Marcelo promulga diploma que prevê estágios remunerados para professores

  • Lusa
  • 22 Novembro 2023

"Apesar dos riscos dificilmente evitáveis de alguns custos qualitativos, atendendo à situação de carência vivida", o Chefe de Estado promulgou diploma que alarga as habilitações para dar aulas.

O Presidente da República promulgou esta quarta-feira, com um alerta para “custos qualitativos”, o diploma que altera as regras para educadores e professores poderem dar aulas nas escolas e que prevê, entre outras mudanças, o regresso dos estágios remunerados.

“Apesar dos riscos dificilmente evitáveis de alguns custos qualitativos, atendendo à situação de carência vivida, o Presidente da República promulgou o diploma do Governo que altera o regime jurídico da habilitação profissional para a docência na educação pré-escolar e nos ensinos básico e secundário”, refere a nota da Presidência que dá conta da promulgação.

Depois de um longo período negocial que terminou sem o acordo dos sindicatos, o Governo aprovou no início deste mês o decreto-lei que altera o regime jurídico da habilitação profissional para a docência na educação pré-escolar e nos ensinos básico e secundário, que foi hoje promulgado por Marcelo Rebelo de Sousa.

As novas regras, que entram em vigor no próximo ano letivo, permitem aumentar o número de candidatos à formação para a docência, sendo esta uma das medidas do Governo para aumentar o número de educadores e professores nas escolas públicas.

O ministro da Educação, João Costa, tem defendido que o novo diploma irá ajudar a fazer face à necessidade de professores que o país enfrenta e enfrentará nos próximos anos.

Até 2030 será preciso contratar cerca de 30 mil docentes, segundo um estudo da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, em colaboração com a Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), que alertou para a necessidade de avançar com medidas urgentes sob pena de os alunos ficarem sem professores.

O novo diploma define que os professores estagiários terão turmas atribuídas, em horários de 12 horas letivas, em vez de terem apenas algumas aulas assistidas. Os estágios serão remunerados de acordo com o primeiro índice de carreira e, tal como pedido pelos sindicatos, o tempo de serviço em estágio contará para concurso e futuras progressões após o ingresso na carreira.

Os professores orientadores nas escolas terão uma redução da componente letiva para poderem acompanhar os estagiários, com um mínimo de três horas de redução de componente letiva (quando acompanham apenas um estagiário), e um máximo de seis horas (para o acompanhamento de quatro estagiários).

O novo diploma atribui mais autonomia às Instituições de Ensino Superior (IES) para que possam avaliar as qualificações e habilitações dos licenciados que se candidatem aos mestrados em ensino. O diploma entrará em vigor no próximo ano letivo, 2024/2025, para que as IES tenham tempo para reorganizar o plano de estudos de acordo com as novas regras.

 

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Sete em cada dez CEO portugueses otimistas sobre crescimento da economia

Estudo revela ainda que a maioria dos CEO portugueses estão otimistas sobre as suas empresas, com 90% dos inquiridos a esperarem que as mesmas cresçam nos próximos três anos.

Sete em cada dez CEO portugueses estão confiantes no crescimento da economia nacional para os próximos três anos, apesar dos conflitos internacionais no Médio Oriente e na Ucrânia e da inflação, revela o KPMG CEO Outlook 2023, que conta com a colaboração de mais de 1.300 líderes internacionais, 50 dos quais portugueses.

De acordo com o estudo, 72% dos CEO portugueses dizem-se otimistas quanto ao crescimento económico do país nos próximos três anos, enquanto nos CEO internacionais a percentagem aumenta para 78%.

Em contrapartida, os líderes portugueses “não estão tão otimistas quanto ao bom desempenho da economia global nos próximos três anos”, com “apenas 42% a esperar que a economia global cresça durante esse período, lê-se. Já ao nível dos CEO internacionais a fasquia aumenta para 73%.

A maioria dos CEO portugueses estão “ainda mais otimistas” sobre as suas empresas: 90% dos inquiridos esperam que as mesmas cresçam nos próximos três anos, ao passo que nos CEO internacionais a percentagem encolhe para 77%.

Neste contexto, o estudo revela ainda que quase metade (40%) dos CEO em Portugal preveem, para os próximos três anos, que o seu negócio cresça entre 2,5% e os 4,99% ao ano. Já os CEO globais “são mais cautelosos e 47% antecipam um crescimento mais tímido, entre 0,01% e 2,49% para as suas organizações“, adianta a KPMG, em comunicado.

Não obstante, os empresários não são alheios ao contexto atual, com fatores como a inflação e as taxas de juro a pesarem nas perspetivas a médio prazo. “Isto explica o facto de as previsões para a evolução da economia nacional e das empresas serem significativamente mais baixas do que no estudo do ano passado, quando quase todos os CEO se mostravam otimistas quanto ao crescimento”, nota o estudo.

Neste âmbito, mais de metade dos líderes nacionais (56%) “concordam que o endurecimento das políticas monetárias poderá levar ao prolongamento de uma eventual recessão”, lê-se no comunicado.

Entre os principais riscos apontados pelo CEO em Portugal que podem afetar o crescimento das empresas a médio prazo estão as tecnologias emergentes e disruptivas (28%), seguido do risco operacional (22%) e do risco de quebra da cadeia de abastecimento (16%). Já os CEO internacional identificam a incerteza geopolítica como o principal risco para o negócio.

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Taxas Euribor descem a três, a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 22 Novembro 2023

A taxa Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses face a terça-feira. A taxa Euribor a 12 meses permanece, desde 30 de outubro, com um valor inferior ao da taxa a seis meses.

A taxa Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses face a terça-feira. Com as alterações de hoje, a taxa Euribor a 12 meses permanece, desde 30 de outubro, com um valor inferior ao da taxa a seis meses.

  • A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou hoje para 4,016%, menos 0,007 pontos do que na terça-feira, depois de ter subido em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008. Segundo dados do Banco de Portugal referentes a setembro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 38,1% do ‘stock‘ de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 35,7% e 23,4%, respetivamente.
  • No mesmo sentido, no prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho de 2022, recuou hoje, para 4,063%, menos 0,007 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
  • A Euribor a três meses também caiu hoje face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,962%, menos 0,011 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, em 26 de outubro, em Atenas, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela primeira vez desde 21 de julho de 2022, após 10 subidas consecutivas. A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a última deste ano, realiza-se em 14 de dezembro.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Ouro volta a superar fasquia dos 2.000 dólares por onça

Perspetivas de fim de subidas nas taxas de juro e dólar mais fraco tornam mais apelativo o investimento no ouro. Metal precioso negoceia em máximos de um mês.

O preço do ouro voltou a superar a fasquia dos 2.000 dólares por onça esta terça-feira, mantendo-se a negociar acima deste patamar. A subida dá-se numa altura em que os investidores esperam que a Reserva Federal dos EUA já tenha terminado a série de aumentos das taxas de juro, pressionando o dólar americano e os rendimentos das obrigações.

Na última sessão, o preço do metal precioso subiu 1,2%, para 2.008 dólares por onça, aproximando-se dos níveis mais altos num mês. Na sessão desta quarta-feira, continua a negociar próximo da fasquia dos 2.000.

Fonte: Refinitiv

“O cenário macroeconómico está a tornar-se favorável para o ouro, à medida que a moderação da inflação nos EUA aumenta as perspetivas para o fim do ciclo de aumento das taxas de juros dos EUA. O declínio nos [juros da dívida] dos EUA e no dólar americano estão a aumentar o apelo de investimento pelo ouro”, escreveram analistas da ANZ numa nota citada pela Reuters.

O CEO do grupo XS, Mohamad K. Ibrahim, salienta também numa nota que “após o abrandamento da incerteza e das preocupações sobre o conflito no Médio Oriente e as condições geopolíticas em todo o mundo, as expectativas para as taxas de juro dos EUA recuperaram o controlo sobre os movimentos dos preços do ouro”. “Pode-se dizer que os mercados estão a tentar regressar à estabilidade e aos preços ideais”, acrescenta.

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Rui Pinto condenado a seis meses de prisão com pena suspensa em França

  • Lusa
  • 22 Novembro 2023

Rui Pinto foi condenado esta quarta-feira a seis meses de prisão, com pena suspensa, pelo Tribunal Judiciário de Paris, por aceder ilegalmente a emails do Paris Saint-Germain.

Rui Pinto, o português que esteve na origem do processo Football Leaks, foi condenado esta quarta-feira a seis meses de prisão, com pena suspensa, pelo Tribunal Judiciário de Paris, por aceder ilegalmente a emails do Paris Saint-Germain.

O juiz concordou com a pena pedida pelo Ministério Público francês, durante uma audiência preliminar de admissão de culpabilidade, que também foi aceite por Rui Pinto, de 35 anos, responsável pela divulgação de informação privada que abalou os alicerces do futebol mundial.

“Aceito os factos de que sou acusado. Não encontro razão para prolongar mais o julgamento. Já estou há cinco anos envolvido em burocracia judicial em Portugal por factos que podem ser semelhantes àqueles pelos quais estou aqui presente”, afirmou o português, em tribunal.

Rui Pinto foi condenado por aceder e extrair dados de forma ilegal das caixas de correio eletrónico do diretor financeiro do PSG, do diretor-geral adjunto e de um assistente de gestão do bicampeão francês, entre 2015 e 2019, a partir de França, Portugal e Hungria.

Além da pena de prisão, suspensa, Rui Pinto foi também condenado ao pagamento simbólico de um euro de indemnização ao clube no qual alinham os futebolistas internacionais portugueses Nuno Mendes, Danilo, Vitinha e Gonçalo Ramos.

Rui Pinto foi condenado a quatro anos de prisão, com pena suspensa, no julgamento do processo Football Leaks, cuja leitura do acórdão foi realizada em 11 de setembro, no Juízo Central Criminal de Lisboa.

O principal arguido do caso foi condenado pela prática de um crime de extorsão na forma tentada, três de violação de correspondência agravado e cinco de acesso ilegítimo, caindo os restantes pela aplicação da lei da amnistia aprovada no âmbito da vinda do Papa a Portugal e por falta de provas.

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Vila de Rei investe 2,7 milhões na construção de 30 fogos a custos acessíveis

  • Lusa
  • 22 Novembro 2023

O município de Vila de Rei, no distrito de Castelo Branco, vai investir 2,7 milhões de euros na construção de 30 fogos para habitação a custos acessíveis.

O município de Vila de Rei, no distrito de Castelo Branco, vai investir 2,7 milhões de euros na construção de 30 fogos para habitação a custos acessíveis.

A medida surge no âmbito de um acordo de colaboração estabelecido entre a Câmara Municipal de Vila de Rei, a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMMT) e o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) para a execução do projeto “Habitação Acessível”.

“A construção de mais 30 fogos habitacionais a custos acessíveis vem dar uma importante resposta para um alojamento condigno a famílias com menores rendimentos ou para os mais jovens, que pretendemos fixar e atrair para o nosso território”, explicou, em comunicado, o presidente do município de Vila de Rei, Ricardo Aires.

O lançamento de dois concursos públicos para a construção 30 fogos para habitação no loteamento do Vale Galego já foi publicado em Diário da República.

O primeiro diz respeito à empreitada referente aos lotes 18 e 19 e engloba a construção de 12 fogos, com um preço base de 1.106.500,00 euros e um prazo de execução de 18 meses.

A segunda empreitada a executar nos lotes 15, 16 e 17 apresenta um preço base de 1.659.500,00 euros e tem também um prazo de execução de 18 meses.

As duas empreitadas englobam a construção de um edifício de três pisos em cada lote, com duas habitações unifamiliares em cada piso (um T2 e um T3).

Segundo Ricardo Aires, esta ação tem como objetivo “colmatar necessidades de habitação existentes no concelho” e reforçar o parque habitacional “para famílias que não encontrem respostas no mercado tradicional por incompatibilidade entre os seus rendimentos e os valores de renda praticados”.

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José Luís Carneiro confia moção a Vieira da Silva, Capoulas Santos e André Moz Caldas

No conselho que coordena a moção com que José Luís Carneiro concorre às diretas do PS estão ainda Carlos Zorrinho, Catarina Silva, Jamila Madeira, Jorge Lacão e Luís Parreirão, entre outros.

Os ex-ministros António Vieira da Silva e Luís Capoulas Santos, bem como o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros André Moz Caldas, são alguns dos nomes que fazem parte do conselho estratégico que coordena a moção com que José Luís Carneiro vai concorrer às diretas do PS.

A lista da equipa responsável pela coordenação conta ainda com nomes como Carlos Zorrinho, Catarina Silva, Jamila Madeira, Jorge Lacão, Luís Parreirão, Maria Antónia Almeida Santos, Rui Solheiro e Vasco Franco. Segundo fonte oficial, o texto final contará também com contributos de outros militantes e independentes especialistas nas várias áreas.

Em entrevista ao JN, Vasco Franco, antigo vereador do PS na Câmara de Lisboa, assegurou que a falta de habitação acessível nas cidades terá uma “prioridade muito grande” na moção. Sublinhou ainda que a crise na habitação é um problema de “emergência social” e que “não é possível ignorar”.

No dia 11 de novembro, José Luís Carneiro oficializou a entrada na corrida à liderança do PS, estando consciente da “grandeza do desafio”. Com o slogan “Por todos. Para todos”, o atual ministro da Administração Interna afirmou que avança para “garantir segurança, estabilidade e investimento ao país, e prometeu que levará diálogo ao seu partido e à atividade política”.

Além de José Luís Carneiro, na corrida pela liderança do Partido Socialista está também Pedro Nuno Santos, ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação, e Daniel Adrião. As eleições diretas internas para o cargo de secretário-geral socialista decorrem a 15 e 16 de dezembro.

PS diverge sobre gerigonça

A ex-ministra e coordenadora da moção estratégica de Pedro Nuno Santos ao congresso do PS, Alexandra Leitão, considera difícil reeditar a maioria absoluta nas próximas eleições e não fecha a porta a uma nova gerigonça à esquerda.

Reeditar uma maioria absoluta já sabemos que é muito difícil. O próprio sistema eleitoral português não é um sistema que favoreça as maiorias absolutas. Portanto esse é claramente um objetivo muito difícil”, disse a socialista em declarações à RTP2.

Para Alexandra Leitão, o PS não deve partir com uma “autolimitação” às possibilidades que tem, relembrando a “quebra do muro” de acordos parlamentares à esquerda que António Costa fez em 2015. “Esses muros não são para reeditar. Se são para depois acontecer ou não, veremos em função da forma concreta com que o Parlamento estiver constituído“, referiu.

Já a socialista e antiga eurodeputada Ana Gomes defende que a geringonça foi uma solução de “maior estabilidade” do que a maioria absoluta do Partido Socialista.

“O Governo que venha seja um Governo que implique uma negociação permanente, porque foi isso que tivemos na gerigonça. Acho que aí ficou demonstrado que a solução da gerigonça foi uma solução de maior estabilidade do que a atual maioria absoluta que acaba desta forma“, disse no programa “É ou não é” da RTP.

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Metade das empresas não tem ferramentas tecnológicas para prevenir fraude e corrupção

Estudo da Deloitte diz que cerca de um terço das empresas (37%) considera que houve um aumento ligeiro do número de ocorrências de fraude no mercado empresarial no último ano.

Apesar da maioria das empresas portuguesas (92%) considerar “muito importante” ter tecnologia para prevenir a fraude e a corrupção, apenas 52% das empresas admite ter essas ferramentas, de acordo com um estudo da Deloitte Corruption & Fraud Survey de 2023, divulgado esta quarta-feira. Cerca de um terço das empresas inquiridas no estudo considera que se verificou um aumento de ocorrências no último ano.

Quase um terço das empresas portuguesas (31%) assume não ter uma estrutura definida para prevenir a ocorrência de corrupção e outras infrações conexas. Entre os que afirmam dispor de uma estrutura definida, a existência de um código de conduta/código de ética (65%) e de um canal de whistleblowing (60%) são os procedimentos mais frequentemente utilizados.

De acordo com o estudo que reuniu 137 empresas portuguesas, as empresas que afirmam dispor de tecnologia para prevenir a fraude e corrupção usam essencialmente ferramentas especializadas de analytics para a deteção de fraude (39%) e ferramentas para background checks (38%).

“Com esta edição do Corruption & Fraud Survey, procura-se contribuir para uma maior consciencialização junto do mercado português sobre a importância de uma abordagem preventiva, detectiva e remediadora. Esperamos que as organizações possam utilizar este estudo para robustecer a sua capacidade de prevenção, deteção e gestão de riscos de corrupção e fraude a que possam estar sujeitas”, diz Paulo Fernandes, partner da Deloitte, citado em comunicado.

Tentativa de fraude no mercado empresarial aumenta

Cerca de um terço das empresas inquiridas (37%) consideram que se verificou um aumento ligeiro do número de ocorrências de fraude no mercado empresarial no último ano e 18% consideram que esse aumento foi significativo – números que representam um pequeno aumento face à edição do ano anterior.

O estudo da Deloitte permitiu ainda identificar que 23% das empresas inquiridas experienciaram eventos de fraude ou conduta imprópria no último ano, sendo os crimes cibernéticos, fraudes tecnológicas e o desvio de fundos/apropriação indevida de ativos as ocorrências mais comuns. Quando questionados sobre qual o principal motivo para estes eventos, quase metade (46%) referiram a existência de sistemas de controlo ineficientes, seguida pela falta de valores éticos (32%).

Quando questionados sobre os principais riscos de corrupção e infrações conexas enfrentados pelas próprias empresas, mais de metade dos inquiridos (63%) referiu a existência de conflitos de interesses não divulgados, revelando uma elevada preocupação com este risco.

Apenas uma pequena parte dos inquiridos dispõe de ferramentas como inteligência artificial direcionada para a deteção de padrões de fraude (14%) ou procedimentos especializados em eDiscovery (12%). A necessidade de alteração e integração dos sistemas internos existentes (30%) e custos elevados de software e hardware (26%) são os principais desafios identificados associados à tecnologia em matéria de prevenção de fraude.

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Crise política e abrandamento económico aumentam riscos para a estabilidade financeira, alerta Banco de Portugal

A somar aos desafios criados pela subida das taxas de juro, o Banco de Portugal considera que os riscos para a economia aumentaram com a crise política e com o abrandamento da atividade económica.

O Banco de Portugal revela que “os riscos para a estabilidade financeira aumentaram, refletindo a restritividade da política monetária, o abrandamento da atividade económica e, mais recentemente, a incerteza política”. No Relatório de Estabilidade Financeira de novembro, publicado esta quarta-feira, o Banco de Portugal refere que “o recente quadro de incerteza política que o país vive é uma nova fonte de risco”, apesar de sublinhar que este risco é mitigado “pela expectável aprovação do Orçamento do Estado para 2024 proposto pelo atual Governo.”

A instituição liderada por Mário Centeno considera também que as guerras na Ucrânia e no Médio Oriente acrescentam complexidade à condução de políticas, dado o potencial efeito sobre a inflação e a atividade económica. “Podem originar desvalorizações de ativos e subidas dos prémios de risco nos mercados financeiros internacionais”, destaca o regulador no relatório.

Entre os principais riscos e vulnerabilidades para a estabilidade financeira da economia nacional, o Banco de Portugal salienta quatro dinâmicas:

  • A pressão acrescida sobre as contas das Administrações Públicas,
  • O aumento do incumprimento das famílias mais vulneráveis,
  • A dificuldade das empresas para assegurar o serviço de dívida, em particular das mais vulneráveis,
  • A correção de preços no mercado imobiliário residencial.

O Banco de Portugal considera que a gestão e a monitorização do risco de taxa de juro assumem “uma importância acrescida para os bancos e para os supervisores”, tendo em conta o aumento galopante das taxas de juro no último ano.

Apesar destes alertas, o Banco de Portugal não reviu as suas previsões de crescimento para a economia nacional, que continuam a apontar para uma taxa de crescimento de 2,1% este ano e 1,5% no próximo ano.

Para o setor bancário, que tem uma exposição significativa ao mercado imobiliário residencial com uma predominância de empréstimos indexados à taxa de juro variável ou com prazo de refixação curto, o Banco de Portugal considera que o principal risco para o setor é “um potencial abrandamento mais significativo da atividade económica que possa estar associado a novas pressões inflacionistas que, por sua vez, justifiquem a manutenção da restritividade da política monetária por um período mais prolongado”.

A entidade liderada por Mário Centeno considera que a gestão e a monitorização do risco de taxa de juro assumem “uma importância acrescida para os bancos e para os supervisores”, tendo em conta o aumento galopante das taxas de juro no último ano, “com impacto já materializado na rendibilidade e no capital regulamentar dos bancos”.

Para evitar uma deterioração dos balanços e das operações dos bancos, o supervisor considera “fundamental que o setor bancário continue a promover a sua resiliência a potenciais choques adversos, conservando o capital gerado organicamente, e que incorpore ativamente a digitalização e a transição climática nas suas análises de risco, tendo também presentes os desenvolvimentos regulatórios associados”.

Num ambiente económico marcado por sinais de inversão do ciclo financeiro e redução do risco sistémico cíclico, o Banco de Portugal decidiu manter a percentagem de reserva contracíclica em 0% durante o quarto trimestre de 2023. No entanto, recentemente, obrigou a banca a criar uma reserva de capital num montante equivalente a 4% da carteira de crédito a particulares garantida por habitação, para se proteger de choques nos preços das casas.

“A implementação da medida teve em conta as reservas de gestão, atuais e prospetivas, dos bancos, mitigando o risco de pró-ciclicidade, ou seja, potenciais efeitos negativos sobre a capacidade de oferta de crédito”, justifica o regulador no relatório.

Além desta medida, no âmbito da recomendação macroprudencial, o Banco de Portugal anunciou no verão e baixou em outubro o choque na taxa de juro utilizado para o cálculo do rácio DSTI (“taxa de esforço stressada”) em 150 pontos base para contratos de crédito à habitação superiores a 10 anos, e proporcionalmente para as restantes maturidades.

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E-commerce: os novos desafios legais em vigor desde 2022

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  • 22 Novembro 2023

O primeiro episódio do podcast "Inovação e Tecnologia", da Morais Leitão, tem como protagonistas Inês Ferrari Careto, Mariana Soares David e João Brito.

Desde 2022, entrou em vigor uma legislação associada ao e-commerce que, desde então, tem trazido alguns desafios, principalmente às empresas, já que os direitos do consumidor ficaram ainda mais assegurados. Mas o que mudou com esta legislação? Quais foram os desafios legais associados a ela? E o que melhorou para os consumidores?

Estas e outras perguntas foram respondidas por Inês Ferrari Careto, associada principal da Morais Leitão, por João Brito, associado coordenador, e por Mariana Soares David, advogada sénior, no primeiro episódio do podcast “Inovação e Tecnologia” da Morais Leitão.

Falamos de e-commerce quando fazemos uma transação comercial digital, que envolve a compra de bens ou serviços através de um site ou de uma aplicação. E, nestes últimos tempos, a proteção do consumidor tem sido muito fortalecida neste âmbito”, começou por dizer Mariana Soares David.

O fortalecimento dos direitos do consumidor surgiu, de acordo com Inês Ferrari Careto, como consequência da legislação que entrou em vigor em 2022: “Em 2022, houve uma onda de legislação grande, que foi muito dirigida às empresas no âmbito digital e sempre numa perspetiva de alargar os direitos dos consumidores face a este tipo de empresas, em particular nestas legislações que vieram, muitas delas vindas da União Europeia. Uma noção muito significativa foi o alargamento da noção de bem para conteúdos e serviços digitais, ou seja, tudo o que sejam ebooks, softwares, cloudcomputing, plataformas de streaming, agora passam a ser consideradas como um bem para efeitos de defesa do consumidor e da legislação do consumidor”.

Neste âmbito, o prazo legal de garantia de um serviço ou produto foi um dos tópicos da conversa, uma vez que, com a nova legislação, também ele sofreu alterações. “O prazo legal de garantia é o período em que consumidor pode, perante o vendedor ou fabricante, pedir quatro coisas: a reparação do produto, a sua substituição, a redução do preço do produto ou a resolução do contrato. No caso de business to business o prazo é de seis meses, e, no caso dos consumidores, o prazo, que antigamente era de dois anos, passou a três anos“, explicou Mariana Soares David.

Além destas quatro possibilidades que o prazo legal de garantia oferece aos consumidores, João Brito acrescentou, ainda, mais dois meios que reforçam a proteção dos direitos do consumidor, nomeadamente as contraordenações e as nulidades dos contratos. “Sempre que forem afetados [os direitos do consumidor], o produtor pode incorrer numa contraordenação económica grave ou, para além disso, os próprios contratos ou cláusulas estabelecidos com o consumidor neste âmbito, que excluam ou que limitem estes direitos, serão nulos, ou seja, é como se não existissem aquelas cláusulas que, de alguma forma, possam afastar a possibilidade de o consumidor exercer estes direitos”, explicou.

Acompanhe, aqui, a conversa:

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O podcast “Inovação e Tecnologia” é uma iniciativa da Morais Leitão, que inclui um conjunto de oito episódios, onde se vão ouvir as opiniões de especialistas da área sobre os avanços da tecnologia, bem como várias explicações sobre o uso de diversas ferramentas disponíveis, tais como a Inteligência Artificial, os cripto-ativos e o e-commerce.

“E-commerce: quem terá de se adaptar ao DSA” é o tema do próximo episódio, que sairá já na próxima semana, no dia 29 de Novembro e conta com a participação de David Noel Brito, Teresa Neves e Inês Neves.

 

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Empresas portuguesas promovem menos mulheres, que ganham menos do que os homens

Na direção executiva das empresas portuguesas, por cada euro que é pago a um homem, uma mulher aufere apenas 89 cêntimos, diz um estudo do BCSD.

As empresas portuguesas ainda têm de “pedalar” para dar resposta ao problema da desigualdade de género. Quanto mais alto o cargo, menor é a prevalência de mulheres, que, ao longo da carreira, são menos promovidas do que os homens. Os salários “delas” também ficam aquém.

Estas são algumas das conclusões preliminares do estudo “Diversidade, Equidade e Inclusão no meio empresarial português”, apresentado pelo Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (BCSD Portugal) e elaborado em parceria com a consultora Ernst & Young (EY).

No estudo lê-se que nos processos de promoções internas a representação do género feminino é significativamente mais baixa, de 33,7%, em espelho com o 66,3% correspondente aos homens. “Portanto, as mulheres são discriminadas nas promoções. E têm qualificações iguais aos homens”, avalia António Pires de Lima, presidente do BCSD, em declarações ao ECO/Capital Verde.

“Naturalmente, se são menos promovidas, chegam a funções diretivas ou de administração menos mulheres do que homens”, continua o líder do BCSD. E de facto o estudo aponta que, no nível hierárquico mais baixo, “administrativos e operacionais”, o peso se distribui de forma quase igual pelos dois géneros, e no seguinte também. Mas, chegado ao nível de “Gestão e coordenação” os homens passam a clara maioria (66,1%), e, chegado ao patamar da direção executiva, o balanço é de 72,7% homens, face a 27,3% de mulheres.

Em paralelo verifica-se ainda que o género masculino tende a auferir um rendimento mais alto do que o género feminino. Esta diferença acentua-se na Direção Executiva. Nestes cargos, por cada euro que é pago a um homem, uma mulher aufere apenas 89 cêntimos. Há um hiato entre os salários dos homens e o das mulheres, beneficiando os homens, que fica entre os 5% e os 20%, dependendo da função.

Quais as razões? O BCSD irá aprofundar essa análise no futuro, mas um dos fatores que é reconhecido como tendo influência é a maternidade. “A maternidade, de uma forma geral, acaba por ser um fator, às vezes um pretexto, para as mulheres ficarem para trás em termos de carreira profissional”, reconhece o presidente do BCSD, para depois sublinhar: “As sociedades mais competitivas, com melhores empresas e melhor governação são aquelas que ultrapassaram este tema, nomeadamente as sociedades do norte da Europa escandinava”.

"Se calhar há muitos preconceitos ainda culturais vigentes na sociedade portuguesa que levam a que o mundo dos homens escolha mais homens.”

António Pires de Lima

Presidente do BCSD

No entanto, este pode não ser o único fator. O presidente do BCSD acrescenta que “se calhar há muitos preconceitos ainda culturais vigentes na sociedade portuguesa que levam a que o mundo dos homens escolha mais homens”.

Este estudo contou com uma amostra de 73 empresas, das quais metade são grandes empresas, 20% médias empresas e 16,4% pequenas empresas. Os restantes 12,3% dos inquiridos são microempresas. A maioria localiza-se em Lisboa e, dos respetivos 96.757 trabalhadores, 46,1% é do género feminino. Contribuíram para as conclusões 1.376 trabalhadores.

"As empresas mais competitivas são as empresas onde a paridade de género, a diversidade e a inclusão são mais respeitadas.”

António Pires de Lima

Presidente do BCSD

Feito este “diagnóstico” inicial, o próximo passo, indica Pires de Lima, é partilhá-lo com os membros do BCSD. A partir de dezembro haverá condições para definir prioridades de atuação para os associados, para que o possam trabalhar nos próximos anos.

E porque é que este caminho importa para as empresas? “Eu acredito genuinamente, por experiência própria, que conselhos de administração onde a paridade é mais respeitada são conselhos de administração mais competentes. As empresas mais competitivas são as empresas onde a paridade de género, a diversidade e a inclusão são mais respeitadas“, justifica António Pires de Lima.

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Moody’s sobe ratings de seis bancos portugueses

A agência de notação financeira decidiu subir os ratings da CGD, BCP, BPI, Banco Montepio, Novobanco e Santander Totta e reafirmou as notações do Crédito Agrícola.

Depois de subir a notação da dívida portuguesa, a Moody’s decidiu subir ratings a seis bancos portugueses, nomeadamente CGD, BCP, BPI, Banco Montepio, Novobanco e Santander Totta. A agência reafirmou também os ratings da Caixa Central de Crédito Agrícola.

“As ações de hoje [quarta-feira] sobre os bancos portugueses consideraram o progresso contínuo no desempenho e nos fundamentais financeiros de vários bancos, em particular a melhoria das métricas de risco dos ativos, níveis de capital mais elevados e uma forte rentabilidade impulsionada por taxas de juro mais elevadas”, explica a agência de notação financeira.

Para a Caixa Geral de Depósitos, a Moody’s subiu o Baseline Credit Assessment (BCA) de baa2 para baa1 e o rating da dívida sénior de Baa2 para Baa1, bem como o rating dos depósitos de Baa1 para A3. O banco reagiu em comunicado enviado à CMVM, onde destaca que “o rating dos depósitos ultrapassa pela primeira vez a categoria Baa, alcançando a notação A3, a mesma da República portuguesa”.

Já o Banco Montepio viu o rating dos depósitos (Long-Term Bank Deposits) subir para o nível de investimento (investment grade) de Baa3 e da Dívida sénior não garantida (senior unsecured debt) para Ba2. “Esta é a terceira subida consecutiva do rating do Banco Montepio nos últimos treze meses, num total de quatro níveis”, salienta o banco em comunicado.

O Novobanco, por sua vez, obteve uma subida em dois níveis dos ratings de long-term deposit e senior unsecured debt, para Baa2 de Ba1 e para Ba1 de Ba3, respetivamente. “Pela terceira vez consecutiva (jun/22, abr/23 e nov/23), o Novobanco recebeu uma subida multi-notch do rating pela Moody’s, demonstrando a recuperação bem-sucedida e a transformação do banco”, congratula-se o banco, em comunicado enviado à CMVM.

Para o Santander Totta, avançou a subida dos ratings de depósitos de longo prazo de A3 para A2 e a afirmação dos ratings dos programas senior unsecured debt em Baa1. O mesmo foi decidido para o BPI: a Moody’s decidiu rever em alta o rating dos depósitos de A3 para A2 e confirmar os ratings da dívida sénior sem garantia em Baa1.

Já o BCP conseguiu a subida dos ratings de depósitos de longo prazo do BCP para A3 de Baa2 e dos ratings de dívida sénior sem garantia para Baa2 de Baa3.

Finalmente, para o Crédito Agrícola apenas foram reafirmados os ratings de Baa2 para os depósitos e Ba1 para senior unsecured debt. A análise da Moody’s concluiu que se verificou “um aumento de um nível para depósitos e um nível negativo para dívida sénior sem garantia do BCA”, sendo que a agência “atribui uma baixa probabilidade de apoio governamental aos ratings de depósito e dívida sénior sem garantia” do Crédito Agrícola, o que não dá nenhum impulso adicional a estes ratings.

No que diz respeito aos outlooks, CGD, BCP, Santander Totta, BPI, Crédito Agrícola e Banco Montepio estão estáveis. Já o Novobanco é o único com uma perspetiva positiva, com base na “visão de que a melhoria no perfil de crédito do banco será sustentada durante os próximos 12 a 18 meses”, com o sinal de que podem avançar novas revisões em alta.

Na sexta-feira passada, a Moody’s decidiu subir o rating da dívida soberana em dois níveis, de ‘Baa2’ para ‘A3’, mesmo em altura de crise política. Foi a terceira agência a rever em alta a notação da dívida portuguesa este ano, depois da Fitch e da DBRS.

(Notícia atualizada às 10h45)

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