Platini e Blatter absolvidos de corrupção num tribunal suíço

  • Lusa
  • 8 Julho 2022

Michel Platini e Joseph Blatter, antigos presidentes da UEFA e da FIFA, respetivamente, foram absolvidos das acusações de corrupção, após seis anos de investigação e duas semanas de julgamento.

O francês Michel Platini e o suíço Joseph Blatter, antigos presidentes da UEFA e da FIFA, respetivamente, foram esta sexta-feira absolvidos das acusações de corrupção, após seis anos de investigação e duas semanas de julgamento na Suíça.

“Um tribunal neutro finalmente decidiu que nenhuma ofensa foi cometida neste caso. O meu cliente está completamente inocentado e aliviado com o resultado”, comentou após a leitura da sentença o advogado de Michel Platini, Dominic Nellen.

Em causa estava uma verba de dois milhões de francos suíços (cerca de 1,8 milhões de euros) recebida “às custas da FIFA” por Michel Platini, supostamente para pagar uma colaboração de consultadoria à entidade então presidida por Joseph Blatter.

Num comunicado, o ex-capitão da seleção francesa e antigo presidente da UEFA, regozijou-se por ter “vencido um primeiro jogo” e aludiu, uma vez mais, à manipulação política e judicial destinada a retirá-lo do poder.

“Neste caso, há culpados que não compareceram durante este julgamento. Que contem comigo, vamos nos encontrar”, refere Michel Platini, de 67 anos, que desempenhou o cargo de presidente da UEFA entre 2007 e 2015.

Michel Platini assessorou Joseph Blatter entre 1998 e 2002, durante o primeiro mandato deste último à frente da FIFA, e os dois assinaram um contrato em 1999 concordando com uma remuneração anual de 300 mil francos suíços, integralmente pagos pela FIFA.

Mas, em janeiro de 2011, Platini – que entretanto se tornou presidente da UEFA – “reclamou um pedido de dois milhões de francos suíços”, qualificado como “fatura falsa” pela acusação.

Michel Platini e Joseph Blater, presentemente com 86 anos, garantiram em tribunal que tinham decidido uma verba de 1 milhão de francos suíços ano como salário e que o contrato foi selado através de um “acordo de cavalheiros” oral e sem testemunhas.

O tribunal considerou que a alegada fraude “não foi constatada com toda a certeza” e, quando assim é, aplicou o princípio geral do direito penal, segundo o qual “na dúvida se deve beneficiar o arguido”.

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Brisa qualificada para fase final de concurso de concessão de autoestrada na Grécia

  • Lusa
  • 8 Julho 2022

Empresa liderada por Pires de Lima avançou para a fase final do concurso internacional para a concessão por 25 anos da autoestrada Attica, na área metropolitana de Atenas.

A Brisa anunciou ter sido qualificada para a fase final do concurso internacional para a concessão por 25 anos da autoestrada Attica, na área metropolitana de Atenas, na Grécia.

“A manifestação de interesse apresentada pela Brisa no âmbito do concurso para a concessão da autoestrada Attica, na Grécia, foi selecionada pelo Fundo de Desenvolvimento de Ativos da República Helénica para apresentar uma oferta vinculativa (‘binding offer’)”, avança a empresa portuguesa em comunicado.

O contrato de concessão inclui o financiamento, operação, manutenção e exploração da autoestrada Attica por um período de 25 anos, precisa.

“Congratulamo-nos pelo facto de a Brisa ter passado à fase final deste concurso internacional bastante exigente e seletivo. Sendo o concurso para um contrato a 25 anos, estamos desde já a trabalhar na estrutura financeira da Brisa e particularmente empenhados em assegurar a apresentação de uma proposta competitiva, além de convencidos da bondade do modelo na defesa do interesse público,” afirma o presidente da comissãoeExecutiva da Brisa, António Pires de Lima, citado no comunicado.

A autoestrada Attica é apresentada pela Brisa como sendo “uma das mais importantes” infraestruturas rodoviárias da Grécia: “É uma circular com uma extensão de 70 quilómetros na área metropolitana de Atenas e constitui a espinha dorsal do sistema rodoviário da região de Attica, integrando o eixo rodoviário que faz a ligação entre as cidades de Patras, Atenas, Tessalónica e Evzoni”, descreve.

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Walk Talks. A importância de ter um propósito e de sorrir

  • Trabalho
  • 8 Julho 2022

Refletir sobre a nossa razão de viver e sorrir são as dicas desta semana dos mentores da Walking Mentorship.

João Perre Viana e Nuno Santos Fernandes, partners e mentores da Walking Mentorship, têm partilhado com os leitores alguns exemplos de energy boosters. Esta semana, os mentores continuam o tema e revelam mais duas formas de dar um boost na nossa energia. A primeira é ter um propósito e a segunda é sorrir, mesmo quando não se tem vontade.

“Gosto de traduzir o propósito por uma razão de viver. O que nos move? O que nos faz saltar da cama de manhã? É essa a energia que precisamos. Refletir sobre o nosso propósito na vida pode ser algo muito poderoso”, considera Nuno Santos Fernandes. E acrescenta: “Mesmo quando não nos apetece, sorrir faz-nos sentir mais bem-dispostos. Está explicado pela neuropsicologia”.

Uma conversa, enquanto se caminha, que se repete todas as semanas aqui na Pessoas. Bem-vindos à Walk Talks.

https://videos.sapo.pt/yfATzbZT5igaRbIco30p

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Sustentabilidade no setor imobiliário e construção vai estar em debate

  • Capital Verde
  • 8 Julho 2022

PwC Portugal, WORX Real Estate Consultants, CCR Legal e Átomo Capital Partners vão divulgar o primeiro estudo sobre o impacto dos critérios ESG no setor imobiliário e construção.

A PwC Portugal, a WORX Real Estate Consultants, a CCR Legal – Sociedade de Advogados e a Átomo Capital Partners vão organizar, no próximo dia 12 de julho, um evento para anunciar o lançamento da primeira edição do estudo “REvolution – An ESG roadmap for Real Estate“.

Durante o evento, vão ser apresentados os resultados e as principais conclusões deste estudo, além de que serão partilhadas também perspetivas e opiniões, de proprietários e de ocupantes, sobre a preocupação com os critérios de ambiente, social e governança (ESG, na sigla em inglês) no setor, a eficiência energética e o retorno do investimento, o impacto que tem no ambiente, e também no bem-estar dos colaboradores.

O tema surge numa altura em que estão definidas metas para atingir a neutralidade carbónica em Portugal, em 2050, e em que são lançados apelos para que os esforços para a transição energética sejam maiores. Só o setor imobiliário e de construção representam 37% das emissões de CO2 a nível global.

“Este será um momento de importante e relevante discussão sobre os principais desafios e oportunidades do ESG no setor imobiliário, trazendo para cima da mesa não só dados concretos sobre o setor, mas também dando voz a especialistas nesta matéria, a proprietários e investidores, e aos inquilinos que são quem, na prática, utiliza estes edifícios e é mais impactado por estes temas”, informa o comunicado divulgado, esta sexta-feira.

O evento vai decorrer na sede da PwC Portugal, no Palácio Sottomayor em Lisboa, no dia 12 de julho, a partir das 9h. As inscrições (gratuitas mas dependentes da capacidade da sala) podem ser feitas aqui.

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Rússia garante aumento do fluxo de gás para Europa se Canadá entregar turbina do Nord Stream 1

  • Capital Verde
  • 8 Julho 2022

O atraso da entrega desta turbina, que está sob a gestão da alemã Siemens Energy, terá contribuído para que a Gazprom reduzisse o abastecimento de gás para a Alemanha em 40%.

O Kremlin garantiu esta sexta-feira que o fluxo de gás para a Europa, através do Nord Stream 1, poderia ser reforçado se uma turbina que se encontra de momento no Canadá e que serve o gasoduto Nord Stream 1 fosse entregue à Rússia.

De acordo com a notícia avançada esta sexta-feira pela Reuters, o equipamento, que é fundamental para garantir o abastecimento de gás para a Europa, encontra-se retido no Canadá devido às sanções contra a Rússia resultantes da invasão da Ucrânia. O atraso da entrega desta turbina, que está sob a gestão da alemã Siemens Energy, terá motivado a redução, da parte da Gazprom, do abastecimento de gás para a Alemanha em 40%.

Segundo a agência noticiosa, o governo de Olaf Sholtz está em conversações com o governo de Justin Trudeau para que o equipamento seja entregue, sem quebrar as sanções. Fonte próxima do governo alemão informa a Reuters que está em cima da mesa a possibilidade de a turbina ser enviada primeiro para a Alemanha e que de lá seria entregue à Gazprom, para que o Canadá não viole nenhuma das sanções, depois de a Ucrânia se ter mostrado contra esta ação.

O Kremlin garante que o abastecimento de gás pode regressar a níveis normais com a devolução deste equipamento. A Reuters informa que o fluxo de gás se manteve a um nível estável durante a manhã desta sexta-feira. Segundo os dados, os fluxos para a Alemanha através do gasoduto Nord Stream 1, no Mar Báltico, situaram-se nos 29.280.032 quilowatts-hora por hora (kWh/h) esta manhã, um valor inalterado em relação ao dia anterior.

Antecipa-se, no entanto, uma quebra significativa no abastecimento do gás através do Nord Stream 1, uma vez que o Kremlin se prepara para suspender o funcionamento do gasoduto durante 10 dias para reparações, entre 11 e 21 de julho.

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Morreu José Eduardo dos Santos, ex-Presidente de Angola

Morreu José Eduardo dos Santos, ex-Presidente de Angola, vítima de doença prolongada, adiantou a Presidência angolana numa nota publicada no Facebook. Tinha 79 anos.

Morreu José Eduardo dos Santos, ex-Presidente de Angola, adiantou a Presidência angolana numa nota publicada no Facebook. O antigo governante tinha 79 anos e encontrava-se internado há vários dias numa clínica em Barcelona.

“O Executivo da República de Angola leva ao conhecimento da opinião pública nacional e internacional, com um sentimento de grande dor e consternação, o falecimento de Sua Excelência o ex-Presidente da República, Engenheiro José Eduardo dos Santos, ocorrido hoje às 11h10 [10:10 em Lisboa], (…) após prolongada doença”, pode ler-se no comunicado.

Diz ainda que se “inclina com o maior respeito e consideração, perante a figura de um Estadista de grande dimensão histórica, que regeu durante muitos anos com clarividência e humanismo os destinos da Nação Angolana, em momentos muito difíceis”.

José Eduardo dos Santos esteve no poder do regime em Angola durante quase quatro décadas. Sucedeu a Agostinho Neto como Presidente de Angola em 1979 e deixou o cargo em 2017, cumprindo uma das mais longas presidências no mundo.

Em 2017, renunciou a recandidatar-se e o atual Presidente, João Lourenço, sucedeu-lhe no cargo, tendo sido eleito também pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que governa no país desde a independência de Portugal, em 1975.

Internado há duas semanas nos cuidados intensivos de uma clínica em Barcelona, o antigo Presidente angolana tinha problemas de saúde há vários anos e foi acompanhado na cidade catalã desde 2006.

João Lourenço decretou cinco dias de luto nacional a iniciar-se partir da meia-noite deste sábado, dia 9 de julho. “É declarado luto nacional a ser observado em todo o território nacional e nas missões diplomáticas e consulares”, refere a Presidência de Angola num comunicado posterior.

Nota da Presidência de Angola

O Executivo da República de Angola leva ao conhecimento da opinião pública nacional e internacional, com um sentimento de grande dor e consternação, o falecimento de Sua Excelência o ex-Presidente da República, Engenheiro José Eduardo dos Santos, ocorrido hoje às 11h10, hora de Espanha certificada pelo boletim médico da clínica, em Barcelona, após prolongada doença.

O Executivo da República de Angola inclina-se, com o maior respeito e consideração, perante a figura de um Estadista de grande dimensão histórica, que regeu durante muitos anos com clarividência e humanismo os destinos da Nação Angolana, em momentos muito difíceis.

O Executivo da República de Angola apresenta à família enlutada os seus mais profundos sentimentos de pesar e apela à serenidade de todos neste momento de dor e consternação.

Luanda, 8 de Julho de 2022

Tchizé dos Santos recorda pai: “África perdeu um dos seus maiores heróis vivos”

Numa série de fotografias publicadas na sua conta no Instagram após a notícia da morte de José Eduardo dos Santos, Tchizé dos Santos escreve que perdeu a companhia do seu “primeiro grande amor” e que o continente africano “perdeu um dos seus maiores heróis vivos”.

Desde que o pai foi internado, Tchizé dos Santos tem feito várias críticas a João Lourenço, Ana Paula dos Santos e ao MPLA , a quem deixa um recado numa das publicações: “Apagar a luz do outro não vai fazer com que a sua brilhe mais!”.

“Os pais nunca morrem, porque são o amor mais verdadeiro que os filhos conhecem em toda a vida. Eles vivem para sempre dentro de nós”, escreveu ainda a filha de José Eduardo dos Santos.

Marcelo Rebelo de Sousa lembra “protagonista decisivo”

O Presidente da República português enviou as condolências ao atual chefe de Estado angolano, João Lourenço, através de uma nota na página da Presidência.

O Presidente José Eduardo dos Santos foi o interlocutor de todos os Presidentes Portugueses em Democracia, durante quatro décadas, constituindo um protagonista decisivo nas relações entre os Estados e os Povos Angolano e Português”, salientou Marcelo Rebelo de Sousa por escrito.

O Presidente da República português salientou ainda que o ex-chefe de Estado angolano foi uma “uma personalidade que marcou as relações [Portugal-Angola] num período particularmente sensível, imediatamente subsequente à independência de Angola e quando em Portugal estava a institucionalizar-se em democracia”, segundo declarações difundidas pela SIC Notícias.

Santos Silva realça “contributo determinante” para construção da paz em Angola

O presidente da Assembleia da República realçou o “contributo determinante” do ex-chefe de Estado angolano José Eduardo dos Santos para a construção da paz em Angola, e enviou sentidas condolências ao povo angolano e à Assembleia Nacional deste país.

 

“Na morte de José Eduardo Santos recordo o seu contributo determinante para a construção da paz em Angola. Transmito sentidas condolências à Assembleia Nacional e a todo o povo angolano”, escreveu o presidente da Assembleia da República.

“Angola trilhou caminho de crescimento e consolidação” durante liderança de José Eduardo dos Santos, diz Governo

Em comunicado divulgado ao final da tarde, o governo português lamenta a morte do antigo Presidente da República de Angola, dirigindo as condolências “à família e à Nação angolana neste momento de luto nacional”, aponta o comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

A tutela liderada por João Gomes Cravinho assinala ainda que “Angola trilhou um caminho de crescimento e consolidação”, durante a presidência de José Eduardo dos Santos, quer a nível internacional quer no “espaço lusófono”, continuando a ” fortalecer os laços” entre os dois países.

Cavaco Silva recorda “artífice decisivo” na construção da paz

O antigo Presidente da República Cavaco Silva enviou esta sexta “as mais sentidas condolências” à família do ex-chefe de Estado angolano José Eduardo dos Santos, que recordou como um “artífice decisivo na construção da paz”. “No momento da morte do antigo Presidente José Eduardo dos Santos, envio à sua família as mais sentidas condolências e ao povo amigo de Angola uma palavra de conforto pela partida de uma notável figura nacional”, dá conta uma nota do gabinete de Cavaco Silva enviada à Lusa.

O antigo Presidente português recorda Eduardo dos Santos como “um artífice decisivo na construção da paz e da reconciliação nacional da nação angolana”, com quem mantinha “uma duradoura relação de confiança, que permitiu ultrapassar as dificuldades que marcavam as relações” entre os dois países na década de 1980.

Testemunhei o seu firme empenho pessoal e as decisões particularmente difíceis e complexas que tomou. Com José Eduardo dos Santos, de inteligência fina, convincente na argumentação, sereno e sábio no uso da palavra, foi possível reforçar a cooperação entre Portugal e Angola”, considerou o ex-chefe de Estado de Portugal. Ao longo dos anos, prosseguiu Cavaco Silva, a relação entre Portugal e Angola passou “da desconfiança” à “amizade e isso deve-se, em grande medida, a José Eduardo dos Santos”. “Neste momento de despedida, presto-lhe a minha homenagem”, finalizou.

Durão Barroso elogia “o patriota” e “o estadista”

O ex-primeiro-ministro português Durão Barroso lembrou nesta sexta-feira “com saudade” o antigo Presidente angolano José Eduardo dos Santos, destacando “o patriota” e “o estadista” que ficará na História do seu país e de África.

“Recordo alguém de excecional inteligência, que foi capaz de garantir a unidade nacional angolana num contexto geopolítico extraordinariamente difícil, que ficará indelevelmente na História de Angola, de África e também das relações de Angola com Portugal”, escreveu o ex-presidente da Comissão Europeia e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros português, numa declaração enviada à agência Lusa.

Guterres destaca papel de ex-PR no multilateralismo

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, destacou a importância de José Eduardo dos Santos a favor do multilateralismo e destacou a assinatura do acordo de paz que terminou a guerra civil em Angola.

Numa nota divulgada pelo seu porta-voz e citada pela agência Lusa, o antigo primeiro-ministro português salientou “que sob a liderança de José Eduardo dos Santos, o país assinou o acordo de paz, de 2002, que colocou fim à guerra civil, que eclodiu após a independência” e que o antigo chefe de Estado transformou Angola num “importante parceiro regional e do multilateralismo”.

MPLA suspende todas as atividades políticas até fim do luto nacional. CPLP fala em “grande perda” para “o mundo da Língua Portuguesa”

O Movimento Popular para a Libertação de Angola (MPLA) partido do antigo Presidente José Eduardo dos Santos, que faleceu esta sexta-feira em Barcelona, manifestou “consternação” pela sua morte e anunciou que suspendeu toda a sua atividade política até ao fim do luto nacional.

“Neste momento já suspendemos toda a atividade política do partido. Não vamos realizar qualquer outro ato até que termine o luto nacional”, afirmou, em declarações à Lusa, o porta-voz do MPLA Rui Falcão.

Rui Falcão adiantou que o partido, “além de acompanhar o programa de Estado”, irá ter um programa próprio de homenagem ao ex-presidente, sobre o qual disse não poder adiantar, para já, pormenores. “O que lhe posso dizer é que é um momento de profunda consternação“, concluiu.

Já o Secretário Executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) regista “com pesar” a morte do ex-presidente angolano, que diz ser uma “grande perda para Angola e, também, para o mundo da Língua Portuguesa”.

O “Presidente fundador CPLP, José Eduardo dos Santos foi sempre militante e defensor incansável da projeção da Língua Portuguesa e da consolidação da nossa Comunidade”, acrescenta o secretário executivo da organização.

Ana Gomes, ex-candidata às eleições presidenciais de Portugal em 2021, bastante crítica da família Rodrigues dos Santos, recorda José Eduardo dos Santos como um presidente que “enveredou pela cleptocracia”. Em declarações à RTP, a socialista lembrou que o antigo chefe do Estado angolano começou por ser uma promessa de democracia no final da guerra civil de Angola, mas “que essas promessas foram frustradas”.

(Notícia atualizada às 20h03 com a reação do secretário-geral das Nações Unidas)

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Quase 40% dos consumidores nunca ou raramente analisa fatura da luz e gás

  • Lusa
  • 8 Julho 2022

O estudo concluiu ainda que a faixa etária menos satisfeita com a fatura é a dos 45 aos 54 anos, sendo os acertos de faturação o fator pior classificado pelos consumidores

Quase 40% dos consumidores de eletricidade e gás natural reconhecem que nunca ou raramente analisam a fatura e demonstram um nível elevado de confiança no documento, segundo um estudo do regulador da energia, divulgado esta sexta-feira.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) promoveu um estudo junto dos consumidores de eletricidade e gás natural, com base em 1.250 entrevistas telefónicas em Portugal Continental e regiões autónomas, para identificar o conhecimento que têm das faturas, a utilidade que lhe atribuem, quais os elementos que consideram mais importantes, as dificuldades que sentem na sua interpretação e os fatores que contribuem para essas dificuldades.

Segundo as principais conclusões do relatório, “38% dos consumidores reconhece que nunca ou raramente analisa a sua fatura, embora a confiança na fatura seja elevada (quatro, numa escala de um a cinco)”, observou a entidade reguladora.

Já quanto à satisfação dos consumidores com a fatura, também numa escala de um a cinco, os inquiridos atribuem a avaliação de 3,58 à fatura de eletricidade, 4,02 à de gás natural e 4,04 à fatura de eletricidade e gás natural conjuntamente.

O estudo concluiu ainda que a faixa etária menos satisfeita com a fatura é a dos 45 aos 54 anos, sendo os acertos de faturação o fator pior classificado pelos consumidores. Neste sentido, a ERSE sublinhou que a progressiva instalação de contadores em redes inteligentes contribui para eliminar a necessidade de estimativas de consumo e de acertos de faturação.

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Sistema de reembolso de embalagens com 90% de retoma em três anos

  • Lusa
  • 8 Julho 2022

Projeto quer devolver ao consumidor uma parte do valor pago pelas embalagens. Deste modo, o sistema contribuiu para o aumento da reciclagem e poupanças na limpeza de resíduos.

O Sistema de Depósito e Reembolso (SDR) de embalagens terá uma taxa de retoma de 90% em três anos, estima a associação SDR Portugal, candidata à gestão deste mecanismo, no qual quer investir até 100 milhões de euros.

“Vemos nos sistemas relativamente maduros, que a mediana anda nos 90%, estou a falar na Dinamarca, Estónia, Finlândia, Alemanha, Islândia, Lituânia, Noruega ou Suécia. Achamos que no primeiro ano não vamos conseguir, mas no prazo máximo de dois a três anos vamos conseguir ter esta taxa de retoma”, afirmou o presidente da SDR Portugal, Leonardo Mathias, em entrevista à Lusa.

A SDR Portugal é constituída por empresas do setor das bebidas e por retalhistas, como a Coca-Cola, Central de Cervejas, Sumol+Compal, Super Bock Group e Unilever (Circular Drinks), e por insígnias como a Auchan, Intermarché, Lidl, Mercadona e Sonae MC (SDRetalhistas).

Esta associação é candidata à licença ou concessão da gestão do Sistema de Depósito e Reembolso de embalagens de bebidas de uso único, cuja entrada em funcionamento estava prevista para 01 de janeiro de 2022, estimando um investimento superior a 100 milhões de euros, 70 milhões de euros dos quais a serem realizados nos primeiros dois anos.

Até ao momento, mantém-se em vigor um projeto-piloto de recolha deste tipo de embalagens, que atribuiu benefícios aos consumidores, como talões de desconto, revertidos em compras ou donativos a instituições de solidariedade social.

“O Governo passado introduziu os projetos-piloto, que não deixam de ser uma intervenção inteligente e muito importante […]. Ao longo destes últimos dois anos, houve esta aprendizagem, agora o SDR Portugal entende que está pronto para se candidatar legitimamente à licença ou concessão”, sublinhou Leonardo Mathias.

O modelo agora proposto quer ir além dos testes e vê uma garrafa “como um valor” e não como um resíduo. Através deste sistema, o consumidor passa a reaver uma parte do valor pago pelas embalagens em causa, através do depósito das mesmas nas máquinas disponíveis para o efeito.

Por exemplo, “se uma garrafa [até três litros] custa um euro, o seu valor à saída da fábrica é de 1,10 euros e os retalhistas não podem negociar ou descontar. Contudo, se o consumidor a entregar no local certo, receberá esses 10 cêntimos”.

A SDR Portugal quer instalar cerca de 2.600 máquinas de depósito e reembolso nas grandes superfícies de retalho, assegurando a recolha de embalagens em mais de um terço dos 90.000 pontos existentes no comércio tradicional e no canal Horeca (hotéis, restaurantes e cafés).

Estas máquinas vão ser quase “centrais de valor” e a recolha limpa e unitárias das garrafas de uso único, como as de plástico, aço ou alumínio, vai contribuir para o aumento das taxas de reciclagem e para poupanças ao nível da limpeza dos resíduos.

Segundo um estudo pedido à consultora 3drivers pela associação, baseado em dados qualitativos dos elos da cadeia e em outras análises já desenvolvidas, sobre o impacte do sistema de depósito e reembolso nos Sistemas de Gestão de Resíduos Urbanos (SGRU), prevê-se uma redução nos custos associados à limpeza entre 20 e 40 milhões de euros anuais.

A análise em causa aponta ainda potenciais ganhos dos SGRU e dos municípios entre nove e 20 milhões de euros, com a redução dos custos de recolha e triagem de embalagens e bebidas, que transitam para o SDR.

“Achamos que a nossa indústria de reciclagem tem capacidade instalada para receber mais material. Considerando que as matérias-primas estão tão altas, acho que isto é uma oportunidade muito interessante”, referiu o presidente da SDR Portugal.

Este ecossistema deverá criar entre 1.000 e 1.500 postos de trabalho diretos e indiretos em Portugal, em tarefas ligadas à manutenção das máquinas, limpeza, recolha, distribuição ou reciclagem.

As máquinas vão ser, sobretudo, colocadas nas grandes superfícies, mas a SDR Portugal estuda a possibilidade de estender este sistema a locais que ainda não apresentaram grande recetividade, como escolas, questão que poderá ser ultrapassada com campanhas de comunicação.

Por outro lado, considera “relevante” a recolha sazonal em pontos turísticos.

Leonardo Mathias destacou a importância de haver uma licença única, com concorrência livre, à semelhança do que já acontece com a SIBS, avisando que vários sistemas podem gerar confusão e distorção.

“Se inventarmos uma coisa diferente, não sei que tipo de taxas de retoma vamos conseguir. Nos EUA, as licenças são a nível estadual. O Massachusetts utiliza o modelo que preconizamos com uma única gestão e o Connecticut foi para sistema misto público e privado. O primeiro tem 90% de recolha e o segundo, em 15 anos, nunca ultrapassou os 50%”, indicou.

O sistema acarreta também alguns desafios, como fazer pagamentos a quem ainda opera em modo analógico, mas também oportunidades, uma vez que ainda não são produzidas máquinas de depósito na Europa.

“Desafiamos as entidades portuguesas a pensar nisto. Não há máquinas na Europa. Julgamos que seria uma belíssima oportunidade para as empresas portuguesas”, concluiu. A associação sem fins lucrativos SDR Portugal promove esta sexta-feira, no Museu do Oriente, em Lisboa, uma conferência para promover este sistema, contando com vários especialistas do setor.

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Euro a caminho da pior semana em quatro meses

Paridade com o dólar começa a ganhar cada vez mais forma. Moeda única volta a ceder terreno esta sexta-feira.

Em mínimos de duas décadas, o euro continua a perder terreno e vai a caminho da pior semana em quatro meses, com a paridade contra o dólar a ganhar cada vez mais forma.

A moeda única cai 0,39% para 1,0119 dólares, já depois de ter renovado mínimos desde 2002 nos 1,0072 dólares durante esta manhã. O euro desvaloriza mais de 3% em relação à nota verde esta semana, o pior desempenho semanal em quatro meses, com os investidores a pressionarem a divisa europeia mediante os receios de uma recessão económica na região por conta dos altos preços da energia.

“A subida dos preços do gás na União Europeia e os sinais de racionamento na Alemanha sublinham os riscos existenciais para a economia da Zona Euro”, referiu Jeremy Stretch, analista da CIBC, citado pela agência Reuters, considerando que a paridade com o dólar “é cada vez mais provável”.

Os investidores estão a apostar na queda do euro e os analistas falam em “tempestade perfeita” que se abate sobre a moeda única. A ameaça de recessão parece dar menor margem ao Banco Central Europeu (BCE) para subir as taxas de juro e acompanhar os aumentos promovidos pela Reserva Federal americana para travar a escalada da inflação. Juros mais altos tendem a valorizar a moeda. Por outro lado, o atual cenário aumentou os riscos de uma fragmentação da Zona Euro, com Itália a ser o principal alvo da desconfiança dos mercados.

Paridade à vista

Fonte: Reuters

Do lado americano, embora os investidores também manifestem dúvidas em relação ao desempenho da economia, os últimos dados têm sido positivos e saído acima do esperado. O Departamento do Trabalho divulga esta sexta-feira números sobre o mercado de trabalho na maior economia do mundo. Os economistas esperam que tenham sido criados 268 mil empregos em junho.

Na semana passada, o presidente da Fed, Jerome Powell, disse em Sintra que a economia está “bem posicionada” para absorver o impacto das subidas das taxas nos EUA. Por isso, se os dados do emprego forem positivos, poderá aliviar os receios quanto a uma recessão e dar força às expectativas de um banco central mais agressivo para conter os preços. Nesse caso, o dólar ganharia ainda mais força contra as outras moedas.

O iene japonês também ganha terreno esta sexta, após o antigo primeiro-ministro Shinzo Abe ter sido assassinado com tiro enquanto discursava num comício. A divisa nipónica subia 0,2% para 135,81 por dólar.

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Preços das casas dispararam 70% em Portugal desde 2010. Na UE foi 45%

Desde 2010 até ao primeiro trimestre de 2022, as rendas subiram 25% em Portugal, acima da média europeia.

Nos últimos 12 anos, os preços das casas dispararam 70% em Portugal, um ritmo bastante superior à subida de 45% registada no conjunto da União Europeia (UE), mostram os dados do Eurostat. O país fica perto do meio da tabela entre os diferentes Estados-membros, com as rendas a subirem 25% no mesmo período. A Estónia lidera nos maiores aumentos, enquanto o Chipre, Itália e Grécia tiveram descidas nos preços.

Entre 2010 e o primeiro trimestre de 2022, os preços das casas na União Europeia (UE) dispararam 45% e as rendas 17%. Estes indicadores ainda tiveram evoluções semelhantes no primeiro ano do período, mas as trajetórias divergiram significativamente a partir do segundo trimestre de 2011. Embora as rendas tenham aumentado de forma constante ao longo destes 12 anos, os preços das casas flutuaram consideravelmente.

Após uma queda acentuada entre o segundo trimestre de 2011 e o primeiro trimestre de 2013, os preços da habitação permaneceram mais ou menos estáveis ​​entre 2013 e 2014, afirma o Eurostat. Depois, houve um rápido aumento no início de 2015, uma vez que os preços da habitação aumentaram muito mais rapidamente do que as rendas.

Ao comparar o primeiro trimestre de 2022 com 2010, os preços das casas aumentaram mais do que as rendas em 19 Estados-membros da UE. Numa análise mais fina, os preços mais do que duplicaram na Estónia, Hungria, Luxemburgo, República Checa, Letónia, Lituânia e Áustria.

Evolução dos preços das casas e das rendas nos Estados-membros da UE desde 2010. | Fonte: Eurostat

Analisando os vários Estados-membros, a Estónia aparece no topo de tabela com um disparo de quase 180% nos preços das casas e nas rendas. Atrás aparece a Hungria e o Luxemburgo. No lado oposto, os preços e as rendas caíram cerca de 25% na Grécia. Destaque ainda para Itália, onde as rendas subiram cerca de 5%, mas os preços caíram cerca de 10%.

Portugal aparece a meio da tabela, mas acima da média europeia, como mostra o gráfico do Eurostat. Em território nacional, os preços das casas dispararam 70% nos últimos 12 anos e as rendas 25%.

No primeiro trimestre de 2022, diz o gabinete de estatísticas, os preços subiram 10,5% e as rendas cresceram 1,4% face ao mesmo trimestre de 2021.

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Euribor sobem a três e seis meses para novos máximos

  • Lusa
  • 8 Julho 2022

Euribor a seis meses avança para 0,322%, um máximo desde julho de 2014, enquanto no prazo de três meses avançou para -0,087%. Euribor a 12 meses sobe para 0,972%, um máximo desde agosto de 2012.

As taxas Euribor subiram esta sexta-feira a três e a seis meses, para novos máximos respetivamente desde dezembro de 2015 e julho de 2014, e a 12 meses face a quinta-feira.

A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 6 de junho, avançou hoje para 0,322%, mais 0,084 pontos, um novo máximo desde julho de 2014.

A média da Euribor a seis meses subiu de -0,144% em maio para 0,162% em junho. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).

No mesmo sentido, no prazo de três meses, a Euribor subiu esta sexta-feira, ao ser fixada em -0,087%, mais 0,054 pontos e um novo máximo desde dezembro de 2015.

A média da Euribor a três meses, a única que está em terreno negativo, subiu de -0,386% em maio para -0,239% em junho.

A Euribor a 12 meses subiu esta sexta-feira, ao ser fixada em 0,972%, mais 0,151 pontos e contra 1,124% em 17 de junho, um máximo desde agosto de 2012.

Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a 12 meses avançou de 0,287% em maio para 0,852% em junho.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.

A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses entraram em terreno negativo em 21 de abril de 2015, 6 de novembro de 2015 e 5 de fevereiro de 2016, respetivamente.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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CCSL Advogados assessora Alpac Capital na aquisição da Euronews

A equipa da CCSL Advogados foi coordenada pela sócia Mafalda Almeida Carvalho, responsável pela prática de M&A, e contou com colaboração de Francisco Burguete e Catarina Flor Ferreira.

A CCSL Advogados assessorou a ALPAC Capital, sociedade de capital de risco sediada em Portugal, no processo de aquisição da participação maioritária na Euronews, incluindo a revisão e negociação do contrato de compra e venda de ações, bem como na negociação com os investidores do Fundo.

“A aquisição havia sido anunciada em dezembro de 2021, mas só agora foi concluída, após a aprovação do investimento pelo Governo francês. Os valores da aquisição são confidenciais”, refere o escritório.

A CCSL Advogados coordenou ainda as equipas de assessores jurídicos que assessoravam a Alpac Capital em diferentes jurisdições.

A equipa da CCSL Advogados foi coordenada pela sócia Mafalda Almeida Carvalho, responsável pela prática de M&A, e contou com colaboração de Francisco Burguete e Catarina Flor Ferreira.

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