador deve ser feita através do operador logístico de mudança de comercializador e os comercializadores de último recurso vão ter de dar a possibilidade de o consumidor fazer essa alteração online, dispondo de 45 dias para o fazer após a publicação do diploma. A passagem para mercado regulado não exige inspeção nem terá custo adicional para os consumidores.

(Notícia atualizadas esta quarta-feira com a atualização dos dados referentes à EDP Gás Serviço Universal)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fernando Araújo escolhido para assumir cargo de CEO do SNS

  • Joana Abrantes Gomes
  • 13 Setembro 2022

O presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário de S. João deverá ser o escolhido para assumir a nova função de CEO do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Fernando Araújo, atual presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário de S. João, é a escolha do Governo para assumir o cargo de CEO do Serviço Nacional de Saúde (SNS), faltando apenas dizer o “sim” ao convite, que estará pendente da promulgação do novo lugar de gestão do SNS pelo chefe de Estado.

A informação foi avançada perto das 13 horas pela SIC Notícias, tendo também sido noticiada na manhã desta terça-feira pelo Expresso. Aliás, o próprio assina esta terça-feira o seu último artigo de opinião no Jornal de Notícias. “Foram vinte semanas de crónicas reais, escritas com alma, sobre os problemas de milhares de portugueses”, escreveu.

De acordo com a informação avançada pelo canal televisivo, Fernando Araújo ainda não terá respondido oficialmente ao convite do Governo por estar a aguardar a promulgação da orgânica da direção executiva do SNS pelo Presidente da República. A decisão deverá chegar após Marcelo Rebelo de Sousa regressar de Angola na sexta-feira.

Na noite de segunda-feira, em entrevista à TVI24, o primeiro-ministro apontou o Porto como exemplo na gestão dos serviços de saúde. “Não tenham dúvidas nenhumas que Lisboa tem muito a aprender com o Porto, nomeadamente em relação ao funcionamento das urgências, tem muito a aprender com o Porto”, afirmou António Costa.

Fernando Araújo foi secretário de Estado de Adalberto Campos Fernandes, ex-ministro que tutelou a pasta da Saúde entre 2015 e 2018. Bastante crítico de Marta Temido, que se demitiu no passado dia 30 de agosto, o médico imuno-hematologista chegou a ser apontado como o possível sucessor para o Ministério da Saúde.

Porém, a escolha do Governo para o cargo foi outro médico do Porto, Manuel Pizarro, do qual Fernando Araújo é próximo. No artigo que assina esta terça-feira no JN, deseja “as maiores felicidades ao novo titular”, alguém que considera ter “enorme conhecimento e experiência, com capacidade de diálogo e bem ciente da necessidade de uma longa caminhada na defesa do futuro de gerações de portugueses”.

Escolha de Fernando Araújo é mais uma “operação de cosmética” do Governo, diz Montenegro

Em reação à notícia da escolha de Fernando Araújo para o cargo de diretor executivo do SNS, o líder do PSD disse tratar-se de mais uma “operação de cosmética” do Governo, operações que se vão sucedendo “umas atrás das outras”.

Para Luís Montenegro, que esta terça-feira se encontra em Tabuaço, no distrito de Viseu, “o que está em causa não é propriamente escolha de pessoas, é o modelo e a política de saúde poderem servir o interesse das pessoas e das comunidades”.

Mudou de ministro, mas a política fica na mesma. Cria-se um estatuto do SNS e a política fica na mesma. Agora nomeia-se um CEO do SNS e a política fica na mesma”, afirmou ainda o presidente social-democrata, lamentando que o primeiro-ministro e o seu Executivo sejam “avessos” a reformas estruturais.

(Notícia atualizada pela última vez às 17h28 com a reação de Luís Montenegro)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministros da Energia da UE reúnem-se no fim do mês para aprovar medidas urgentes

  • Lusa
  • 13 Setembro 2022

A reunião extraordinária do Conselho de ministros da Energia da União Europeia servirá para dar 'luz verde' às propostas de intervenção de emergência do executivo comunitário.

Os ministros da Energia da União Europeia (UE) vão reunir-se num Conselho extraordinário no dia 30 de setembro para discutir as medidas urgentes que a Comissão Europeia vai apresentar esta quarta-feira para responder à escalada de preços energéticos.

O anúncio foi feito pela presidência checa do Conselho da UE, com o ministro da Indústria da República Checa, Jozef Síkela, a divulgar na rede social Twitter que, “a 30 de setembro, [os ministros europeus da tutela] irão terminar o iniciado na semana passada”.

“Acabo de convocar um novo Conselho extraordinário da Energia para discutir as propostas da Comissão para lidar com os preços elevados da energia. A presidência checa, os Estados-membros e a Comissão estão prontos a trabalhar em conjunto”, adiantou Jozef Síkela, na sua publicação no Twitter.

O anúncio surge um dia antes de a líder da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, especificar quais as medidas urgentes para a UE lidar com a atual crise energética, que serão anunciadas no seu terceiro discurso sobre o Estado da União, no âmbito da sessão plenária do Parlamento Europeu, na cidade francesa de Estrasburgo.

A ideia será, no Conselho extraordinário dos ministros da Energia da UE, dar ‘luz verde’ às propostas do executivo comunitário.

Na passada sexta-feira, os ministros da Energia da UE realizaram um Conselho extraordinário, em Bruxelas, para discutirem possíveis medidas de emergência a aplicar a nível comunitário para mitigar os efeitos da escalada de preços no setor energético.

No final, a Comissão Europeia prometeu “medidas sem precedentes para uma situação sem precedentes” na UE de crise energética, que abrangerão “todas as frentes” e serão apresentadas na quarta-feira para aliviar os preços dos serviços energéticos.

Portugal concordou de forma genérica com as medidas de emergência discutidas em Bruxelas para fazer face aos preços no setor da Energia, embora considerando que algumas ainda podem ser “afinadas”, disse o ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro.

Antes, na passada quarta-feira, a Comissão Europeia já colocou algumas ideias sobre a mesa, entre as quais a imposição de um teto máximo para os lucros das empresas produtoras de eletricidade com baixos custos e uma “contribuição solidária” das empresas de combustíveis fósseis, assim como estabelecer um limite de preços para importações de gás por gasoduto da Rússia para a União Europeia, segundo um documento de trabalho publicado na altura.

O documento de trabalho elaborado pelo executivo comunitário como contributo para o passado Conselho de Energia incluiu ainda duas outras propostas: uma meta vinculativa para redução do consumo de eletricidade e a facilitação de apoio à liquidez por parte dos Estados-membros para as empresas de serviços energéticos que se confrontam com problemas devido a essa volatilidade do mercado.

As tensões geopolíticas devido à guerra da Ucrânia têm afetado o mercado energético europeu, já que a UE importa 90% do gás que consome, sendo a Rússia responsável por cerca de 45% dessas importações, em níveis variáveis entre os Estados-membros.

Em Portugal, o gás russo representou, em 2021, menos de 10% do total importado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

AVM Advogados nomeia dois novos associados coordenadores

Tiago Pereira Monteiro e Hélder Fernandes Carrazedo são os novos associados coordenadores da AVM. Os advogados vão integrar as áreas de Bancário e Financeiro e Laboral, respetivamente.

A AVM Advogados nomeou dois novos associados coordenadores: Tiago Pereira Monteiro e Hélder Fernandes Carrazedo, para as áreas de Bancário e Financeiro e Laboral, respetivamente.

Tiago Pereira Monteiro colabora com o escritório há 12 anos e possui uma vasta experiência em matérias de regulação financeira e financiamentos, bem como em direito comercial e societário, projetos de investimento privado e matérias conexas.

Já Hélder Fernandes Carrazedo integrou o escritório em 2011 e conta com uma vasta experiência na prestação de assessoria jurídica a empresas líderes de mercado, quer de direito angolano, quer estrangeiras com presença em Angola, nas áreas de laboral e segurança social, nomeadamente, em processos de restruturação e transferência de trabalhadores, em conjunto com o Departamento de Corporate, e ao nível de negociações com sindicatos, incluindo, ainda, as áreas de contencioso laboral, civil e tributação do rendimento do trabalho.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

UNEF atribui Selo de Excelência a 9 projetos solares

  • Servimedia
  • 13 Setembro 2022

Os projetos solares premiados são montados no solo e pertencem às empresas Iberdrola, Statkraft, Falck Renovables, Esparity Solar e Verbund.

A União Fotovoltaica Espanhola, a principal associação do setor da energia solar em Espanha, juntamente com a Secretária de Estado da Energia, Sara Aaegesen, e o presidente do governo regional da Extremadura, Guillermo Fernández Vara, atribuíram esta terça-feira em Talayuela (Cáceres) o Selo de Excelência em Sustentabilidade da UNEF a nove projetos de energia solar em solo pertencentes às empresas Iberdrola, Statkraft, Falck Renovables, Esparity Solar e Verbund, noticia a Servimedia.

“Sempre exigimos que façamos as coisas bem como um setor, pois acreditamos que o nosso futuro não pode ser compreendido sem a coexistência e criação de valor acrescentado entre a população, o território e a sua biodiversidade e os projetos“, salientou Rafael Benjumea, presidente da União Fotovoltaica Espanhola durante a apresentação do Selo de Excelência em Sustentabilidade, criado pela UNEF em 2020 para divulgar as boas práticas do setor fotovoltaico espanhol.

A associação empresarial concebeu o seu próprio sistema para a certificação da sustentabilidade das instalações fotovoltaicas, destinado a todas as empresas que possam estar interessadas em obtê-lo, quer sejam promotores, construtores, proprietários ou quaisquer outros no segmento das instalações solares montadas no solo.

Pela sua parte, Sara Aagesen, Secretária de Estado da Energia, reiterou o seu empenho em acelerar uma transição energética em que a energia solar é um dos protagonistas. “A transição energética deve ser realizada com as máximas garantias sociais e ambientais, e devemos assegurar que os seus numerosos benefícios cheguem à população dos territórios em que as instalações são construídas”, comentou.

Do mesmo modo, Guillermo Fernández Vara, presidente do governo regional da Extremadura, a região com maior capacidade instalada de energia solar em Espanha, destacou durante o seu discurso “a oportunidade socioeconómica que a deslocalização da cadeia de valor de muitos dos investimentos ligados ao setor energético representa para a região“.

Neste sentido, assegurou que “projetos de energias renováveis como os que estão a ser desenvolvidos na região da Extremadura dão um importante contributo para a proteção do ambiente e para a reindustrialização dos municípios“.

Além disso, a União Fotovoltaica Espanhola celebra este ano o seu 10º aniversário como a única associação empresarial de energias renováveis em Espanha a ter criado um código de conduta para reconhecer as boas práticas de todas as centrais solares em Espanha que são sustentáveis e respeitadoras do seu ambiente natural e da realidade socioeconómica do meio envolvente da central.

Os nove projetos distinguidos

Ao todo, foram nove os projetos solares premiados. Para começar, o projetoAndévalo‘ da Iberdrola. Esta instalação de energia solar de 50 MW está localizada no município de Puebla de Guzmán (Huelva). Andévaloevita 15 mil toneladas de CO2 anualmente e gerou 200 empregos locais durante a sua fase de construção.

Statkraft está também envolvido no projeto ‘Talayuela Solar’. Esta instalação, localizada no município de Talayuela (Cáceres), tem uma capacidade de 300 MW e pode fornecer energia limpa a 148 mil casas durante um ano. Tornou-se uma referência em sustentabilidade, tendo conseguido integrar a produção de energia limpa com o ambiente do dehesa da Extremadura.

Obteve também o Selo de Excelência das Renováveis a empresa Falck com o projeto ‘Campos de Levante’. Localizada no município de Chiva (Valência), a construção terá início em 2023 e terá uma capacidade instalada final de 100 MW nominais, para além de uma produção anual de 200 GWh, suficiente para fornecer energia a 80 mil casas. Espera-se que gere 300 empregos durante a sua construção.

Também a Esparity Solar foi distinguida com o projeto ‘Safarich’, localizado no município de Biar (Alicante). Tem uma capacidade total instalada de 50 MW e estima-se que começará a fornecer energia verde a 20 mil casas por ano até ao final de 2023, o que se traduz numa poupança de mais de 60 mil toneladas de CO2 emitidas.

Sem esquecer Esparity Solar com o projeto ‘Cordovilla‘, uma central solar localizada no município de Ibargoiti, (Pamplona). Começará a gerar energia sustentável e renovável durante a segunda metade de 2023. Terá uma capacidade total instalada de 150 MW, que fornecerá energia a 86 mil casas e contribuirá para a redução de 181.521 toneladas de CO2. A construção do parque fotovoltaico irá gerar cerca de 500 empregos diretos e indiretos a nível local.

Além disso, a Verbund foi distinguida por quatro projetos. Um deles é o ‘Volateo Solar’, um dos que compõem o nó Tajo de la Encantada (Málaga) com uma capacidade de geração de energia total de 500 MW. Este complexo fotovoltaico, que começará a gerar energia no final de 2023, tem um programa de medidas destinadas à proteção e conservação das aves estepárias, que favorecerá a existência de habitats para a reprodução e reprodução destas espécies.

Os projetos “Faballones e Orla Solar II” foram outros premiados na Verbund, que são um exemplo de parques que defendem a integração social, tendo conseguido ganhar o favor dos municípios da província de Málaga com elevado valor turístico e cultural, que viam os parques fotovoltaicos de grande escala como um risco para o futuro.

E, por fim, ainda na Verbund, foi distinguido o projeto “Baluma Solar”, que é um projeto fotovoltaico terrestre de 62,50 MWp, localizado nos municípios de Albolote, Atarfe e Moclín, na província de Granada. Oferece a recuperação de 280 hectares de terra em risco de desertificação para a sua regeneração durante a vida útil do parque. Além disso, irá reduzir o consumo de água em 450 mil m3 por ano.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

EPIS atribui 163 bolsas. Investimento sobe 16% para 337 mil euros

Nesta nova edição, a associação, que conta com 35 investidores sociais, entre os quais a ANA, CGD, Jerónimo Martins ou Galp, vai atribuir mais 10% de bolsas face à edição anterior.

A associação EPIS (Empresários Pela Inclusão Social) vai atribuir este ano 163 bolsas de estudo a alunos de todo o país — e, pela primeira vez, nesta 12.ª edição, a jovens estudantes de famílias refugiadas ou deslocadas de qualquer nacionalidade a viver em Portugal. Ao todo, a associação vai atribuir 337 mil euros em bolsas, uma subida de 16% face ao ano anterior. As candidaturas decorrem até 23 de setembro.

Nesta nova edição, a associação, que conta com 35 investidores sociais, entre os quais ANA, CGD, Jerónimo Martins e Galp, vai dar mais 10% de bolsas face à edição anterior, para um total de 163. O investimento de 337 mil euros compara com os 290 mil euros da edição anterior.

Com cobertura nacional, as bolsas sociais EPIS abrangem todas as escolas, instituições e alunos a estudar em Portugal, que se podem candidatar em 15 categorias.

“Em linha com o atual contexto de guerra na Ucrânia, as candidaturas são alargadas a jovens estudantes de famílias refugiadas ou deslocadas de qualquer nacionalidade, a viver em Portugal”, refere a EPIS. E “em continuidade com a edição de 2020 e 2021, as candidaturas podem refletir as implicações da crise da pandemia na vida dos alunos e das organizações candidatas.”

Das 163 bolsas que irão ser atribuídas, 55 são para licenciaturas, 29 para mestrados, 61 para ensino secundário e 10 para estágios para jovens especiais.

Criada em 2006, por empresários e gestores portugueses, na sequência de uma convocatória à sociedade civil feita pelo Presidente da República, Cavaco Silva, no seu primeiro discurso do 25 de abril, no Parlamento, a associação conta a ANA – Aeroportos de Portugal, Águas do Vale do Tejo, Ascenza, Avipronto, Banco Montepio, Bial, Boehringer Ingelheim, Brisa, Caima, CGD, Cires, Cofaco Açores, CTT, Deloitte, Fertagus, Fresenius Kabi, Fundação AGEAS – Agir com coração, Fundação Amélia de Mello, Fundação Galp, Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, Fundação Monjardino, Fundação Santander, Jerónimo Martins, Pestana, Omnova, Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Sogrape, Soroptimist International Clube Lisboa Caravela, Super Bock Group, Tabaqueira, Vhumana e Zurich e três doadores individuais, Diogo Simões Pereira, Duarte Mineiro e Ernesto Silva Vieira, entre os seus investidores.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CMVM lança guia digital para atrair mais empresas aos mercados de capitais

Guia do Emitente incentiva empresas a financiarem-se no mercado de capitais, de modo a serem mais resilientes, e CMVM considera que incorreta perceção sobre o assunto leva a perda de oportunidades.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) lançou esta terça-feira o Guia do Emitente, uma ferramenta digital que vai apoiar as empresas no acesso ao mercado de capitais para se financiarem.

O guia visa “acompanhar e ajudar as empresas a tomarem decisões informadas de financiamento, com base no conhecimento das alternativas”, para que sejam consideradas “aquelas que melhor se adaptam à sua visão e ambição”, indica num comunicado.

A novidade foi apresentada num evento em Lisboa esta terça-feira, durante o qual Rui Pinto, vogal do Conselho de Administração da CMVM, disse que o mercado de capitais ainda é sinónimo de “uma terminologia tão técnica e densa que parece referir-se a uma realidade muito distante do cidadão comum”. Assim, aquilo que considera ser uma “incorreta perceção”, à qual se juntam outros fatores de comportamento e contexto, acaba por afastar “a larga maioria dos cidadãos”, bem como empreendedores, do investimento no mercado de capitais.

Este conjunto de fatores levam empreendedores e aforradores a recorrer ao financiamento através, apenas, da banca tradicional, o que resulta numa “perda recíproca de oportunidades”, defende Rui Pinto. No caso dos aforradores, estes “veem reduzidas as alternativas para rentabilizar as suas poupanças e prover as suas reformas”. Já os empreendedores “veem limitada a capacidade de fazer arrancar ou desenvolver projetos empresariais, ficando estes aquém das suas possibilidades”, garante.

A ferramenta digital disponibiliza informação relativa às etapas da jornada de acesso ao mercado de capitais, “desde o planeamento até à admissão à negociação, passando pela preparação e pela oferta”. O documento pretende ainda dar a conhecer as características, vantagens e desvantagens das várias opções disponíveis às empresas.

A CMVM promete agora realizar diversos encontros com o setor empresarial português, no âmbito do Roteiro Nacional para o Financiamento em Mercado. O Guia do Emitente foi desenvolvido com assistência financeira da Comissão Europeia, através do Instrumento Técnico de Suporte, em cooperação com a Direção Geral de Apoio às Reformas Estruturais, e contando ainda com o apoio da Ernst & Young (EY).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Seca extrema volta a piorar em agosto. Terá que chover muito acima do “normal” para corrigir situação, alerta IPMA

O IPMA alerta que só com níveis de precipitação "superiores ao normal" é que haveria um "desagravamento significativo da seca". Em agosto, 60% do território estava em seca extrema.

A situação de seca em Portugal continental voltou a piorar em agosto. Segundo as contas do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), no mês passado, 60,4% do território encontrava-se em seca severa, enquanto 39,6% estava em situação de seca extrema. E, apesar de estar prevista chuva para os próximos dias, a entidade meteorológica revela ao ECO/Capital Verde que, considerando a evolução do ano hidrológico a 31 de agosto, terá que chover mais em setembro e outubro, em quantidades que normalmente só se verificam em 20% dos anos, para que exista um desagravamento “significativo” da situação de seca atual, uma vez que os níveis de precipitação registados até hoje foram metade do que é considerado normal.

“Tomando como referência o ano hidrológico a 31 agosto de 2022, e analisando apenas do ponto de vista do défice de precipitação, a quantidade de precipitação, 420 milímetros [mm], que precipitou até à data é praticamente metade do que é considerado um ano normal”, explica o IPMA.

Assim, a entidade estima que, em termos médios, teria que ocorrer uma “quantidade de precipitação superior ao normal” para esta altura do ano, e que só “ocorre em 20% dos anos”, para corrigir parte da situação de seca no país. Ou seja, a quantidade de precipitação para setembro e outubro teria que rondar os 150 mm e 175 mm, respetivamente para compensar a falta de chuva do resto do ano. “Nestas condições a seca teria um desagravamento significativo“, frisa o IPMA, acrescentando que os valores são referenciais para Portugal continental e não por regiões.

Segundo o índice de PSDI (Palmer Drought Severity Index) que avalia a situação de seca meteorológica, as regiões mais afetadas pelo agravamento da seca extrema em agosto são o Baixo e Alto Alentejo, Beira Alta e Beira Baixa, Trás-os-Montes e parte do Ribatejo. As restantes regiões encontram-se em seca severa.Este índice baseia-se no conceito do balanço da água tendo em conta dados da quantidade de precipitação, temperatura do ar e capacidade de água disponível no solo e permite detetar a ocorrência de períodos de seca classificando-os em termos de intensidade.

Desde o início do ano que a situação de seca tem vindo a piorar em Portugal. Em fevereiro deste ano, houve um agravamento da seca extrema, tendo em março e abril existido uma diminuição da intensidade. No entanto, com a chegada do verão, voltou a haver um aumento significativo da intensidade de seca em maio e junho, mantendo-se em julho e agosto, revela o IPMA. Janeiro, fevereiro, abril, maio, junho, julho e agosto de 2022 ficaram também marcados por níveis de precipitação inferiores ao normal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Inflação em Espanha desacelera para 10,5% em agosto

  • Lusa
  • 13 Setembro 2022

A habitação foi o segmento que mais impulsionou em alta os preços, com uma variação de 24,8%, enquanto os transportes foram o grupo que mais pressionou os preços em baixa, com uma taxa de 11,5%.

A inflação em Espanha situou-se nos 10,5% em agosto, uma décima acima da estimativa avançada no passado dia 30 e três décimas abaixo do valor registado em julho, anunciou esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE) espanhol. Em julho, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) tinha registado uma variação homóloga de 10,8%, o valor mais alto em 38 anos, desde setembro de 1984.

O grupo que mais pressionou os preços em baixa foi o dos transportes, com uma taxa de 11,5%, 4,5 pontos percentuais abaixo do mês anterior, devido ao embaratecimento dos combustíveis e lubrificantes, face ao aumento registado em agosto de 2021.

Pelo contrário, o segmento que mais impulsionou em alta os preços foi o da habitação, cuja variação aumentou quase dois pontos, para 24,8%, devido ao aumento dos preços da eletricidade, que foi de 60,6% em termos homólogos. Segundo fontes do INE de Espanha, o aumento da eletricidade seria de 75,3% sem ter em conta as últimas variações fiscais.

No que se refere à inflação subjacente (que exclui os preços dos alimentos não elaborados e da energia), a variação homóloga dos preços em agosto foi de 6,4%, mais 0,3 pontos percentuais do que em julho e a mais alta desde janeiro de 1993.

Outro dos grupos que influenciou positivamente a inflação foi o de alimentos e bebidas não alcoólicas, cuja variação homóloga foi de 13,8%, três décimas acima da do mês anterior e a maior desde o início da série, em janeiro de 1994. Deste grupo, destacam-se os aumentos nos preços do leite, queijo e ovos, carnes e pão e cereais.

No que se refere à evolução mensal, os preços ao consumidor subiram 0,3% face a julho, enquanto o Índice Harmonizado de Preços ao Consumidor, que permite fazer comparações com outros países europeus, ficou em 10,5%, duas décimas abaixo do mês anterior.

Fontes do Ministério da Economia espanhol, citadas pela agência EFE, apontam que, em princípio, o IPC deve seguir uma trajetória de desaceleração nos próximos meses, acrescentando que os picos de inflação foram registados em março, aquando da invasão russa da Ucrânia, e em junho, quando a Rússia reduziu o fornecimento de gás à Europa. As mesmas fontes sublinham que esta desaceleração “coincide com a implementação dos pacotes de medidas do Governo, o que demonstra a eficácia das medidas adotadas”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Desculpas de mau pagador”. Aumentos na Função Pública de 2% são “inaceitáveis”, dizem sindicatos

Costa diz que referência para aumentos na Função Pública é de 2%. Sindicatos criticam posição e avisam que se propostas não melhorarem podem levar contestação para as ruas.

Depois de um ano com uma inflação galopante, em que os funcionários públicos tiveram um aumento de 0,9%, o primeiro-ministro afasta a possibilidade de fazer a atualização salarial destes trabalhadores em linha com a inflação esperada (7,4%), apontando ao invés para um referencial de 2%. Para os sindicatos que representam a Função Pública, esta proposta é “inaceitável”, representando um “empobrecimento dos trabalhadores”. Sebastião Santana, coordenador da Frente Comum, chega mesmo a acusar o Governo de usar “desculpas de mau pagador”. Já a presidente do STE vê valor como ponto de partida para a negociação, mas admite que é um “referencial baixo”.

“Quando a inflação era zero não se podia aumentar salários, e quando agora se cifra em 7,4%, não se pode aumentar porque vai contribuir para aumento da inflação”, justifica o sindicalista, em declarações ao ECO.

O primeiro-ministro afirmou, em entrevista ao Jornal das 8, na TVI, que os funcionários públicos “não vão com certeza ser aumentados em 7,4%”, sinalizando, no entanto, que os aumentos estão sujeitos à negociação coletiva. António Costa referiu que o Governo está a trabalhar para que a inflação em Portugal “chegue o mais rapidamente possível” a 2% e admitiu que essa “é uma referência, mas não obviamente o único dado a ter em conta” para os aumentos dos funcionários públicos.

Perante estas declarações, José Abraão, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública, diz ao ECO que a reação só pode ser uma: “É completamente inaceitável que se passe por cima de uma desvalorização dos salários de 7,4% e se avance com um número eventual de uma inflação futura, quando até há pouco tempo, o Governo para nos impor um aumento de 0,9%, descontou 0,1% da deflação de 2020″.

O dirigente sindical aponta que esta atitude “é completamente ridícula” e acaba por “resultar numa autoridade sem sentido”. José Abraão aponta ainda as diferenças nas decisões já que por exemplo nas pensões se vai aumentar em 4%, e até isso representa uma perda (já que parte do valor que seria o aumento em 2023 foi antecipado para agora, sendo pago em outubro).

Por outro lado, a presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) diz acreditar que o valor referido pelo primeiro-ministro é apenas “o ponto a partir do qual se vai iniciar a negociação coletiva”. “É referencial baixo, mas o caminho faz-se caminhando e é a partir daqui que se faz processo”, explica, ao ECO. Maria Helena Rodrigues aponta que o primeiro-ministro deve ter em conta que a perda dos funcionários públicos “já toca e ronda os 16%”, pelo que “é necessário fazer atualização que vá ao encontro do que pede aos serviços públicos”.

Isto não é negociar, é partir para negociação completamente cheia de atilhos e sem vontade de o fazer.

Sebastião Santana

Frente Comum

Já Sebastião Santana critica também o facto de o Governo estar novamente a começar processos negociais pela comunicação social, salientando ainda que o primeiro-ministro diz estar aberto para negociação, mas depois frisa que jamais chegarão ao valor da inflação. “Isto não é negociar, é partir para negociação completamente cheia de atilhos e sem vontade de o fazer“, critica, ressalvando ainda assim que a Frente Comum não abdica da negociação e vai sentar-se à mesa, levando uma proposta que será aprovada a 29 de setembro, sendo nesse dia entregue à ministra da Presidência.

O STE também “está a concluir a proposta para levar às negociações, que não tem em conta só este ano, tem em conta processo e o que aconteceu até aqui”. “Se o valor apresentado pelo governo for anormalmente baixo, não estamos a ter uma atualização“, constata Maria Helena Rodrigues, mas sim uma desvalorização.

A Frente Comum espera que o Governo se sente à mesa também com disponibilidade para negociar, mas se tal não acontecer “vamos ter trabalhadores a lutar pelos interesses”, alerta o dirigente. Aviso foi feito também pelo secretário-geral da Fesap, que diz acreditar que o Governo quer negociar com sindicatos, mas sinaliza que há “expectativa que as propostas sejam credíveis, negociáveis e não empurrem [os trabalhadores] para a rua nesta lógica de empobrecimento lento e com austeridade que não faz sentido”.

[Proposta] está a contribuir para o inverso daquilo que está no programa do Governo e o que está prometido, de aumento dos salários ao longo da legislatura.

José Abraão

Fesap

Os dirigentes lembram ainda que o Governo tinha a meta de aumentar os salários em 20% na legislatura, mas com estas afirmações “está a dar pontapé de saída muito mau”, aponta Sebastião Santana. Com esta proposta, está a “contribuir para o inverso daquilo que está no programa do Governo e o que está prometido, de aumento dos salários ao longo de legislatura”, concorda José Abraão, recordando ainda que os valores impostos para a Função Pública acabam por também afetar outras negociações e trabalhadores.

Costa disse que é necessário “ter em conta a produtividade”, bem como o objetivo de atingir até ao final da legislatura que “o peso dos salários no PIB” seja “correspondente à média da UE”. Sobre a questão da produtividade, o coordenador da Frente Comum salienta que esta “resulta das condições dadas para trabalhar e a forma como se mede pode ser muito criativa”. “O Governo não pode responsabilizar trabalhadores da Administração Pública quando temos exigido mais e melhores condições de trabalho para prestar melhores serviços”, acrescenta o dirigente sindical.

Maria Helena Rodrigues salienta que os serviços da Administração Pública “têm a possibilidade de medir produtividade, que é diferente da produtividade da economia: as funções do Estado podem ser observadas mas a avaliação faz-se no serviço ao cidadão”, defende. A dirigente sindical aponta ainda que a prestação de serviços mais eficaz deve estar em cima da mesa “mas não pode ser determinante no que é a atualização salarial dos serviços públicos”.

(Notícia atualizada às 13h15 com declarações da presidente do STE)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministério Público investiga ciberataque que expôs documentos portugueses da NATO

  • Lusa
  • 13 Setembro 2022

Ministério Público abriu um inquérito ligado ao ciberataque contra o Estado-Maior-General das Forças Armadas em que documentos classificados da NATO foram extraídos e colocados à venda na "dark web".

O Ministério Público abriu um inquérito ligado ao ciberataque contra o Estado-Maior-General das Forças Armadas em que documentos classificados da NATO foram extraídos e colocados à venda na dark web, indicou esta terça-feira a Procuradoria-Geral da República.

“Confirma-se a instauração de inquérito. O mesmo é dirigido pelo Ministério Público do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP)”, precisou a Procuradoria-Geral da República, em resposta à agência Lusa.

Segundo revelou a semana passada o Diário de Notícias, o Governo português foi informado da situação pelos serviços de informações norte-americanos, por intermédio da embaixada em Lisboa, através de uma comunicação que terá sido feita diretamente ao primeiro-ministro, António Costa, em agosto passado.

O mesmo jornal mencionou que este caso é considerado de “extrema gravidade” e terão sido os ciberespiões norte-americanos a detetar “à venda na dark web centenas de documentos enviados pela NATO a Portugal, classificados como secretos e confidenciais”.

Na altura, o Ministério da Defesa Nacional afirmou que já está a averigua “todos os indícios de potencial quebra de segurança informática” e alegou a “sensibilidade” daqueles processos para não se pronunciar sobre a noticiada exfiltração de documentos da NATO.

Em comunicado, adiantou que as averiguações são conduzidas pelo Gabinete Nacional de Segurança, “com o qual o Ministério da Defesa Nacional e as Forças Armadas trabalham em estreita articulação”.

Segundo a lei orgânica do Gabinete Nacional de Segurança, este é “um serviço central da administração direta do Estado, dotado de autonomia administrativa, na dependência do primeiro-ministro ou do membro do Governo em quem aquele delegar”.

A Autoridade Nacional de Segurança dirige este gabinete “e é a entidade que exerce, em exclusivo, a proteção, o controlo e a salvaguarda da informação classificada”.

Entre as funções do Gabinete Nacional de Segurança está “garantir a segurança da informação classificada no âmbito nacional e das organizações internacionais de que Portugal é parte” e exercer “a função de autoridade de credenciação de pessoas singulares ou coletivas para o acesso e manuseamento de informação classificada”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

17 milhões na zona europeia da OMS sofreram Covid prolongada

  • Lusa
  • 13 Setembro 2022

Pelo menos 17 milhões de pessoas nos 53 estados-membros da região europeia da Organização Mundial da Saúde sofreram "Covid prolongada nos dois primeiros anos da pandemia".

Pelo menos 17 milhões de pessoas nos 53 estados-membros da região europeia da Organização Mundial da Saúde (OMS) sofreram “Covid prolongada nos dois primeiros anos da pandemia”.

De acordo com uma pesquisa apresentada esta terça-feira na reunião anual do Comité da OMS para a Europa em Telavive, Israel, mais de 17 milhões de pessoas na região europeia terão experienciado “uma condição pós-Covid-19, também conhecida como Covid prolongada”, sofrendo “uma duração dos sintomas de pelo menos três meses em 2020 e 2021”

Segundo dados de um estudo feito pelo centro da Escola de Medicina da Universidade de Washington para a OMS, apresentado em Telavive, houve um aumento significativo de 307% nos novos casos de Covid de longo prazo identificados entre 2020 e 2021.

As mulheres, segundo o estudo, “têm mais possibilidades que os homens de ter Covid longa”, enquanto “o risco aumenta drasticamente” quando se trata de pacientes graves com Covid-19. Nestes casos, uma em cada três mulheres pode sofrer de Covid persistente, o mesmo que um em cada cinco homens.

“Esses dados destacam a necessidade urgente de mais análise, mais investimento, mais apoio e mais solidariedade” com aqueles que sofrem de Covid prolongada”, disse Hans Henri P. Kluge, diretor regional da OMS para a Europa, no segundo dia da 72ª reunião do Comité Regional da OMS para a Europa, que começou segunda-feira e termina na quarta-feira.

A pesquisa também alerta que cerca de 145 milhões de pessoas em todo o mundo sofreram qualquer um dos três sintomas de covid de longo prazo nos primeiros dois anos da pandemia. Isso inclui fadiga com dores no corpo, alterações de humor, problemas cognitivos e falta de ar.

A maioria das pessoas que passaram pela Covid-19 recuperam completamente, mas entre 10 e 20% desenvolveram efeitos a médio e longo prazo. A OMS anunciou a criação de uma parceria oficial com a Long COVID Europe, uma rede de 19 entidades de pacientes de países da região europeia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.