Morreu aos 90 anos André Jordan, o pai do turismo português

  • Ana Petronilho
  • 9 Fevereiro 2024

Morreu o empresário fundador, idealizador e promotor dos empreendimentos Quinta do Lago, Belas Clube de Campo e Vilamoura XXI, sabe o ECO.

Morreu esta sexta-feira André Jordan, o empresário que é considerado o pai do turismo português, sabe o ECO.

O empresário, que foi fundador, idealizador e promotor dos empreendimentos Quinta do Lago, Belas Clube de Campo, Vilamoura XXI, tinha 90 anos.

Andrzej Franciszek Spitzman Jordan nasceu a 10 de setembro de 1933 em Lviv, na Ucrânia — cidade que à data era polaca e tinha o nome Lwów –, no seio de uma família de judeus abastados, produtores de petróleo.

Cresceu no Brasil, onde a família procurou refúgio em 1940, em fuga das perseguições nazis na Europa. Passou por Nova Iorque, onde, em 1968, após a morte do pai, tornou-se diretor de desenvolvimento internacional da Levitt & Sons, que à data era o mais importante promotor imobiliário residencial nos EUA.

Chegou a Portugal em 1971 para criar, no Algarve, a Quinta do Lago, o primeiro empreendimento de turismo residencial de luxo do país ligado ao golfe, que acabou por vender no final da década de 80.

“Ainda hoje quando vou à Quinta do Lago olho para aquilo e penso: Como é que eu fiz isto tudo sem dinheiro?”, contou o empresário, em 2017, numa entrevista ao Diário de Notícias.

Nessa altura, André Jordan assumiu em Londres o cargo de administrador executivo da Bovis Abroad, empresa do Grupo Bovis dedicada a negócios imobiliários internacionais, com projetos em Espanha, Portugal e no Caribe, incluindo o famoso La Manga Club, no Sul de Espanha.

André Jordan tinha 90 anos

Mais tarde, em 1991, André Jordan criou um novo projeto na região de Lisboa, o Belas Clube de Campo, que foi palco de provas internacional de golfe e que, em 2019, foi alvo de um investimento de 500 milhões de euros por parte do André Jordan Group e do Oaktree Capital Management.

Em 1995, André Jordan comprou a Lusotur, proprietária do Vilamoura XXI, o maior complexo residencial e de lazer na Europa. Esta empresa foi vendida a investidores espanhóis Prasa, em 2006, por 360 milhões de euros, tendo vendido, posteriormente a Lusotur Golfes por 120 milhões de euros, segundo a Lusa, citada pelo Público.

Quando lhe perguntavam qual dos três projetos era o seu preferido, André Jordan dizia que “nenhum”. Ao DN, explicou: “A Quinta do Lago era uma tela em branco, um projeto de raiz num terreno virgem. Mas Vilamoura foi um grande desafio profissional porque já estava metade feita, degradada. Relançar um empreendimento, como conseguimos, e preparar a nova fase de Vilamoura foi um grande desafio. Mas nenhum é preferido. É o mesmo que perguntar qual é dos seus filhos o que gosta mais? Hoje sou casado com Belas. E este espírito de corpo, de amor pela obra que envolve todos os que trabalham num projeto de raiz que me comove muito.”

No total foram criados nove campos de golfe em Portugal por André Jordan, que na juventude foi jornalista e escreveu sete livros.

Com quatro filhos e nove netos, era Doutor Honoris Causa pelo ISCTE, Instituto Universitário de Lisboa, e pela Universidade do Algarve, e estava envolvido em várias organizações. Foi vice-presidente da WTTC, sendo membro honorário nos últimos anos. Era fellow da Duke of Edinburgh International Award Association, tendo sido presidente da secção portuguesa, e durante 17 anos foi Cônsul Honorário do Brasil no Algarve.

Foi ainda fellow do Royal Institute of Chartered Surveyors. E desde 1999 que integrava o grupo de fundadores da Fundação de Serralves, instituição a cujo Conselho de Administração pertenceu até 2013. Foi o primeiro Presidente do Urban Land Institute – ULI (Portugal), cargo que exerceu entre 2001 e 2004.

(Notícia atualizada às 14h23 com mais informação)

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📹 Mota-Engil concorre ao TGV apostada em que “riqueza não vá uma vez mais para Espanha”

"Estamos a fazer tudo no sentido de ter uma proposta competitiva e de vir a ser o ganhador deste importante projeto nacional", garante o CEO da construtora.

A Mota-Engil vai avançar com a candidatura para a construção e manutenção do primeiro troço da Alta Velocidade, à frente de um consórcio. O CEO, Carlos Mota Santos, diz ao ECO que espera uma concorrência “altamente agressiva” das empresas espanholas, sobretudo no preço, mas está apostado em que a “riqueza não vá uma vez mais para Espanha”.

“Obviamente iremos concorrer. Estamos a trabalhar na nossa proposta já há muito tempo, mesmo antes da saída do concurso“, afirma Carlos Mota Santos em declarações à margem da 6.ª edição da Fábrica 2030, uma conferência organizada pelo ECO na Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota, no Porto. “Estamos a fazer tudo no sentido de ter uma proposta competitiva e de vir a ser o ganhador deste importante projeto nacional“, garante.

A Infraestruturas de Portugal lançou a 12 de janeiro o concurso para o primeiro troço da linha de Alta Velocidade Porto – Lisboa, entre a estação da Campanhã e Oiã (distrito de Aveiro), num total de 71 km. É considerado o mais complexo do traçado, já que inclui 12 km em túnel e 19 km em pontes e viadutos.

Acho que vamos ter concorrência por parte das diversas empresas espanholas. Já estão perfiladas. A concorrência vai ser altamente agressiva, muito à base do preço”, antecipa ao ECO o CEO da Mota-Engil. O concurso público Internacional atribui um peso de 70% ao preço e de 30% à qualidade.

A Mota-Engil lidera um consórcio de seis empresas para a Alta Velocidade, que integra ainda a Teixeira Duarte, Casais, Gabriel Couto, Alves Ribeiro e Conduril, segundo revelou o CEO ao Jornal de Negócios, em janeiro do ano passado. O El Economista noticiou no final do mês que as espanholas Acciona, FCC e Ferrovial estavam a preparar uma parceria com o mesmo fim, que podia integrar um grupo português.

Espero que nós, as empresas portuguesas, consigamos não só ser competitivos em termos de preço, mas sobretudo ser competitivos através da qualidade do projeto e se deixe riqueza cá em Portugal e não vá, uma vez mais para Espanha.

Carlos Mota Santos

CEO da Mota-Engil

“Espero que nós, as empresas portuguesas, consigamos não só ser competitivos em termos de preço, mas sobretudo ser competitivos através da qualidade do projeto e se deixe riqueza cá em Portugal e não vá, uma vez mais para Espanha“, afirmou Carlos Mota Santos.

Durante a intervenção na conferência, o CEO da Mota salientou que as construtoras espanholas “combatem com armas diferentes”, beneficiando de uma fiscalidade mais baixa, custos de financiamento inferiores e acesso mais facilitado a mão-de-obra. Além disso, têm “muita experiência em infraestruturas de Alta Velocidade e equipamentos já amortizados”.

A construção do primeiro troço está orçada em 1.978 milhões de euros. O consórcio que vencer o concurso público internacional para a Parceria Público-Privada ficará responsável pela conceção, financiamento, construção e manutenção da linha.

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“Bom demais para não contar a alguém”, diz a Uber One em campanha

  • + M
  • 9 Fevereiro 2024

Com criatividade da Stream and Tough Guy e planeamento de meios da PHD, a campanha aposta no outdoor e redes sociais.

“Uber One, bom demais para não contar a alguém” é a assinatura da campanha com a qual a Uber vai comunicar, a partir de dia 12, o serviço de subscrição que junta os serviços da Uber e Uber Eats.

Com criatividade da Stream and Tough Guy, “Temos uma coisa para lhe descontar” e “Já comia qualquer coisa sem comer com as taxas?” vão ser as mensagens transmitidas nos mupis e principais estações de metro de Lisboa e Porto. O planeamento de meios é da PHD.

Para além do meio outdoor, a campanha vai marcar presença nas redes sociais da Meta e no YouTube, com quatro vídeos adaptados de uma campanha internacional. Em TikTok, os conteúdos são desenvolvidos por criadores de conteúdos portugueses.

Esta aposta na comunicação surge num momento em que as famílias portuguesas estão cada vez mais conscientes dos seus gastos e poupanças no dia a dia. O Uber One, é a subscrição que ajuda os membros a gerir os desafios diários de forma mais eficiente e conveniente, oferecendo descontos e benefícios exclusivos nos serviços da Uber, incluindo viagens, entregas e compras”, diz a marca em comunicado.

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L’Oréal Portugal abre candidaturas para estágios de 12 meses

L'Oréal tem abertas vagas de estágio em várias áreas, da comunicação ao departamento legal. Ao ECO, diretora de relações humanas chegou a frisar que esta é uma fonte de recrutamento significativa.

A L’Oréal Portugal está à procura de estudantes universitários e recém-licenciados que queiram estagiar nesta gigante do setor da beleza. Os estágios terão a duração de 12 meses e estão ligados a áreas tão diversas como comunicação, vendas, recursos humanos, legal e inovação.

“Estamos entusiasmados por, mais uma vez, abrir as portas aos talentos emergentes que desejam fazer parte da família L’Oréal. O nosso programa de estágios é uma plataforma que permite aos jovens profissionais crescerem e prosperarem numa indústria dinâmica e inovadora”, sublinha a diretora de relações humanas da L’Oréal em Portugal, citada numa nota enviada esta sexta-feira às redações.

Numa entrevista recente ao ECO, Sara Silva já tinha garantido que haveria uma nova edição do programa de estágio, adiantando que, regra geral, são disponibilizadas 30 vagas, neste âmbito. “É a nossa principal fonte de recrutamento“, explicou a responsável.

Os interessados devem apresentar as suas candidaturas pela via digital, sendo a L’Oréal está à procura de universitários ou recém-licenciados com menos de um ano de experiência, que sejam fluentes em inglês, tenham boas competências de comunicação, e sejam “sensíveis aos números, às tendências e à beleza”.

“O programa de estágios destina-se a estudantes universitários e recém-licenciados que demonstrem paixão pela indústria da beleza, criatividade e uma mentalidade inovadora“, salienta a gigante.

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Raquel Elias da Costa é a nova sócia da AFMA

Raquel Elias da Costa integrou a AFMA em 2000 e, segundo a firma, a "sua ascensão a sócia faz parte de uma política de crescimento orgânico".

Raquel Elias da Costa foi promovida a sócia da AFMA. A advogada integra as áreas de corporate e imobiliário.

“A sua passagem a sócia é uma evolução natural de uma advogada que tem vinda a demonstrar grande valor como profissional, e como ser humano, o que é essencial, para a AFMA, na prática do Direito”, refere o sócio Fernando Magiolo Magarreiro.

Raquel Elias da Costa integrou a AFMA em 2000 e, segundo a firma, a “sua ascensão a sócia faz parte de uma política de crescimento orgânico”.

“Um crescimento orgânico da sociedade tem vindo a suceder ao longo dos anos, à medida que vivenciamos um quadro empresarial cada vez mais exigente por parte dos nossos clientes, com uma especialização por algumas áreas, e crescimento pontual de outras para mantermos um enorme e estreito relacionamento com os clientes, em todas as vertentes dos seus negócios, sendo assim fácil detetar onde podemos qualificar as nossas mais-valias”, acrescentou Fernando Magiolo Magarreiro.

A advogada presta assessoria nas áreas de direito comercial e societário, designadamente em fusão e aquisição de empresas, aquisição de ativos ou unidades de negócio clientes corporate em diferentes sectores de atividade, ou na assessoria de instituições financeiras, na área do direito bancário e financeiro, compreendendo negociação de contratos de financiamento, contratos de garantias e de project finance.

No setor imobiliário presta também assessoria em operações de aquisição e venda de ativos imobiliários e financiamento, auditorias legais, apoio jurídico na gestão de empreendimentos imobiliários ou assessoria na área do arrendamento e do direito do urbanismo.

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PS Açores vai chumbar Governo minoritário da AD

  • Lusa
  • 9 Fevereiro 2024

A decisão foi tomada por unanimidade nas reuniões do secretariado e da comissão regional dos socialistas. Coligação, liderada pelo PSD, terá de negociar com o Chega para viabilizar o Executivo.

O PS Açores vai chumbar o programa do Governo da AD, coligação que junta PSD, CDS e PPM, que venceu, no domingo, as eleições regionais sem maioria absoluta, anunciou esta sexta-feira o líder do partido, Vasco Cordeiro. A AD, liderada pelo PSD, terá agora de negociar com o Chega para garantir a viabilização do Executivo.

“Há política nacional a mais e Açores a menos na gestão que a coligação PSD/CDS-PP/PPM e Chega estão a fazer da situação resultante das eleições de 4 de fevereiro. Também, por isso, há a necessidade de tornar clara a posição política que o PS Açores assume face ao programa do XIV Governo regional, porque fazê-lo já é um sinal claro de respeito pela autonomia dos Açores, mas, não menos importante, a reafirmação evidente da autonomia de decisão do PS Açores”, afirmou o líder do PS Açores, em conferência de imprensa em Ponta Delgada.

A decisão foi tomada por unanimidade nas reuniões do secretariado regional e da comissão regional, órgão máximo entre congressos, realizadas na quinta-feira, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.

Segundo o líder dos socialistas açorianos, “com os seus silêncios, e mais uma vez as expressões dúbias ou dúplices”, o PSD e o Chega estão a tratar o futuro dos Açores “não em função do interesse dos açorianos, mas em função do que interessa aos diretórios nacionais desses partidos”, designadamente as eleições legislativas antecipadas de 10 de março.

Nas eleições regionais de domingo, PSD/CDS-PP/PPM elegeram 26 deputados, ficando a três da maioria absoluta.

José Manuel Bolieiro, líder da coligação de direita, no poder no arquipélago desde 2020, disse que irá governar com uma maioria relativa nos próximos quatro anos.

O PS é a segunda força no arquipélago, com 23 mandatos, seguido pelo Chega, com cinco mandatos. BE, IL e PAN elegeram um deputado regional cada, completando os 57 eleitos.

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Combustíveis voltam a aumentar na próxima semana. Gasóleo sobe dois cêntimos e gasolina um

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá pagar 1,646 euros por litro de gasóleo simples e 1,706 euros por litro de gasolina simples 95. São, pelo menos, cinco semanas de ganhos.

Os preços dos combustíveis vão voltar a subir na próxima semana. O gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, deverá ficar dois cêntimos mais caro a partir de segunda-feira, e a gasolina deverá aumentar um cêntimo, disse ao ECO uma fonte do setor.

Quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,646 euros por litro de gasóleo simples e 1,706 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG). O preço do diesel vai, assim, a caminho da quinta semana consecutiva de subidas e a gasolina para a oitava.

Estes valores já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis. A redução de impostos determinada pelas medidas atualmente em vigor é de 25 cêntimos por litro de gasóleo e de 26 cêntimos por litro de gasolina.

Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent à sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. É ainda de recordar que os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Esta semana, os preços do gasóleo e da gasolina subiram 2,2 e 1 cêntimo, respetivamente, quase cumprindo a expectativa do mercado, que previa uma subida de 2,5 cêntimos no caso do diesel e de 1 cêntimo na gasolina.

O preço do brent, que serve de referência para o mercado europeu, está a subir esta sexta-feira 0,12%, para 81,73 dólares por barril, e tudo aponta para uma subida semanal tendo em conta a persistência das tensões no Médio Oriente, depois de Israel ter rejeitado uma proposta de cessar-fogo do Hamas.

As tensões mantiveram os preços do petróleo elevados, com o brent e o WTI a ganharem mais de 5% durante a semana. “A mudança de quinta-feira” — ambos os índices subiram 3% — “pareceu um pouco excessiva tendo em conta que não aconteceu nada de muito relevante em termos de fundamentais”, disse Warren Patterson, chefe de matérias-primas do ING, citado pela Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Embora o conflito no Médio Oriente tenha levado a uma subida dos preços, não houve impacto na produção de petróleo. A produção da Noruega e da Guiana, países que não integram a OPEP, está a aumentar, enquanto a Rússia está a exportar mais petróleo em fevereiro do que planeava, após uma combinação de ataques de drones e interrupções técnicas nas suas refinarias que podem prejudicar a sua promessa de reduzir as vendas sob o acordo da OPEP.

Os riscos de deflação na China, o maior importador mundial de petróleo, também estão a pesar nos preços mundial do ouro negro

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Custos da construção de nova habitação abrandam para 3,9% em 2023

  • Ana Petronilho
  • 9 Fevereiro 2024

Queda dos preços dos materiais e da mão de obra ditam um abrandamento dos custos com a construção de nova habitação, que em 2023 se cifrou numa subida homóloga de 3,9%, abaixo dos 12,2% em 2022.

Em 2023, os custos com a construção de nova habitação subiram 3,9%. Mas, de acordo com os dados divulgados pelo INE esta sexta-feira, sofreram um acentuado abrandamento de 8,3 pontos percentuais face à subida homóloga de 12,2% registada em 2022.

Os dados do INE revelam ainda que, no ano passado, os custos abrandaram com a desaceleração dos índices de materiais e de mão-de-obra. Em 2023, registaram aumentos médios anuais de 0,9% e 8,1%, respetivamente. Em 2022 tinham subido 16,7% e 6,3% pela mesma ordem.

Os números mensais indicam ainda que em dezembro a variação homóloga do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova situou-se em 1,8%, caindo 0,6 pontos percentuais à observada em novembro.

No último mês de 2023, os preços dos materiais caíram 2,2% (-1,7% no mês anterior), sendo esta a maior redução mensal de preços pelo menos desde 2020. Já o custo da mão-de-obra aumentou 7,5%, ficando 0,7 pontos percentuais abaixo do registado em novembro.

Fonte: INE

Entre os materiais que mais influenciaram a desaceleração dos custos em 2023 estão os revestimentos, isolamentos e impermeabilização, com uma descida de cerca de 20%; o aço para betão e perfilados pesados e ligeiros e a chapa de aço macio e galvanizada, com uma redução de cerca de 15%; e o consumo de produtos energéticos, com uma diminuição de cerca de 10%.

Em sentido oposto, destacaram-se o betão pronto e artigos sanitários com crescimentos homólogos de cerca de 10% e o cimento, as tintas, primários, subcapas e vernizes com cerca de 5%.

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Exportações fecham 2023 com queda de 1%. Défice baixa 3.727 milhões

As exportações recuaram 1% em 2023, contudo a descida mais pronunciada das importações (4,1%) permitiu uma redução do défice da balança comercial de 3.727 milhões de euros, no ano passado.

As exportações portuguesas de bens registaram um ligeiro crescimento homólogo em dezembro, interrompendo uma série de oito meses negativos, enquanto as importações caíram face a igual período do ano passado, segundo os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Os primeiros resultados anuais de 2023 apontam para uma quebra das exportações e das importações de 1% e 4,1%, permitindo uma redução do défice da balança comercial de 3.727 milhões de euros.

As exportações registaram um crescimento de 0,3% em dezembro face ao último mês de 2022, depois de em novembro terem recuado 1,9%, naquele que foi o oitavo mês consecutivo de descidas. Já as importações voltaram a baixar, tendo caído 5,9% em dezembro de 2023 face ao período homólogo. Ainda assim, abrandaram o ritmo de queda em relação à descida de 7,9% registada em novembro.

Fonte: INE

O INE destaca o aumento nas exportações de Fornecimentos industriais (+5,2%), com especial incidência nos medicamentos, e os decréscimos nas importações de Fornecimentos industriais (-12,8%) e de Combustíveis e lubrificantes (-16,5%), justificado pelas “diminuições em volume (-21,9%) e em valor (-60,7%) do gás natural, refletindo, sobretudo, a descida do preço deste produto (-49,7%)”.

Excluindo combustíveis e lubrificantes, em dezembro de 2023, registou-se um acréscimo de 0,8% nas exportações e um decréscimo de 4,4% nas importações.

O défice da balança comercial diminuiu 533 milhões de euros em dezembro de 2023, em termos homólogos, atingindo 2.325 milhões de euros. Excluindo combustíveis e lubrificantes, o défice baixou 375 milhões, para 1.852 milhões de euros.

Exportações fecham o ano no vermelho

No quarto trimestre de 2023, as exportações e as importações diminuíram 1,8% e 5,3%, respetivamente, em termos homólogos (-4,7% e -7,4%, pela mesma ordem, no trimestre terminado em novembro de 2023).

Segundo o INE, os primeiros resultados anuais de 2023 apontam para uma diminuições nas exportações e importações de, respetivamente, 1% e 4,1% (+23,2% e +31,7% em 2022, pela mesma ordem), tendo o défice da balança comercial diminuído 3.727 milhões de euros, situando-se nos 27.356 milhões de euros.

Excluindo Combustíveis e lubrificantes, as exportações e as importações aumentaram 1% e 1,6%, respetivamente, em 2023 (+19,7% e +23,7% em 2022, respetivamente). O défice da balança comercial excluindo combustíveis e lubrificantes atingiu 20.300 milhões de euros, aumentando 800 milhões de euros face a 2022.

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Audição de Salgado durou dez minutos. Alzheimer não permitiu que arguido se explicasse

"Trouxemo-lo, mas a verdade é esta: ele nem sabia bem ao que vinha", disse o advogado Francisco Proença de Carvalho. Audição foi curta porque ex-banqueiro sofre de Alzheimer.

“Trouxemo-lo, mas a verdade é esta: ele nem sabia bem ao que vinha.” As palavras são de Francisco Proença de Carvalho, advogado de defesa do ex-homem forte do BES. Nos escassos dez minutos em que esteve perante a juíza Ana Paula Rosa, Ricardo Salgado apenas fez a respetiva identificação. Respondeu às perguntas sobre o seu nome, nome dos pais, idade, profissão, mas não conseguiu lembrar-se da morada.

“O meu cliente, como sabe, está diagnosticado com a doença de Alzheimer. Em defesa da dignidade humana de Ricardo Salgado, esta defesa não vai aceitar que ele preste mais declarações. Temos de defender a dignidade dele”, disse Francisco Proença de Carvalho na sala de audiência.

Ricardo Salgado foi a tribunal para prestar declarações no âmbito do julgamento do Caso EDP, depois de mais uma perícia independente ter confirmado que o ex-líder do BES sofre mesmo de Alzheimer.

“O meu cliente não conseguiu explicar-se porque está impedido por uma doença grave. A defesa defende o óbvio”, disse Proença de Carvalho, à saída da audição que durou cerca de dez minutos. “A doença de Alzheimer, no estado em que está — segundo mais grave –, demonstra isso mesmo. O meu cliente veio cá porque foi chamado para tal. Sempre dissemos que quando a Justiça o chamasse, ele estaria. E foi isso que ele fez. Ao fim desta luta difícil de dez anos, ele foi sempre o primeiro a ir a todo o lado, quando era a pessoa que infelizmente já não é. Veio porque o trouxemos. A verdade é essa, ele nem sabia bem ao que vinha.”

E deixou um recado à Justiça: “A Justiça tem mesmo de tomar uma decisão não só em nome da defesa do Dr. Ricardo Salgado mas também em nome dos cidadãos e em nome da dignidade humana”, disse o advogado, rematando que “uma imagem vale mais que mil palavras.”

“Se os tribunais continuarem a ser indiferentes perante esta situação, o Estado português será de certeza condenado no Tribunal dos Direitos Humanos, como foram Estados como a Rússia”, explicou. “Não tenho dúvidas que mais tarde ou mais cedo, a Justiça portuguesa será digna da sua história democrática.”

Ricardo Salgado, ex-líder do Grupo Espírito SantoLusa

Em janeiro, mais uma perícia independente confirmou que Ricardo Salgado sofre da doença. O relatório foi assinado por uma neurologista, um psiquiatra e uma consultora de psicologia do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF). “A doença de Alzheimer é causa mais provável do quadro clínico do arguido”, dizia a perícia médica de quase 50 páginas.

O regresso ocorreu dois anos e um dia depois de Ricardo Salgado ter estado presente num tribunal pela última vez, então no julgamento do processo separado da Operação Marquês, em fevereiro de 2022, quando disse não estar em condições de prestar declarações por lhe ter sido diagnosticada doença de Alzheimer. “Meritíssimo, não estou em condições de prestar declarações. Foi-me atribuída uma doença de Alzheimer”, afirmou na altura o ex-banqueiro perante o coletivo de juízes. No mês seguinte, esse mesmo coletivo acabou por condenar Salgado a seis anos de prisão por três crimes de abuso de confiança. Pena essa que seria agravada pelo Tribunal da Relação de Lisboa para oito anos de prisão.

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Receitas da ANA sobem 22% para recorde de 1.105 milhões

Volume de negócios da concessionária portuguesa supera pela primeira vez os mil milhões, impulsionado por um número também recorde de passageiros, indicam as contas do grupo Vinci.

A ANA registou receitas recorde de 1.105 milhões de euros em 2023, um crescimento de 22% face ao ano anterior, indicam os resultados do grupo Vinci, dono da concessionária dos aeroportos portugueses. O aumento das receitas traduz o crescimento do número de passageiros, que atingiu os 66,3 milhões.

O negócio de concessões de aeroportos do grupo francês fechou o ano com receitas de 3.947 milhões, um aumento de 47% face a 2022, segundo as contas divulgadas na quinta-feira. A ANA contribuiu com 28% daquele bolo, ficando perto do contributo de 31% do Reino Unido, onde a Vinci opera os aeroportos de Gatwick e Belfast.

Em Portugal, a empresa continuou a recuperação das receitas após o tombo provocado pela Covid-19 em 2020 e 2021. Os 1.105 milhões registados em 2023 ficam já 23% acima dos perto de 900 milhões registados em 2019. O mesmo acontece no número de passageiros, que é já superior em 12,2% ao período pré-pandemia.

A Vinci comprou a ANA em 2012, no âmbito do processo de privatização, detendo a concessão de dez aeroportos nacionais até 2062. Desde a aquisição já conseguiu lucros de 1.454 milhões, a que se somarão os de 2023, ainda não discriminados.

O grupo francês, que inclui negócios na concessão de autoestradas, construção ou energia, fechou o exercício de 2023 com lucros de 4,7 mil milhões de euros, mais 10,4% que em 2022.

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Euribor desce a três meses. Taxas sobem a seis e 12 meses

  • Lusa
  • 9 Fevereiro 2024

A Euribor desceu esta sexta-feira a três meses, mas subiu a seis e 12 meses face a quinta-feira, mantendo-se abaixo de 4% nos três prazos.

A Euribor desceu esta sexta-feira a três meses e subiu a seis e 12 meses face a quinta-feira, mantendo-se abaixo de 4% nos três prazos. Com estas alterações, a Euribor a três meses, que recuou para 3,891%, ficou abaixo da taxa a seis meses (3,898%) e acima da taxa a 12 meses (3,658%).

  • Euribor a 12 meses: subiu para 3,658%, mais 0,018 pontos que na quinta-feira, depois de ter avançado em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008. Representava 37,4% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável;
  • Euribor a seis meses: também avançou, para 3,898%, mais 0,010 pontos que na véspera, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
  • Euribor a três meses: desceu face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,891%, menos 0,007 pontos e depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

Na mais recente reunião de política monetária, em 25 de janeiro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro de referência pela terceira vez consecutiva, depois de dez aumentos desde 21 de julho de 2022.

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