IP avança com nova candidatura a fundos europeus para a Alta Velocidade em janeiro

Infraestruturas de Portugal vai fazer uma nova candidatura ao Mecanismo Interligar a Europa. Concurso para o terceiro troço previsto para janeiro de 2026.

A Infraestruturas de Portugal (IP) vai avançar em janeiro com uma nova candidatura ao Mecanismo Interligar a Europa, depois de já ter assegurado um financiamento de 813 milhões para a linha de Alta Velocidade Porto – Lisboa. A novidade foi deixada por Carlos Fernandes, vice-presidente da empresa pública responsável pela gestão da rede ferroviária, na cerimónia de adjudicação da concessão do primeiro troço ao consócio Lusolav, que decorreu esta quinta-feira em Lisboa.

Já abriu uma nova candidatura que encerra em janeiro e o Estado irá candidatar-se a mais verbas“, afirmou Carlos Fernandes, acrescentando que o projeto da Alta Velocidade português foi o que recebeu mais verbas na última fase de candidaturas ao Mecanismo Interligar a Europa.

A primeira concessão, entre a estação da Campanhã e Oiã (Aveiro) foi adjudicada esta quinta-feira ao consórcio que inclui a Mota-Engil, Teixeira Duarte, Casais, Gabriel Couto, Alves Ribeiro e Conduril, que entregou a única proposta validada pelo júri.

A cerimónia contou com a participação do primeiro-ministro, Luís Montenegro, e o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz.

Este primeiro troço tem um total de 71 km e é considerado o mais complexo, já que inclui 11,6 km em túnel e 20,2 km em pontes e viadutos, a modernização da estação da Campanhã, a construção de uma nova estação em Vila Nova de Gaia e uma nova travessia rodoferroviária sobre o Douro. O valor base limite era de 1,66 mil milhões, em valor atual líquido, a que acrescem 480 milhões em fundos comunitários. Deverá estar pronto em 2030.

O período de desenvolvimento é de cinco anos, seguindo-se 25 anos de disponibilização da infraestrutura pelo concessionário, findo o qual passa para o Estado.

Em julho foi lançado o concurso para a segunda PPP, entre Oiã e Soure, também com uma extensão de 71 quilómetros, que inclui a adaptação da atual Estação de Coimbra e a quadruplicação da Linha do Norte. O contrato de concessão será adjudicado por um valor máximo de 1.604 milhões de euros, expresso em valor atual líquido. A preços correntes, a IP irá pagar 4.207 milhões, ao longo de 30 anos, a que acrescem 395 milhões em despesas inerentes aos projetos, expropriações e obras. As propostas terão de ser submetidas até janeiro de 2025.

Em janeiro de 2026 deverá avançar o concurso público para a terceira Parceria Público-Privada (PPP) para a construção e desenvolvimento do troço entre Soure e Carregado. A IP submeteu em setembro o Estudo de Impacto Ambiental à Agência Portuguesa do Ambiente.

Com uma extensão de 140 km, esta PPP, que corresponde à segunda fase do projeto, inclui a construção de uma nova estação em Leiria e a transformação do bairro da zona da estação atual. A conclusão da obra está prevista para meados de 2032.

Quando estiver concluída, a linha ferroviária de Alta Velocidade vai permitir viajar entre o Porto e Lisboa em 1h15, menos de metade das atuais 2h49.

A avançar estão também as linhas de Alta Velocidade Porto – Vigo e Lisboa – Évora, ambas em fase de estudos. O Estudo de Impacto Ambiental da primeira deverá ser entregue durante o próximo ano, estando o concurso previsto para meados de 2026.

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Défice da balança comercial aumenta 7,8% com queda das exportações e subida das importações

As exportações registaram uma queda homóloga de 1,3% em agosto e as importações aumentaram 1,6%. Este comportamento misto aumentou défice do comércio internacional em 192 milhões de euros em um ano.

O comércio internacional português registou uma evolução mista em agosto, com as exportações a recuarem e as importações a subirem, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

As exportações de bens diminuíram 1,3% em termos homólogos nominais no mês de agosto, fixando-se nos 5.249 milhões de euros. Esta queda contrasta com o crescimento de 23,9% observado em julho.

Já as importações aumentaram 1,6% face ao mesmo mês do ano anterior, totalizando 7.889 milhões de euros. Este crescimento representa uma desaceleração face à subida de 15,7% registada em julho.

O material de transporte foi o principal responsável pela queda das exportações, com uma contração de 10,6%. Do lado das importações, destacaram-se os aumentos nos fornecimentos industriais (4,2%) e nos bens de consumo (6,5%). Excluindo combustíveis e lubrificantes, as exportações recuaram 1% e as importações subiram 2%.

Estes movimentos fizeram com que o défice da balança comercial registasse um aumento homólogo de 7,8%, agravando-se em 192 milhões de euros face a agosto de 2023, atingindo 2.640 milhões de euros em agosto deste ano. O INE revela que sem combustíveis, o défice aumentou 180 milhões de euros, para 1.956 milhões de euros.

Nos principais parceiros comerciais, as exportações para os EUA caíram 13,9%, enquanto as vendas para a Alemanha aumentaram 14,4%. Nas importações, destacaram-se os acréscimos das compras a Itália, EUA e China, com as importações destes mercados a subirem 25,9%, 44,6% e 15,3%, respetivamente.

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PwC inaugura novo escritório em Matosinhos

  • ECO
  • 10 Outubro 2024

PwC Portugal e PwC Luxemburgo, através de uma parceria, inauguraram um escritório em Matosinhos com cerca de 230 colaboradores, para juntar trabalhadores nacionais qualificados à praça luxemburguesa.

A consultora PwC inaugurou um novo escritório em Matosinhos, resultante da parceria entre as firmas de Portugal e do Luxemburgo, dedicada ao setor financeiro. Desta união nasce uma entidade que vai criar “centenas de postos de trabalhos altamente qualificados”, segundo comunicado da empresa.

“Numa fase inicial, este projeto contará com cerca de 230 colaboradores, já contratados, distribuídos por um único edifício de 4.500m2, sendo que estimamos chegar aos 700 colaboradores num prazo de três anos” explica António Brochado Correia, senior partner da PwC Portugal. François Mousel, presidente da PwC Luxemburgo, refere que “à medida que a PwC continua a desenvolver-se e a evoluir, este novo escritório de Matosinhos destaca-se como um marco fundamental na sustentabilidade de novos negócios da firma e na manutenção da qualidade dos serviços que prestamos”.

A parceria entre a PwC Portugal e PwC Luxemburgo tem o objetivo de juntar os recursos nacionais à praça financeira luxemburguesa para estar a par de questões como desafios regulamentares, de branqueamento de capitais, exigências de compliance nos sistemas informáticos, cibersegurança, inteligência artificial e critérios ESG, afirma a empresa.

Na cerimónia de inauguração do novo escritório, no dia 3, estiveram presentes a presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Luísa Salgueiro, o secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira e as comissões executivas da PwC Portugal e da PwC Luxemburgo.

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Maria Luís Albuquerque presta contas no Parlamento Europeu a 6 de novembro

Candidata escolhida por Montenegro tem audição marcada no Parlamento Europeu no dia 6 de novembro. Será ouvida durante três horas na Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários.

Maria Luís Albuquerque, candidata a integrar o próximo colégio de comissários, vai ser ouvida no Parlamento Europeu, em Bruxelas, no dia 6 de novembro, como parte do calendário de audições aos candidatos aprovado (4 a 12 de novembro). A confirmação surgiu esta quinta-feira após a Conferência dos Presidentes (CoP) composta pela Presidente do Parlamento Europeu, Roberta Mestola, e pelos presidentes dos grupos políticos, na qual a Comissão dos Assuntos Jurídicos (JURI) deu luz verde para avançar com o processo das audições dos comissários indigitados.

“Os eurodeputados na Comissão dos Assuntos Jurídicos concluíram os procedimentos de análise a conflitos de interesse relativamente aos indigitados a comissários e às suas carteiras”, segundo indica o Parlamento Europeu no comunicado de imprensa publicado esta quinta-feira, 10 de outubro.

Maria Luís Albuquerque será ouvida na Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários (ECON) do Parlamento Europeu, no dia 6 de novembro. A audição terá a duração de três horas (entre as 9h e as 12h) e servirá para escrutinar o currículo e o passado de Maria Luís Albuquerque, que foi ministra das Finanças no Governo de Pedro Passos Coelho e que transitou em 2016 para a Global Arrow, uma empresa de gestão de ativos, passando em 2022 para o Morgan Stanley.

Do ECON fazem parte os eurodeputados portugueses Lídia Pereira (PSD), Francisco Assis e Carla Tavares (ambos PS). Além desta Comissão, serão convidados a comparecer também na audição os eurodeputados da Comissão do Mercado Interno e da Proteção dos Consumidores (IMCO) – do qual faz parte Sebastião Bugalho (AD) – e a Comissão de Liberdades Cívicas, Justiça e Assuntos Internos (LIBE) – do qual integra Ana Miguel Pedro e Paulo Cunha (AD) e António Tânger-Corrêa (Chega), como membros suplentes.

A audição acontece depois de Maria Luís Albuquerque ter entregado à Comissão dos Assuntos Jurídicos (JÚRI) a sua declaração de interesses e uma clarificação sobre os seus rendimentos, a pedido dos eurodeputados.

No documento, a antiga ministra das Finanças e nomeada para a pasta de Serviços Financeiros e para a União da Poupança e dos Investimentos salienta não ter “interesses financeiros” que possam ser declarados ou dar origem a um conflito de interesses e que nem ela nem a sua família direta possuem “quaisquer obrigações, ações ou outros ativos ou passivos”, além de uma casa para residência ou de edifícios herdados.

Na segunda missiva enviada aos eurodeputados, a responsável esclarece o seu trabalho com a gestora portuguesa de fundos Horizon Equity Partners, bem como sobre a propriedade de uma empresa com o marido através da qual prestou serviços.

Após a audição, caberá à ao Parlamento Europeu decidir se aprova ou não o nome de Maria Luís Albuquerque como candidata a comissária para os Serviços Financeiros. Caso a primeira audiência não convença os eurodeputados, a ex-governante poderá ser proposta a uma segunda audição, ou num cenário mais gravoso, poderá mesmo ser chumbada pelos eurodeputados. Neste cenário, Portugal será chamado a propor um nome alternativo.

Caso a candidata receba um parecer positivo, o nome de Maria Luís junta-se assim à proposta de colégio de comissários liderado por Ursula von der Leyen, que irá cumprir um novo mandato de cinco anos à frente da Comissão Europeia. Certo, é que de acordo com o calendário aprovado pelo Parlamento Europeu a que o ECO teve acesso, a expectativa é de que o novo executivo comunitário entre em funções no dia 1 de dezembro.

Audições até 12 de novembro

Avaliadas as manifestações de interesse de cada um dos 26 candidatos a comissários, o processo prossegue agora para as audições de confirmação, “sendo que cada comissário será ouvido nas respetivas comissões parlamentares, de acordo com o calendário já acordado”, aponta a nota de imprensa.

As audições dos 26 candidatos vão ocorrer entre 4 e 12 de novembro, com os seis candidatos a vice-presidentes executivos, entre eles Teresa Ribera e Valdis Dombrovskis, a serem ouvidos no dia 12 de dezembro entre as 9h e as 21h30.

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Governo prepara estratégia para combater desemprego jovem

  • ECO
  • 10 Outubro 2024

O OE para 2025 está entregue. Partidos deram nota negativa à proposta do Governo e Ventura e Montenegro trocaram acusações. Segue-se agora o período de análise antes da votação no final do mês.

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INE confirma aceleração da inflação para 2,1% em setembro

Índice de Preços no Consumidor voltou a situar-se acima dos 2% em setembro, a fasquia fixada pelo Banco Central Europeu, após a forte desaceleração que tinha sido registada em agosto.

A taxa de inflação voltou a situar-se acima dos 2% em setembro, após a forte desaceleração registada em agosto. O Índice de Preços no Consumidor acelerou para 2,1%, em termos homólogos, um aumento de 0,2 pontos percentuais (pp.) à observada no mês anterior, confirmou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Excluindo os produtos alimentares não transformados e energéticos, a taxa de inflação acelerou para 2,8%, o que compara com a taxa de 2,4% no mês precedente. Já a taxa dos produtos energéticos diminui -3,5%, menos 1,5% que em agosto, devido à conjugação da redução mensal nos preços dos combustíveis e lubrificantes (-1%) com o efeito de base associado ao aumento registado em setembro de 2023 (3,2%).

Os preços dos produtos alimentares não transformados aceleraram para 0,9%, contra os 0,8% em agosto.

A variação mensal do índice de preços no consumidor foi de 1,3%, menos 0,3% que em agosto e 1,1% em setembro de 2023), enquanto a variação média dos últimos 12 meses foi 2,2%, menos 0,1% que em agosto.

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), utilizado como indicador comparável em termos europeus, registou uma variação homóloga de 2,6%, menos 0,8 pontos percentuais que no mês anterior e superior em 0,8 % ao valor estimado pelo Eurostat para a área do Euro.

“Esta aceleração do IHPC foi significativamente superior à registada no IPC, em consequência do aumento de preços registado na classe dos restaurantes e hotéis, que tem um peso relativo mais elevado no IHPC que no IPC”, lê-se na nota do INE.

Excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal atingiu uma variação homóloga de 3,3% em setembro, face a 2,3% em agosto, uma taxa superior à correspondente para a área do Euro que era estimada em 2,7%.

A variação mensal do IHPC foi de 1,6%, menos 0,1% que em agosto e 0,8% que em setembro de 2023, enquanto a variação média dos últimos 12 meses foi 2,6%, menos 0,2% que em agosto.

(Notícia atualizada às 11h21)

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Vendas da BMW e Mercedes travam com queda na procura e concorrência chinesa

No trimestre julho-setembro, as vendas da BMW caíram 13% e as da Mercedes cerca de 3%. A fraca procura e a forte concorrência na China foram os principais motivos da queda das vendas.

As vendas da BMW caíram 13% no trimestre entre julho-setembro, enquanto as da Mercedes registaram uma queda de 3%, avança esta quinta-feira a Reuters. Segundo os fabricantes alemães de automóveis de luxo, a fraca procura e a forte concorrência na China foram os principais motivos da queda das vendas.

Os elevados custos de produção, a gestão da transição para os veículos elétricos, a queda da procura e a crescente concorrência da China são alguns dos desafios atuais do setor automóvel alemão.

O maior mercado automóvel do mundo, o chinês, está a sofrer, face ao declínio da economia, enquanto os fabricantes de automóveis estrangeiros enfrentam uma forte concorrência dos fabricantes locais que oferecem modelos mais baratos. Na China, as vendas da BMW caíram um terço, enquanto as da Mercedes caíram 13%.

O segmento topo de gama da Mercedes, a linha Classe S, foi o mais atingido devido à redução dos gastos dos consumidores chineses. Já a BMW não especificou o desempenho do modelo na China. Ainda assim, avançou que as vendas globais das limusinas Rolls-Royce caíram 16% e a marca Mini sofreu uma queda de 25%.

No que concerne aos veículos elétricos a bateria, a Mercedes classificou o mercado global como “moderado”, com uma queda de 31% nas vendas. Em contraciclo, na BMW as vendas aumentaram 10% no trimestre julho-setembro.

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Euribor descem a três e 12 meses e sobem a seis meses

  • Lusa
  • 10 Outubro 2024

Com as alterações desta quinta-feira, a taxa a três meses, que recuou para 3,184%, continuou acima da taxa a seis meses (3,055%) e da taxa a 12 meses (2,791%).

A Euribor desceu esta quinta-feira a três e a 12 meses, no prazo mais curto para um novo mínimo desde 14 de abril de 2023, e subiu a seis meses.

Com as alterações desta quinta-feira, a taxa a três meses, que recuou para 3,184%, continuou acima da taxa a seis meses (3,055%) e da taxa a 12 meses (2,791%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, avançou esta quinta-feira para 3,055%, mais 0,008 pontos. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a agosto mostram que a Euribor a seis meses representava 37,6% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 33,2% e 25,8%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, baixou esta quinta-feira, para 2,791%, menos 0,001 pontos do que na quarta-feira.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses desceu esta quinta-feira, ao ser fixada em 3,184%, menos 0,039 pontos e um novo mínimo desde 14 de abril de 2023.

A média da Euribor em setembro desceu a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em agosto e com menos intensidade nos prazos mais curtos.

A média da Euribor em setembro desceu 0,114 pontos para 3,434% a três meses (contra 3,548% em agosto), 0,167 pontos para 3,258% a seis meses (contra 3,425%) e 0,230 pontos para 2,936% a 12 meses (contra 3,166%).

Na mais recente reunião de política monetária, em 12 de setembro, o BCE desceu a principal taxa diretora em 25 pontos base para 3,5%, depois de em 18 de julho ter mantido as taxas de juro diretoras.

Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

Em 18 de setembro foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 17 de outubro na Eslovénia.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Investimento publicitário não acompanha crescimento da indústria gaming

O número de gamers a nível mundial continua a aumentar, mas os marketeers não parecem convencidos de que os jogos sejam um bom canal para as marcas conseguirem contactar os consumidores.

Embora a indústria gaming – que gera receitas anuais de 183,9 mil milhões de dólares, superando as indústrias da música e do cinema – esteja a crescer a nível global, contando já com 3,7 mil milhões de jogadores em todo o mundo, o investimento publicitário no setor não parece acompanhar o crescimento, antes pelo contrário.

Na verdade, desde 2021, a percentagem de anunciantes que planeia aumentar o seu investimento nesta indústria passou de 72% para 52%, numa queda de 20 pontos percentuais (p.p.). Apesar de quase 90% dos anunciantes considerarem que os jogos são um canal seguro para uma marca comunicar, muitos marketeers mostram-se reticentes quanto a investir no gaming enquanto um canal prioritário de comunicação.

As conclusões são do estudo “Gaming: Advertising’s untapped opportunity“, da Warc, que adianta que entre os fatores que podem contribuir para este receio por parte dos anunciantes se encontra o facto de os gamers jogarem em vários aparelhos e formatos, o que não contribui para um aumento do investimento publicitário dentro dos jogos (in-game).

No entanto, as marcas não dependem unicamente dos formatos e dos anúncios dentro dos jogos. Estas podem também escolher alcançar o público gamer através de outros touchpoints, como seja através de criadores de conteúdo em plataformas como o Twitch, em fóruns e plataformas como o Discord, ou até através de patrocínios aos esports (desportos eletrónicos), segundo a WARC.

“Há muito tempo que o gaming é encarado como uma oportunidade emergente e vital para as marcas, em particular para aquelas que querem alcançar públicos mais jovens. No entanto o investimento publicitário continua baixo. Isto pode mudar em breve, numa altura em que os desenvolvedores de jogos estão focados em melhorar a sua monetização ao nível da publicidade. Mas é preciso demonstrar e dar evidências de que os jogos podem ser considerados um meio viável para anunciar”, diz Alex Brownsell, diretor da Warc Media, citado pela MediaPost.

Este ano prevê-se que sejam investidos nos EUA cerca de 6,7 mil milhões de dólares na publicidade em jogos, um aumento de 10% face ao ano anterior. Este valor equivale a 3,7% do total do investimento publicitário digital realizado no país.

Quanto à totalidade do investimento publicitário feito a nível global, este deve crescer 10,5%. Se as previsões da WARC se concretizarem, o mercado publicitário pode ultrapassar, pela primeira vez, a marca de um bilião de dólares de investimento, atingindo os 1,07 biliões de dólares (cerca de 958 mil milhões de euros). A empresa estima ainda que exista um crescimento de 7,2% em 2025 e de 7% em 2026.

Note-se que o volume de investimento publicitário a nível global mais do que duplicou ao longo dos últimos 10 anos, sendo que as empresas Alphabet (dona do Google e do YouTube), Amazon e Meta (dona do Facebook e Instagram) atraíram mais de 70% deste aumento de investimento. Espera-se também que este trio seja responsável por 43,6% de todo o investimento publicitário este ano.

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Cerca de 2.000 clientes do Norte ainda sem energia devido ao temporal

  • Lusa
  • 10 Outubro 2024

E-Redes garante que os trabalhos de reposição da energia elétrica deverão ficar concluídos no final desta manhã. Região Norte foi a mais afetada pelo temporal.

Cerca de dois mil clientes, com especial incidência em Braga, Viana do Castelo e Guimarães, continuavam esta quinta-feira de manhã sem eletricidade devido ao temporal de quarta-feira, mas a situação está a ser resolvida, disse fonte da E-Redes.

Segundo o ponto de situação feito à Lusa pela empresa do grupo EDP, “as equipas já estão no terreno e a expectativa é de ter tudo reposto até ao final da manhã”.

As causas das avarias foram, sobretudo, quedas de árvores e projeção de ramos que danificaram postes e condutores, deixando sem energia, pelas 09:00, de quarta-feira, cerca de 400 mil clientes.

A empresa responsável pela operação da rede de distribuição de energia elétrica em Portugal continental em baixa, média e alta tensão admitiu, na quarta-feira, que devido à “gravidade dos danos encontrados” em alguns casos a reposição seria mais demorada.

“Face ao esforço das equipas no terreno, que estão a trabalhar desde as 05:00 [de quarta-feira], estamos a mobilizar operacionais de outras áreas geográficas para permitirmos rotação operacional e mantermos este esforço de recuperação na reposição da energia a todos os clientes afetados”, salientou a E-Redes, em comunicado.

De acordo com a informação recebida esta quinta-feira, os trabalhos de reposição da energia elétrica deverão ficar concluídos no final desta manhã.

Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) a região Norte foi a mais afetada pelo temporal, com muitas quedas de árvores devido ao vento forte.

A ANEPC registou entre as 18:00 de terça-feira e as 09:00 de quarta-feira 1.329 ocorrências relacionadas com o vento forte.

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Orçamento em França prevê mais 60 mil milhões em impostos e cortes na despesa

Para "tapar buraco" nas contas públicas, Michel Barnier vai aumentar impostos às empresas que faturam mais de mil milhões de euros por ano e aos cidadãos que ganham mais de 500.000 euros anuais.

Não é só o Governo português que vai apresentar o Orçamento do Estado esta quinta-feira. Também em França o dia vai ficar marcado pela apresentação do projeto de lei das Finanças para 2025, que será o primeiro orçamento do novo primeiro-ministro francês, o conservador Michel Barnier.

O orçamento francês tem um plano de cerca de 60 mil milhões de euros de aumento de impostos e cortes nas despesas para fazer face ao défice orçamental. O governo adiantou já que a proposta irá reduzir o défice público para 5% do Produto Interno Bruto no próximo ano, contra os 6,1% deste ano.

O chefe de governo francês já confirmou que vão ser aumentados os impostos sobre as grandes empresas, com um volume de negócios anual superior a mil milhões de euros, e os cidadãos mais ricos, que ganham mais de 500.000 euros por ano. O objetivo é “tapar o buraco” nas contas públicas do país.

Estima-se que cerca de 300 empresas sejam afetadas. Já no que concerne aos indivíduos mais ricos, a medida prevê com um contributo de cerca de dois mil milhões de euros para os cofres do estado francês. A previsão de Michel Barnier é que o aumento dos impostos dure um ou dois anos.

Michel BarnierLusa

O orçamento apresentado esta quinta-feira deverá também conter mais detalhes sobre os planos para gerir da melhor forma as finanças públicas do país e aumentar a confiança dos investidores.

O défice francês tem sido um problema, tendo a Comissão Europeia aberto, no final de julho, um Procedimento por Défice Excessivo, após Paris ter superado os 5,5% de défice. E a tendência será continuar a subir, a menos que haja cortes ou aumentos de impostos, o que vai conduzir a um maior escrutínio sobre este orçamento.

Na semana passada, o primeiro-ministro francês mostrou-se preocupado com as dívidas “colossais” e em espiral, que são uma “espada de Dâmocles” que paira sobre as finanças da segunda maior economia da União Europeia.

Apesar do “aperto” orçamental, o orçamento francês terá de ser elaborado com “pinças” do ponto de vista político. É que, depois de apresentado, terá de ser aprovado pelo novo parlamento em que, tal como o português, não existe maioria parlamentar. Sem maioria, a expectativa é que Barnier terá de aceitar várias propostas da oposição para que o orçamento tenha “luz verde”.

Esta semana, o Governo do primeiro-ministro conservador francês, Michel Barnier, superou a sua primeira moção de censura, apresentada pela coligação de esquerda Nova Frente Popular (NFP), graças à abstenção dos deputados da extrema-direita União Nacional (RN).

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Constitucional rejeita inconstitucionalidade no cálculo de coima de 34 milhões à EDP e Sonae

  • Lusa
  • 10 Outubro 2024

Em causa está um plano que atribuía descontos de 10% sobre o consumo de energia elétrica comercializada pela EDP Comercial aos consumidores titulares do Cartão Continente.

O Tribunal Constitucional rejeitou ser inconstitucional a forma como a lei da concorrência determina as coimas às empresas, de 10% da faturação, num acórdão relativo a um processo em que EDP e Sonae foram condenadas por pacto de não-concorrência.

Assim, segundo o acórdão de 04 de outubro, o TC decidiu “não julgar inconstitucional a norma do artigo 69.º, n.º 2, do Novo Regime Jurídico da Concorrência, aprovado pela Lei n.º 19/2012, de 8 de maio, na sua redação originária, ao fixar abstratamente como máximo da coima montante equivalente a 10% do volume de negócios do agente da infração no exercício anterior à condenação e, em consequência”, negando provimento aos recursos apresentados pela EDP e pela Sonae.

As empresas sustentaram “a inconstitucionalidade da norma impugnada com base na violação do princípio do Estado de direito (artigo 2.º da Constituição), do princípio da legalidade (artigo 29.º, n.os 1 e 3, da Constituição), do princípio da proibição de sanções ilimitadas (artigo 30.º, n.º 1, da Constituição), do princípio da separação de poderes (artigo 111.º da Constituição), do princípio da proporcionalidade (artigo 18.º, n.º 2, da Constituição), do princípio da igualdade (artigo 13.º da Constituição) e do princípio da culpa (artigos 1.º e 27.º da Constituição)”, de acordo com o acórdão.

Em fevereiro deste ano, o Tribunal da Relação de Lisboa rejeitou por sua vez o recurso interposto pela Sonae e pela EDP à coima de 34 milhões de euros aplicada, por acordo de não concorrência entre as empresas.

O TC já tinha antes avaliado este processo, sobre outros aspetos, tendo decidido que não eram questões de constitucionalidade. Acabou, depois de vários recursos, por avaliar a questão a constitucionalidade da norma da lei da concorrência que permite a fixação destas coimas, tendo decidido que não é inconstitucional.

No acórdão da Relação sobre o processo Sonae/EDP, a que a Lusa teve acesso, o tribunal concluiu que “a sentença recorrida procedeu a uma adequada ponderação dos factos e subsunção destes ao direito aplicável ao caso, não se encontrando afetada dos vícios que lhe vinham imputados, devendo ser mantida e, nessa conformidade, devem ser julgados totalmente improcedentes os recursos interpostos”.

Em setembro de 2020, o Tribunal da Concorrência confirmou a condenação dos grupos EDP e Sonae por pacto de não-concorrência, reduzindo em 10% as coimas de 38,3 milhões de euros aplicadas em maio de 2017 pela Autoridade da Concorrência (AdC).

Na decisão sobre os pedidos de impugnação apresentados pela EDP Energia, EDP Comercial, Sonae Investimentos e Sonae MC – Modelo Continente às coimas aplicadas pela AdC, o Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão (TCRS), em Santarém, considerou ter ficado provado, durante o julgamento iniciado em 05 de junho de 2020, a existência de um acordo de não concorrência e o envolvimento das “casas-mãe” das entidades subscritoras da parceria Plano EDP Continente.

O plano, celebrado em 2012, consistia na atribuição de descontos de 10% sobre o consumo de energia elétrica comercializada pela EDP Comercial aos consumidores titulares do Cartão Continente que celebrassem um contrato de fornecimento de energia elétrica em baixa tensão no mercado liberalizado com a EDP Comercial.

Sonae MC analisa “meios para assegurar defesa dos seus interesses”

Entretanto, a MC disse estar “a analisar” como irá defender-se da rejeição pelo Tribunal Constitucional da inconstitucionalidade da forma como a Concorrência determina coimas, num acórdão relativo a um processo em que EDP e Sonae foram condenadas por pacto de não-concorrência.

“A MC encontra-se a analisar a decisão que acabou de ser notificada, para aferir os meios que lhe assistem para assegurar a defesa dos seus interesses, em prol da sua reputação e da afirmação dos seus valores”, avançou a empresa do grupo Sonae numa declaração escrita enviada à agência Lusa.

(Notícia atualizada às 14h com reação da Sonae MC)

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