Espanhola Monday entra em Portugal com cowork no Marquês

O espaço, com capacidade para 600 pessoas, tem abertura prevista para o terceiro trimestre.

A rede espanhola de espaços de escritórios flexíveis Monday prepara-se para entrar no mercado português com a abertura de um cowork no Marquês de Pombal, em Lisboa. O espaço, com capacidade para 600 pessoas, tem abertura prevista para o terceiro trimestre.

“Escolhemos a cidade de Lisboa pelo seu excelente ecossistema empresarial para trazer o nosso conceito de escritórios flexíveis para Portugal. Estamos convencidos de que todos os seus cidadãos vão apreciar o valor acrescentado que a Monday traz para setor, com um modelo baseado em espaços de escritórios abertos 7/24/365, que combinam o trabalho com uma oferta de lazer”, afirma Xavi Bassons, CEO da empresa, citado em comunicado.

O cowork da Monday irá instalar-se na zona do Marquês, num edifício de 11 andares, propriedade da Zurich, com 4.500 metros quadrados de área – o maior da rede – e com capacidade para 600 pessoas. O espaço, cuja remodelação está a cargo da empresa de construção Lock do gabinete de arquitetura e design Vivim Studio, irá oferecer salas de reunião, terraço, cantina, cabinas telefónicas, área de jogos de mesa, ginásio e parque de estacionamento.

“Os utilizadores podem beneficiar de serviços profissionais de aconselhamento empresarial para procedimentos administrativos em matéria de contabilidade, gestão, consultoria e marketing, bem como de um vasto calendário de eventos e conferências”, destaca a rede, detida pela Urbania, empresa de desenvolvimento, investimento e gestão de projetos imobiliários.

Os espaços estão disponíveis em regime de hot desk (secretária flexível em área comum), fixed desk (secretária atribuída em área partilhada) e escritório privado. “O utilizador tem também a possibilidade de contratar vales diários, semanais ou mensais.”

Com abertura prevista para “terceiro trimestre de 2024”, o cowork de Lisboa é o 11.º da rede que conta com mais nove espaços de trabalho flexível em Espanha – cinco em Barcelona, três em Madrid, uma em Málaga – e um em Andorra, totalizando 25.000 metros quadrados de área e capacidade para mais de 3.500 utilizadores.

Desde o seu lançamento em 2018, a empresa abriu nove espaços de trabalho flexível em Espanha e 1 em Andorra, totalizando 25.000 metros quadrados e capacidade para mais de 3.500 utilizadores.

Para este ano, a Monday estima abrir dois novos espaços em Espanha, elevando para 13 o número de coworks e para cerca de 35.000 metros quadrados a área, aumentando para mais de 5.000 a capacidade de acolher profissionais. Madrid, Barcelona ou Málaga ou “outras localidades, são algumas das opções que estamos a considerar”, diz o CEO. Com estas aberturas, a empresa estima aumentar 25% as receitas, face aos 12 milhões registados no ano passado.

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Bruno Ferreira assume direção editorial da DAZN Portugal 

  • + M
  • 9 Abril 2024

Além da direção editorial, Bruno Ferreira vai também liderar as equipas de produção, programação e da plataforma digital da DAZN em Portugal.

A direção editorial em Portugal da DAZN passa agora a ser liderada por Bruno Ferreira, que integra o grupo depois de 10 anos como editor de desporto na Media Capital. Bruno Ferreira vai também ser responsável por liderar as equipas de produção, programação e da plataforma digital da DAZN em Portugal.

“A DAZN é a maior plataforma de entretenimento desportivo do mundo e, devido à diversidade de conteúdos em direto e on demand, requer uma nova estratégia de integração multiplataforma e uma forte coordenação das várias equipas de programação e editoriais com um objetivo em comum: entregar o melhor do desporto aos portugueses”, diz Jorge Pavão de Sousa, diretor-geral da DAZN Portugal, citado em comunicado.

Temos a confiança de que o Bruno será fundamental nesta nova etapa e que vai trazer a experiência e a visão necessária para a DAZN em Portugal”, acrescenta.

Já Bruno Ferreira refere que “é uma grande responsabilidade gerir os conteúdos de uma casa que tem as melhores competições de futebol da Europa, enquanto paralelamente está a apostar e aumentar o interesse em modalidades como a NFL, o boxe e a MMA. Os portugueses vibram com o desporto de uma forma especial e merecem conteúdos de qualidade para algo a que dedicam tanta atenção”.

Na Media Capital, onde esteve um total de 22 anos, Bruno Ferreira era responsável pela estratégia e conteúdos dos programas desportivos dos canais TVI e CNN, descreve a plataforma. Conta também no seu currículo com a cobertura de eventos internacionais como o Euro 2004 e 2008 ou a coordenação da primeira final da UEFA Champions League em Portugal (2014).

Outra das novidades do grupo DAZN, esta a nível mundial, passa pela nomeação de Elena Novokreschenova enquanto “CEO Global do Freemium”, a qual decorre da estratégia da marca para o crescimento do negócio que passa pela disponibilização gratuita de vários jogos e conteúdos.

Elena Novokreschenova será responsável pela gestão de toda a estratégia de conteúdos grátis com o objetivo de continuar a aumentar o número de utilizadores registados na plataforma digital da DAZN, disponível em todos os smartphones e smart TVs.

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FCT e PlanAPP vão financiar 18 projetos científicos para apoiar políticas públicas

  • Lusa
  • 9 Abril 2024

Entre as 71 candidaturas submetidas, as 18 selecionadas incidem sobre áreas como habitação, pobreza, ambiente. Cada projeto terá direito a um financiamento entre 40 mil e 50 mil euros.

A Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e o PlanAPP vão financiar 18 projetos de investigação, destinados a apoiar a definição de políticas públicas em temas como a pobreza, desigualdades ou inteligência artificial.

Os 18 projetos selecionados, no âmbito do concurso lançado em setembro pela FCT em articulação com o Centro de Competências de Planeamento, Políticas e Prospetiva da Administração Pública (PlanAPP), foram divulgados esta terça-feira.

Entre as 71 candidaturas submetidas, as 18 selecionadas incidem sobre áreas relacionadas com habitação, pobreza, ambiente e transição climática, educação, saúde, tecnologia e inovação.

Um dos projetos, por exemplo, propõe-se a estudar a avaliação e maximização do potencial de armazenamento de carbono em zonas húmidas, outro vai olhar para o fenómeno de habitação indigna nas áreas metropolitanas do Porto e Lisboa, no Algarve e na região autónoma da Madeira, e um terceiro pretende contribuir para “uma implementação mais informada” da implementação da regulação europeia da inteligência artificial em Portugal.

Em comunicado, o PlanAPP e a FCT explicam que a linha temática de cada estudo “corresponde a uma necessidade concreta das políticas públicas” identificadas Rede de Serviços de Planeamento e Prospetiva da Administração Pública e enquadradas nas agendas temáticas da estratégia Portugal 2030.

Por outro lado, no processo de seleção foram ainda valorizadas as colaborações com entidades da administração pública e parceiros da sociedade civil.

Ao fim de 12 meses, cada projeto deverá entregar um relatório com recomendações fundamentadas para os problemas identificados.

Com uma dotação orçamental total de um milhão de euros, através do Plano de Recuperação e Resiliência, a primeira edição do concurso ‘Science4Policy’ foi lançada em setembro.

Cada projeto selecionado receberá um financiamento máximo entre 40 e 50 mil euros, dependendo da linha temática.

Em fevereiro, foi lançada a segunda edição do concurso, cujos resultados deverão ser conhecidos em julho.

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Governo de Costa ignorou recomendações sobre abandono escolar, diz Tribunal de Contas

Entidade liderada por José Tavares lamenta que não tenham sido "tomadas medidas" para ultrapassar "as várias insuficiências e deficiências que tinham sido identificadas pela auditoria” feita em 2020.

Uma auditoria do Tribunal de Contas (TdC) divulgada esta terça-feira conclui que o Governo liderado por António Costa não cumpriu “nenhuma das seis recomendações” formuladas por aquela entidade em 2020, tendo em vista superar as “insuficiências e deficiências” detetadas na monitorização do abandono escolar precoce.

Em causa está uma auditoria realizada pela entidade liderada por José Tavares que tem como intuito examinar as medidas adotadas para acolher as recomendações formuladas” pelo TdC num relatório divulgado em julho de 2020. Na altura, o tribunal apontava que não eram conhecidos “os reais números do abandono” escolar em Portugal, apesar dos “francos progressos” feitos pelo país nesta aérea.

O relatório identificada vários problemas nomeadamente no mapeamento do abandono escolar, “frustrando quer a implementação eficiente das medidas preventivas e de recuperação dos alunos em abandono ou em risco de abandono, quer o direcionamento adequado do financiamento“. Por isso, emitiu seis recomendações.

Mais de três anos volvidos, a nova auditoria revela “que não foi acolhida nenhuma das seis recomendações formuladas” e lamenta que não tenham sido “tomadas medidas para suprir as várias insuficiências e deficiências que tinham sido identificadas”.

No que toca à “definição de uma estratégia global para o combate ao abandono que integre uma estrutura de monitorização e avaliação”, o TdC realça que, apesar dos “programas e medidas para promoção do sucesso escolar” em curso, a “monitorização e avaliação de medidas específicas permanecem autónomas e com periodicidade diversa”, o que impossibilita “uma panorâmica global e integrada do combate ao abandono”

Por outro lado, a entidade liderada por José Tavares critica ainda o facto de continuarem “por definir conceitos uniformizados” sobre o abandono escolar precoce, bem como “por estabelecer os indicadores para a sua medição”, o que origina “desconformidades de registo pelas Escolas nos sistemas de informação, também sem melhorias, comprometendo a fiabilidade dos dados”.

Ao mesmo tempo, destaca que o Ministério então liderado por João Costa não procedeu “à sistematização e mapeamento do Abandono e das suas razões” e “não existe um sistema de gestão escolar que concentre a informação dos alunos e formandos”, o que origina “duplicação de registos e erros nos dados”. “Nem a DGEEC, até maio de 2022, nem, posteriormente, o IGeFE promoveram quaisquer ações que tenham colmatado tais deficiências e, segundo este, existem trabalhos suspensos em virtude da restruturação dos serviços e, entretanto, anunciou estar a desenvolver procedimentos para concretizar a interoperabilidade dos sistemas”, critica.

Já no que toca aos sistemas de controlo, o TdC diz que “as escolas continuam sem os elementos necessários para o controlo de matrícula”, pelo que o “controlo de frequência permanece fragilizado por insuficiências dos sistemas de informação e por procedimentos não automáticos”. Por fim, e no que respeita à “promoção da transparência e do detalhe no Programa Orçamental, onde se mostre evidenciado, designadamente, o montante afeto ao combate ao abandono”, o tribunal lamenta que não se tenha registado “qualquer evolução na transparência e detalhe da informação”.

Num longo contraditório de 11 páginas, enviado ao TdC e assinado pelo então chefe de gabinete Jorge Sarmento Morais, refuta a generalidade das críticas referindo que se registam “avanços ao nível da identificação e construção de indicadores que, de forma direta ou indireta, contribuem para monitorizar” a evolução do abandono escolar, cujos “resultados ficam manifestamente patentes na redução progressiva e consistente” deste fenómeno.

Por outro lado, quanto à crítica de não haver uma “definição clara e inequívoca” dos conceitos de abandono escolar e de risco de abandono, o anterior Executivo sublinha que este indicador “é definido a nível europeu”. Por fim, assegura ainda que “as diversas iniciativas, medidas e programas existentes” têm contribuído para reduzir as taxas de abandono escolar e procuram “fundamentalmente atuar nas causas, também elas diversas e complexas, do fenómeno”.

E dá como exemplo as gratuitidade das creches e o reforço na ação social escolar para referir que essas medidas ajudam a “reduzir o risco de abandono”, apesar de considerarem não ser correto “contabilizar essa despesa estritamente na perspetiva do abandono”. Nesse sentido, o anterior Executivo considera que “não é de facto líquido” que “seja possível e correto fomentar uma maior transparência e um maior detalhe do montante afeito ao combate ao abandono”. De recordar que em 2023, a taxa de abandono escolar precoce aumentou para 8%, quebrando a tendência gradual de queda que se registava desde 2017.

(Notícia atualizada)

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Novas regras sobre publicidade política na UE entram em vigor

  • Lusa
  • 9 Abril 2024

A partir de agora, a publicidade política deve ser claramente identificada como tal, indicando quem a pagou, a que preço, a que processo eleitoral ou legislativo está associada e se é direcionada.

As novas regras para a publicidade política na União Europeia, que obrigam a que seja claramente identificada como tal e proíbem o patrocínio de propaganda por países terceiros nos três meses anteriores a eleições, entram esta terça-feira em vigor.

A partir de agora, a publicidade política deve ser claramente identificada como tal, indicando quem a pagou, a que preço, a que processo eleitoral ou legislativo está associada e se é direcionada.

Ao abrigo do novo regulamento — que estabelece normas comuns no mercado interno em matéria de transparência e de seleção da publicidade políticaestá ainda limitada a utilização abusiva de dados pessoais e proibido o patrocínio de publicidade proveniente do exterior da União Europeu (UE) três meses antes de uma eleição ou referendo.

Com as novas regras, Bruxelas quer ainda que os cidadãos da UE possam identificar as mensagens que procuram influenciar as suas opiniões e decisões políticas. As regras aplicar-se-ão já nas eleições para o Parlamento Europeu, de 06 a 09 de junho.

O regulamento exige que os prestadores de serviços forneçam publicidade política na UE, independentemente do Estado-membro em que o patrocinador esteja estabelecido.

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Antiga Qimonda e Infineon escolhem Vila do Conde para novo centro de semicondutores

A unidade portuguesa da Amkor vai acolher um novo centro dedicado às embalagens e testes de semicondutores. Centro deve estar em funcionamento na primeira metade de 2025.

A gigante americana AmkorTechnology e a InfineonTechnologies escolheram Portugal para abrir um novo centro de embalagens e testes de semicondutores, um projeto que resulta de uma parceria entre ambas as empresas e que pretende aumentar a independência da Europa em matéria de semicondutores.

O novo centro ficará situado na fábrica que a Amkor tem em Vila do Conde. As empresas, ambas com unidades industriais na região do Porto e que empregam várias centenas de trabalhadores no país, preveem que o centro esteja em funcionamento na primeira metade de 2025.

Especializada em packaging, montagem e teste de semicondutores, a fábrica da ATEP – Amkor Technology Portugal, que tem atualmente cerca de 800 trabalhadores, irá expandir as suas instalações em Vila do Conde (distrito do Porto) e gerir a linha de produção, fornecendo espaço dedicado para salas limpas, enquanto a Infineon ficará responsável por fornecer uma equipa responsável por dar apoio na área de engenharia e desenvolvimento.

A parceria entre as duas empresas vai permitir reforçar a aposta na montagem e teste de semicondutores, fortalecendo a cadeia de abastecimento europeia de semicondutores e contribuindo para torná-la mais resiliente – especialmente para os clientes do setor automóvel, escolhendo Portugal para centralizar esta aposta.

“A Infineon e a Amkor estão a aumentar a resiliência geográfica e a segurança de fornecimento para os nossos clientes. Juntos, estamos a reforçar a importância da Europa como local de fabrico de semicondutores”, apontou Alexander Gorski, vice-presidente executivo da Infineon.

Há 20 anos que a Infineon opera com sucesso um grande centro de serviços no Porto, agora com mais de 600 funcionários. Com o centro de produção conjunto, estamos a ficar ainda mais enraizados no excelente ecossistema de semicondutores de Portugal. Estamos ansiosos por aumentar ainda mais a nossa presença em Portugal.

Alexander Gorski

Vice-presidente executivo da Infineon

Alexander Gorski realçou ainda que “há 20 anos que a Infineon opera com sucesso um grande centro de serviços no Porto, agora com mais de 600 funcionários. Com o centro de produção conjunto, estamos a ficar ainda mais enraizados no excelente ecossistema de semicondutores de Portugal. Estamos ansiosos por aumentar ainda mais a nossa presença em Portugal“, rematou Gorski.

“A Amkor está orgulhosa por expandir a parceria com a Infineon”, adiantou Giel Rutten, presidente e CEO da Amkor. “Continuamos a investir na nossa fábrica no Porto, a expandir a capacidade ao mesmo tempo que ampliamos o nosso portefólio de embalagens avançadas e tecnologia de testes”, acrescentou Giel Rutten.

Continuamos a investir na nossa fábrica no Porto, a expandir a capacidade ao mesmo tempo que ampliamos o nosso portefólio de embalagens avançadas e tecnologia de testes.

Giel Rutten

CEO da Amkor

Para o CEO da Amkor, que há seis anos comprou à Nanium, a empresa que nasceu da falência da Qimonda e era detida pelo Estado (18%, através da AICEP), pelo BCP (41%) e pelo Novobanco (41%), esta colaboração com a Infineon representa mais um avanço para ambas as empresas para reforçar a resiliência da cadeia de fornecimento no mercado de semicondutores para os setores automóvel e industrial.

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Presidente do CFP pede ao Governo que “quantifique” medidas para professores e polícias

Nazaré da Costa Cabral vê "um conjunto muito significativo de medidas" com expressão relevante do ponto de vista orçamental cujo impacto se desconhece. Deviam ser quantificadas, avisa.

A presidente do Conselho das Finanças Públicas (CFP) apelou ao Governo e à oposição para que quantifique medidas políticas como a recuperação do tempo de serviço dos professores e a valorização das forças de segurança: “É importante que se faça o custeio, a quantificação, das mesmas. Compete desde logo ao Governo, a quem toma a decisão ou a quem apresenta essa medida que proceda à devida quantificação”, alertou esta terça-feira Nazaré da Costa Cabral.

A responsável falava numa conferência de imprensa para apresentação das novas perspetivas macroeconómicas do CFP, onde concretizou referir-se, principalmente, à recuperação do tempo de serviço dos professores, à atribuição de um subsídio de risco a todos os profissionais de segurança e às mexidas no Complemento Solidário para Idosos, com impacto ao longo da legislatura, sem esquecer as medidas de âmbito fiscal.

“Vai ser preciso muita cautela no modo como responsáveis políticos olham e anunciam novas medidas, seja do lado da despesa, seja do lado da receita”, avisou a presidente do CFP.

Apesar de a dívida pública ter descido em 2023 para 99,1% do PIB, um feito do anterior Governo, Nazaré da Costa Cabral considerou ser cedo para cantar vitória: “Não obstante a trajetória de redução da dívida a que se assistiu nos últimos anos, ainda estamos perante uma dívida pública muito elevada do PIB. Portanto, é muito importante manter sob controlo o saldo primário, e é muito importante que possa manter valores positivos e até cima dos próprios encargos com o pagamento de juros”, defendeu. Isso funcionaria como uma espécie de “garantia de sustentabilidade da própria dívida pública” portuguesa, explicou a economista.

Num relatório divulgado esta terça-feira, o CFP prevê que a economia portuguesa vai crescer 1,6% este ano, 1,9% em 2025 e 2,1% em 2026. Mas a análise é feita num cenário de políticas invariantes, isto é, não considera o impacto de novas medidas que venham a ser tomadas. Ora, a somar-se às medidas políticas já referidas estão ainda grandes obras públicas, como a construção do novo aeroporto e a introdução da alta velocidade ferroviária, por exemplo. “Um conjunto muito significativo de medidas que de facto podem vir a ter expressão relevante do ponto de vista orçamental”, apontou.

Além disso, Nazaré da Costa Cabral lembrou também que, já este ano, a apresentação do Programa de Estabilidade será substituída pela elaboração de um novo documento, com uma “filosofia” diferente, devido à entrada em vigor das novas regras orçamentais europeias: “Os programas de estabilidade este ano vão deixar de existir”, apontou a presidente do CFP, indicando que “os governos, neste momento, devem estar concentrados em fazer” os chamados planos estruturais orçamentais de médio prazo.

(Notícia atualizada pela última vez às 16h15)

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MP recorre da decisão que negou contrato de trabalho a 27 estafetas da Glovo

  • Lusa
  • 9 Abril 2024

Tribunal de Portimão não reconheceu contrato de trabalho entre 27 estafetas e a Glovo. O Ministério Público vai recorrer dessa decisão.

O Ministério Público vai recorrer da decisão que negou o direito a contrato de trabalho a 27 estafetas da plataforma Glovo, anunciou hoje a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Em resposta à Lusa, a PGR confirmou que “o Ministério Público vai recorrer da decisão”.

O Juízo do Trabalho de Portimão, da comarca de Faro, negou a existência de uma relação contratual entre 27 estafetas e a plataforma digital Glovo, rejeitando o reconhecimento de um contrato de trabalho, como pedido pelo Ministério Público (MP).

A decisão do tribunal da comarca de Faro, datada de 05 de abril e a que a Lusa teve acesso, recusa o reconhecimento da relação laboral pedida pelo MP, argumentado que não estão reunidos os pressupostos exigidos no Código do Trabalho.

Considerou também o juízo do trabalho de Portimão como provado um “conjunto de elementos” que “apontam no sentido da inexistência de uma relação com caráter de subordinação” entre os estafetas e a empresa.

O juiz Filipe Aveiro Marques não considerou provado que haja uma fixação de preço prestado pela empresa, argumentando que os estafetas podem recusar a realização do serviço inclusivamente por não concordarem com o preço, que o tribunal entende que é apresentado como uma proposta, não uma imposição, havendo também a possibilidade de o estafeta alterar o custo na plataforma para um valor que lhe seja mais benéfico.

O tribunal entende também que a plataforma não impõe aos estafetas regras para a forma como prestam o serviço, não controla a prestação da atividade, não impõe horários de trabalho e permite que os estafetas trabalhem para outras plataformas e considerou não provado que os instrumentos de trabalho, como telemóveis, mochilas isotérmicas e veículos, pertençam à empresa.

Já “em sentido contrário”, o tribunal aponta como provada a existência de um regime fiscal de prestadores de serviços, “que não é o dos trabalhadores dependentes”, a ausência de exclusividade, a possibilidade de os estafetas definirem o seu horário e local de trabalho, assim como o poder para subcontratarem um prestador que os substitua.

Contactada pela Lusa, a Glovo afirmou que o tribunal de Portimão “avaliou corretamente” ao decidir que o seu modelo de operação, “enquanto plataforma tecnológica de intermediação”, não tem características “que possam fazer presumir a existência de contrato de trabalho”.

“Esta sentença confirma aquilo que sempre defendemos: o distinto modelo de funcionamento da aplicação da Glovo segue os critérios estabelecidos na lei. Os estafetas que se decidem ligar à aplicação são trabalhadores independentes, que escolhem, livremente, quais os serviços a prestar e a quem, bem como o local, a forma e o momento em que o pretendem fazer”, defendeu a Glovo, que acrescentou estar “otimista que outras sentenças terão o mesmo desfecho”.

No início de fevereiro, numa decisão inédita em Portugal, o tribunal judicial da comarca de Lisboa reconheceu pela primeira vez a existência de um contrato de trabalho entre um estafeta e a Uber Eats Portugal, plataforma de entrega de refeições ao domicílio concorrente da Glovo, após o MP ter interposto uma ação com esse objetivo e na sequência de uma inspeção da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT).

Na altura, o tribunal de Lisboa fez para aquele caso uma interpretação em quase tudo divergente do que agora foi decidido no processo relativo à Glovo, considerando haver um controlo da atividade do prestador pela plataforma, restrições à recusa e aceitação de serviços e fixação da retribuição do estafeta, concluindo que a Uber Eats Portugal “não é uma mera intermediária na contratação de serviços entre estabelecimentos comerciais e estafetas”.

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Museu Aristides de Sousa Mendes é inaugurado no dia 19 de julho

  • Lusa
  • 9 Abril 2024

O secretário-geral da ONU, António Guterres, deve presidir à cerimónia de inauguração do museu em Carregal do Sal.

O Museu Aristides de Sousa Mendes em Carregal do Sal é inaugurado no dia 19 de julho, numa cerimónia que deverá ser presidida pelo secretário-geral da ONU, António Guterres. “O secretário-geral da ONU, António Guterres, fez-me chegar uma carta em que me diz que, se não houver um acontecimento internacional extraordinário, que terá todo o gosto de presidir à cerimónia de inauguração deste museu”, anunciou o presidente da Câmara de Carregal do Sal, Paulo Catalino Ferraz.

O presidente da Câmara de Carregal do Sal, no distrito de Viseu, confirmou também que a inauguração acontecerá em 19 de julho, dia do aniversário do nascimento de Aristides de Sousa Mendes (1885). “Tivemos uma tarefa muito difícil, que era conseguir finalizar as obras físicas e o lado museológico a tempo de abrir para o aniversário. Mas conseguimos e já temos a confirmação e a garantia de que vai ser mesmo em 19 de julho”, afirmou.

Paulo Catalino Ferraz assumiu que será um “dia muito importante” para o concelho e que espera contar, igualmente, “com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa e outras entidades nacionais e de outros países, onde esteve o cônsul”. “Também os jardins, que contávamos abrir mais tarde, serão inaugurados nesse dia e vamos conseguir inaugurar os dois espaços no mesmo dia e isso deixa-nos muito felizes e é uma justa homenagem a Aristides de Sousa Mendes”, realçou o autarca.

O dia 19 será ainda marcado pela atuação da Orquestra Clássica do Centro, nos jardins da Casa do Passal, que “contará também com a presença de muitas vozes como solistas e, algumas, de projeção nacional”. Na véspera, dia 18 de julho, na receção à família de Aristides de Sousa Mendes e aos descendentes dos refugiados, a Contracanto apresentará o musical que fez em homenagem ao diplomata, “Aristides”.

O presidente disse que a partir do dia 20 o museu estará aberto ao público e, “está já a ser trabalhado com os agrupamentos das escolas a visita dos alunos ao museu para conhecerem e aprenderem com o exemplo” do cônsul natural de Cabanas de Viriato, em Carregal do Sal. “A ideia é trabalhar esta iniciativa com todos os agrupamentos do país e também com escolas das cidades por onde passou o nosso cônsul, nomeadamente as europeias, como de França e do Luxemburgo, tendo em conta que é muito mais difícil conseguir isso com cidades do Brasil ou do Canadá”, acrescentou.

O museu, que terá uma exposição permanente e duas salas para exposições temporárias, ira acolher “uma ou duas vezes por ano mostras de museus das cidades por onde passou Aristides [de Sousa Mendes], assim como ligadas à temática do holocausto”. Sobre a direção do novo museu, Paulo Catalino Ferraz não quis revelar, “uma vez que a pessoa ainda tem ligações profissionais a outra instituição, mas é alguém com muito boa reputação na área da museologia”.

A inauguração coincide com as festas do concelho, que, este ano, regressam “ao modelo antigo de nove dias”, ou seja, entre 14 e 22 de julho.

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Governo deve procurar consensos com “moderados”, diz Moedas

  • Lusa
  • 9 Abril 2024

"Há partidos que são os moderados do sistema, e, portanto, esses partidos devem dialogar exatamente porque os extremos são perigosos, os extremos à direita e os extremos à esquerda", disse o autarca.

O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), defendeu esta terça-feira que o Governo tem de dialogar com os “moderados do sistema”, quando questionado sobre a sugestão do ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho de aproximação social-democrata ao Chega.

“Respeito muito todo o sistema e todos os partidos do sistema, mas há partidos que são os moderados do sistema, e, portanto, esses partidos devem dialogar exatamente porque os extremos são perigosos, os extremos à direita e os extremos à esquerda”, disse Carlos Moedas, questionado pelos jornalistas, à margem da 2.ª edição do Foro La Toja – Vínculo Atlântico, que decorreu em Lisboa. Carlos Moedas afirmou que é preciso ter em conta os “perigos dos extremos”, que “normalmente são os que não querem dialogar, à esquerda e à direita”, mas “destruir o sistema”.

“Eu penso que os partidos do centro não querem destruir o sistema, querem trabalhar com o sistema, e é muito importante para as pessoas, porque os extremos hoje, à esquerda e à direita, aquilo que querem é destruir o sistema, destruir de maneiras diferentes, obviamente, com ideias diferentes, com as quais não concordo, nem de um lado, nem de outro”, sublinhou.

Sobre a carta enviada na segunda-feira pelo líder do PS, Pedro Nuno Santos, ao primeiro-ministro do Governo da AD (Aliança Democrática, coligação pré-eleitoral que juntou PSD, CDS-PP e PPM), Luís Montenegro, na qual o secretário-geral socialista mostra abertura para negociar um acordo que, em 60 dias, resolva a situação de certos grupos profissionais da administração pública, Carlos Moedas considerou que “o diálogo é sempre um bom sinal”.

Aquilo que eu vi até agora é que também temos um primeiro-ministro que está aberto ao diálogo, e é muito bom sinal uma carta trocada, mas eu penso que não é com cartas que se resolvem as situações”, disse. Moedas sublinhou, contudo, que não quer dar conselhos, porque não é conselheiro, mas presidente da Câmara de Lisboa, onde governa em minoria.

Na Câmara de Lisboa esse diálogo, como sabemos, é feito com todos os partidos à volta da mesa, mas obviamente com o Partido Socialista, que é o maior partido da oposição. É com ele que eu também dialogo todos os dias e que trabalho todos os dias”, acrescentou. O autarca apelou à responsabilidade de quem governa e destacou que também “é importante a responsabilidade da oposição, neste caso obviamente do Partido Socialista”, porque “todos os portugueses querem estabilidade”.

A 2ª edição do Foro La Toja – Vínculo Atlântico, promovida pelo Grupo Hotusa e Fundación La Toja, pretende ser um espaço de diálogo, reflexão e defesa da democracia liberal, e este ano abordou a transição para a democracia de Portugal e Espanha, com o apoio da Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril.

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DLA Piper assessora Redevco em investimento em portfólio de hotéis na Península Ibérica

A DLA Piper assessorou a Redevco na criação e implementação de uma joint venture focada no investimento num portfólio de hotéis de elevado valor na Península Ibérica, num valor de 300 milhões.

A DLA Piper assessorou a empresa imobiliária privada Redevco na criação e implementação de uma joint venture focada no investimento num portfólio de hotéis de elevado valor na Península Ibérica, com um valor total de cerca de 300 milhões de euros.

A equipa multijurisdicional da DLA Piper que assessorou todas as fases da transação foi liderada pelos sócios Orson Alcocer, Miguel Baz e Joaquin Hervada em Madrid, Hans-Mark Giezen, Jochem Beurskens e Jean Paul Dresen em Amesterdão e Luis Filipe Carvalho em Lisboa.

Participaram ainda na transação Alejandro Márquez e María Alonso, da DLA Piper Espanha, Jean Paul Dresen, Stefan Spaans e Gabriël Alting, da DLA Piper Holanda, Clément Bourdon e Amin Bouazza, da DLA Piper Luxemburgo, e Paulo Anjo, da DLA Piper Portugal.

Estamos muito orgulhosos por termos assessorado a Redevco neste projeto, que nos permitiu utilizar a nossa capacidade de coordenar e implementar transações transfronteiriças e nos deu a oportunidade de trabalhar com os colegas dos escritórios da DLA Piper de diferentes jurisdições”, referem os sócios.

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Fragmentação do Parlamento pode ditar atrasos no PRR, alerta o CFP

Eventual falta de acordo entre os diversos grupos parlamentares quanto à aprovação da legislação referente aos marcos e metas estabelecidos no PRR, poderá pôr em causa o desembolso de algumas verbas.

A nova composição do Parlamento, resultante das eleições legislativas de março, pode travar a aprovação da legislação referente aos marcos e metas estabelecidos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e, consequentemente, “pôr em causa o desembolso” dos cheques da bazuca, alerta o Conselho das Finanças Públicas no relatório publicado esta terça-feira sobre as perspectivas económicas e orçamentais.

“Na sequência do novo quadro parlamentar resultante das eleições legislativas de março de 2024, sinaliza-se como risco para o cenário macroeconómico atual a eventual falta de acordo entre os diversos grupos parlamentares quanto à aprovação da legislação referente aos marcos e metas estabelecidos no PRR”, lê-se no documento.

“A não aprovação desta legislação poderá pôr em causa o desembolso de algumas verbas programadas ao abrigo do PRR, penalizando a formação bruta de capital fixo [investimento], bem como a trajetória projetada para o produto real no horizonte temporal considerado” no relatório, alerta o o CFP. A economia nacional vai crescer 1,6% em 2024, segundo as previsões do CFP, com base num cenário de políticas invariantes, ou seja, sem considerar o impacto de novas medidas eventualmente tomadas. Um valor inferior à previsão do Banco de Portugal, de 2%, mas acima da inscrita no Orçamento do Estado para 2024, de 1,5%.

A instituição liderada por Nazaré Costa Cabral considera que a implementação do PRR, “que até 2023 teve um impacto marginal no saldo” orçamental, “pelo facto de o seu financiamento ter sido assegurado na quase totalidade por subvenções provenientes da União Europeia, passará a ter um impacto negativo no saldo até 2026 por via de uma crescente utilização da vertente de empréstimos do PRR”.

Recorde-se que com a reprogramação, submetida pelo Governo em maio de 2023 e aprovada pelo Conselho da União Europeia em outubro desse mesmo ano, houve um aumento da componente dos empréstimos (3,2 mil milhões) o que penaliza mais as contas públicas. A dotação global do PRR aumentou em 5,6 mil milhões de euros, passando a totalizar 22,2 mil milhões. “Deste montante, quase três quartos correspondem a subvenções no valor global de 16,3 mil milhões de euros, que, pela sua natureza, têm um efeito neutro no saldo. Os restantes 5,9 mil milhões correspondem à dotação máxima de empréstimos para financiar projetos que se refletirão na dívida pública e na sua maior parte no saldo orçamental”, explica o CFP.

O maior recurso a empréstimos para financiar despesas ao abrigo do PRR, “além de afetar a projeção da dívida pública numa maior dimensão face ao que estava previsto na versão original do plano, penaliza igualmente a projeção do saldo orçamental”, alerta o CFP. “O impacto negativo no saldo é relevante na medida em que a utilização desses empréstimos concentrar-se-á de uma forma crescente no triénio 2024-2026. Na versão original do PRR previa-se que os empréstimos assumissem maior expressão nos três primeiros anos (2021,2022 e 2023), o que não se concretizou dada a execução do PRR nesse período ter mostrado uma utilização marginal desses empréstimos.” Um reflexo dos atrasos na implementação da bazuca.

Segundo a Estrutura de Missão Recuperar Portugal (EMRP), o PRR reprogramado prevê o recurso a empréstimos para financiar despesas ao abrigo daquele plano em 2024, 2025 e 2026, respetivamente de 1.066 milhões, 1.714 milhões e 2.482 milhões, num total de 5.262 milhões nesse período. “Em percentagem do PIB, a magnitude daqueles impactos variará entre 0,4 e 0,8% do PIB, prevendo-se que o maior impacto ocorra no último ano de implementação do PRR (2026)”, diz o CFP.

Sublinhando que a execução do PRR deverá atingir o seu pico máximo em 2026, instituição liderada por Nazaré Costa Cabral perspetiva para esse ano um saldo orçamental “próximo do equilíbrio (0,1% do PIB), afetado pelo recurso a financiamento da despesa via empréstimos do PRR, que nesse ano deverão representar 0,8% do PIB de acordo com a reprogramação efetuada”. “Nos últimos dois anos, em consequência da dissipação do efeito destes empréstimos, projeta-se uma melhoria do excedente orçamental para 0,8% do PIB em 2027, o qual estabilizará no ano seguinte”, acrescenta o relatório.

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