Altice Portugal pisca olho aos investidores com receitas a crescerem 12% até setembro

Com Patrick Drahi a estudar uma possível venda da Altice Portugal, a dona da Meo revelou que as receitas cresceram 11,6% desde janeiro e o EBITDA disparou mais de 20%.

A Altice Portugal voltou a crescer no terceiro trimestre, numa altura em que circulam rumores de que o grupo internacional está a estudar a venda da operação no país.

Entre julho e setembro, as receitas da Altice Portugal subiram 9,1% face ao trimestre homólogo, num total de 742 milhões de euros. Analisando os primeiros nove meses do ano, as receitas aumentaram 11,6% em termos homólogos, atingindo 2.159 milhões de euros, revelou a empresa num comunicado.

Com as receitas cresceu também o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA), que atingiu 281 milhões de euros no trimestre, uma melhoria expressiva de 20,3% face ao trimestre homólogo que a Altice Portugal também atribui à “disciplina dos custos operacionais”.

Olhando para os nove meses até setembro, o EBITDA da Altice Portugal aumentou 13,5% e totalizou 781 milhões. A empresa, cujo capital é privado, nunca revela o resultado líquido.

Para esta melhoria dos resultados contribuíram tanto o segmento de consumo como o segmento empresarial. Este último beneficiou também de um negócio de construção de fibra ótica na Alemanha em que esteve envolvida a subsidiária Geodesia Internacional.

“A estratégia definida continua a resultar no aumento da base de clientes, no crescimento da receita e dos resultados operacionais, numa diversificação ímpar do portefólio de produtos e serviços, impulsionada pela inovação, no reforço constante das suas redes fixas e móveis e em elevados padrões de qualidade de serviço”, resume a Altice Portugal na referida nota.

Meo consegue mais receita por cliente

Analisando por segmentos, as receitas do consumo, onde se inclui a Meo, totalizaram 341 milhões de euros no trimestre, mais 3,4%. Não só a Altice Portugal tem mais clientes, como está a conseguir gerar mais receita média por cada cliente.

Nos serviços empresariais, as receitas fixaram-se em 401 milhões de euros no trimestre, uma variação positiva de 14,4% face ao mesmo trimestre do ano passado.

Além da instalação e manutenção de fibra na Alemanha, a Altice Portugal justifica a melhoria com a “convergência de serviços telco e não-telco na base de clientes” e pelo “crescimento das novas linhas de negócio que respondem às tendências atuais de transformação digital, pela expansão para mercados adjacentes e pelo contínuo crescimento da Altice Labs decorrente da exportação de inovação tecnológica para o mercado internacional”.

O investimento no trimestre foi de 110 milhões de euros, uma redução face aos 114,4 milhões de euros investidos no terceiro trimestre do ano passado.

Estes resultados são as credenciais da Altice Portugal para uma possível venda. O ECO sabe que o grupo Altice tem sondado o mercado e a imprensa internacional noticiou que Patrick Drahi, o dono da Altice, se prepara para receber uma primeira ronda de propostas por ativos já em dezembro.

Além disso, a Altice Portugal vê-se a braços com as consequências de uma investigação das autoridades à forma como ex-colaboradores e fornecedores terão lesado a empresa e o Estado em vários milhões de euros. O grupo revelou na semana passada que terá afastado todos os fornecedores sob investigação até ao final deste ano.

(Notícia atualizada às 12h10 com mais informação)

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J+Legal assessora o Grupo Bel na venda de uma participação na Global Media

A equipa da J+Legal envolvida nesta operação foi liderada pelo sócio José Diogo Horta Osório e pelo associado sénior Rui Bello da Silva.

A J+Legal assessorou o Grupo Bel, do empresário Marco Galinha, nomeadamente as sociedades Palavras de Prestígio, Lda. e Grupo Bel, S.A., na alienação ao World Opportunity Fund Ltd de uma participação de controlo na Global Media Group, bem como na operação prévia de carve-out das revistas Evasões, Volta ao Mundo e Men’s Health.

“A assessoria consistiu no apoio à negociação e formalização do contrato de compra e venda das participações sociais e do contrato de trespasse das revistas, bem como no cumprimento de todas as regras regulatórias”, explica o escritório em comunicado.

As negociações desta operação foram conduzidas pelo sócio José Diogo Horta Osório e pelo associado sénior Rui Bello da Silva, contando ainda com a intervenção da associada Carolina Serrano Correia, todos da equipa de corporate, M&A e private equity da J+Legal.

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Há quase ano e meio que não havia tantos trabalhadores em layoff

Mais de dez mil trabalhadores foram abrangidos pelo layoff em outubro. É o valor mais elevado em 17 meses, isto é, desde maio de 2022.

Desde maio do ano passado que não havia tantos trabalhadores em layoff, regime que permite às empresas em crise suspenderem os contratos de trabalho ou reduzirem os horários dos trabalhadores, recebendo da Segurança Social um apoio para cobrir uma parte dos salários. Em outubro, o número de trabalhadores nesta situação disparou para 10.426, mostram as estatísticas divulgadas esta semana pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho.

“Em outubro de 2023, o número total de situações de layoff com compensação retributiva (concessão normal, de acordo com o previsto no Código do Trabalho) foi de 10.426. Em termos de variação mensal, registou-se um acréscimo de 3.519 prestações de layoff. E na comparação com o período homólogo, houve um aumento de 7.531 prestações processadas“, é explicado na síntese estatística publicada esta semana.

Há quatro meses que o número de trabalhadores em layoff estava a cair, até que em setembro houve uma inversão dessa tendência. No nono mês do ano, o universo de abrangidos por este regime que apoia a manutenção dos empregos disparou para quase sete mil indivíduos. E em outubro houve, então, um novo agravamento, segundo os dados mais recentes.

De notar que mais de metade dos 10 mil trabalhadores em layoff, viram os seus contratos de trabalho suspensos temporariamente. Em causa estão 5.465 trabalhadores, mais 1.734 do que há um mês.

Por outro lado, 4.961 dos trabalhadores em layoff viram o seu horário de trabalho reduzido. Face ao mês anterior, houve um aumento de 1.785 indivíduos nessa situação.

A síntese estatística mostra ainda que estas prestações foram processadas a 481 entidades empregadoras, mais 117 que no mês anterior.

Durante a crise pandémica, houve uma versão simplificada do layoff, adaptada às circunstâncias excecionais que a economia então atravessava. Já não está, contudo, disponível.

Os empregadores nacionais que estejam em crise têm assim à disposição o regime normal, que já estava previsto no Código do Trabalho e que tende a ser mais moroso e complexo. Permite que os horários de trabalho sejam reduzidos ou que os contratos sejam suspensos, sendo que o trabalhador sofre um corte salarial. Além disso, as empresas recebem da Segurança Social um apoio para o pagamento dos ordenados.

Foi isso o que aconteceu no final do verão na Autoeuropa. Um problema na cadeia logística — isto é, dificuldades de um fornecedor da Eslovénia, que foi fortemente afetado pelas cheias que ocorreram naquele país no mês de agosto — levou a fábrica de Palmela a uma paragem e ao layoff, mas no final de outubro a empresas saiu desse regime.

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Juiz António Cluny defende “reflexão e autocrítica” do Ministério Público mas também do poder político

  • Lusa
  • 21 Novembro 2023

António Cluny considerou que certos casos deviam levar a “uma profunda reflexão do Ministério Público sobre o seu desempenho”, mas também de “autocrítica” do poder político sobre as leis produzidas.

O ex-membro nacional do Eurojust António Cluny considerou, na segunda-feira, que certos casos judiciais deviam levar a “uma profunda reflexão do Ministério Público sobre o seu desempenho”, mas também de “autocrítica” do poder político sobre as leis produzidas.

Numa altura em que o processo Operação Influencer ainda persiste na agenda mediática, o procurador-geral adjunto e até recentemente membro nacional da Eurojust entendeu, em declarações à Lusa, que “estes casos devem levar a uma profunda reflexão do Ministério Púbico (MP) sobre o seu desempenho”.

“Já defendo há muito tempo que sempre que há um caso importante era essencial discutir internamente [no MP] e extrair dele as lições necessárias, tendo em vista aproveitar tais ensinamentos para processos futuros da mesma natureza”, disse António Cluny, referindo que “a natureza do MP enquanto magistratura e nas condições dos inquéritos criminais tem a ver com a sua orgânica mais elástica do que a dos juízes”.

“Os juízes são um órgão jurisdicional por si próprio, enquanto o MP pode constituir equipas de magistrados para investigar e acompanhar um novo processo”, precisou.

Em sua opinião, a “questão está em saber, quando há um insucesso, o que é que correu mal”, acrescentando: “Se analisarmos vários casos que não terão corrido bem, podemos chegar (ou não) à conclusão que as causas são as mesmas, assim como é importante tirar ensinamentos do processo que correram bem”.

Para António Cluny, numa e noutra situação (de sucesso ou insucesso) há que procurar “aproveitar essa experiência” e os ensinamentos retirados para procedimentos futuros. “Essa é a grande riqueza que o MP tem de aproveitamento do conhecimento”, adiantou, notando que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e as Procuradorias Regionais podem colher tais ensinamentos para novos processos da mesma natureza.

Em casos de “importância e de repercussão institucional”, como será o caso da operação Influencer, António Cluny defende que, “antes de os procuradores titulares do processo formularem pedidos ao juiz de instrução criminal (JIC) que envolvam medidas de coação gravosas dos direitos, liberdades e garantias, era importante encontrar uma solução em que alguém, magistrado e fora da equipa de investigadores, fizesse de “advogado do diabo”, colocando as dúvidas que pudessem suscitar, para que os próprios titulares do inquérito avaliassem se deviam continuar nesse caminho ou retificá-lo”.

Em artigo no jornal I, Cluny alertara já também para o facto de o novo Estatuto do MP ter vindo a “restringir, grandemente, a possibilidade das intervenções processuais da hierarquia”.

Segundo Cluny, com a reforma do Estatuto do MP, realizado na altura em que era ministra da Justiça Francisca Van Dunem, “os titulares dos processos — portanto o procurador A, B ou C — passaram a agir processualmente à margem da intervenção hierárquica formal”, pelo que “cada procurador titular do processo é, hoje, assim — como um juiz —, o único magistrado, total e completamente, responsável pela condução da investigação que lhe foi atribuída”, não devendo ser assacada ao MP no seu todo ou à Procuradora-Geral da República essa responsabilidade.

Cluny, que foi várias vezes presidente do Sindicato dos Magistrados do MP, deixou também algumas críticas ao poder político ao dizer que “antes de se fazerem críticas à atuação do MP, o que é absolutamente legítimo, convinha também que os representantes do poder político – deputados e governantes – percebessem porque é que a legislação que produziram contribuiu para os erros que agora apontam” à magistratura do MP.

“Não é só o MP que deve fazer uma auto-refelexão e autocrítica, também o poder político deve avaliar em que medida as leis que produziram poderá ter contribuído também para aqueles erros que apontam aos procuradores e ao MP”, concluiu.

Após o interrogatório aos detidos na operação Influencer, o juiz de instrução criminal considerou Diogo Lacerda Machado (consultor e amigo do primeiro-ministro) fortemente indiciado por tráfico de influência e sujeitou-o a prestar uma caução de 150 mil euros e a entregar o respetivo passaporte.

Já quanto a Vítor Escária (chefe de gabinete de António Costa demitido na sequência da investigação) foram validados fortes indícios do crime de tráfico de influência, ficando proibido de se ausentar para o estrangeiro.

O autarca Nuno Mascarenhas e os administradores Rui Oliveira Neves e Afonso Salema, da Start Campus, ficaram sujeitos unicamente a Termo de Identidade e Residência (TIR), tendo a empresa ficado obrigada a prestar caução de 600 mil euros. Para o autarca não foram validados indícios de quaisquer crimes, enquanto os dois administradores estão indiciados por tráfico de influência e oferta indevida de vantagem.

O juiz não validou os indícios apontados pelo MP da prática de corrupção e prevaricação que recaíam sobre os arguidos. Esta investigação motivou a abertura de um inquérito conexo junto do MP no Supremo Tribunal de Justiça, relacionado com escutas de conversas entre arguidos e o primeiro-ministro demissionário, António Costa.

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Países da OCDE crescem 0,5% no terceiro trimestre e Portugal volta a divergir

Com uma contração de 0,2% no terceiro trimestre face ao trimestre anterior, Portugal foi dos países com o pior desempenho do PIB entre os 38 membros da OCDE.

Depois de no segundo trimestre ter crescido menos 0,38 pontos percentuais que a média dos 38 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Portugal voltou a divergir da OCDE no terceiro trimestre.

De acordo com dados divulgados esta terça-feira pela organização, os seus 38 membros contabilizaram pelo segundo trimestre consecutivo um crescimento médio de 0,5%. Enquanto isso, o PIB de Portugal contraiu de 0,2% entre julho e setembro. Entre os países da Zona Euro, apenas a Irlanda teve um pior desempenho que Portugal no terceiro trimestre — na OCDE, Portugal foi o sétimo país com a pior taxa de crescimento do PIB.

Em termos homólogos, verifica-se também um comportamento distinto entre o crescimento da OCDE e de Portugal. Apesar de a economia nacional ter voltado a apresentar uma taxa de crescimento homóloga acima da média da OCDE (1,87% versus 1,7%), foi mais baixo que o registado no trimestre anterior, enquanto a taxa de crescimento homóloga da OCDE registou o terceiro trimestre de subidas constantes.

Entre as sete maiores economias do mundo (G7), a OCDE revela que o crescimento trimestral em cadeia do PIB aumentou 0,6% no terceiro trimestre, face a 0,4% no segundo trimestre, “impulsionado por uma aceleração significativa do crescimento do PIB nos EUA (1,2% no terceiro trimestre, face a 0,5% no segundo trimestre)”, que foi potenciada pelo aumento de 1% do consumo privado. Os restantes países do G7 registaram um crescimento nulo, próximo de zero ou negativo no terceiro trimestre.

A OCDE destaca ainda que o PIB dos seus membros excedeu o seu nível pré-pandémico (quarto trimestre de 2019) em 6% no terceiro trimestre deste ano. A única exceção é a República Checa, que ainda não atingiu o seu nível pré-pandémico.

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Caso BES: Julgamento será presidido pela juíza Helena Susano

Será a juíza Helena Susano a presidir o julgamento do caso BES/GES, que tem como arguido principal Ricardo Salgado. No total, o processo é composto por 203 volumes dos autos principais.

O coletivo de juízes do julgamento do caso BES vai ser presidido pela magistrada Helena Susano, apurou ECO/Advocatus. O processo é composto por 203 volumes dos autos principais e mais 171 volumes de apenso de arresto.

No final de julho, o juiz de instrução do processo BES decidiu que Ricardo Salgado, ex-homem forte do BES, ia a julgamento. Uma decisão que surgiu nove anos depois da queda do banco que Salgado liderou durante décadas.

Todos os arguidos vão a julgamentos nos exatos termos da acusação, à exceção de cinco. No caso de Ricardo Salgado, são imputados 65 crimes ao ex-banqueiro, nomeadamente associação criminosa, corrupção ativa, falsificação de documento, burla qualificada, branqueamento, infidelidade e manipulação de mercado.

O juiz Pedro Santos Correia validou quase na íntegra os crimes pelos quais os 25 arguidos vinham acusados. Introduziu apenas pequenas alterações, deixando cair alguns crimes de infidelidade em relação a três arguidos, por prescrição e lapso da acusação, e deixou de fora o arguido José Manuel Espírito Santo, que morreu entretanto.

“Ante a natureza e a dimensão da prova que sustenta a acusação (verdadeiramente assoberbante), conclui-se que a mesma se mostra, em si mesma, suficientemente indiciadora para, se reproduzida e sustentada em julgamento, se concluir pela maior probabilidade de condenação dos arguidos do que pela sua absolvição, critério que norteia a pronúncia ou não pronúncia dos arguidos”, escreve o magistrado, no seu despacho de pronúncia, a que o ECO/Advocatus teve acesso.

E acrescenta, explicando que, “do mesmo passo, os requerimentos de abertura de instrução apresentados pelos arguidos e a prova por si apresentada revelam-se incapazes de contrariar a conclusão que acima se tirou, quer porque não infirmam o juízo probabilístico a que se chegou, quer porque manifestamente procuram discutir matérias que são objeto da fase de julgamento, como acima se deixou dito, não cabendo no âmbito da instrução nem sendo, aliás, aptas a contrariar a suficiência dos indícios existentes”.

Pedro Correia dos Santos, no mesmo despacho, lembra que o MP, depois de uma investigação que durou seis anos, sustenta a acusação deduzida “em inúmeros, extensos e diversificados elementos probatórios, consubstanciados em prova documental proveniente de várias jurisdições, prova resultante de inquirições de testemunhas e arguidos, de buscas, de interceções telefónicas, de correio eletrónico apreendido, de registos fonográficos pré existentes (gravações de sala de mercado, do Conselho de Supervisão), de plataformas de conversação instantânea – bloomberg, CPS, Citrix e de pareceres técnicos elaborados por especialistas, entre eles do Núcleo de Assessoria Técnica da PGR, assessores do BdP e da CMVM”.

Considerado um dos maiores processos da história da justiça portuguesa, este caso agrega no processo principal 242 inquéritos, que foram sendo apensados, e queixas de mais de 300 pessoas, singulares e coletivas, residentes em Portugal e no estrangeiro. Segundo o MP, cuja acusação contabilizou cerca de quatro mil páginas, a derrocada do Grupo Espírito Santo (GES), em 2014, terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.

Em agosto, o juiz voltou a ignorou o principal trunfo da defesa do ex-banqueiro: a doença de Alzheimer. No despacho de pronúncia o magistrado Pedro Correia não dedicou nem uma linha, nas 220 páginas que escreveu sobre este assunto.

A defesa do banqueiro – liderada por Francisco Proença de Carvalho – insistiu ao longo dos vários processos que envolvem o seu cliente – BES/GES, Marquês e caso EDP – que os vários tribunais pedissem uma perícia médica independente ao INML, de forma a que se confirmasse a doença que foi diagnosticada pelo neurologista do ex-banqueiro. Esse relatório médico, assinado por Joaquim Ferreira, foi apresentado nos vários autos pelos advogados.

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Portugal vai usar terceira tranche do empréstimo do BEI para acelerar execução do PT2020

Objetivo do empréstimos do BEI é contribuir para uma rápida, eficiente e integral utilização do PT2020, através de uma solução de crédito com condições mais favoráveis do que as existentes no mercado.

Portugal vai utilizar a terceira tranche do empréstimo quadro do Banco Europeu de Investimento (BEI) para financiar a contrapartida nacional de operações aprovadas no âmbito dos Programas Operacionais do Portugal 2020. Em causa estão 300 milhões de euros, sobretudo destinados ao setor público, que visam acelerar a execução do quadro comunitário que termina do final do ano.

Assim, os investimentos públicos do PT2020 cofinanciados pelo Fundo Social Europeu (FSE), pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e pelo Fundo de Coesão (FC), podem ser assegurados por verbas do BEI até ao limite de 300 milhões de euros. De acordo com o despacho publicado esta terça-feira em Diário da República, a partir de dia 26 de novembro, será possível recorrer a este empréstimo para ajudar a executar o PT2020, que até setembro apresentava uma taxa de execução de 93%.

Ou seja, é necessário executar 1,89 mil milhões de euros até 31 de dezembro. Autarcas, empresários e demais promotores, públicos e privados, têm de ter as despesas efetuadas e pagas até ao final deste ano.

O empréstimo quadro foi celebrado em 2016 com o BEI no valor de 750 milhões de euros, precisamente para financiar a contrapartida nacional de operações aprovadas pelos FSE, FEDER e Fundo de Coesão no âmbito dos Programas Operacionais do PT2020. O objetivo deste instrumento era “contribuir para uma rápida, eficiente e integral utilização em Portugal dos fundos europeus”, “através de uma solução de crédito com condições mais favoráveis do que as disponíveis no mercado bancário”.

A assinatura da contratualização da primeira parcela de 250 milhões foi logo a 1 de agosto desse ano, limitada, por decisão nacional, ao financiamento da contrapartida nacional de operações de investimento autárquico financiadas pelo FEDER e pelo Fundo de Coesão. Já a 23 de dezembro de 2022 foi assinada a segunda parcela no valor de 200 milhões, destinada ao financiamento da contrapartida nacional de operações do setor público aprovadas no âmbito do FEDER e do Fundo de Coesão, e da contrapartida nacional de operações do setor público e do setor privado aprovadas no âmbito do FSE. Uma formulação que é replicada agora para a terceira e última tranche.

Este contrato com o BEI implica a criação de um comité de acompanhamento constituído por um representante do GPEARI, enquanto entidade coordenadora do mesmo e interface institucional junto do BEI; do IGCP, enquanto entidade gestora dos instrumentos de dívida direta do Estado; da AD&C, enquanto entidade coordenadora dos fundos europeus; e da Direção-Geral do Orçamento, enquanto entidade com responsabilidade na elaboração e execução do Orçamento do Estado.

Este comité é responsável pela monitorização e supervisão da execução do contrato relativo à terceira parcela do empréstimo quadro e tem de reunir obrigatoriamente, uma vez por ano ou sempre que for convocado pela entidade coordenadora.

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80% dos funcionários judiciais em esgotamento devido a organização do trabalho, diz estudo

  • Lusa
  • 21 Novembro 2023

Segundo um relatório, 80% dos funcionários judiciais apresentam níveis elevados de esgotamento, consequência da organização e gestão do trabalho. Quase todos estão insatisfeitos com o seu salário.

Quase todos os funcionários judiciais estão insatisfeitos com o seu salário e 80% apresentam níveis elevados de esgotamento, consequência, sobretudo, da organização e gestão do trabalho, revela um estudo da Universidade Nova de Lisboa, apresentado esta terça-feira.

De acordo com o “Relatório Final do Inquérito Nacional às Condições de Vida e de Trabalho dos Funcionários Judiciais”, da autoria de um conjunto de investigadores da Universidade Nova de Lisboa, e que ouviu um universo de mais de dois mil entrevistados para este trabalho pedido pelo Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ), 80% dos funcionários apresenta níveis elevados de esgotamento, “o que não é um bom sintoma do estado de saúde” destes profissionais.

Destes, “cerca de 44% têm um nível muito elevado e extremamente elevado de exaustão emocional”, o que representa níveis superiores aos de outras classes profissionais já estudadas incluindo professores, jornalistas ou pessoal de voo.

“Para nós ficou muito claro que há um impacto na saúde que tem a ver com a organização e a gestão do trabalho. A forma como está organizado o trabalho adoece os profissionais, neste caso, os funcionários judiciais. Isto tem a ver com uma série de fatores onde se destaca evidentemente a desmotivação pela ausência de carreiras, um salário que não permite pagar contas aos preços que temos neste momento”, disse à Lusa Raquel Varela, uma das autoras do estudo, que sublinhou os casos de oficiais de justiça com segundos e terceiros empregos “para conseguir sobreviver”.

Raquel Varela sublinhou a “degradação da Justiça que [os funcionários judiciais] acabam por sofrer diretamente”, ao ser a primeira linha de contacto do cidadão com a Justiça, com efeitos nos próprios trabalhadores, mas em todo o sistema, defendendo que as soluções passam necessariamente por ouvir os trabalhadores e por mudanças na organização das condições de trabalho, “das questões mais políticas que há em Portugal”.

“Tem que haver aqui uma intervenção política que implica naturalmente escolhas, do ponto de vista não só salarial, mas também do ponto de vista organizativo. Esta gestão empresarial, posso concluir sem qualquer dúvida, tem adoecido os trabalhadores. Este modelo gestionário da avaliação individual de desempenho, das carreiras afuniladas para progredir, isto quebra as relações de confiança entre os trabalhadores, aumentam as denúncias, aumenta o assédio”, disse.

“Tudo isso só pode ser revertido se houver mais democracia nos locais de trabalho, se os trabalhadores forem mais ouvidos e participarem mais nas decisões e não só na execução. Não podemos tratar os trabalhadores como meros executores, que estão ali simplesmente a receber ordens”, acrescentou, rejeitando a ideia de uma “gestão que trata toda a gente como uma folha de Excel”.

O estudo identificou percentagens elevadas de desmotivação, com mais de 75% dos inquiridos a revelarem um distanciamento muito alto em relação ao trabalho, revelando ainda que as questões salariais são um problema para a quase totalidade dos funcionários judiciais, que se queixam de “baixos salários e remunerações insuficientes, afirmando que isso não lhes permite ter uma vida digna. Apenas 2% dos inquiridos afirmaram não se sentirem afetados por esta questão”.

Ainda segundo o estudo, “aproximadamente 88,5% dos inquiridos afirmaram ser afetados por conflitos com a hierarquia”, o que “sugere que existe uma tensão significativa nas relações entre os funcionários judiciais e os seus superiores, o que pode contribuir para o desgaste emocional e profissional relatado”.

É possível que uma parte significativa dos funcionários judiciais tenha já sido empurrada para a doença mental ou física como consequência destes constrangimentos deletérios. Ou, como alternativa, para o abandono da profissão, de modo a salvaguardar a sua saúde mental. Aqueles que continuam a exercer a profissão terão, por sua vez, necessariamente desenvolvido modos de adaptação que lhes permitem suportar o impacto nefasto desta organização do trabalho”, lê-se no estudo.

Para os autores, os resultados demonstram que os funcionários judiciais “enfrentam níveis elevados de desgaste e burnout no seu trabalho”, assim como a “necessidade de atenção e intervenção para promover melhores condições de trabalho, apoio emocional e remunerações adequadas”, tendo em vista a prevenção da doença mental.

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Taxas Euribor sobem a três, a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 21 Novembro 2023

Taxas usadas no cálculo da prestação da casa subiram nos principais prazos.

As taxas que servem de base para o cálculo da prestação da casa subiram nos principais prazos. Com as alterações, a taxa Euribor a 12 meses permanece, desde 30 de outubro, com um valor inferior ao da taxa a seis meses.

  • A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou para 4,023%, mais 0,008 pontos do que na segunda-feira, depois de ter subido em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
  • No mesmo sentido, no prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho de 2022, avançou para 4,070%, mais 0,012 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
  • A Euribor a três meses também subiu para 3,973%, mais 0,011 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, em 26 de outubro, em Atenas, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela primeira vez desde 21 de julho de 2022, após 10 subidas consecutivas.

A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a última deste ano, realiza-se em 14 de dezembro.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Comboio Presidencial: uma viagem de sonho com glamour

  • Conteúdo Patrocinado
  • 21 Novembro 2023

A joia da coroa da ferrovia nacional é um símbolo de charme e conta agora com as carruagens Restaurante e Sala de Estar by Antarte.

Construído em 1890 e restaurado em 2010, o Comboio Presidencial é uma joia ferroviária portuguesa que transportou Presidentes, Chefes de Estado, Reis e Papas durante quase um século. Serviu a corte do rei D.Luís I, recebeu a bordo convidados de honra, como a rainha Isabel II e o Papa Paulo VI. Foi rebatizado como “Comboio Presidencial” no início do século e transportou os chefes de Estado portugueses até 1970, altura em que foi oficialmente retirado de circulação.

Muitos anos depois, o Comboio Presidencial voltou ao ativo e mantendo o charme que o tornou icónico. As seis luxuosas carruagens que o compõem são uma sensação de realeza. Em duas delas – carruagens Restaurante e Sala de Estar – a decoração ficou a cargo da Antarte, que aceitou o convite para dar um retoque na ornamentação destes dois espaços, tendo como inspiração o mobiliário e decoração de época que remete para uma atmosfera de glamour.

A carruagem Sala de Estar by Antarte foi pensada para proporcionar um conforto de “chefe de estado” aos passageiros. Ao nível dos assentos, a opção recaiu sobre elegantes cadeirões de design intemporal, em vez de sofás, como forma de proporcionar maior envolvência perante as normais oscilações de uma viagem em ferrovia. No tecido que reveste os cadeirões, a Antarte optou por um conceito ao estilo art déco, com as duas tonalidades da bandeira nacional e o dourado.

Nenhum pormenor foi deixado ao acaso: o topo do encosto dos cadeirões tem um bordado com o monograma de época da CP e da Antarte. Cada cadeirão conta com mesas de apoio e mesas de centro em tons dourados, que se conjugam na perfeição com as madeiras e cromados que revestem o interior da carruagem. O cabide-árvore, peça icónica da marca, completa o ambiente luxuoso, onde não falta sequer a aromatização.

Um dos pontos marcantes da viagem do Comboio Presidencial é a exclusiva experiência gastronómica vivida a bordo. Daí o conceito adotado para as carruagens Restaurante by Antarte estar num patamar premium. Com prioridade dada ao conforto, as cadeiras com braços têm um revestimento em tonalidades similares ao dos cadeirões da Sala de Estar, o que lhes confere um visual de inegável elegância e de época. As mesas de refeição para quatro passageiros foram lacadas numa tonalidade discreta e são amplas, de forma a proporcionar espaço generoso para os momentos de degustação das iguarias.

A Antarte junta-se, assim, a outras marcas nacionais prestigiadas, como a Vista Alegre, que fornece a louça em que serão servidas as refeições. Tudo conjugado, o requinte é a nota dominante numa viagem de sonho. Mário Rocha, fundador e CEO da Antarte, considera “irrecusável o convite para a Antarte decorar as carruagens Sala de Estar e Restaurante de um ícone de elegância e requinte como o Comboio Presidencial. É o corolário perfeito de mais um ano memorável e em que a marca celebra um quarto de século. A Antarte tem o design intemporal no ADN das suas criações de mobiliário e o Comboio Presidencial permitiu-nos expressar com toda a amplitude esta nossa característica distintiva”.

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LUGGit levanta 1,8 milhões e marca passagem para Itália, Hungria e Grécia

A startup, que atua na recolha, armazenamento e entrega de bagagem, quer ainda reforçar a equipa em oito pessoas.

A LUGGit, startup de gestão de bagagens, fechou uma ronda de 1,8 milhões de euros e está a marcar passagem para a entrada em três novos países. Itália, Hungria e Grécia são os mercados na mira. Com esta ronda de investimento, a empresa alcança os 2,2 milhões de euros de investimento total.

A ronda — liderada pela GED Ventures Portugal e Caixa Capital, contando com a participação da Portugal Ventures, que já tinha investido na empresa — irá servir para financiar a expansão internacional da startup, bem como reforçar a equipa.

Dedicada à recolha, armazenamento e entrega de bagagem no local e hora que os clientes escolherem, a LUGGit começou a operar em Lisboa e Porto conta hoje com operação em Barcelona, Madrid e Praga.

“É objetivo com esta nova ronda, que abramos mais sete novas cidades europeias, três novos países e contratemos oito pessoas no decorrer de 2024”, adianta Ricardo Figueiredo, CEO e cofundador de LUGGit. “Ainda não queremos adiantar o nome das cidades, mas posso já adiantar que, em princípio, serão em Itália, Hungria e Grécia“, adianta o responsável da startup ao ECO.

Quanto à equipa, a LUGGit procura três perfis técnicos (Software Project Manager, Android Developer e Backend Developer) e cinco perfis comerciais (Market Managers), descreve o cofundador.

De acordo com os números divulgados pela empresa, a LUGGit já serviu mais de 10.000 clientes e transportou mais de 50.000 bagagens. Mas não adianta valores de volume de negócios. “Não quero adiantar números exatos, mas posso referir que este ano (2023) já dobrámos a faturação do ano passado e é objetivo que cresçamos 150% em 2024″, diz apenas Ricardo Figueiredo.

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NextBitt abre em Espanha. O “início de uma jornada europeia”

"Para acompanhar o rápido crescimento da organização prevemos duplicar a equipa até final de 2024", adianta Miguel Salgueiro, founder & partner da Nextbitt, ao ECO.

A Nextbitt, empresa portuguesa de software, acaba de abrir operação no mercado espanhol, com a abertura de um escritório. “Espanha é apenas o início de uma jornada europeia primeiro e mundial em seguida”, adianta Miguel Salgueiro, founder & partner da Nextbitt, ao ECO.

Há vários meses que a empresa de software nacional preparava a sua entrada em Espanha. Acaba de abrir escritório e, além do novo diretor-geral, Enrique Zuleta, pretende contratar mais 10 colaboradores neste mercado — com perfis na área Comercial, Gestão de Ativos Físicos, Sustentabilidade e Consultoria — e, até 2025, conquistar, pelo menos, 100 clientes. Saúde, Telecomunicações, Banca, Retalho, Indústria e Ferrovia são as indústrias-alvo.

“O nosso objetivo será entrar em mais mercados na Europa durante os próximos dois anos. Espanha é apenas o início de uma jornada europeia primeiro e mundial em seguida”, diz Miguel Salgueiro, sem adiantar mais detalhes sobre as regiões na mira da companhia.

Miguel Salgueiro não adianta estimativas concretas sobre o peso que o mercado espanhol pode vir a ter nos resultados da empresa. “Ainda é cedo para saber”, começa por dizer. “Mas o mercado enterprise espanhol é um mercado com bastante potencial para a Nextbitt. Estamos muito entusiasmados com os primeiros contactos que já temos em curso. Com base no trabalho feito em 2023 as perspetivas são excelentes. E a aposta na sustentabilidade tem sido um fator diferenciador, onde destacamos as evidencias da pegada carbónica por instalação”, refere.

Este ano, a empresa tinha como ambição aumentar em 50% a sua faturação. Quando questionado sobre o tema, o CEO adianta apenas que empresa está a crescer de forma sólida a dois dígitos no mercado enterprise” — EDP, Galp, SONAE, Vodafone, BPI, CUF e Cofidis são algumas das empresas em carteira — e para o próximo ano a expectativa é de crescimento. “Queremos continuar a crescer a dois dígitos, mas agora em mais geografias”, diz.

E também em número de colaboradores. Hoje a empresa conta já com 60 pessoas. “Queremos recrutar os melhores talentos nas mais diversas áreas. E para acompanhar o rápido crescimento da organização prevemos duplicar a equipa até final de 2024.”

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