SO-LA-Na Entertainment inaugura o ‘Club Flamenco Cartagena’ como a nova sede oficial do Festival Cante de las Minas

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  • 28 Outubro 2024

SO-LA-NA Entertainment é a empresa responsável por iniciativas como Flamenco Real e Fiesta Flamenca.

Aurelio Solana, presidente da SO-LA-NA Entertainment, salienta que “este é um clube privado a partir do qual vamos trazer os principais artistas de flamenco do mundo a Cartagena. O ‘tablao’ que temos aqui acolherá as melhores figuras desta forma de arte que estão atualmente a atuar em locais como o Teatro Real de Madrid, o Liceu de Barcelona, os Estados Unidos, Abu Dhabi, Dubai, China e Austrália, para citar apenas alguns”.

A produtora é um dos principais intervenientes na internacionalização do flamenco e, no ano passado, realizou mais de 500 espetáculos de flamenco fora de Espanha. Lucho Ferruzzo declarou que “Aurelio Solana projetou o flamenco a um nível sem precedentes, chegando a realizar espetáculos nos quatro melhores museus espanhóis: El Prado, Reina Sofía, Thyssen-Bornemisza e a Galería de Colecciones Reales, onde se expõem as obras dos artistas mais universais”. Por sua vez, Joaquín Zapata, presidente da Fundación Cante de las Minas, assinalou que “o Club Flamenco Cartagena que hoje abre é, a partir de hoje, a terceira sede oficial do Festival Internacional, juntamente com a Catedral del Cante de La Unión e El Corral de la Morería em Madrid”.

Patricia Donn atuou na cerimónia de abertura. Com apenas 27 anos, para além de bailarina, é coreógrafa, realizadora e fez várias digressões internacionais. No seu espetáculo, foi acompanhada pelo guitarrista Juan Antonio Mateos e pela cantora Rocío Martínez.

O evento contou com a presença de empresários locais como José María Fernández Uñaz, Francisco Fuentes, Alberto de la Corte, José Luis Reverte, Tomás Martínez Pagán, Andrés Baraza, José Ángel Díaz e Carlos Andreu, entre outros. Esta nova iniciativa conta com parceiros como o Grupo Ership, Daniel Gómez, SFRTRUCKS Logística Integral, Ayala Abogados, Bolea Saez Seguros y Reaseguros, Agencia Marítima Blázquez, Pinturas Briz, Carlos Andreu Auditores-Abogados, PROIMED Suministros Industriales, MTP MANTEPUERTO S.L. e IBERMED.

O Club Flamenco Cartagena está situado na rua Jiménez de la Espada, 31. Estrelas do flamenco como El Yiyo, Amador Rojas, Manu Soto/Juan Fernández, Ofelia Márquez, Ricardo Fernández del Moral, Daniel Casares e Nazaret Reyes, entre outros, atuarão neste local nos próximos meses.

 

 

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Costa passa por São Bento para moldar estratégia para o Conselho Europeu

Antigo primeiro-ministro está de regresso à sua antiga residência, em São Bento, para um encontro com Luís Montenegro. Agora como futuro presidente do Conselho Europeu.

O primeiro-ministro recebe esta segunda-feira o futuro presidente do Conselho Europeu, em São Bento, para discutir o futuro da Europa. A passagem por Lisboa faz parte do processo de transição levado a cabo por António Costa, que se prepara para tomar posse a 1 de dezembro como responsável pela instituição que representa os chefes dos 27 Estados-membros em Bruxelas. Ao todo, o ex-primeiro-ministro já visitou 22 países, sendo a passagem por Portugal uma das últimas desta pequena tournée pela Europa.

Os encontros com os chefes de Estado e do Governo do bloco europeu decorrem no âmbito dos preparativos de António Costa para assumir a presidência do Conselho Europeu. Além de se reunir com os antigos colegas com quem percorria os corredores de Bruxelas, quando ainda era chefe de Governo, António Costa tem estado a reunir-se com os chefes das instituições europeias competentes. O objetivo? Preparar o próximo mandato de dois anos e meio à frente do Conselho Europeu.

O objetivo destas reuniões passa por ouvir e compreender melhor a opinião dos dirigentes da União Europeia e ajudar o próximo presidente a delinear um plano de ação para os próximos meses. Ao que o ECO apurou, em cima da mesa, estarão os temas ligados à guerra na Ucrânia, o escalar do conflito do Médio Oriente, a defesa, as relações externas da União Europeia, as migrações, a competitividade, o alargamento e o quadro financeiro plurianual.

Ouvidos os 27 Estados-membros, e já depois da tomada de posse a 1 de dezembro, António Costa apresentará os resultados destes encontros que estarão integrados no plano de ação do Conselho Europeu a curto e médio prazo.

O encontro com Luís Montenegro, no Palácio de São Bento, está agendado para o meio-dia, não estando prevista uma conferência de imprensa nem declarações aos jornalistas.

Apesar de estar ainda em fase de auscultação dos chefes de Governo, o futuro gabinete de António Costa, em Bruxelas, já começa a ganhar forma, para estar completamente operacional em dezembro. Enquanto decorre a passagem de pastas, estão já operacionais o futuro chefe de gabinete e atualmente chefe de equipa de transição, Pedro Lourtie; o chefe adjunto da equipa de transição David Oppenheimer, uma porta-voz, Maria Tomasik, bem como três assistentes, sabe o ECO.

António Costa foi nomeado em 27 de junho pelos 27 Estados-membros como o próximo presidente do Conselho Europeu, na sequência das eleições europeias que deram a vitória, a nível europeu, ao grupo político do qual o PSD e CDS fazem parte, o Partido Popular Europeu (PPE). A vitória permitiu que a presidência da Comissão Europeia ficasse nas mãos dos conservadores do PPE, atualmente ocupada por Ursula von der Leyen, e a do Conselho Europeu no domínio dos socialistas.

O nome do ex-primeiro-ministro foi o único proposto para a presidência da instituição que representa os 27 Estados-membros, tendo conseguido a maioria qualificada necessária para ser aprovado. António Costa será o primeiro português e socialista no cargo desde que foi criado, no âmbito do Tratado de Lisboa, em 2009, e sucederá ao belga Charles Michel que liderou o órgão durante cinco anos (dois mandatos). António Costa tomará posse a 1 de dezembro para um mandado de dois anos e meio, renovável, mas a expectativa é de que esse seja renovado à semelhança do que aconteceu no passado.

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Iberdrola, Cox e Repsol estão empenhadas no mercado do armazenamento de energia, que registará um crescimento anual de 21% até 2030

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  • 28 Outubro 2024

O mercado global de armazenamento de energia crescerá a uma taxa anual de 21% para atingir 137GW/442GWh em 2030, de acordo com as previsões da BloombergNEF.

O relatório da entidade também assinala que o aumento do investimento neste mercado está a ser impulsionado por iniciativas políticas, como a Lei de Redução da Inflação nos Estados Unidos, que incentiva a implantação de investimentos privados que contribuam para a consecução dos objetivos climáticos, bem como o plano REPowerEU, que procura reduzir a dependência da União Europeia dos combustíveis fósseis.

Neste cenário, as multinacionais espanholas estão empenhadas em apostar neste tipo de investimentos ligados à luta contra as alterações climáticas, onde o armazenamento de energia é fundamental, pois permite uma melhor gestão da energia produzida por fontes renováveis.

A Iberdrola acaba de apresentar dois novos projetos de armazenamento de baterias na Austrália, os maiores até à data no país, que elevarão a sua capacidade total para mais de 1.500 gigawatts-hora.

A empresa, presidida por Ignacio Sánchez Galán, anunciou no início deste ano a instalação de seis sistemas de armazenamento de energia em baterias com uma capacidade combinada de 150 megawatts, que serão construídos em Castela e Leão, Extremadura, Castela-La Mancha e Andaluzia e que foram reconhecidos como Projetos Estratégicos de Recuperação e Transformação Económica (Perte), na sua divisão de energias renováveis, hidrogénio verde e armazenamento (ERHA).

No caso da Cox, a multinacional espanhola de água e energia fechou recentemente alianças estratégicas neste sentido, tornando-se acionista da Malta, uma empresa destinada a acelerar o desenvolvimento de soluções inovadoras e pioneiras no armazenamento a longo prazo e que também tem como investidores, entre outros, a Breakthrough Energy Ventures, a iniciativa liderada por Bill Gates, juntamente com Marc Zuckerberg, Jeff Bezos, Jack Ma e Richard Branson, para promover tecnologias verdes que contribuam para o desenvolvimento das energias renováveis.

A empresa presidida por Enrique Riquelme, que sublinhou que esta aliança era um reconhecimento da tecnologia e do know-how da Cox, assinou também um acordo de colaboração em setembro passado com a chinesa Gotion, através do qual prevê desenvolver centrais de produção de energias renováveis com baterias na Europa, África, Emirados Árabes e América.

Entretanto, a Repsol incorporou um sistema de armazenamento de energia de 4 MW na sua refinaria de Puertollano, conhecido como BESS Autoconsumo Puertollano. Este sistema é composto por oito contentores com baterias de lítio-ferrofosfato (LFP), que terão uma capacidade de 16.256 kWh. Graças a este módulo, a Repsol poderá armazenar a energia solar gerada durante as horas de maior radiação para a sua posterior utilização, otimizando assim o consumo energético da refinaria.

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Primark estreia caixas self-checkout, mas garante que não reduz empregos

Diretor de vendas da Primark Portugal diz que tecnologia não tem levado a redução dos empregos. Antes, tem libertado equipas para outras tarefas, como a experiência em loja.

Depois de sete anos sem abrir novas lojas em Portugal, a Primark inaugurou este mês um estabelecimento no Montijo, que, pela primeira vez, está equipado com caixas self-checkout. O diretor de vendas, Nelson Ribeiro, garante ao ECO, porém, que essa novidade não levou à diminuição dos postos de trabalho — foram criados 70 empregos com esta nova loja — e explica que a tecnologia tem permitido mesmo realocar os trabalhadores a outras “tarefas essenciais”.

A introdução da tecnologia de self-checkouts não levou a uma redução da nossa equipa. Os nossos colegas continuam a ser essenciais na assistência aos clientes e na garantia de uma experiência tranquila na área de self-checkout. Esta tecnologia permite-nos realocar o tempo dos colegas a outras tarefas essenciais dentro da loja”, sublinha o head of sales da Primark Portugal.

Nelson Ribeiro acrescenta que também nas demais dez lojas que a Primark tem em Portugal a tecnologia não tem levado a cortes nos empregos. Antes, tem libertado a equipa, permitindo que esta se dedique à experiência em loja do cliente. “A nossa equipa continua a ser crucial para o sucesso das nossas lojas“, salienta o responsável.

Vários estudos têm dado conta que a tecnologia não irá eliminar o emprego humano, mas irá criar novas funções, alertando que será preciso requalificar os trabalhadores. Questionado sobre essas necessidades de formação, o head of sales da Primark Portugal assegura ao ECO que têm sido disponibilizados vários programas formativos interna, “adaptados a todos os níveis da equipa, que incluem formação personalizada para colaboradores do retalho e coaching para as funções de liderança“.

“Todos os anos, avaliamos as necessidades de desenvolvimento das nossas equipas e oferecemos oportunidades de formação relevantes“, realça Nelson Ribeiro. E detalha que, em preparação para a abertura da nova loja no Montijo, por exemplo, foram dadas mais de 2.300 horas de formação.

Para preparar esta abertura, por exemplo, proporcionámos mais de 2.300 horas de formação, utilizando uma combinação de formatos virtuais, de e-learning e presencial.

Nelson Ribeiro

Head of sales da Primark Portugal

“O conteúdo do nosso programa de formação abrange tópicos essenciais, incluindo informações sobre a marca, operações de loja, técnicas de merchandising visual, dinâmica de equipa, saúde e segurança e movimentação manual de cargas. Também fornecemos módulos de formação específicos relacionados com o serviço ao cliente e a sensibilização para pessoas com deficiência motora“, conta o responsável.

Nelson Ribeiro destaca, ainda neste âmbito, as oportunidades de crescimento interno da Primark, revelando a sua própria história: “eu, por exemplo, ao longo dos últimos 12 anos, desempenhei várias funções na empresa, desde store manager a area manager até head of sales“.

Seguem-se Guimarães, Viseu e Covilhã. Primark volta a recrutar

Primark abriu nova loja no Montijo com 2.460 metros quadrados.

Em junho, então com dez lojas em Portugal, a Primark anunciou um plano de expansão no mercado nacional. Em causa está um investimento de 40 milhões de euros para a abertura de quatro novas lojas e a criação de 500 novos postos de trabalho.

A inauguração da nova loja do Montijo deu início a esse plano, estando agora prevista a abertura de estabelecimentos em Guimarães, Viseu e Covilhã.

Portanto, a Primark vai voltar a recrutar, com o objetivo de chegar aos 2.200 trabalhadores totais em Portugal (neste momento, tem cerca de 1.700). “Estaremos a recrutar ativamente para funções em vários perfis para satisfazer as necessidades das nossas novas lojas“, indica Nelson Ribeiro.

Com a nossa mais recente expansão, estamos a criar mais de 500 novos postos de trabalho, aumentando a nossa equipa em Portugal para mais de 2.200 pessoas.

Nelson Ribeiro

Head of sales da Primark

O responsável afirma que a Primark procura “atrair talentos diversificados para todos os cargos que oferecemos” e “candidatos que partilhem os valores e sejam fãs da marca”. “Para nós, não importa se é o seu primeiro emprego, se está a regressar ao mercado de trabalho após alguns anos, ou se já tem experiência“, assinala Nelson Ribeiro. O head of sales adianta também que a Primark avalia as competências e a experiência dos candidatos, mas também a sua capacidade de trabalho em equipa e a sua orientação para o cliente.

Questionado sobre os salários que são oferecidos aos trabalhadores e como estes comparam com as referências nacionais, o responsável enfatiza que são “consistentemente superiores ao salário mínimo nacional” (hoje em 820 euros brutos) e que os pacotes de compensação são revistos regularmente para garantir que são “justos e refletem as condições económicas atuais”.

“Embora os salários possam variar consoante a função e a localização, certificamo-nos de que os nossos colaboradores são compensados de forma justa, especialmente tendo em conta a inflação e as pressões do custo de vida“, declara.

Os nossos salários são consistentemente superiores ao salário mínimo nacional, e revemos regularmente os nossos pacotes de compensação.

Nelson Ribeiro

Head of sales da Primark Portugal

Já quanto ao tipo de contrato de trabalho, Nelson Ribeiro revela que há tanto trabalhadores com contrato a prazo, como trabalhadores com contratos não permanentes, o que, por um lado, dá à Primark flexibilidade para “formar uma equipa que melhor sirva o modelo de negócio e as exigências dos clientes”, e, por outro, “permite satisfazer as preferências de trablho” dos empregados.

Hoje, a Primark Portugal conta com muitos trabalhadores jovens “ansiosos por crescer”, sendo que alguns estão a ter a sua primeira experiência no mercado de trabalho. Mas também têm trabalhadores mais experientes, que “procuram progredir nas suas carreiras num ambiente vibrante“, informa o mesmo responsável.

Fundada na Irlanda em 1969, a Primark emprega, neste momento, mais de 80 mil trabalhadores em 17 países da Europa e dos Estados Unidos. Tem 450 lojas, das quais 11 em Portugal.

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TIS2024 encerra a sua quinta edição com 7.903 participantes e um enfoque na “inteligência turística”

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  • 28 Outubro 2024

O presidente da Câmara Municipal de Sevilha, José Luis Sanz, encerrou a quinta edição da TIS-Tourism Innovation Summit 2024, a cimeira de turismo e inovação tecnológica.

O TIS-Tourism Innovation Summit 2024 converteu Sevilha no epicentro da inovação turística a nível mundial, com um impacto económico de mais de 20 milhões de euros na cidade. Além disso, o evento consolidou o seu caráter internacional, reunindo 41 delegações internacionais de diferentes países e tendo a China como país convidado desta edição.

Sob o lema ‘Elevating travel industry with tech’, o TIS2024 reuniu 221 empresas expositoras que apresentaram tecnologias e soluções inovadoras aplicadas ao setor do turismo. É o caso da Inteligência Artificial (IA) e do Big Data, que estão a revolucionar a forma como os turistas planeiam, experienciam e desfrutam das suas viagens.

Além disso, o congresso, que contou com a visão e experiência de 416 oradores, também se centrou na sustentabilidade e analisou as estratégias que a indústria do turismo está a implementar para avançar para um turismo mais responsável, ético e que procura minimizar o impacto ambiental. Todos os agentes da cadeia de valor foram unânimes em defender e apontar a inovação tecnológica como a chave para o turismo sustentável que se pretende e para a personalização da experiência do viajante.

Ash Bhardwaj foi um dos oradores em destaque nesta nova edição do TIS. O reputado jornalista e cineasta explicou quais são, na sua opinião, os verdadeiros motores do turismo, entre os quais destacou o facto de a curiosidade, o sentimento de pertença e o desejo de crescimento pessoal darem sentido às nossas viagens. Quis também inspirar e encorajar a indústria do turismo a conceber experiências mais significativas, respondendo a um mercado que procura não só desfrutar de destinos e atividades, mas também viver momentos que tenham impacto e transformem vidas. Em suma, redescobrir a riqueza emocional e cultural que advém de qualquer tipo de viagem.

Além disso, Bhardwaj defendeu o turismo sustentável não só na sua vertente ambiental, mas também nos seus benefícios sociais e económicos. O jornalista salientou ainda que a serendipidade, a empatia e o sentido de comunidade podem fazer do turismo uma prática transformadora e autêntica, essencial num contexto de massificação e de crescente consciência ambiental.

Shaon Talukder, CEO e fundador da Geotourist, analisou a fragmentação no setor do turismo, um desafio fundamental devido, entre outras coisas, à falta de dados consistentes sobre os visitantes. Talukder sublinhou a forma como a utilização inteligente dos dados, a IA, a realidade aumentada e as práticas sustentáveis podem impulsionar a inovação e criar um turismo mais conectado e transparente. Talukder defendeu ainda que, para ultrapassar esta fragmentação, o setor deve passar de dados isolados para um ecossistema turístico interligado, com a IA a desempenhar um papel crucial na previsão e gestão dos fluxos de visitantes em tempo real, bem como na personalização das experiências.

Talukder acredita que a tecnologia deve permitir uma melhor gestão das multidões em locais populares, otimizar a viagem do turista e gerar recomendações personalizadas. Por último, Talukder sublinhou que a verdadeira inovação não reside apenas na adoção de tecnologias, mas na forma como estas podem ajudar a tomar decisões mais inteligentes e mais sustentáveis para construir um ecossistema de viagens mais coeso e resiliente.

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Os ‘trunfos’ e os desafios de Sarmento ao defender o Orçamento

Ministro das Finanças é ouvido esta segunda-feira no Parlamento sobre a proposta orçamental, que já tem viabilização garantida.

O ministro de Estado das Finanças dá esta segunda-feira o pontapé de saída para a apreciação na generalidade do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025). Pelas 15 horas, Joaquim Miranda Sarmento irá à Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP) defender a proposta orçamental, que tem já viabilização garantida devido à abstenção do PS.

Apesar da ‘vitória’, esperam-se críticas à direita – IL anunciou na semana passada o voto contra – e à esquerda, mas o governante tem alguns argumentos que poderá tirar da cartola, entre os quais as previsões do FMI ou a posição orçamental do país face à Zona Euro.

Na apresentação do OE2025, em 10 de outubro, Miranda Sarmento procurou passar duas mensagens que deverá repetir perante os parlamentares da COFAP: o país está perante um Orçamento que não sobe impostos e é preciso responsabilidade na especialidade para não pôr em causa um excedente de 863 milhões de euros no próximo ano.

Portugal é dos poucos países da zona euro que espera excedente

O Governo prevê um excedente orçamental de 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano e de 0,3% em 2025. Uma análise do ECO aos planos orçamentais submetidos à Comissão Europeia pelos países da Zona Euro (à exceção da Áustria, Bélgica, Croácia e Lituânia, cujo documento à data de publicação ainda não estava disponível), Portugal é um dos três países que prevê saldos orçamentais positivos. A liderar a tabela, em 2024, está a Irlanda (4,5%), seguindo-se o Chipre (3,9%). Em 2025, a ordem inverte-se e o excedente estimado pelo Chipre, de 2,7%, é o mais elevado, com os irlandeses a apontarem para 1,7%. Portugal mantém o terceiro lugar nos dois anos.

Crescimento em 2025 a meio da tabela da Zona Euro

Se no saldo orçamental o país brilha, no crescimento económico a realidade é distinta, com taxas abaixo de países do Sul como Espanha e Grécia. Tendo em conta os planos orçamentais de cada país, Portugal tem a sexta maior subida do PIB este ano: 1,8%. A liderar o ranking estão Malta (4,9%), Chipre (3,7%), Espanha (2,7%), Eslováquia (2,3%) e Grécia (2,2%). No lado oposto, estão a Estónia, com uma contração de 1%, e Finlândia e Irlanda (ambos com -0,2%), seguindo-se a Alemanha (0,3%) e Espanha (0,6%).

Contudo, em 2025, Portugal passa para meio da tabela de crescimento, com uma expansão de 2,1%, abaixo dos 2,4% esperados pela vizinha Espanha e dos 2,3% dos helénicos. Malta continua a registar a maior taxa (4,3%), seguida pela Irlanda (3,9%), enquanto Alemanha (1%) e França (1,1%) têm as menores.

Cativações sobem para 3,9 mil milhões

As cativações inscritas nos mapas da proposta do OE2025 atingiram um novo recorde e dispararam para 3.891,55 milhões de euros. Trata-se de um aumento de 1.370,55 milhões, o que corresponde a um salto de 54,3% face ao OE de 2024, que previa congelar 2.521 milhões de euros, e representa o valor mais alto dos últimos 10 anos, isto é, desde 2015, de acordo com o levantamento feito pelo ECO com base nos cálculos da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO).

Num artigo publicado no Público, o ministro das Finanças defendeu que “não houve qualquer aumento da percentagem de dotação afeta” às cativações, sendo o montante superior porque o valor total da despesa é maior do que este ano. “Além disto, decidiu-se não colocar, na lei do OE2025, como excecionada de cativação uma lista de entidades e de dotações de despesa, cuja autorização de descativação é da competência dos ministros setoriais, passando essa decisão a poder ser feita, a partir de 1 de janeiro de 2025, por cada ministro, por simples despacho. Isso, naturalmente, faz o valor total das cativações parecer mais elevado (dado que inclui os valores de entidades que anteriormente estavam excecionadas), no entanto permite muito mais flexibilidade à gestão orçamental de cada Ministério”, acrescentou Miranda Sarmento.

UTAO valida contas do Governo até 2028 no défice e dívida

As previsões orçamentais do Governo que constam do plano de médio prazo até 2028 “permitem o cumprimento da cláusula de salvaguarda da resiliência do défice” e a “salvaguarda da sustentabilidade da dívida” de acordo com as novas regras comunitárias, considera a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) na análise preliminar à proposta de Orçamento do Estado para 2025 à luz do novo Plano Orçamental-Estrutural Nacional de Médio Prazo 2024–28 (POENMP). O relatório da unidade coordenada por Rui Nuno Baleiras aponta, ainda assim, riscos à execução orçamental e é crítico da estratégia das ‘cativações’ e dos chamados “cavaleiros orçamentais” no orçamento para o próximo ano.

A UTAO recorda que, em termos financeiros, as restrições previstas para 2025 mantêm as restrições introduzidas em anos anteriores, sendo remetido para governante de cada área setorial, “o poder (discricionário) de autorizar a execução de despesa com a aquisição de serviços acima dos limites estabelecidos, ainda que o serviço ou organismo em causa tenha dotação disponível no orçamento aprovado pela Assembleia da República”. No entanto, alerta que “é forçoso que estas restrições venham a repercutir-se negativamente sobre a qualidade (e quantidade) dos serviços públicos prestados às pessoas e às empresas”, pelo que “a necessidade de introduzir um elevado número de exceções é um sinal de que a regra definida não será o melhor meio para atingir o fim pretendido”.

O ministro das Finanças Miranda Sarmento apresenta em conferência de imprensa a proposta de Orçamento do Estado para 2025Hugo Amaral/ECO

Novo Banco e cortes nos juros do BCE podem ajudar contas

A UTAO considera que o excedente orçamental de 2024 e de 2025 poderá ficar acima do esperado, devido a uma sobreorçamentação da despesa com prestações sociais. “Um resultado orçamental melhor do que estimado neste ano constitui um ponto de partida mais favorável para 2025 e um risco ascendente neste biénio”, refere.

A unidade inclui ainda entre os riscos ascendentes para o saldo orçamental o fim antecipado do mecanismo de capital contingente que pode permitir o pagamento de dividendos por parte do Novo Banco. Como o ECO noticiou, poderá significar uma receita superior a 250 milhões de euros de fundos que o banco poderá libertar. Considera ainda que a descida das taxas de juro diretoras do Banco Central Europeu (BCE) pode diminuir os encargos com juros no próximo ano.

Contudo, alerta que a incapacidade em atingir as metas de execução do Plano de Recuperação e Resiliência no biénio 2024–2025 altera a dinâmica orçamental, apontando ainda como risco descendente as tensões geopolíticas.

FMI apoia revisão do IRS Jovem…

O chefe de missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) para Portugal afirmou à agência Lusa que as alterações à versão inicial do IRS Jovem vão na direção certa e defendeu o fim dos subsídios aos combustíveis fósseis. “A versão revista do IRS Jovem vai na direção certa porque é menos onerosa e, por isso, apreciamos o esforço“, disse Jean-François Dauphin em entrevista à agência Lusa em Washington. No entanto, considera que deveria ser tratada numa perspetiva mais abrangente e não com medidas orçamentais específicas.

“As energias de combustíveis fósseis devem ter o preço certo, e os subsídios incentivam o consumo daquilo que queremos que seja reduzido; além disso, são medidas regressivas, ou seja, os benefícios em euros dos subsídios custam menos aos ricos do que aos mais pobres”, argumenta o economista, que elogiou a trajetória económica do país dos últimos anos, elencando a baixa produtividade e o investimento, a par do envelhecimento da população, como os maiores desafios.

… e está mais otimista do que Governo sobre crescimento

O FMI está mais otimista do que o Governo sobre o desempenho da economia portuguesa este ano e no próximo. Na atualização das projeções económicas mundiais, divulgadas na terça-feira passada, a instituição liderada por Kristalina Georgieva prevê uma taxa de 1,9% em 2024 e de 2,3% em 2025, uma décima e duas décimas, respetivamente, a mais do que o estimado pelo Ministério das Finanças.

O fator política

A maioria relativa da Aliança Democrática (AD) obrigou o Governo a negociar o Orçamento do Estado. Apesar de não ter chegado a acordo com o PS, o secretário-geral socialista, Pedro Nuno Santos, anunciou a viabilização da proposta em nome da estabilidade do país. Contudo, afirma discordar do essencial da proposta e aponta o dedo a matérias como saúde e habitação. Por outro lado, à direita, a Iniciativa Liberal e o Chega criticam o resultado das negociações com o PS que integram a proposta. Os liberais anunciaram o voto contra, argumentando que a proposta “poderia ter sido apresentada pelo PS” e que o PSD está “completamente encostado neste momento à visão” dos socialistas.

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Gestora dos fundos imobiliários do Banco de Fomento já superou metas de 2023

Nos três primeiros trimestres, a Fomento comprou e arrendou seis imóveis e vendeu um. Até setembro acumulou 18,5 milhões de euros em novas operações e teve resultados positivos

A Story Studio começou a reabilitar casas nas aldeias históricas, em Piódão. Entretanto, já inaugurou 17 alojamentos em Sortelha e prepara-se para reabilitar mais unidades de alojamento turístico em Monsanto. A expansão da marca na rede de Aldeias Históricas de Portugal tem sido feita com a ajuda da Fomento, a sociedade gestora de fundos imobiliários do Banco de Fomento.

Este é um dos investimentos que a sociedade fez este ano, na área do turismo, neste caso num território de baixa densidade. Até ao terceiro trimestre deste ano acumula 18,5 milhões de euros em novas operações, avançou ao ECO fonte oficial da sociedade fundada em 1995, resultante de uma parceria entre o Turismo de Portugal, a Caixa Geral de Depósitos, e o Novobanco e que desde novembro de 2020 integra o grupo do Banco de Fomento, que detém 53,2% do seu capital social. Este desempenho excede os 16,6 milhões de 2023.

A Fomento gere cinco fundos de investimento imobiliário, sendo o mais recente o Revive Natureza. A lógica de funcionamento é comprar imóveis integrados no património das empresas como forma de dotação de recursos financeiros imediatos às mesmas para subsequente arrendamento. Uma vulgar operação de sale and leasebck. Mas, habitualmente a compra é acompanhada da opção, ou obrigação, de recompra desses mesmos imóveis.

Nos três primeiros trimestres, a Fomento realizou seis operações. Duas em territórios de baixa densidade através do Fundo de Investimento Imobiliário Fechado (TBDT): com a Story Studio e com a Hub. Neste caso, a sociedade gestora comprou um conjunto de imóveis na Aldeia da Pedralva que foram posteriormente alugados à Hub com o compromisso de desenvolver o projeto. Este fundo difere dos restantes porque permite que os imóveis sejam comprados a uma entidade e alugados a outra, explicou ao ECO fonte oficial da Fomento.

Ainda na área do turismo foi desenvolvido um outro projeto com a Criva. Neste caso a Fomento comprou o equipamento de apoio (piscina e bar) que a empresa tem no empreendimento da Marinha no Guincho. Durante o aluguer subsequente a Criva vai investir na melhoria desse mesmo equipamento.

As regras da Fomento permitem que as empresas usem o dinheiro da venda dos imóveis para aliviar parte do passivo financeiro ou problemas de tesouraria, mas há sempre obrigações de investimento, que têm de estar concluídas antes do final do prazo acordado, em geral até 15 anos. Nesse momento, a empresa recompra o imóvel e a Fomento desinveste, encaixando assim verbas que lhe permitem financiar operações futuras.

Este ano já houve uma alienação e são esperadas duas operações de recompra até a final do ano, que vão representar um desinvestimento de 11 milhões. “As operações de desinvestimento significam que as empresas conseguem desenvolver com sucesso aquilo a que se propunham”, destaca a mesma fonte.

As três operações remanescentes são investimentos industriais e que passaram pela compra dos imóveis da Moldoeste uma empresa de plásticos/moldes, com sede na Marinha Grande; da Climar que opera na área da indústria de iluminação, em Águeda; e da tintureira Clariause cujo móvel se situa em Vila Nova de Famalicão.

A Fomento, que mudou o nome comercial este mês, registou 1,3 milhões de euros de resultados positivos, nos três primeiros meses do ano, em linha com os do ano anterior. Já ao nível dos fundos de investimento – que representam mais de 350 milhões de euros em ativos imobiliários – os resultados positivos foram de 7,3 milhões, não tendo ainda suplantado o desempenho do ano anterior, mas o último trimestre é muito importante no desempenho deste fundos, sublinhou fonte oficial.

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Novobanco tenta “limpar” mais 300 milhões de malparado antes da venda

Banco liderado por Mark Bourke continua a varrer os cantos ao balanço antes de avançar para a venda. Colocou no mercado uma carteira de empréstimos sem garantias no valor de 300 milhões de euros.

Mark Bourke, CEO do Novo Banco, em entrevista ao ECO - 02FEV24
Mark Bourke, CEO do Novobanco, em entrevista ao ECOHugo Amaral/ECO

A passos largos rumo à venda, o Novobanco continua o esforço de limpeza do seu balanço. Nas últimas semanas colocou à venda uma carteira de malparado com o valor contabilístico de 300 milhões de euros, de acordo com as informações recolhidas pelo ECO. Outros bancos como Santander, BCP e Crédito Agrícola também estão no mercado com operações que totalizam os 400 milhões.

No caso do banco liderado por Mark Bourke, a carteira em causa é composta por créditos tóxicos unsecured, ou seja, são contratos de empréstimo sem garantias associadas, o que deverá retirar algum apetite dos investidores por este portefólio designado “Pegasus”. Os interessados tiveram de manifestar o seu interesse até ao início deste mês. O processo prossegue e o banco espera a conclusão até final do ano, segundo anunciou ao mercado.

A este esforço de limpeza do balanço não é alheio os planos que o banco (Lone Star, que detém 75% do capital) tem para o futuro próximo.

Neste momento, o Novobanco e o Fundo de Resolução estão a negociar o fim antecipado do mecanismo de capital contingente, criado em 2017 aquando da venda ao fundo americano e que só termina no final do próximo ano, num passo que abrirá a porta dos dividendos e da venda, algo que se espera que venha a acontecer na primeira metade do próximo ano.

Como o ECO avançou em primeira mão, o Ministério das Finanças já tem uma versão do contrato para colocar um ponto final ao acordo, o que significará que o banco e o fundo já têm uma base de entendimento. Para o ministro Joaquim Miranda Sarmento há mesmo um grande incentivo a avalizar a cessação antecipada do mecanismo: dividendos de 250 milhões de euros para os cofres públicos que deverão resultar da libertação de mil milhões de euros de excesso de capital que o Novobanco acumulou nos últimos quatro anos.

Com o fim do dividend ban, o banco fica com a via aberta para a venda, que poderá passar pela bolsa. Pelo menos é com esse objetivo que o CEO Mark Bourke tem vindo a trabalhar nos últimos meses. E uma das tarefas passa justamente por melhorar a qualidade dos ativos que o Novobanco detém no seu balanço.

É certo que o grande esforço ocorreu a partir do momento em que foi vendido ao Lone Star, aproveitando a garantia de cobertura de perdas que o mecanismo de capital contingente proporcionou entre 2018 e 2021, tendo injetado no banco cerca de 3,4 mil milhões de euros. Desde 2016 até junho, este esforço traduziu-se numa redução do rácio de NPL (non performing loans) de 33,6% para 4,1%.

Ainda assim, o Novobanco ainda contabilizava mil milhões de euros em crédito malparado no seu balanço no final do primeiro semestre. A instituição fará a atualização dos resultados relativos aos primeiros nove meses do ano na próxima quinta-feira.

Malparado em queda livre

Fonte: Novobanco

Fim de ano agitado na banca

O mercado de malparado está a passar por um período de ressaca depois das vendas massivas de grandes carteiras (a começar pelo Novobanco) nos últimos anos.

Mas os últimos meses do ano trouxeram alguma agitação com vários bancos ativos no mercado. O BCP acabou de vender o Projeto Spring no valor de 265 milhões com dívidas da Inapa e da promotora do Autódromo do Algarve e colocou agora à venda o Projeto Lyra no valor de 90 milhões.

Como o ECO também avançou, o Crédito Agrícola também tem em curso a venda de um portefólio de 93 milhões de euros, sobretudo de pequenas e médias empresas (PME).

Santander Totta (140 milhões), Bankinter (30 milhões) e Banco Montepio (valor não apurado) também estão no mercado, segundo apurou o ECO junto de diversas fontes.

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A quarta revolução industrial com os CEO da Continental Mabor e da Critical Manufacturing. Ouça o podcast ‘À Prova de Futuro’

Pedro Carreira, presidente da Continental Mabor, e Francisco Almada Lobo, CEO da Critical Manufacturing, são os convidados deste episódio sobre as oportunidades da quarta revolução industrial.

A quarta revolução industrial está a mudar a forma como os produtos são produzidos e customizados. No sexto episódio do podcast ‘À Prova de Futuro’ conversamos Pedro Carreira, presidente da Continental Mabor, e Francisco Almada Lobo, CEO da Critical Manufacturing, sobre as oportunidades e desafios da Indústria 4.0.

Pedro Carreira conta como o quarto maior exportador mundial, com vendas ao exterior de 1,32 mil milhões de euros, está a trabalhar a automação na fábrica em Lousado, de onde saem 18 milhões de pneus por ano.

Francisco Almada Lobo, que 2009 fundou na Maia a Critical Manufacturing, e já conta com subsidiárias nos EUA, México, Alemanha, Malásia e China, explica o conceito da Indústria 4.0, as tecnologias envolvidas, e revela os planos para a empresa.

O podcast ‘À Prova de Futuro’ tem o apoio do Meo Empresas.

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Lucro da Galp sobe 24% até setembro e bate novo recorde

Lucros da petrolífera subiram 172 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, atingindo o valor mais alto de sempre neste período. CEO destaca "performance robusta" no terceiro trimestre.

A Galp GALP 0,00% lucrou 890 milhões de euros até setembro, montante que representa uma subida de 24% em relação aos mesmos nove meses do ano anterior, de acordo com o relatório submetido esta segunda-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, antes da abertura dos mercados de capitais, com os resultados do terceiro trimestre. Trata-se do maior resultado de sempre da Galp neste período em específico, confirmou ao ECO fonte da empresa.

“Continuámos a demonstrar o ímpeto operacional da Galp, entregando mais uma performance robusta durante este trimestre, apesar do ambiente de preços da refinação e das matérias-primas menos favorável. Os nossos ativos conseguiram navegar de forma segura a volatilidade do mercado”, comenta o presidente executivo, Filipe Silva, citado no documento.

Concretamente no trimestre de julho a setembro, a empresa obteve um resultado líquido RCA (Replacement Cost Adjusted) de 266 milhões, uma descida face aos 299 que lucrou no trimestre anterior, mas um incremento de 27% em termos homólogos. Estes valores excluem os ativos que a Galp vendeu em Moçambique. Este valor é superior à estimativa dos analistas, que esperavam um lucro de 220 milhões neste trimestre, segundo o consenso dos analistas que cobrem a Galp.

Nos nove meses até setembro, o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) RCA da Galp cifrou-se em 2.609 milhões de euros, recuando 8% face ao mesmo período de 2023 e evidenciando declínios em todos os segmentos de negócio da petrolífera.

No upstream, a empresa observou uma diminuição de 5% na produção nos nove meses até setembro, considerando apenas o negócio no Brasil. Este pior desempenho é “reflexo do impacto de atividades de manutenção planeadas e não planeadas, bem como a maturidade dos campos” de exploração. O EBITDA deste segmento desceu 1%, para 1.641 milhões.

Quanto ao segmento industrial e midstream, a empresa aumentou em 8% a quantidade de matéria-prima refinada em Sines, num total de 68,4 milhões de barris de petróleo e equivalentes, com o crude a representar 85% da matéria-prima processada pela empresa. Esta melhoria é explicada pela “maior disponibilidade e utilização das unidades depois de manutenções planeadas durante 2023”. Aqui, o EBTIDA piorou 20%, cifrando-se em 695 milhões.

No segmento comercial, as vendas de produtos petrolíferos “desceram ligeiramente” em 1%, “acompanhando a procura em Portugal, apesar da recuperação nas vendas para o setor da aviação”. Em concreto, as vendas de gás natural cresceram 16% e a comercialização de eletricidade disparou 88%, “reflexo do crescimento da base de clientes” no mercado ibérico. Mesmo assim, o EBITDA derrapou 6%, para 234 milhões.

Passando às renováveis, a geração elétrica cresceu 3%, com o apoio do aumento da capacidade instalada, que chegou a 1,5 GW (gigawatts) no final de setembro. O preço do MWh (megawatt-hora) de energia renovável vendida caiu 52%, para 38 euros, derrapando perante a descida de preços na Península Ibérica e perante o aumento da penetração da geração hídrica no primeiro semestre, explica a Galp. A queda percentual do EBTIDA neste segmento foi a maior, na ordem dos 65%, para 38 milhões de euros.

Entre janeiro e setembro, o investimento (capex) da Galp cresceu 22% e totalizou 792 milhões de euros, com mais de metade a ser canalizada para o segmento upstream. O investimento visou, sobretudo, a execução de projetos no pré-sal do Brasil e na campanha de exploração da Namíbia, esta última responsável por cerca de um quarto de todo o investimento da Galp no upstream.

Quanto ao passivo, a Galp chegou ao final de setembro com uma dívida líquida de 1.471 milhões de euros, mais 71 milhões de euros do que no final de dezembro de 2023, com um custo médio de 3,2%.

No rescaldo destes resultados, as ações da Galp abriram a sessão a cair mais de 2%, mas os títulos recuperaram entretanto. Por volta das 10h30, a empresa caía 0,75% na bolsa de Lisboa, para 16,48 euros por ação.

Cotação das ações da Galp em Lisboa

(Notícia atualizada pela última vez às 10h30)

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Marlons lança as suas novas ofertas culinárias para este outono com produtos de edição limitada

  • Servimedia
  • 28 Outubro 2024

A Marlons lançou as suas novas propostas gastronómicas para este outono com produtos de edição limitada e sazonais e apresentou-os numa degustação exclusiva com clientes e à porta fechada.

Fundada pelos jovens empresários Marlon Torrents e Inés Pérez de Olacoechea, a Marlons é especializada em “hambúrgueres de alta qualidade” e lançou o seu FALL DROP 2024, uma seleção limitada de produtos sazonais que já está disponível para entrega ao domicílio.

Com este lançamento, a marca procura combinar influências internacionais com ingredientes locais de alta qualidade, “seguindo a sua linha de inovação e alinhando-se com a filosofia da marca de oferecer uma experiência gastronómica única”, refere.

Um grupo de clientes participou numa degustação privada para provar as novas criações, incluindo o ‘Juicy Lucy Smash’, uma reinterpretação de um hambúrguer clássico de Minneapolis que inclui duas carnes smash recheadas com queijo raclette, cebola caramelizada, bacon estaladiço e um molho de queijo azul feito pela Marlons.

Outra novidade é o “Chick-Fi-ONA”, uma versão do hambúrguer de frango de assinatura da casa, com lombinhos de frango fritos com manteiga de milho cobertos com queijo, bacon, tomate, alface, pickles e o molho secreto da marca.

Desde a sua fundação, a Marlons indicou que se tem destacado pela “sua capacidade de inovação na criação e entrega de cozinha de grande procura, especialmente no segmento dos hambúrgueres. Com produtos como o hambúrguer ESREK, que atingiu mais de 150.000 unidades vendidas, a empresa continua a demonstrar a sua capacidade de combinar rapidez, excelência e uma clara aposta em produtos de proximidade. Os produtos FALL DROP 2024 estarão disponíveis por um período limitado”.

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5 coisas que vão marcar o dia

Ministro das Finanças no Parlamento sobre OE2025, resultados da Galp, procura turística, preços de energia e Operação Maestro marcam início da semana.

O ministro das Finanças vai ao Parlamento defender a proposta do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), que irá ser debatida e votada na generalidade esta semana. A época de resultados do PSI arranca esta segunda-feira, com a Galp a dar o pontapé da saída. No dia em que se iniciam os interrogatórios aos arguidos na Operação Maestro no âmbito das novas medidas, destaque ainda para a publicação de dados sobre a procura turística de residentes em Portugal e dos preços da energia na UE.

Audição do ministro das Finanças sobre OE2025

O debate sobre o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) arranca esta segunda-feira, com a audição do ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP). A proposta será votada na generalidade na quinta-feira, tendo a aprovação garantida devido à abstenção do PS.

Galp divulga lucro do terceiro trimestre

A Galp divulga os resultados financeiros do terceiro trimestre, depois dos lucros terem subido 23% no primeiro semestre, para 624 milhões de euros. Na primeira metade do ano, a produção da Galp desceu devido à venda de ativos em Moçambique e de paragens no Brasil, mas a companhia beneficiou de preços mais elevados do petróleo Brent e a atividade de refinação em Sines aumentou. Enquanto isso, a dívida da Galp encolheu e o investimento cresceu a dois dígitos.

INE divulga a procura turística dos residentes

O Instituto Nacional de Estatística (INE) publica os dados relativos à procura turística dos residentes em Portugal no segundo trimestre. No primeiro trimestre, as viagens dos residentes caíram 7,8% para 4,5 milhões, a primeira descida desde o segundo trimestre de 2021. As viagens em território nacional registaram uma diminuição de 10,0%, totalizando 3,9 milhões, enquanto as viagens com destino ao estrangeiro cresceram 9,2%, atingindo 599,5 mil.

Eurostat divulga preços da eletricidade e gás na UE

O Eurostat publica os preços da eletricidade e do gás na União Europeia no primeiro semestre deste ano. Os preços da eletricidade para as famílias aumentaram em 13 e diminuíram em 13 dos países da UE no segundo semestre de 2023, em comparação com o segundo semestre de 2022.

Arrancam os interrogatórios aos arguidos da Operação Maestro

A juíza de instrução criminal marcou os dias de 28, 29 e 30 de outubro para os três arguidos da Operação Maestro, Manuel Serrão, António Sousa Cardoso e António Branco, serem interrogados no âmbito das novas medidas de coação que o Ministério Público quer promover. Manuel Serrão, António Sousa Cardoso e António Branco foram constituídos arguidos nas buscas de março de 2024 e ficaram sujeitos ao termo de identidade e residência.

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