Montenegro recusa “alinhar em leilões de propostas e ver quem dá mais”

"As propostas que vamos apresentar são realistas, podem ser executadas e não vão penalizar o equilíbrio das contas públicas", promete o presidente do PSD.

Luís Montenegro (PSD, ao centro), ladeado por Inês Domingues (PSD) à esquerda e Nuno Melo (CDS) e Cecília Meireles (CDS) à direitaHugo Amaral/ECO

Em plena pré-campanha, o presidente do PSD recusa “alinhar em leilões de propostas e ver quem dá mais”. Luís Montenegro assegura que a “trave mestra” das propostas da Aliança Democrática (AD) é a “responsabilidade” e que estas “não vão penalizar o equilíbrio das contas públicas”. Contudo, reitera que, para o conseguir, não planeia “cortar em nada”.

“As propostas que vamos apresentar são realistas, [podem] ser executadas e não vão penalizar equilíbrio das contas públicas”, reiterou o líder social-democrata, à saída da reunião com 17 economistas para preparar o Programa de Reformas e Cenário Macroeconómico da coligação AD.

Ainda sem revelar o impacto das medidas, assegura que todas as propostas serão quantificadas e que estas “encontram respaldo no quadro macroeconómico” com o qual a coligação está a trabalhar, que “será suficientemente prudente e credível”.

Montenegro remeteu a apresentação do cenário macroeconómico e das propostas para os próximos dias, mas recordou já as medidas para baixar o IRS — focadas na classe média e nos mais jovens — e para reduzir o IRC de 21% para 15% ao longo de três anos. Destacou ainda as áreas da saúde, educação e habitação como prioritárias.

Na saúde, defende que se deve contar, para a prestação do serviço público, não só com os órgãos do Estado mas também com os setores privados e social, assumindo também a possibilidade do regresso das Parcerias Público-Privadas (PPP) na saúde. Já na educação, salienta que o PS, “ao acabar com os contratos de associação e não ter resolvido a instabilidade nas escolas”, acabou por “desincentivar o ingresso” dos docentes no sistema de educação.

Finalmente, na habitação, diz que o acesso está “altamente limitado por regras ideologicamente marcadas que o PS, sempre ajudado por BE e PCP, acaba por provocar”.

Esta reunião serviu então para a AD, que contava com delegações do PSD e CDS, “fazer uma análise das políticas públicas nos próximos anos dentro de um contexto de desagravamento fiscal e de investimento”.

Entre os convidados encontravam-se antigos governantes, como os ex-ministros das Finanças Jorge Braga de Macedo, Manuela Ferreira Leite, Maria Luís Albuquerque e Miguel Cadilhe, bem como o ex-secretário de Estado Adjunto do Ministro da Administração Interna Fernando Alexandre. O grupo contou também com ex-assessores económicos de Cavaco Silva, como João Borges de Assunção e João César das Neves.

Luís Montenegro promete não “cortar em nada” para implementar as medidas que propõeHugo Amaral/ECO

No encontro foi discutido o programa económico do PSD, tendo em conta que as previsões para este ano são de crescimento, ainda que moderado. No Orçamento do Estado para 2024, a equipa de Fernando Medina estima um crescimento do PIB de 1,5% em 2024, mas as previsões revistas pela Comissão Europeia apontam para 1,3%, enquanto o Banco de Portugal antecipa 1,2% no boletim de dezembro.

Já a inflação deverá abrandar para 2,9% este ano, numa altura em que ainda se vai sentir o aperto dos juros, como já alertou o governador do Banco de Portugal. Neste contexto, a taxa de poupança das famílias tem vindo a cair e é a mais baixa da Zona Euro. As empresas também têm sentido os efeitos dos juros e da subida dos custos, sendo que as insolvências em Portugal têm vindo a subir.

Montenegro diz que percebeu a “preocupação que os economistas têm se o contexto da governação não for alterado”, defendendo que Portugal “não está condenado a um ciclo de empobrecimento”. “Pode e deve mudar de vida a 10 de março”, apela.

(Notícia atualizada às 14h45)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

TAP arrasa currículo de ex-CEO contratada por Pedro Nuno Santos e desvaloriza lucros

Defesa da transportadora alega que experiências de Christine Ourmières-Widener como CEO "foram tudo menos um sucesso" e sustenta que lucros devem-se a recuperação "precoce e acelerada" do setor.

A defesa da TAP contra o pedido de indemnização de Christine Ourmières-Widener contesta a qualidade do currículo da ex-CEO, escolhida pelo antigo ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, e elogiada pelo ministro das Finanças, Fernando Medina. Desvaloriza também os resultados obtidos quando estava à frente da companhia, atribuindo-os à recuperação da economia e do setor.

A gestora francesa foi a escolha do agora secretário-geral do PS para a liderança executiva da TAP, em junho de 2021, depois de um processo de seleção conduzido pela Korn Ferry, uma consultora americana de recursos humanos especializada em cargos de liderança.

No processo em que pede à companhia aérea uma indemnização de 5,9 milhões de euros pelos danos provocados pela forma como foi demitida, é descrita a formação e experiência profissional de Christine Ourmières-Widener para concluir que “o percurso profissional da Autora ao longo dos últimos 35 anos foi de enorme sucesso e foi estabelecido quase integralmente no setor da aviação”.

Sustenta, além disso, que “goza de enorme mérito e reputação internacional no setor da aviação”, sendo o seu currículo “imaculado” um “fator determinante para a sua contratação”. É mesmo citada a ata da sua nomeação: “O Conselho de Administração considera que a Sra. Ourmières-Widener possui uma experiência considerável em companhias aéreas e conselhos de administração, que ajudará a orientar a nossa estratégia e contribuirá para o regresso do Grupo ao crescimento.”. Recorde-se que a TAP é tutelada setorialmente pelo Ministério das Infraestruturas e pelas Finanças no que toca à função acionista do Estado.

A contestação da TAP ao processo da ex-CEO, elaborada pela Uría Menéndez Proença de Carvalho, afirma que as alegações sobre a reputação profissional de Christine Ourmières-Widener “não correspondem à verdade”. Considera que há uma “tentativa de iludir o Tribunal”, fazendo “parecer que goza de um largo e preenchido currículo”.

A verdade é que na maior parte do tempo do seu percurso profissional – 27 anos – a Autora trabalhou sempre para a companhia aérea Air France e/ou para o seu grupo empresarial”, diz a defesa da transportadora portuguesa, argumentando com o facto de a Amadeus IT Group, onde desempenhou funções de 1992 a 1998, ter sido fundada pela Air France e esta exercer uma posição de “controlo e influência” sobre a empresa.

A contestação acrescenta que “durante mais de 22 anos na Air France, a Autora nunca desempenhou funções executivas” como administradora, mas apenas de direção. Com “honrosas exceções”, como quando foi CEO da irlandesa CityJet, entre 2010 e 2015, companhia também pertencente à transportadora francesa. Segundo a defesa, sob o comando de Christine Ourmières-Widener a CityJet “registou prejuízos elevadíssimos” em 2012 e perdeu consistentemente passageiros. Em 2014, a Air France vendeu a companhia irlandesa à Intro Aviation GmhH por um preço “perto de nada”, segundo a imprensa.

É legítimo dizer que as duas experiências da autora como CEO de uma companhia aérea foram tudo menos um sucesso…

Contestação da TAP ao processo da ex-CEO

Depois de passar pela American Express Global Business Travel, onde foi Chief Global Sales Officer entre 2015 e 2016, a ex-CEO da TAP foi presidente executiva da Flybe entre janeiro de 2017 e julho de 2019, período em que a companhia aérea regional com 40 anos “desvalorizou 98% em bolsa”, teve elevados prejuízos, acabando por ser “vendida em 2019, à Connect Airways, por um cêntimo por ação”.

“É legítimo dizer que as duas experiências da Autora como CEO de uma companhia aérea foram tudo menos um sucesso…”, conclui a contestação, acrescentando que o currículo contém vários episódios “tumultuosos”.

Pedro Nuno Santos e Fernando Medina elogiaram contratação e resultados

O tom crítico da contestação da TAP contrasta com o apoio que a ex-presidente executiva teve do Governo até à sua demissão. Pedro Nuno Santos defendeu sempre a contratação de Christine Ourmières-Widener. Numa cerimónia dos 77 anos da companhia, em março de 2022, agradeceu o esforço dos trabalhadores e da equipa de gestão, liderada por “uma grande mulher”. No final do ano ano passado, em entrevista ao ECO, questionado se a teria demitido respondeu: “Eu não o teria feito”.

Aliás, o processo em que é pedida a indemnização repesca frase ditas na Comissão Parlamentar de Inquérito à TAP. “Estava satisfeito com os resultados que estavam a ter, com a gestão dela e com certeza lhe disse que estava satisfeito, que a performance dela era boa e com certeza isso haveria de se refletir depois no reconhecimento dos direitos de 2021 “, afirmou o ex-ministro das Infraestruturas.

“Estamos a falar de bons gestores, e falo do caso da CEO da TAP”, disse, por sua vez, Fernando Medina. São também transcritas mensagens de WhatsApp entre o ministro das Finanças e a ex-CEO, onde Fernando Medina lhe pede para “continuar o bom trabalho” e exclama: “Parabéns! Muito bem.”

Quer Pedro Nuno Santos, quer Fernando Medina salientaram por várias vezes os bons resultados da companhia aérea, antecipando as metas do plano de reestruturação. Já a defesa da TAP argumenta que não são assim tão especiais.

“Depois da batalha aparecem os valentes”

A defesa da TAP também contesta o papel decisivo na recuperação da companhia aérea e no regresso aos lucros que Christine Ourmières-Widener advoga no pedido de indemnização.

Os advogados começam por apontar que “o Plano de Reestruturação é, na verdade, o fruto do trabalho do Conselho de Administração e Comissão Executiva em funções durante o triénio 2018-2020 (até 24 de junho de 2021)”, liderados por Miguel Frasquilho e, na parte final, por Ramiro Sequeira, respetivamente.

A recuperação da TAP aconteceu não por particular mérito próprio da autora neste âmbito, que chegou depois do fim batalha para aproveitar os seus espólios.

Contestação da TAP ao processo da ex-CEO

Isto porque as medidas de financiamento e redução de custos fixos estavam já todas alinhadas, apesar de a assinatura final do plano com Bruxelas ter acontecido já com a ex-CEO. Segundo os advogados, a recuperação aconteceu não por “particular mérito próprio da autora neste âmbito, que chegou depois do fim batalha para aproveitar os seus espólios…”. Socorre-se até de um ditado popular: “Depois da batalha aparecem os valentes”.

O mérito de Christine Ourmières-Widener no regresso aos lucros é também questionado. “Ao contrário do que a Autora afirma, de forma conclusiva e sem fundamentação, não é de todo verdade que a recuperação e os resultados positivos da TAP desde meados de 2022 sejam, no setor da aviação, exclusivos da TAP, nem fruto do seu ‘conhecimento específico’ ou da ‘experiência no setor da aviação’.”

A defesa sustenta mesmo que “todas as companhias aéreas melhoraram pós-Covid-19, algumas com muito melhores resultados do que a TAP”.

Depois de um prejuízo recorde de 1,6 mil milhões de euros, fruto em grande medida do reconhecimento de perdas na empresa de manutenção e engenharia no Brasil, a transportadora fechou 2022 com um lucro de 65,6 milhões, os primeiros em cinco anos. O número que antecipou em três anos os objetivos traçados no plano de restruturação.

A melhoria dos resultados positivos da TAP, em comparação com o plano de reestruturação, deveu-se não às suas ‘expertises’ de gestão, mas sim, globalmente, a uma à recuperação antecipada e surpreendente (…) da economia mundial e uma consequente recuperação da atividade das companhias aéreas precoce e acelerada.

Contestação da TAP ao processo da ex-CEO

Para a defesa, “a melhoria dos resultados positivos da TAP, em comparação com o plano de reestruturação, deveu-se não às suas expertises de gestão, mas sim, globalmente, a uma à recuperação antecipada e surpreendente (…) da economia mundial e uma consequente recuperação da atividade das companhias aéreas precoce e acelerada”. Conclui, por isso, que “as reais causas do recente sucesso do grupo TAP, não passaram, no essencial, pelo desempenho” da CEO.

É ainda aduzido o argumento de que a saída de Christine Ourmiéres-Widener “em nada impactou o desempenho do grupo nos últimos nove meses”. A companhia aérea reportou um lucro recorde de 203,5 milhões entre janeiro e setembro do ano passado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Porto e Norte gastam dois milhões para conhecer perfil e preferências dos turistas na região

Entidade regional de turismo vai recolher dados para conhecer em detalhe as "preferências de cada mercado, que tipo de produtos os turistas adquirem ou quanto tempo passam, em média, em cada destino".

A Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) já sabe que são os mercados espanhol, francês, americano, alemão e britânico, seguidos do brasileiro, que mais procuram a região. Mas quer conhecer em detalhe as “preferências de cada mercado, que tipo de produtos os turistas adquirem ou quanto tempo passam em média em cada destino“. Para isso, vai arrancar, em breve, com o projeto Smart Destination, no valor de dois milhões de euros.

“Vamos recolher dados para sabermos as nacionalidades e preferências, para depois os disponibilizar ao setor”, de modo a potenciar o turismo e criar ainda mais riqueza, aponta Luís Pedro Martins, que se vai recandidatar ao cargo de presidente nas eleições marcadas para fevereiro deste ano.

À margem do evento BOOST – Building Better Future, numa iniciativa do Nest – Centro de Inovação do Turismo, que decorreu esta terça-feira na Casa da Música e dedicado ao futuro da indústria do turismo, Luís Pedro Martins explicou ao ECO/Local Online que este projeto resulta de uma candidatura apoiada em dois milhões de euros no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Com a parceria das Universidades do Minho e de Aveiro, assim como da Porto Business School, este projeto abrange, numa primeira fase, a instalação de “uma série de pontos difusores do sinal wi-fi por toda a região”, nomeadamente em determinadas zonas de Trás-os-Montes e do Douro, e em “áreas mais montanhosas”.

A estratégia passará por atacar mercados de alto rendimento, de muito poder de compra, de longa distância, o que significa que vêm por mais dias e, por consequência, aumentam o estada média, mas também deixam mais à economia local.

Luís Pedro Martins

Presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP)

“Queremos que todo o território tenha acesso a wi-fi, pois não podemos falar de digitalização quando sabemos que na região há uma série de zonas brancas”, assinala Luís Pedro Martins. Só numa segunda fase, completa, podem ser recolhidos dados sobre a experiência dos turistas na região Porto e Norte, nomeadamente, “as nacionalidades, que tipo de produtos é que andam adquirir, quanto tempo passam em cada destino, quais são as preferências de cada mercado”.

Nesta região, a maior procura é do mercado espanhol, seguido do francês, americano, alemão e britânico – “este com um crescimento também muito grande”. “Acredito que, em 2024, iremos ter uma grande surpresa com o mercado canadiano”, assinala, adiantando que “a estratégia passará por atacar mercados de alto rendimento, de muito poder de compra, de longa distância, o que significa que vêm por mais dias e, por consequência, aumentam o estada média, mas também deixam mais à economia local”.

Luís Pedro Martins, presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, em entrevista ao ECO - 10JAN23
Luís Pedro Martins, presidente do Turismo do Porto e Norte de PortugalRicardo Castelo/ECO

O objetivo do projeto smart destination é depois utilizar todo o conhecimento adquirido para delinear melhores e mais eficazes estratégias para dinamizar ainda mais o mercado turístico. “Quanto maior conhecimento tivermos sobre quem nos visita, mais preparados estaremos para lhe proporcionar uma jornada inesquecível”, assinala o líder da TPNP, adiantando que será uma ferramenta fundamental para as PME do setor. É o caso das empresas de animação turística, de restauração, de alojamento ou agências de viagem, que estarão mais preparadas para responder às tendências do setor.

“É preciso que as nossas PME também estejam preparadas para apresentarem e venderem melhor a todos os turistas as suas experiências“, frisa. Principalmente numa altura em que “a inteligência artificial poderá ter aqui um papel muito importante ao serviço do turismo”.

Em 2023 a região registou 12,6 milhões de dormidas e 6,5 milhões de hóspedes, o que representou um crescimento de cerca de 15% em relação a 2022. “Ultrapassámos os 900 milhões de euros em proveitos”, calcula o líder da Turismo Porto e Norte.

Recandidatura porque “ainda há muito para fazer”

O presidente da TPNP avançou ainda ao ECO/Local Online que se vai recandidatar a mais um mandato de cinco anos à frente desta entidade, cujas eleições estão agendadas para o próximo mês de fevereiro. “As listas têm de ser entregues até 19 de janeiro e vou recandidatar-me porque ainda há muito para fazer, há um trabalho que ainda não está terminado“, afirmou.

“Sim, está decidido. Tomei essa decisão de me recandidatar [à presidência da TPNP], assegurou o também líder da Associação de Turismo do Porto (ATP). “Vamos ter a oportunidade, finalmente, de conseguir realizar muitos daqueles que foram os projetos que fomos fazendo ao longo destes cinco anos e, terminada essa parte, aí sim, considero que está o trabalho feito”, frisou.

Ex-diretor executivo da Torre dos Clérigos do Porto e licenciado em Design pela Escola Superior de Artes e Design em 1995, Luís Pedro Martins sucedeu a Melchior Moreira, antigo presidente da TPNP, que tinha sido reeleito em junho de 2018 para o seu quinto e último mandato.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fundo do Millennium vende por cerca de um milhão armazém em Palmela

  • Ana Petronilho
  • 16 Janeiro 2024

Empresa portuguesa de jogos de cartas e tabuleiro e de livros de comics, a Devir, investe em instalações de logística na zona de Palmela. Imóvel foi comprado ao fundo AF Portfólio Imobiliário do BCP.

A Devir, empresa de jogos de tabuleiro, cartas, role-playing e novelas gráficas, com sede em Palmela, comprou ao fundo AF Porfolio Imobiliário, gerido pela sociedade Interfundos do Millennium BCP, um imóvel de logística. O ECO sabe que a transação foi fechada por um valor abaixo de um milhão de euros.

Segundo a consultora Cluttons, que assessorou o negócio com contornos de leasing, o armazém tem uma área total de 3.048 metros quadrados e “estava desocupado há mais de um ano”.

O investimento da Devir em instalações próximas da sede, resulta da necessidade de aumentar a área de armazém. A empresa foi fundada em 1996.

O concelho de Palmela é uma das zonas do país com mais procura no mercado imobiliário, sobretudo no segmento de logística.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

OCDE destaca “estratégia inovadora” de Portugal nos recibos verdes. Filhos de trabalhadores informais “herdam vulnerabilidade”

OCDE considera Portugal um dos países que inovaram na proteção social dos trabalhadores independentes, elogiando a criação da categoria de recibos verdes economicamente dependentes.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) coloca Portugal entre os países que inovaram na proteção social dos trabalhadores independentes e deixa elogios quanto à estratégia adotada no que diz respeito aos recibos verdes cuja maior parte da atividade está associada a uma única entidade contratante.

“O caso de Portugal exemplifica como o reconhecimento de uma subcategoria dos trabalhadores independentes pode assegurar proteção social acessível ao reequilibrar de forma mais justa as contribuições sociais entre o trabalhador independente e as entidades contratantes”, sublinha a organização liderada por Mathias Cormann, num relatório divulgado esta terça-feira.

Os trabalhadores independentes economicamente dependentes são aqueles cuja atividade está associada em, pelo menos, 50% a uma única entidade contratante. Nestes casos, não cabe apenas ao trabalhador independente fazer descontos para a Segurança Social. Antes, a empresa que contrata os serviços desse trabalhador independente também tem a pagar uma taxa.

Até 2019 só eram consideradas entidades contratantes com obrigações contributivas aquelas que eram responsáveis por, pelo menos, 80% do rendimento de um trabalho independente. Nessa altura, essas entidades tinham de pagar uma taxa de 5% sobre esses rendimentos.

Mas o regime dos recibos verdes mudou nessa altura. A partir dos 50% de atividade, passou-se a considerar que havia dependência económica. “Esta diminuição de 80% para 50% alarga o número de trabalhadores que passam a ser considerados dependentes e a beneficiar do subsídio de desemprego“, como sublinhou a então secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Joaquim.

A par disso, as taxas aplicadas às entidades contratantes também mudaram: passou para 7%, se a entidade for responsável por 50% a 80% do rendimento do trabalhador; ou 10%, se a entidade for responsável por mais de 80% dos rendimentos.

Ora, na visão da OCDE, a criação dessa subcategoria de trabalhadores independentes economicamente dependentes é uma “estratégia inovadora” que facilita “efetivamente” a co contribuição social de trabalhadores e entidades contratantes, reforçando, à boleia, a cobertura da proteção social oferecida a esses beneficiários.

Estas considerações da OCDE são feitas numa altura em que em Portugal a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) está a preparar uma ação inspetiva contra os falsos recibos verdes. De acordo com a ministra do Trabalho, deverão ser abrangidos 20 mil indivíduos. Vão ser notificados os trabalhadores independentes economicamente dependentes que têm mais de 80% de atividade para uma única entidade contratante.

Filhos de trabalhadores informais “herdam vulnerabilidade”

O relatório divulgado esta terça-feira pela OCDE explora também o emprego informal e os trabalhos com baixas remunerações, deixando um alerta multigeracional: as pessoas que cresceram em famílias com trabalhos informais têm menor probabilidade de conseguir um emprego na economia formal. Ou seja, a vulnerabilidade da informalidade pode ser “herdada”.

A OCDE explica que a assiduidade escolar das crianças cujos pais têm empregos informais é menor do que as demais, o que ajuda a explicar essa “herança”. Além disso, pais que trabalham na economia informal tendem a ter menos recursos para investir na educação dos seus filhos, salienta a organização. “E a transição entre a escola e o trabalho é mais longa e incerta para estes indivíduos”, acrescenta a OCDE.

Aliás, o relatório dá conta também que a transição entre a informalidade e a formalidade “é limitada”. E, mesmo quando acontece, os trabalhadores (sobretudo, os mais pobres) não conseguem vantagens salariais significativas.

Perante este cenário, a OCDE frisa que os trabalhadores informais (sobretudo, os mais vulneráveis) beneficiariam de “soluções para quebrar os círculos de informalidade e baixos salários, que são inter e intrageracionais”. Uma dessas soluções é a aposta em políticas de desenvolvimento de competências. Outra é a criação de prestações sociais não contributivas, que mitiguem a pobreza.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Artur Cassiano nomeado diretor de informação interino da rádio TSF

  • Lusa
  • 16 Janeiro 2024

Parte dos trabalhadores ainda não recebeu os salários de dezembro. O Sindicato de Jornalistas avançou na segunda-feira que vai pedir a intervenção da ACT.

O diretor-adjunto de informação demissionário da TSF, Artur Cassiano, assume a partir desta terça-feira, provisoriamente, o cargo de diretor interino de informação da rádio da Global Media, anunciou a comissão executiva do grupo em comunicado.

Numa comunicação interna datada de segunda-feira, a que a agência Lusa teve hoje acesso, a comissão executiva do Global Media Group (GMG) informa que, “a partir do dia 16 de janeiro [hoje], o atual diretor-adjunto de Informação da TSF, o jornalista Artur José Lopes Cassiano, portador da carteira profissional n.º 1912A, irá desempenhar, a título interino, as funções de diretor de informação“.

O jornalista integrava a equipa da diretora demissionária da TSF, Rosália Amorim, que tinha sido nomeada no final de setembro de 2023 e se demitiu em dezembro, tal como nos dias que se seguiram as direções do Jornal de Notícias e do jornal desportivo O Jogo, na sequência do anúncio pela administração do GMG do despedimento de 150 a 200 trabalhadores para evitar “a mais do que previsível falência do grupo“.

Ao final da tarde de segunda-feira, o Sindicato dos Jornalistas (SJ) referiu que uma parte dos trabalhadores do GMG ainda não tinha recebido o salário de dezembro e avançou que vai pedir a intervenção da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).

Em comunicado, a estrutura sindical disse que “a 15 de janeiro, os trabalhadores da Global Notícias”, uma das sociedades do grupo, “continuam sem receber o salário de dezembro, esperam pelo subsídio de Natal e uma explicação da administração, que parece incapaz de encontrar soluções para os problemas do grupo”.

O Sindicato dos Jornalistas está perplexo com a postura da Comissão Executiva do Global Media Group“, indicou, salientando que “hoje, 15 de janeiro, quando os trabalhadores da Global Notícias esperavam um esclarecimento da Comissão Executiva (CE) a explicar porque ainda não receberam os salários de dezembro, receberam um ‘email’ a anunciar um diretor interino na TSF”.

Quase uma semana depois de José Paulo Fafe, presidente da CE, ter dito, na Assembleia da República [AR] que ia tentar pagar os salários em atraso até segunda ou terça-feira, os trabalhadores da Global Notícias, empresa do Global Media Group que engloba o Jornal de Notícias, o Diário de Notícias, várias revistas e o desportivo O Jogo, continuam sem receber o salário de dezembro, a que acresce a falta do subsídio de Natal, em mora desde 07 de dezembro e sem qualquer explicação também“, lamentou.

Segundo o SJ, “estas condições aplicam-se unicamente aos trabalhadores da empresa Global Notícias, uma vez que os trabalhadores de outras empresas do grupo — Rádio Notícias (TSF), Rádio Comercial Açores, Açoriano Oriental, a gráfica Naveprinter e a Notícias Direct receberam o salário de dezembro entre a primeira e a segunda semana deste mês”, recordando ainda “a greve mobilizadora, na empresa e na classe, a 10 de janeiro”

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Porto da Figueira da Foz lança concurso de 24 milhões para receber navios maiores e “aumentar eficiência das operações”

Investimento vai permitir ao Porto da Figueira da Foz receber navios até 140 metros de comprimento e oito metros de calado. Obra deve arrancar ainda este ano e tem prazo de execução de 460 dias.

A Administração do Porto da Figueira da Foz aprovou o lançamento de um concurso público internacional, com o preço base de 24,3 milhões de euros, para melhorar as acessibilidades marítimas e das infraestruturas do Porto da Figueira da Foz. A obra deve arrancar durante o último trimestre deste ano e tem um prazo previsto de execução de 460 dias.

“Esta empreitada é estrutural para o porto na medida em que capacitará as suas infraestruturas para receber navios de maior porte, dando resposta à tendência mundial de aumento da dimensão dos navios que operam no mercado, reforçando, ainda, as condições de segurança da navegabilidade e aumentando a eficiência das operações portuárias, permitindo ganhos de competitividade económica e ambiental”, explica o Porto da Figueira da Foz.

Este investimento vai permitir ao Porto da Figueira da Foz receber navios até 140 metros de comprimento e oito metros de calado, contra os atuais limites de 120 metros e 6,5 metros.

Porto da Figueira da FozPorto da Figueira da Foz

A empresa portuária realça que “esta obra, de grande relevância para o crescimento da economia regional e nacional, conta com a participação do setor privado no seu financiamento, nos termos do protocolo assinado em 25 de setembro de 2019 entre a Administração do Porto da Figueira da Foz, operadores portuários e principais clientes a operar no porto”.

No âmbito desta empreitada será celebrado um protocolo com a Câmara Municipal da Figueira da Foz e a Direção-Geral do Património Cultural, com vista à salvaguarda, valorização e musealização do Património Cultural.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Diana Cabral Botelho lança FidesLaw no setor da advocacia

Um projeto da advogada Diana Cabral Botelho, com o foco no Imobiliário, Contencioso,Corporate, Propriedade Industrial & TMT, Fiscal, Direito da Família, Direito Laboral e do Direito Público.

O mercado da advocacia conta desde o início do ano com o novo player FidesLaw, um projeto da advogada Diana Cabral Botelho, com o foco no Imobiliário, Contencioso, Corporate, Propriedade Industrial & TMT, Fiscal, Direito da Família, Direito Laboral e do Direito Público.

Após oito anos de experiência integrada em sociedades de advogados, Diana Cabral Botelho, atualmente baseada em Ponta Delgada, lança o seu projeto próprio. “É importante para mim que o cliente se reveja na forma como trabalho e defendo os seus interesses e daí resulta a confiança que é a base da relação que estabelecemos”. “O objetivo nesta nova etapa é acima de tudo prestar um serviço de qualidade e que as pessoas se sintam acompanhadas. Na advocacia, importa colocar sempre em primeiro plano as pessoas”, acrescenta Diana Cabral Botelho.

A advogada é membro da Associação Nacional dos Jovens Advogados Portugueses (ANJAP), mestre em Direito Internacional e Relações Internacionais, pós-graduada em Direito Imobiliário e doutoranda em Teoria Política, Relações Internacionais e Direitos Humanos. Diana Cabral Botelho foi reconhecida em duas edições seguidas pelos Best LawyersTM em Portugal como Best Lawyers Ones to Watch em Real Estate.

A identidade gráfica da FidesLaw é da autoria da designer Verónica Pavão e a escolha do naming Fides, em latim, tem por base os valores de confiança, lealdade e fé.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Francesa Sogenial Immobilier estreia-se em Portugal com aquisição do Évora Retail Park

  • Joana Abrantes Gomes
  • 16 Janeiro 2024

Gestora de fundos imobiliários de origem francesa não adiantou o valor da operação, que ficou concluída em dezembro. Aquisição do Évora Retail Park é a estreia da Sogenial no mercado português.

A Sogenial Immobilier, gestora de fundos imobiliários, comprou o Évora Retail Park a uma instituição bancária. É a primeira aquisição em Portugal desta empresa de origem francesa, concluída em dezembro, em representação de um fundo pan-europeu. Tem como inquilinos a Worten, Sportzone, Rádio Popular e JOM, com um total de 8.000 metros quadrados.

Évora Retail Park

A consultora Cushman & Wakefield (C&W) atuou no processo de venda para a entidade vendedora, enquanto a Sogenial foi assessorada pelo escritório de advogados pbbr, que também já tinha assessorado a empresa na aquisição do armazém industrial da Equanto, em Arruda dos Vinhos.

Citado em comunicado, o presidente da gestora de fundos imobiliários destaca a “importância” desta transação, considerando que Portugal apresenta-se “cada vez mais como um destino de investimento sólido, com fundamentais muito interessantes”. “Estes levam-nos a querer crescer em Portugal, que se tornou no terceiro mercado do nosso fundo pan-europeu”, adiantou Jean-Marie Souclier.

Já Francisco Seabra Ferreira, Head of Real Estate para a Serris REIM em Portugal, realça o “posicionamento de referência na cidade de Évora” e “a qualidade dos lojistas nos diversos setores, associados a sólidos contratos de longa duração”.

A Sogenial Immobilier, empresa de origem francesa e com presença em Portugal, foca a sua atividade na gestão de investimentos e gestão de ativos nos mais variados setores, como retalho, escritórios, logística ou saúde. Atualmente, tem um portefólio de fundos num total superior a 1.000 milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Julgamento do caso BES arranca a 28 de maio

Ricardo Salgado e os restantes 18 arguidos vão começar a ser julgados a 28 de maio. No caso são imputados 65 crimes ao ex-banqueiro, nomeadamente associação criminosa, corrupção e branqueamento.

Já há data para o arranque do julgamento do caso BES. Ricardo Salgado e os restantes 18 arguidos vão começar a ser julgados a 28 de maio, avançou a CNN Portugal.

Foi a 31 de julho de 2023, que o juiz de instrução do processo BES/GES decidiu que Ricardo Salgado, ex-homem forte do BES, iria a julgamento. Uma decisão que surgiu nove anos depois da queda do banco que Salgado liderou durante décadas e que terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.

Todos os arguidos vão a julgamentos nos exatos termos da acusação, à exceção de cinco. No caso são imputados 65 crimes ao ex-banqueiro, nomeadamente associação criminosa, corrupção ativa, falsificação de documento, burla qualificada, branqueamento, infidelidade e manipulação de mercado.

Considerado um dos maiores processos da história da justiça portuguesa, este caso agrega no processo principal 242 inquéritos, que foram sendo apensados, e queixas de mais de 300 pessoas, singulares e coletivas, residentes em Portugal e no estrangeiro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Parceira da Galp no lítio recebe 942 milhões do BEI para expandir fábrica de baterias na Suécia

Valor servirá para expandir a capacidade da gigafábrica da empresa sueca no seu país de origem e faz parte de um financiamento de cerca de 4,6 mil milhões de euros.

A Northvolt recebeu um financiamento de 942,6 milhões de euros do Banco Europeu de Investimento (BEI) para expandir a fábrica de baterias para veículos elétricos, no norte da Suécia, e integrar naquela unidade um sistema de reciclagem. O valor faz parte de um financiamento de cerca de 4,6 mil milhões de euros, considerado “o maior empréstimo ecológico obtido na Europa até à data”.

De acordo com a nota divulgada esta terça-feira, do bolo total deste financiamento, 453,6 milhões de euros são concedidos ao abrigo de uma garantia emitida pelo Riksgälden, o serviço nacional de dívida sueco, e 362,9 milhões de euros são garantidos ao abrigo do programa InvestEU, da Comissão Europeia. Por último, os restantes 126,1 milhões de euros da totalidade do pacote serão concedidos sob a forma de empréstimos através dos bancos comerciais.

Peter Carlsson, cofundador e diretor executivo da Northvolt, considera que este financiamento “é um marco importante para a transição energética europeia” pois permitirá atingir “todo o potencial da Northvolt” na produção de baterias.

Este será o segundo apoio financeiro que a parceira da Galp para a construção de uma refinaria de lítio em Portugal recebe num espaço de um mês para a construção de gigabaterias. A 8 de janeiro, o Financial Times dava conta que a Comissão Europeia tinha aprovado um cheque de 902 milhões de euros para a construção de uma fábrica na Alemanha.

Esta não é a primeira vez que a Northvolt recebe apoio do BEI. Em 2018, o BEI apoiou a empresa com um empréstimo de 52,5 milhões de euros, ao abrigo do programa InnovFin da União Europeia, a que se seguiu um empréstimo de 319 milhões para a construção da primeira fase da gigafábrica da Northvolt Ett, em Skellefteå, apoiado pelo Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (FEIE), o antecessor do programa InvestEU.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Parque empresarial do Mundão vai ter nova ligação rodoviária de 10,7 milhões em Viseu

Infraestruturas de Portugal já assinou a consignação da empreitada para a construção de um troço de ligação entre a A25/IP5 e a EN229, na zona empresarial do Mundão, no concelho de Viseu.

A Infraestruturas de Portugal avançou com a consignação da empreitada para a construção de um troço de ligação entre a A25/IP5 e a EN229, na zona empresarial do Mundão, localizada no concelho de Viseu. A obra de 10,7 milhões de euros, financiada pelo Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), tem como objetivo melhorar as acessibilidades rodoviárias em Viseu e aumentar a competitividade das empresas instaladas no parque empresarial do Mundão.

“A grande importância desta obra que, conjugada com a empreitada de melhoria do traçado e alargamento da plataforma rodoviária da EN229 entre Sátão e Viseu que estamos a realizar, irá contribuir de forma decisiva para o reforço da segurança e redução dos tempos de percurso das acessibilidades ao parque empresarial do Mundão, beneficiando a mobilidade das populações e a competitividade das empresas desta região do interior centro do nosso país”, afirma presidente da IP, Miguel Cruz, em comunicado.

O troço de estrada a executar insere-se no concelho de Viseu, terá uma extensão aproximada de cinco quilómetros, com início num novo nó de ligação ao antigo IP5 (aproximadamente ao quilometro 95,500) e termina numa nova rotunda, também a ser construída no âmbito desta empreitada, localizada ao quilometro 69,300 da EN229.

A Infraestruturas de Portugal soma 20 obras lançadas no âmbito do PRR, sendo que uma está já concluída. É a empreitada de construção da ligação rodoviária à Área Industrial de Fontiscos e de Reformulação do Nó de Ermida (Santo Tirso). Onze encontram-se em execução no terreno, sendo que as restantes oito estão em fase de contratação.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.