Mercados apostam numa contenção das tensões no Médio Oriente

O preço do barril de Brent está a cair e os principais índices acionistas estão a negociar em alta, mostrando uma contenção por parte dos investidores em relação o conflito na região do Golfo.

Os mercados estão a negociar com cautela à ofensiva de Teerão a Israel no sábado, que envolveu mais de 300 mísseis e drones, naquele que foi o primeiro ataque direto ao território israelita por outro país em mais de três décadas.

Os principais índices acionistas europeus estão a negociar em terreno positivo, as maiores moedas permanecem praticamente inalteradas e os preços do petróleo e das obrigações soberanas dos maiores países estão a cair.

O movimento dos mercados nesta segunda-feira surge depois de uma forte queda dos mercados na sexta-feira e de várias declarações de urgência para a contenção das tensões geopolíticas na região do Golfo por parte dos EUA e de outras grandes potências ao longo do fim de semana.

“A ação direta do Irão sobre Israel durante o fim de semana gerou receios de uma nova escalada. Mas na ausência de uma crise total na região, que não é o nosso cenário-base, pensamos que o impacto nos mercados financeiros será contido”, sublinha Gregor MA Hirt, diretor de Investimento Global (CIO) de Multiativos da Allianz Global Investors (Allianz GI), na análise “Israel-Iran: what next?”, publicada esta segunda-feira.

“A potencial resposta de Israel ao ataque do Irão é altamente improvável”, escreve Daan Struyven e quatro analistas do Goldman Sachs numa nota enviada esta segunda-feira aos seus clientes, sublinhando que isso “e determinará provavelmente a dimensão da ameaça ao abastecimento regional de petróleo”.

O preço de um ataque foi largamente descontado durante os dias que o antecederam. Além disso, os danos limitados e o facto de não ter havido perda de vidas significam que talvez a resposta de Israel seja mais comedida.

Warren Patterson

Diretor de estratégia de mercadorias do ING

Os preços do Brent, que acumularam uma subida de 8,3% em euros no último mês, corrigem atualmente quase 1% para níveis abaixo dos 90 dólares por barril, depois de na sexta-feira terem subido 0,8% até aos 90,45 dólares com receios de uma retaliação do Irão, ficando assim bem longe dos 96 dólares por barril alcançado em setembro.

O preço de um ataque foi largamente descontado durante os dias que o antecederam. Além disso, os danos limitados e o facto de não ter havido perda de vidas significam que talvez a resposta de Israel seja mais comedida”, disse Warren Patterson, diretor de estratégia de mercadorias do ING, citado pela Reuters.

“Há uma crença generaliza entre os investidores que [o conflito] não irá escalar”, vaticina Robert Alster, responsável pelo departamento de investimento da Close Brothers Asset Management, argumentando o importante papel diplomático dos EUA e dos vários países da região do Golfo para que isso suceda.

No mercado cambial, o shekel israelita está a negociar com uma valorização de 1,4% e, no mercado acionista, o índice europeu STOXX 600 encontra-se a negociar com uma subida ligeira de 0,3%, impulsionado sobretudo pelas ações de empresas do setor da defesa, que acumulam ganhos acima dos 1,5%, segundo o índice Stoxx Europe Total Market Aerospace & Defence.

No centro das forças que poderão impactar com maior intensidade os mercados estão uma série de dados económicos que serão divulgados esta semana nos EUA, China e União Europeia, assim como a apresentação dos resultados do primeiro trimestre de várias empresas e o arranque das reuniões de primavera do Fundo Monetário Internacional.

(Texto atualizado às 16h10 com declarações da Allianz GI.)

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Nos e Universidade de Aveiro lideram pedido de patentes nacionais

O ano passado, foram apresentados 904 pedidos de invenção, o que se traduz num ligeiro decréscimo de 1,3% face a 2022 (916). 35,9% dos pedidos (273) tiveram origem na região Norte.

A Nos e a Universidade de Aveiro foram as entidades portuguesas com o maior número de Pedidos de Patente de Invenções Nacionais registados o ano passado, de acordo com o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). A Universidade de Aveiro lidera a lista com 34 patentes apresentadas, seguido da NOS que soma 26 patentes. No ano de 2023, foram apresentados 904 Pedidos de Invenção, o que se traduz num ligeiro decréscimo de 1,3% face a 2022 (916).

Na lista de requerentes de Pedidos de Invenções Nacionais, números de 2023, liderada pela UA, a instituição de ensino superior que aparece a seguir na lista é a Universidade do Porto, ocupando o terceiro lugar, com 24 pedidos. Segue-se a Universidade de Coimbra, em quarto lugar, com 20 pedidos.

Fonte: Instituto Nacional de Propriedade IndustrialInstituto Nacional de Propriedade Industrial

Em comunicado, Artur Silva, vice-reitor para a Investigação na Universidade de Aveiro, realça que “este desempenho só é possível devido ao trabalho feito pelos investigadores da UA”. “Gostaria de agradecer o esforço feito no sentido de garantir a proteção dos resultados de I&D da nossa Universidade, permitindo, também neste aspeto, o reconhecimento do nosso valor”, acrescenta.

No top empresas, a Nos surge no primeiro lugar com 26 pedidos de patentes, seguido da Carbocode com 14 pedidos e da Altice Labs com 12 pedidos. O Top cinco fica concluído com a Bosch Termotecnologia (dez pedidos) e a TMG Automotive (nove pedidos).

Fonte: Instituto Nacional de Propriedade IndustrialInstituto Nacional de Propriedade Industrial

Do total de Pedidos de Invenção submetidos, 587 correspondem a Pedidos Provisórios de Patente, representando 64,9% do total de Pedidos, 153 a Pedidos de Patente (16,9%), 81 a Pedidos de Modelo de Utilidade (9%), 58 a Pedidos de Certificados Complementares de Proteção (6,4%) e 25 a Pedidos PCT que entraram na Fase Nacional (2,8%), de acordo com o relatório do INPI.

O número de Concessões de Invenções da Via Nacional, em 2023, situou-se em 193. Quando comparado com o mesmo período do ano anterior, observa-se que houve um decréscimo de 10,6% no número de Invenções Nacionais que foram concedidas, tendo em conta que em 2022 foram concedidas 216.

Fonte: Instituto Nacional de Propriedade IndustrialInstituto Nacional de Propriedade Industrial

Os pedidos de proteção de Invenções apresentados em Portugal (904) são maioritariamente de origem portuguesa, tendo 84,1% dos pedidos (760) sido efetuados por Residentes em Portugal. Os restantes 15,9%, realizados por Não Residentes, correspondem a um valor absoluto de 144 Pedidos. Estes têm origem, sobretudo, nos seguintes países: Espanha (42), Estados Unidos da América (37) e outros (65).

Em Portugal, o maior número de pedidos registados em 2023 diz respeito a Necessidades da Vida (29,5%), Técnicas Industriais diversas / Transportes (22,8%) e Química / Metalurgia (18,3%). As secções que apresentaram menos pedidos, foram as Física (12,5%), Engenharia mecânica / Iluminação / Aquecimento / Armamento / Demolição (7,6%), Construções fixas (5,4%), Eletricidade (3,1%) e Têxteis / Papel (0,9%).

Fonte: Instituto Nacional de Propriedade Industrial Instituto Nacional de Propriedade Industrial

No ano de 2023, dos Pedidos de Invenções Nacionais de origem portuguesa, 48,2% foram apresentados por empresas/outras entidades (436), 22,7% por requerentes individuais (205) e 29,1% por Instituições de Ensino Superior/I&D (263).

Norte é a região com maior número de patentes

O Norte é a região com o maior número de patentes, ora não fosse considerada a região portuguesa mais industrializada. O ano passado, 35,9% dos pedidos (273) tiveram origem na região Norte, 32,5% (247) na região Centro e 25,8% (196) na Área Metropolitana de Lisboa, sendo estas as regiões que registaram um maior número de Pedidos. A região dos Açores, foi a região com menor número de Pedidos (1), correspondendo a 0,1% do total de pedidos.

Fonte: Instituto Nacional de Propriedade Industrial Instituto Nacional de Propriedade Industrial

O Programa Compete 2030 abriu recentemente o procedimento de candidaturas para apoio financeiro às despesas com pedidos de patente e modelos de utilidade e com registo de desenhos ou modelos, pelas vias nacional, europeia e internacional. Este apoio destina-se a micro, pequenas e médias empresas e empresas de pequena-média capitalização. As candidaturas podem ser apresentadas até 30 de dezembro de 2024, no Balcão dos Fundos em balcaofundosue.pt, através de formulário eletrónico para o efeito.

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Renascença lança rádio online para celebrar os 20 anos do Rock in Rio

  • + M
  • 15 Abril 2024

Na rádio online lançada pela Renascença é possível ouvir as bandas e os artistas que passaram pelos palcos do Rock in Rio Lisboa e que ajudaram a construir a memória do festival ao longo de 20 anos.

Para assinalar os 20 anos do Rock in Rio Lisboa, a Rádio Renascença lançou a Renascença Rock in Rio, uma rádio online dedicada ao festival.

Nesta rádio online é possível ouvir as bandas e os artistas que passaram pelos palcos do Rock in Rio Lisboa e que ajudaram a construir a memória do festival ao longo de 20 anos.

A celebração dos 20 anos do Rock In Rio Lisboa marca também presença na Renascença no programa “As Três da Manhã”, onde Ana Galvão, Inês Lopes Gonçalves e Joana Marques vão recordar todas as histórias e emoções dos últimos 20 anos do festival. Acontece à terça-feira, às 9h15, com a rubrica “Não sabia”.

A Renascença vai ainda oferecer bilhetes. Para se habilitarem a ganhá-los, os ouvintes devem ficar atentos à emissão ao longo do dia. No programa “T3” (das 17h às 20h30), no decorrer desta semana, “o Renato Duarte, a Filipa Galrão e o Daniel Leitão vão perguntar as horas e o minuto certo em que tocou um artista Rock in Rio. Quem souber só tem de ligar e ganhar bilhetes para os vários dias do Rock in Rio Lisboa 2024”, explica a Renascença num comunicado.

O Rock in Rio Lisboa decorre nos dias 15, 16, 22 e 23 de junho no Parque Tejo Lisboa. Conta com nomes como Scorpions, Ed Sheeran, Jonas Brothers, Doja Cat, Evanescence, Calum Scott, Camila Cabello, Ivete Sangalo, Ne-Yo, Fernando Daniel ou Carolina Deslandes.

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António Costa vai ser comentador no novo canal da dona da CMTV, segundo Marques Mendes

  • + M
  • 15 Abril 2024

Marques Mendes deu como certa a ida de António Costa para o novo canal de televisão do grupo Medialivre, que se deverá chamar Canal9, como comentador.

O ex-primeiro-ministro António Costa vai ser comentador no novo canal da Medialivre (ex-Cofina), revelou Marques Mendes, no seu comentário semanal na SIC.

Depois de já ter levantado a suspeita, Marques Mendes deu agora como “certeza” que António Costa vai ser comentador no novo canal de televisão, que será lançado pelo grupo Medialivre. “Devemos saudar a sua vinda até aqui, a este clube” de comentadores, acrescentou.

O novo canal do grupo dono de marcas como Correio da Manhã, Jornal de Negócios, Sábado ou CMTV tal como o +M avançoudeve denominar-se Canal9 e ocupar a posição nove dos operadores de cabo, uma à frente da CMTV, no espaço atualmente preenchido pela SportTV.

A marca deu entrada no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) no dia 20 de fevereiro com um pedido de registo, devendo o processo estar concluído até 2 de maio. Com a CMTV registada como canal generalista, o novo canal do grupo tenderá a posicionar-se para concorrer com a SIC Notícias e a CNN Portugal.

Entre 2008 e 2014, António Costa também fez comentário político, no programa “Quadratura do Círculo”, emitido pela SIC.

O ex-primeiro-ministro começou este ano uma pós-graduação sobre contencioso contratual, mediação e arbitragem na Universidade Católica. António Costa é também apontado como um dos potenciais sucessores para a presidência do Conselho Europeu.

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Rússia pede a Israel e Irão que resolvam diferenças apenas através de diplomacia

  • Lusa
  • 15 Abril 2024

O Kremlin, aliado próximo do Irão, está "extremamente preocupado" com a recente escalada de tensão no Médio Oriente. "Apelamos a todos os países da região para que demonstrem moderação", pediu.

A Rússia apelou esta segunda-feira a Israel e ao Irão para que resolvam as suas diferenças “exclusivamente por meios diplomáticos”, depois de Teerão ter lançado no sábado um ataque massivo com mísseis e drones contra o território israelita.

“Defendemos que todas as diferenças sejam resolvidas exclusivamente por meios políticos e diplomáticos”, disse o porta-voz do Kremlin (presidência russa), Dmitri Peskov, na sua conferência de imprensa diária.

Peskov sublinhou que o Kremlin, aliado próximo do Irão, está “extremamente preocupado” com a recente escalada de tensão no Médio Oriente. “Apelamos a todos os países da região para que demonstrem moderação. Uma nova escalada não responde aos seus interesses”, garantiu.

Desde fevereiro de 2022, a Rússia bombardeia a Ucrânia com drones iranianos Shahed, os mesmos que Teerão utilizou para atingir o território israelita.

O ataque do Irão a Israel no qual, segundo Telavive, foram utilizados mais de 300 drones, mísseis balísticos e de cruzeiro, aconteceu duas semanas depois de um atentado bombista ao consulado iraniano em Damasco, no qual foram mortos vários membros da Guarda Revolucionária Iraniana, pelo qual Teerão culpa Israel.

A Rússia lamentou no domingo que o Conselho de Segurança da ONU não tenha conseguido “reagir adequadamente ao ataque à missão consular iraniana” devido à posição do Ocidente.

Segundo o Irão, “o ataque [contra Israel] foi realizado no âmbito do seu direito à autodefesa nos termos do artigo 51.º da Carta das Nações Unidas, em resposta aos ataques contra alvos iranianos na região, incluindo o ataque ao edifício consular da embaixada do Irão em Damasco em 1 de abril”. Um ataque “que o nosso país condenou veementemente”, sublinhou Moscovo.

O Irão lançou na noite de sábado e madrugada de domingo um ataque contra Israel, com recurso a mais de 200 ‘drones’, mísseis de cruzeiro e balísticos, a grande maioria intercetados, segundo o exército israelita. O ataque aumentou as tensões entre Teerão e Telavive, já marcadas nos últimos tempos pela ofensiva de Israel na Faixa de Gaza.

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Irão apreendeu navio de bandeira portuguesa por “violação de normas”

  • Lusa
  • 15 Abril 2024

As autoridades referiram que direcionaram o navio para águas iranianas "devido à violação dos regulamentos marítimos internacionais e à falta de resposta às autoridades iranianas".

O Irão afirmou esta segunda-feira ter capturado por violação das normas marítimas internacionais o cargueiro MSC Aries, de bandeira portuguesa e com registo na Região Autónoma da Madeira, propriedade da empresa Zodiac Maritime Limited, com sede em Londres.

“O navio foi direcionado para águas territoriais iranianas devido à violação dos regulamentos marítimos internacionais e à falta de resposta às autoridades iranianas“, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Nasser Kanani, numa conferência de imprensa.

O diplomata afirmou que o navio “pertence ao regime sionista”, referindo-se assim a Israel, e está a ser investigado pelas “autoridades competentes”.

Kanaani garantiu que o Irão está “comprometido com a livre navegação no Estreito de Ormuz”, de acordo com o direito internacional.

“O Irão está a vigiar todo o tráfego nesse estreito estratégico no âmbito da proteção dos seus interesses nacionais e soberania territorial e tem controlo total e responsável de todos os elementos de entrada e saída”, disse o porta-voz.

A Guarda Revolucionária do Irão capturou o navio de carga associado a Israel no Golfo Pérsico no sábado, horas antes de lançar um ataque com mísseis e ‘drones’ contra Israel.

O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, descreveu a captura do navio como uma “operação de pirataria”.

A Índia, por sua vez, pediu ao Irão que garantisse a segurança dos 17 indianos a bordo do navio capturado.

O embaixador de Portugal em Teerão, Carlos da Costa Neves, reuniu-se no domingo com o chefe da diplomacia do Irão, Hossein Amirabdollahian, para obter esclarecimentos sobre a captura do navio com pavilhão português no Estreito de Ormuz.

Na sequência desse encontro, fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) disse à Lusa que “o Governo continua a desenvolver todas as diligências previstas e adequadas”.

Atendendo ao novo contexto e à sensibilidade da situação, é aconselhável manter reserva“, acrescentou a fonte do MNE, não dando mais pormenores sobre o encontro.

Questionada sobre se o Governo português pondera ou não agravar as medidas diplomáticas face a este incidente, a mesma fonte disse que essa hipótese não está excluída, tendo em conta o “constante acompanhamento e evolução” da situação.

O navio com pavilhão português, um porta-contentores, foi apreendido no sábado pelo Irão perto do Estreito de Ormuz, no Golfo Pérsico, com um total de 25 tripulantes a bordo. O porta-contentores capturado está ligado à empresa Zodiac Maritime, parte do Grupo Zodiac, com uma frota de mais de 180 navios e pertencente ao bilionário israelita Eyal Ofer.

O navio saiu de Khalifa, nos Emirados Árabes Unidos, com destino a Nhava Sheva, na Índia, e a última posição recebida foi sexta-feira, exatamente no mesmo local perto do Estreito de Ormuz onde foi apresado.

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Taxas Euribor descem a três, a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 15 Abril 2024

Os principais indexantes do crédito à habitação desceram em todos os prazos, depois do BCE ter mantido as taxas de juro inalteradas pela quinta vez consecutiva, na última quinta-feira.

A taxa Euribor desceu esta segunda-feira a três, a seis e a 12 meses face a sexta-feira, depois de o Banco Central Europeu ter mantido as taxas de juro pela quinta vez consecutiva no nível mais alto desde 2001. A Euribor a três meses permanece acima da taxa a seis meses e a 12 meses.

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, caiu hoje para 3,820%, menos 0,045 pontos do que na sexta-feira, após ter avançado em 18 de outubro para 4,143%, um novo máximo desde novembro de 2008.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, também recuou hoje, para 3,693%, menos 0,055 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses desceu, ao ser fixada em 3,888%, menos 0,035 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a fevereiro apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 36,6% do ‘stock’ de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,7% e 24,6%, respetivamente.

Na reunião de política monetária de 11 de abril, o BCE manteve as taxas de juro de referência no nível mais alto desde 2001 pela quinta vez consecutiva, depois de 10 aumentos desde 21 de julho de 2022. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 6 de junho em Frankfurt.

A média da Euribor em março manteve-se em 3,923% a três meses, desceu 0,006 pontos para 3,895% a seis meses (contra 3,901% em fevereiro) e subiu 0,047 pontos para 3,718% a 12 meses (contra 3,671%).

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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António Gaspar Schwalbach integra equipa de fiscal da Pares Advogados

O novo sócio da Pares Advogados, António Gaspar Schwalbach, vai integrar a equipa de Direito Fiscal. O advogado transita da Cuatrecasas.

A Pares Advogados reforçou a equipa de Direito Fiscal com a integração de António Gaspar Schwalbach, na qualidade de sócio. O advogado transita da Cuatrecasas.

“É com grande satisfação que anunciamos a entrada do António no nosso projeto. A área de prática de fiscal tem registado um crescimento muito significativo da sua atividade nos últimos tempos. Nesse sentido, achámos importante reforçá-la com novas competências e, nessa medida, a integração do António surgiu na hora certa”, sublinhou João de Freitas e Costa, sócio e membro do Conselho de Administração da firma.

O novo sócio da Pares Advogados tem prestado assessoria jurídica em operações de reestruturação societária, transações de M&A, reestruturação de private wealth e de patrimónios familiares, bem como operações de investimento em Portugal, transações financeiras e comerciais. Possui uma vasta experiência em todas as fases de pré-contencioso e contencioso tributário, inclusivamente em ações judiciais perante o Tribunal de Justiça da União Europeia.

“A Pares Advogados sempre me chamou a atenção pela qualidade técnica dos seus profissionais e pela forma como gere a relação com os seus clientes. Nesse sentido, estou muito entusiasmado por integrar este projeto”, referiu António Gaspar Schwalbach.

Antes de ingressar na Cuatrecasas, exerceu as funções de sócio contratado na Serra Lopes, Cortes Martins, tendo, ainda, ao longo do seu percurso profissional, colaborado com a Deloitte, a ABBC e a Telles de Abreu.

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Após tentar movimentar dinheiro, Justiça congela 170 mil euros a companheira de Miguel Albuquerque

  • ADVOCATUS
  • 15 Abril 2024

Após a tentativa de movimentação dos 170 mil euros, o banco, no âmbito da prevenção do branqueamento de capitais, comunicou a operação às autoridades judiciárias que decidiu congelar o dinheiro.

A Justiça portuguesa congelou 170 mil euros a Sofia Fernandes, companheira de Miguel Albuquerque, líder do Governo Regional da Madeira, avança o Correio da Manhã. Isto, após Sofia Fernandes tentar movimentar esse valor de uma conta bancária três dias depois da Polícia Judiciária (PJ) ter levado a cabo as buscas na Madeira.

Após a tentativa de movimentação dos 170 mil euros, o banco, no âmbito da prevenção do branqueamento de capitais, comunicou a operação às autoridades judiciárias que decidiu congelar o dinheiro. Sofia Fernandes é gerente da empresa responsável pela gestão do alojamento local na moradia de luxo que Albuquerque tem à beira-mar.

Em janeiro, na sequência de cerca de 130 buscas domiciliárias e não domiciliárias efetuadas pela PJ sobretudo na Madeira, mas também nos Açores e em várias zonas do continente, foram detidos o então presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado (PSD), o líder do grupo de construção AFA, Avelino Farinha, e o principal acionista do grupo ligado à construção civil Socicorreia, Custódio Correia.

A detenção dos dois empresários e do autarca do Funchal surgiram na sequência de uma operação que também atingiu o presidente do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, que foi constituído arguido. Em causa estão suspeitas de corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio, prevaricação, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, abuso de poderes e tráfico de influência.

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Sérvulo assina compromisso para a empregabilidade de pessoas com deficiência

A Sérvulo & Associados assinou o protocolo de “Compromisso com a Inclusão”, no âmbito da promoção da empregabilidade de pessoas com deficiência, uma iniciativa do ICF – Inclusive Community Forum.

A Sérvulo & Associados assinou o protocolo de “Compromisso com a Inclusão”, no âmbito da promoção da empregabilidade de pessoas com deficiência, uma iniciativa do ICF – Inclusive Community Forum, da Nova School of Business and Economics (NOVA SBE). O compromisso foi assinado pelo managing partner Manuel Magalhães numa cerimónia que decorreu no passado dia 11 de abril.

“Reconhecendo o valor económico e social da empregabilidade de pessoas com deficiência, este compromisso surgiu no âmbito do Grupo ESG, mais concretamente da área RSSérvulo – Responsabilidade Social da SÉRVULO, e da vontade em concretizar este objetivo de valor acrescentado à estrutura organizacional”, refere a firma em comunicado.

Este compromisso será válido por dois anos, ao longo dos quais o ICF irá apoiar a respetiva implementação de colaboradores com deficiência na Sérvulo. O ICF tem por missão contribuir para a resolução dos principais obstáculos à inclusão das pessoas com deficiência, através de diversas iniciativas que apelam à participação ativa da comunidade.

“A concretização deste compromisso é para nós um passo natural na integração de colaboradores com distintas capacidades. Acreditamos que um ambiente inclusivo promove uma cultura mais forte e justa e permite alcançar novos patamares de colaboração”, refere Teresa Serra, of counsel da Sérvulo e responsável pela RSSérvulo.

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Unilever promove passatempo para levar portugueses ao Euro 2024

  • + M
  • 15 Abril 2024

Os consumidores portugueses habilitam-se a ganhar 56 bilhetes duplos, com estadia e hotel, bem como outros três mil prémios de merchandising.

A Unilever – através de várias das suas marcas – está a promover um passatempo em Portugal no âmbito do Euro 2024, que decorre na Alemanha. Os portugueses estão assim habilitados a ganhar bilhetes duplos para o evento, entre outros prémios.

“Ter as marcas de personal care e beauty & wellbeing a patrocinar o Euro 2024, uma das competições mais esperadas pelos amantes de futebol, é um orgulho para a Unilever Fima, e uma alegria que queremos partilhar com os nossos consumidores. Sabemos o quanto os portugueses vibram com a seleção nacional, e poder proporcionar a 112 pessoas esta oportunidade única de apoiar os nossos jogadores é imperdível”, diz Marta Quelhas, head of marketing personal care + beauty & wellbeing da Unilever, citada em comunicado.

Para participarem no passatempo, os portugueses têm de comprar produtos das marcas aderentes (Rexona, Linic, Dove, Dove Men + Care, Baby Dove, Axe, Vaseline, TRESemmé e Sunsilk) num valor igual ou superior a 10 euros. Depois dessas compras, os consumidores devem aceder ao microsite da campanha, efetuar o seu registo, preencher o formulário com os dados solicitados, e fazer upload do talão de compra em formato digital.

Desta forma, os consumidores habilitam-se a ganhar 56 bilhetes duplos, com estadia e hotel, bem como outros três mil prémios de merchandising, que vão desde garrafas de água a t-shirts, auriculares sem fios ou fanbrushes, com a temática do Euro 2024.

A Unilever é uma das patrocinadoras do Euro 2024 através de algumas das suas marcas como a Hellmann’s, Calvé, Knorr, Dove, AXE ou Rexona.

O próximo Campeonato da Europa decorre na Alemanha entre 14 de junho e 14 de julho de 2024. No grupo F, Portugal vai enfrentar a Turquia, a Chéquia e a Geórgia.

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Insolvências disparam 20% no primeiro trimestre de 2024. Distrito do Porto e setor dos serviços lideram casos

Microempresas representaram 67% do total de insolvências entre janeiro e março. Porto lidera regiões mais afetadas (mais 42% face ao período homólogo), seguindo-se Lisboa.

O número de insolvências em Portugal aumentou 19,5% no primeiro trimestre, com as microempresas a liderar esta tendência. De acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pela COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, as empresas que empregam menos de 10 pessoas representaram 67% do total de insolvências entre janeiro e março. Mais de metade (52%) das insolventes estão em atividade há, pelo menos, uma década.

É no distrito do Porto que está localizado o maior número de empresas em situação de incumprimento com as suas obrigações: um total de 182 entrou em insolvência, traduzindo-se num aumento de 42% face ao período homólogo. Logo a seguir surge a região de Lisboa, com 120 casos e uma subida de 34% em relação ao primeiro trimestre do ano passado.

A COSEC revela ainda que, durante este primeiro trimestre, o setor dos serviços (133 insolvências) foi o mais afetado, seguido pela indústria têxtil –trocou de posição com o retalho — e pelo ramo da construção.

Mesmo em cenário de crescimento, recomenda-se “cautela”

Os dados divulgados esta segunda-feira revelam ainda que, apesar de a economia portuguesa estar a mostrar alguns sinais de aceleração, as margens das empresas continuaram ainda a sentir pressão no primeiro trimestre do ano.

Citando as projeções da Allianz Trade, acionista da COSEC, a inflação deverá situar-se nos 2,3% este ano — próxima da meta de 2% do Banco Central Europeu — abaixo da média da zona euro, que deverá registar uma inflação de 5,6% neste ano. Por seu turno, Portugal deverá crescer 1,3% em 2024.

“As projeções da Allianz Trade indicam que, embora o panorama económico em Portugal esteja a dar alguns sinais de recuperação, é ainda recomendada alguma cautela, uma vez que continuará a existir uma diversidade de fatores geopolíticos que poderá influenciar os mercados financeiros”, afirma André Granado, administrador executivo da COSEC. “Os valores que se verificaram no primeiro trimestre de 2023 indicam precisamente que será benéfico ainda adotar uma postura de cautela nesta fase”, acrescenta o mesmo responsável.

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