Nova SBE junta-se ao GroupM para formar executivos em inteligência artificial

  • Trabalho
  • 5 Dezembro 2023

Programa será lançado oficialmente em janeiro, mas já se sabe que será lecionado por especialistas do GroupM. CEO da empresa frisa que marketing será uma das áreas mais afetadas pela IA.

A Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa (Nova SBE) e o GroupM assinaram um protocolo com vista à criação de uma nova formação para executivos na área da Inteligência Artificial aplicada ao marketing. O programa será lançado oficialmente em fevereiro, mês em que abrirão as candidaturas.

“Esta colaboração permite unir a excelência da educação da Nova SBE com o conhecimento de indústria do GroupM para criar um conjunto de programas focados em Inteligência Artificial, cuja primeira edição será focada em AI for marketing professionals“, é explicado numa nota enviada esta terça-feira às redações.

Em reação à celebração deste protocolo, Francisco Teixeira, CEO do GroupM, frisa que “o marketing e a comunicação serão, sem qualquer dúvida, um dos setores mais impactados pelo uso recorrente de Inteligência Artificial“, daí a importância da formação nestas áreas.

“A experiência do GroupM no desenvolvimento e aplicação de produtos ancorados em Inteligência Artificial aliada ao profundo know-how e investigação levados a cabo pela Nova SBE darão origem a um programa de excelência que aumentará o domínio da utilização desta tecnologia“, salienta o responsável.

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2023 marcado por um novo recorde de CO2 libertado para a atmosfera

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2023

O total dióxido de carbono libertado para a atmosfera vai atingir um novo recorde em 2023, com 40,9 mil milhões de toneladas. "Parece inevitável que ultrapassemos a meta de 1,5°C do Acordo de Paris".

O total de dióxido de carbono (CO2) emitido para a atmosfera vai atingir um novo recorde em 2023, com 40,9 mil milhões de toneladas, segundo o novo relatório anual divulgado no âmbito da cimeira da ONU sobre o clima (COP28).

Este relatório da Global Carbon Project, que fornece uma visão global do ciclo do carbono, foi elaborado por investigadores da Universidade de Exeter (Reino Unido), da Universidade de East Anglia (UEA), do Centro de Investigação Internacional de Clima (Noruega), a Universidade Ludwig-Maximilian de Munique e 90 outras instituições ao redor do mundo, noticiou a agência Efe.

Esta é a 18.ª edição deste relatório, que conta com a participação de mais de 120 cientistas, e será publicada na revista Earth System Science Data.

Segundo os dados, as emissões de dióxido de carbono (CO2) provenientes dos combustíveis fósseis, principal fonte do efeito estufa global que provoca a crise climática, deverão ter aumentado 1,1% em relação a 2022, com um novo recorde, atingindo 36,8 mil milhões de toneladas no final de 2023.

Somando as emissões de CO2 de origem fóssil com as provenientes das alterações no uso do solo, o total aumentará para 40,9 mil milhões de toneladas este ano, segundo previsões para o final do ano.

O valor global é superior ao de 2022, em que terão sido emitidas 40,6 mil milhões de toneladas de CO2, e confirma a distância que persiste com os objetivos climáticos globais para o seu cumprimento, que teria de ser urgente, segundo o relatório.

Embora com grandes incertezas, tudo indica que, com o atual ritmo de emissões, haveria 50% de probabilidade de, em cerca de sete anos, o aquecimento global ultrapassar de forma normalizada o limiar de 1,5°C acima dos níveis da era pré-industrial.

Embora cerca de metade do CO2 continue a ser absorvido, como por exemplo pelas florestas, o resto das emissões permanece na atmosfera e causa alterações climáticas.

De acordo com os números, as emissões fósseis de CO2 estão a diminuir em algumas regiões geográficas, incluindo a Europa e os Estados Unidos, mas, em geral, estão a aumentar a nível mundial.

Os cientistas alertam que a ação global para reduzir os combustíveis fósseis não é suficientemente rápida para evitar alterações climáticas perigosas.

Prevê-se que as emissões resultantes da alteração do uso do solo (como a desflorestação) diminuam ligeiramente, mas não será suficiente para compensar os níveis de reflorestação e florestação (novas florestas).

Parece inevitável que ultrapassemos a meta de 1,5°C do Acordo de Paris”, alertou o professor Pierre Friedlingstein, do Global Systems Institute de Exeter e diretor do relatório.

Dada a situação, a cimeira do clima que decorre até dia 12 de dezembro no Dubai terá de chegar a acordo sobre “cortes rápidos nas emissões fósseis” para evitar que a temperatura do planeta ultrapasse estes níveis ou pelo menos manter o objetivo de não ultrapassar os 2°C de aumento em comparação com a era pré-industrial.

Todos os países precisam de descarbonizar as suas economias mais rapidamente do que atualmente para evitar os piores impactos das alterações climáticas“, vincou o especialista.

O relatório inclui dados importantes que confirmam que as tendências regionais na luta contra as alterações climáticas variam muito.

De acordo com os indicadores, as emissões de CO2 em 2023 deverão aumentar na Índia (8,2%) e na China (4,0%), e diminuir na UE (-7,4%), nos EUA (-3,0%) e no resto do mundo (-0,4%).

Por tipo de fonte, espera-se que as emissões globais provenientes do carvão (1,1%), do petróleo (1,5%) e do gás (0,5%) aumentem.

Segundo as previsões, o CO2 atmosférico médio para 2023 será de 419,3 partes por milhão (ppp), 51% acima dos níveis pré-industriais.

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Obras do metrobus do Porto ligam Boavista e Marechal Gomes da Costa já este mês

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2023

Deverão arrancar em janeiro de 2024 as intervenções na Casa da Música e a construção das estações do metrobus. Novo transporte vai ligar a Casa da Música à Praça do Império e à Anémona.

As obras do metrobus do Porto vão ligar, já este mês, os troços das avenidas da Boavista e Marechal Gomes da Costa, estando previsto para janeiro o arranque de intervenções na Casa da Música e a construção das estações, foi esta terça-feira divulgado.

De acordo com uma nota da Metro do Porto, “já em dezembro os trabalhos passam a abranger também a zona de ligação entre as avenidas da Boavista e do Marechal Gomes da Costa”. Para já, “na Marechal Gomes da Costa, as obras continuam de momento na via esquerda, em ambos os sentidos, a partir do cruzamento com a Rua João de Barros até às interceções com as ruas de Serralves e de Tânger”.

“Numa fase posterior, ocupar-se-á o corredor direito desta avenida, também dos dois lados. Contudo, esta intervenção será de execução mais simples, uma vez que se tratam de faixas dedicadas apenas aos automóveis, pelo que se esperam menores constrangimentos“, de acordo com a Metro do Porto.

Para meados de janeiro está apontado o início da intervenção nos dois sentidos do troço entre a Casa da Música e a Rua António José da Costa, bem como o arranque da instalação das estações.

Metro do Porto

Em causa está a construção do metrobus entre a Casa da Música e a Praça do Império, empreitada que se iniciou no final de janeiro deste ano e deverá terminar em julho de 2024.

Já “para meados de janeiro está apontado o início da intervenção nos dois sentidos do troço entre a Casa da Música e a Rua António José da Costa, bem como o arranque da instalação das estações”.

O asfaltamento de parte da Avenida da Boavista já está concluído, devolvendo à circulação automóvel as vias descendentes, no sentido do Castelo do Queijo.

Atualmente “os trabalhos desenvolvem-se sobretudo no sentido ascendente da Avenida da Boavista, com a circulação a fazer-se aqui pelo corredor central, de modo a que, conforme planeado, sejam sempre mantidas duas faixas de trânsito em cada sentido”.

O novo serviço da Metro do Porto ligará a Casa da Música à Praça do Império (em 12 minutos) e à Anémona (em 17) em 2024, com recurso a autocarros a hidrogénio, circulando em via dedicada na Avenida da Boavista e em convivência com os automóveis na Avenida Marechal Gomes da Costa.

O investimento inicialmente previsto para o metrobus, de 66 milhões de euros, é totalmente financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e os 10 milhões remanescentes poderão ser também financiados pelo PRR, pelo Fundo Ambiental ou pelo Orçamento do Estado.

Estão previstas as estações Casa da Música, Guerra Junqueiro, Bessa, Pinheiro Manso, Serralves, João de Barros e Império, no primeiro serviço, e na secção até Matosinhos adicionam-se Antunes Guimarães, Garcia de Orta, Nevogilde, Castelo do Queijo e Praça Cidade do Salvador (Anémona).

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Diretor da PSP defende melhores salários para polícias

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2023

O diretor da PSP defendeu a necessidade de revisão das tabelas salariais dos polícias da PSP e afirmou desconhecer a intenção do Governo de atribuir um suplemento de missão para a PJ.

O diretor da PSP defendeu a necessidade de revisão das tabelas salariais dos polícias da PSP, tendo em conta o risco da missão, e afirmou desconhecer a intenção do Governo de atribuir um suplemento de missão para a PJ.

“Sobre a polémica que veio a público, relativa ao suplemento de missão que o Governo decidiu atribuir aos profissionais que servem na Polícia Judiciária, quero dizer-vos que como diretor nacional, não fui informado desta intenção do Governo, nem a Direção Nacional foi solicitada a pronunciar-se sobre este processo“, escreve José Barros Correia, num email enviado na segunda-feira a todo o efetivo da Polícia de Segurança Pública.

José Barros Correia informa os polícias que, como diretor nacional, sentiu que era seu “dever alertar a tutela para a necessidade de revisão das tabelas salariais dos polícias da PSP, seja através do aumento dos índices remuneratórios, seja do aumento do suplemento das forças e serviços de segurança, bem como continuar o esforço de melhoria das instalações, dos equipamentos e viaturas policiais”.

“Neste alerta estão subjacentes as condições em que a missão da PSP é cumprida, maioritariamente em situações de risco, com grande penosidade para todos os polícias e em alguns casos em condições de insalubridade severa. Tenho esperança que a situação conjuntural que o país vive não seja apontada como motivo para que as necessárias alterações às condições remuneratórias e outras dos polícias e do pessoal de apoio à atividade operacional não sejam consideradas“, escreve o diretor nacional, no email a que Lusa teve acesso.

O responsável máximo desta polícia reconhece os esforços já realizados pelo Ministério da Administração Interna, no entanto dá conta que “em muitos locais as instalações policiais ainda são deficitárias e outras estão degradadas, além do parque automóvel da PSP ainda estar envelhecido”.

José Barros Correia manifesta ao efetivo solidariedade, frisando que podem contar com o diretor nacional “na defesa dos direitos de todos quantos servem na PSP”.

“Não estamos a abordar um assunto que seja desconhecido e que não seja justo, face à qualidade do trabalho desempenhado pelos polícias que tenho a honra de comandar. advnão apenas com palavras, mas com políticas públicas e iniciativas concretas, tratando uma instituição secular e os seus polícias com a necessária justiça, dignidade e equilíbrio face a outras entidades”, precisa.

No email, o diretor nacional da PSP enumera os vários cenários em que os polícias estão envolvidos para demonstrar os riscos da profissão, destaca que a PSP “garante a segurança de pessoas e bens 365 dias por ano, 24 horas por dia”, além das esquadras da PSP estarem “abertas em permanência”.

José Barros Correia indica ainda que muitos dos polícias da PSP “perderam a vida, no cumprimento da missão”, e “outros ficaram feridos e foram vítimas de todo o tipo de violência, seja física, seja verbal”.

A carta dirigida a oficiais, chefes, agentes e pessoal técnico de apoio à atividade operacional surge após a decisão do Governo ter aprovado, na semana passada, o pagamento de um suplemento de missão para as carreiras da PJ, que, em alguns casos, pode representar um aumento de quase 700 euros por mês.

Na sequência desta medida, as estruturas da PSP e da GNR manifestaram indignação por este tratamento que dizem ser desigual.

Desde o fim de semana está online uma petição, que conta com mais de 16.000 assinaturas, a exigir “um tratamento condigno e paritário da PSP, da GNR e corpo da guarda prisional”.

Fonte sindical disse à Lusa que os seis sindicatos mais representativos da PSP vão reunir-se, na quarta-feira, em Lisboa, juntamente com as associações socioprofissionais da GNR para decidirem ações de protesto.

As cinco associações socioprofissionais da GNR estão hoje reunidas com o objetivo concertar ações de luta, podendo os protestos vir a realizar-se em conjunto com a PSP.

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Alcochete com Humberto Delgado é a melhor opção para o novo aeroporto. Montijo e Santarém são considerados inviáveis

A Comissão Técnica Independente estima que construção da primeira pista em Alcochete demore sete anos e custe 8 mil milhões. Santarém e Montijo considerados opções inviáveis.

O relatório da Comissão Técnica Independente para o aumento da capacidade aeroportuária na região de Lisboa recomenda uma solução dual para o novo aeroporto de Lisboa, com a construção de um novo aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete e a manutenção do Humberto Delgado (AHD), até poder ser desativado. Tempo estimado para a primeira pista é de sete anos. Montijo e Santarém são considerados inviáveis.

A nossa recomendação é que se inicie com um modelo dual. É inevitável, porque o AHD só pode fechar quando houver uma pista com capacidade de o substituir e isso vai levar algum tempo”, justificou Rosário Partidário, coordenadora geral da Comissão Técnica Independente (CTI).

O novo aeroporto deve ser “desejavelmente no local onde possa ser aeroporto único, onde haja capacidade de expansão”. “Este tipo de estratégia é a que mais favorece o desenvolvimento de um hub intercontinental”, acrescenta.

A Comissão Técnica Independente (CTI) apresenta o relatório sobre as opções para a futura localização do novo aeroporto de Lisboa - 05DEZ23
A Comissão Técnica Independente (CTI) apresenta o relatório sobre as opções para a futura localização do novo aeroporto de LisboaHugo Amaral/ECO

O Campo de Tiro de Alcochete, combinado com o Humberto Delgado, é a solução “que apresenta mais vantagens”, afirmou Rosário Partidário. Esta combinação surge como a melhor classificada ou a segunda melhor nos cinco fatores críticos de decisão considerados. A melhor alternativa a Alcochete seria uma combinação entre Vendas Novas e o Humberto Delgado, mas a distância é maior.

“As duas têm mérito equivalente do ponto de vista aeroportuário e aeronáutico. Têm capacidade de expansão idêntica e sem grandes restrições”, explica Rosário Macário, coordenadora da aérea de planeamento aeroportuário. Mas há diferenças relevantes. “O Campo de Tiro de Alcochete é um terreno público e que se usa a si próprio, não exige uma expropriação. Vendas Novas é terreno privado e a operação exige que se encerre o Campo de Tiro de Alcochete”, acrescenta.

Já o Montijo e Santarém são considerados inviáveis. O primeiro, pela incapacidade de expansão para lá de uma pista, por razões aeronáuticas e ambientais. O segundo devido ao conflito com o tráfego aéreo militar de Monte Real.

“Santarém sobretudo como hub internacional teria capacidade quase inferior ao Humberto Delgado. Para não falar da distância a Lisboa”, justificou Rosário Partidário. O Montijo só conseguiria assegurar a procura até 2038, num cenário central, disse também a coordenadora da CTI.

O tempo estimado para a construção da primeira pista do aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete é de sete anos, mais um do que no Montijo, com um custo de oito mil milhões de euros. O financiamento da infraestrutura não exige dinheiros públicos, sendo feito através das taxas aeroportuárias.

O relatório de Análise Estratégica e Multidisciplinar do aumento da capacidade aeroportuária da região de Lisboa está a ser apresentado esta terça-feira à tarde pela Comissão Técnica Independente responsável pela Avaliação Ambiental Estratégica (AAE).

“A Comissão Técnica Independente é independente. Sempre foi”, garantiu Rosário Partidário, reagindo às acusações de imparcialidade que surgiram nos últimos meses. “Não está sujeita hierarquicamente ao Governo e e não tem preferências profissionais ou individuais em relação a qualquer uma das estratégias”, garantiu. “Nenhum de nós está mandatado por nenhuma tutela política”, acrescentou.

A Avaliação Ambiental Estratégica foi lançada no ano passado pelo Governo, num acordo com o PSD, para servir de base à decisão política sobre o reforço da capacidade aeroportuária na região de Lisboa, onde a única infraestrutura está já sobrelotada.

A Comissão Técnica Independente (CTI) apresenta o relatório sobre as opções para a futura localização do novo aeroporto de Lisboa - 05DEZ23
A Comissão Técnica Independente (CTI) apresenta o relatório sobre as opções para a futura localização do novo aeroporto de LisboaHugo Amaral/ECO

Foram selecionadas para análise nove opções estratégicas em sete localizações: Portela + Montijo, Montijo + Portela, Campo de Tiro de Alcochete, Portela + Campo de Tiro de Alcochete, Santarém, Portela + Santarém, Vendas Novas, Portela + Vendas Novas e Rio Frio + Poceirão. Rosário Partidário esclareceu esta terça-feira que a última opção acabou por não ser avaliada, por “não ter condições ambientais”.

Para a análise das várias opções foram considerados cinco fatores críticos de avaliação: segurança aeronáutica; acessibilidade e território; saúde humana e viabilidade ambiental; conectividade e desenvolvimento económico; investimento público e modelo de financiamento. Cada um daqueles fatores inclui vários critérios, num total de 24, avaliados à luz de uma bateria de 88 indicadores.

Com a demissão de António Costa, a decisão política passa para o Executivo que sair das eleições antecipadas de 10 de março. O desejo de conciliar uma decisão entre PS e PSD mantém-se.

O relatório que será apresentado esta quarta-feira ainda é preliminar. Após a realização da conferência no LNEC, o relatório será disponibilizado para consulta pública durante 30 dias úteis. Só depois será elaborado o relatório final, concluindo os trabalhos da CTI.

(Artigo atualizado às 18h15)

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Mercado de veículos elétricos de passageiros cresce 104% até novembro

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2023

O mercado de veículos ligeiros de passageiros elétricos cresceu 104% entre janeiro e novembro deste ano, em termos homólogos, tendo sido matriculadas 32.433 unidades.

O mercado de veículos ligeiros de passageiros elétricos (BEV) cresceu 104% entre janeiro e novembro deste ano, em termos homólogos, tendo sido matriculadas 32.433 unidades, anunciou hoje a ACAP.

De acordo com os dados da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), nos primeiros onze meses de 2023, “verificou-se um aumento de 104%, em comparação com o mesmo período do ano anterior, dos veículos ligeiros de passageiros novos elétricos, tendo sido matriculados 32.433 unidades”.

Só no mês de novembro, registou-se um aumento de 89,2% no mercado daqueles veículos, em comparação com o mesmo mês de 2022, tendo sido matriculados 4.061 ligeiros de passageiros novos.

No total, em novembro, foram matriculados em Portugal 8.843 automóveis ligeiros de passageiros novos elétricos, ‘plug-in’ e híbridos elétricos, ou seja, mais 60,2% do que no mesmo mês do ano passado.

Quanto aos veículos ligeiros de mercadorias, o mercado de elétricos, ‘plug-in’ e híbridos elétricos registou, no penúltimo mês de 2023, uma evolução positiva de 68,5%, face ao mesmo mês do ano passado, situando-se em 182 unidades matriculadas. Em termos acumulados, este mercado atingiu 2.205 unidades, o que representou um crescimento de 182,7%, face ao mesmo período do ano de 2022.

Já o mercado de veículos pesados, que engloba os tipos de passageiros e de mercadorias, verificou, em novembro, um crescimento de 1.000%, face ao mesmo período de 2022, tendo-se matriculado 33 veículos pesados elétricos novos.

Em novembro, verificou-se um aumento de 70,1% nas matrículas de veículos ligeiros de mercadorias novos elétricos, em comparação com o mesmo mês de 2022, registando-se 182 unidades. De janeiro a novembro, verificou-se também um crescimento de 188,1% face ao mesmo período do ano anterior, situando-se em 2.195 unidades.

Em termos acumulados, nos onze meses de 2023, registou-se um crescimento de 337,5%, face ao mesmo período do ano anterior, tendo sido matriculados 280 veículos.

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Câmara de Coimbra vai construir 268 casas de habitação social até 2026

Candidatura para aquisição de terrenos e construção de 268 fogos na Quinta das Bicas aprovada pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana. Investimento ascende a 38,5 milhões, via PRR.

A Câmara Municipal de Coimbra vai construir mais 268 casas de habitação social até 30 de março de 2026, num investimento de quase 38,5 milhões de euros, cofinanciado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). A candidatura para a aquisição de terrenos e construção destes fogos na Quinta das Bicas, através do 1º Direito – Programa de Apoio ao Acesso à Habitação, foi agora aprovada pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), avançou a autarquia liderada por José Manuel Silva.

“Com as 268 casas, que vamos construir, vão ser mais 268 famílias a viver em melhores condições de habitabilidade”, começa por sublinhar a vereadora com o pelouro da habitação, Ana Cortez Vaz, citada em comunicado. “Este é um passo histórico para continuar a colmatar os problemas de habitação das populações mais carenciadas e mais frágeis”, sustenta a vereadora do executivo eleito pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD, CDS-PP, Nós, Cidadãos!, PPM, Aliança, RIR e Volt).

Já na reunião do executivo de 18 de setembro foi aprovada a aquisição de 30 lotes na Quinta das Bicas à Caixa Económica Montepio Geral por quatro milhões de euros, financiados através desta candidatura ao PRR. A propriedade ocupa uma área total de 26 mil metros quadrados.

Com as 268 casas que vamos construir, vão ser mais 268 famílias a viver em melhores condições de habitabilidade.

Ana Cortez Vaz

Vereadora com pelouro da habitação da Câmara Municipal de Coimbra

O município de Coimbra inscreveu a habitação e ação social no topo das prioridades do orçamento para 2024 com uma dotação na ordem dos 45,9 milhões de euros (+29,3%). Destacam-se os elevados investimentos plurianuais no âmbito do “1º Direito – Programa de Apoio ao Acesso à Habitação” cofinanciado pelo PRR.

“Neste contexto, evidenciam-se os acordos de colaboração celebrados com o IHRU com previsão de investimento de 60 milhões de euros, estando já em execução e em fase de candidaturas e aprovação das mesmas”, destacou a Câmara de Coimbra na altura de apresentação da proposta de orçamento na reunião do executivo realizada a 27 de novembro.

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Palácio de Versalhes “calça” sapatos de Oliveira de Azeméis

Além de calçar as equipas de acolhimento e gestão do Palácio de Versalhes, a Cool Gray tem como clientes a Austrian Airlines ou a Air France. Exporta 98% da produção e fatura 3,5 milhões de euros.

A portuguesa Cool Gray, através da marca Uniform Shoes, vai calçar cerca de uma centena de profissionais das equipas de acolhimento e gestão do Palácio de Versalhes, em França, um dos dos monumentos mais visitados do mundo. A empresa de calçado de Oliveira de Azeméis exporta 98% da produção para mais de 40 países, emprega 52 pessoas e fatura 3,5 milhões de euros. No ano passado, vendeu 200 mil pares de sapatos para clientes como a Austrian Airlines e a Air France.

“Estamos no mercado francês há muitos anos, desde 2005/2006 e a reputação vai-se ganhando. Vamos conseguindo entrar em algumas destas portas de clientes de referência”, relata Pedro Alves, um dos sócios da Cool Gray, em declarações ao ECO/Local Online. Os responsáveis do Palácio de Versalhes pediram à empresa nortenha “o máximo conforto possível num sapato formal e elegante, juntamente com segurança do ponto de vista de utilização”.

Em França, a empresa que controla as marcas próprias Aerobics, Bella B. e Uniform Shoes tem como clientes a Ponant, uma companhia de cruzeiros, a transportadora aérea Air France e ainda a empresa de caminhos-de-ferro SNCF. O mercado francês absorve 40% da produção da Uniform Shoes.

Fundada em 1999 em Oliveira de Azeméis por Pedro Alves (comercial), António Bastos (produção) e Paulo Silva (sourcinge procurement), a Cool Gray é especializada em calçado de conforto. Exporta 98% da produção para mais de 40 países e trabalha 50% em regime de private label. No ano passado vendeu perto de 200 mil pares de sapatos.

Os empresários acabam de inaugurar uma segunda unidade de produção na fábrica de Oliveira de Azeméis, que vai permitir “introduzir uma nova tecnologia de produção” e aumentar a capacidade produtiva para 800 pares de sapatos por dia. O investimento total rondou os 100 mil euros. “Estamos a acrescentar mais mil metros quadrados, mas foi um investimento sobretudo em maquinaria nova”, detalha Pedro Alves.

Para o próximo ano, nos planos do administrador está o reforço a aposta nos EUA e Japão. “Já temos alguma presença, mas queremos reforçar a aposta nestes países. São mercados recetivos a este produto de mais valor acrescentado”. Atualmente, o Médio Oriente e Europa são os principais mercados da marca made in Portugal.

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Mota-Engil troca 25 milhões em dívida e obtém mais 25 milhões

  • ECO
  • 5 Dezembro 2023

Construtora concretizou uma emissão de obrigações de 50 milhões de euros, através da qual conseguiu trocar 25 milhões de dívida antiga por nova dívida, obtendo outros 25 milhões de financiamento.

A Mota-Engil obteve 50 milhões de euros na sequência de uma emissão de obrigações colocada junto de investidores institucionais, segundo informou esta terça-feira em comunicado à CMVM.

Além da subscrição em numerário, os investidores puderam trocar as obrigações do empréstimo 2019-2024 e do empréstimo 2021-2026 por estes novos títulos, que só vencerão em 2028.

A construtora adianta, na mesma nota ao mercado, que conseguiu trocar mais de 25 milhões de euros das obrigações antigas por novas obrigações, a saber:

  • o empréstimo obrigacionista 2019-2024 baixa para 76,6 milhões de euros, após a amortização antecipada de 7,4 milhões;
  • o empréstimo obrigacionista 2021-2026 baixa para 114 milhões de euros, após a amortização antecipada de 18 milhões.

Na prática, o novo financiamento corresponderá a cerca de 25 milhões de euros em resultado desta operação de subscrição e de troca.

De acordo com a empresa liderada desde janeiro por Carlos Mota Santos, esta operação servirá para “financiar a sua atividade corrente e expansão internacional, bem como para prosseguir a sua estratégia de diversificação das fontes de financiamento e alongamento da maturidade da sua dívida, de forma a melhor alinhá-la com a geração de cash flow”.

Nos primeiros nove meses deste ano, a construtora registou um volume de negócios superior a quatro mil milhões de euros e lucros de 51 milhões de euros. Em ambos os casos, mais do que em todo o ano de 2022, segundo revelou há duas semanas num trading update submetido à CMVM. No ano passado, a faturação tinha ficado abaixo dos três mil milhões.

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AstraZeneca lança programa de estágios de 12 meses em Oeiras

Farmacêutica está à procura de "pessoas de todas as áreas académicas" para os estágios, porque "mais do que a formação académica, valoriza mentes curiosas". Candidaturas abertas até 14 de janeiro.

A AstraZeneca está à procura de estagiários, no âmbito do seu novo programa Trainees Life Changers. Os selecionados serão integrados em áreas-chave do negócio, o que lhes permitirá “mergulhar profundamente na indústria biofarmacêutica“. Os estágios terão a duração de 12 meses e decorrerão em regime híbrido, com a componente presencial a ter lugar em Oeiras. As candidaturas podem ser feitas online até 14 de janeiro.

“A AstraZeneca anuncia o lançamento da primeira edição do Programa de Trainees Life Changers. Desenvolvido para atrair e desenvolver talento para a organização, este programa oferece uma oportunidade única de crescimento, aprendizagem e impacto“, anunciou a farmacêutica, numa nota enviada às redações.

Este programa de estágios é direcionado para “talento das mais variadas áreas académicas, com licenciatura, mestrado ou MBA“. Isto porque a AstraZeneca defende que, mais do que a formação académica, é preciso valorizar “mentes curiosas e proativas, com um sentido crítico aguçado“.

“Estamos à procura de pessoas que acreditam que a ciência pode mudar o mundo, dos recém graduados até ao talento com mais de 60 anos que seja inspirado por esta oportunidade. No Life Changers, há espaço para pessoas de todas as áreas académicas“, salienta a multinacional.

Por outro lado, além de serem integrados em funções específicas, os selecionados terão “a oportunidade de fazer reverse mentoring com a equipa de liderança, power sessions sobre carreiras com líderes inspiradores, participação em cursos especializados, e o desenvolvimento de um projeto de elevado impacto e exposição numa área prioritária da companhia”.

Os estágios deverão arrancar em março do próximo ano e será aplicado o modelo híbrido, sendo que os escritórios da AstraZeneca estão localizados em Barcarena, Oeiras.

“Queremos sempre contar com o melhor talento na AstraZeneca Portugal e, com esta iniciativa, pretendemos reforçar a nossa companhia com um grupo diverso de pessoas inteligentes e curiosas, que nos desafiem e inspirem a ir mais longe, reforçando a nossa cultura de empreendedorismo, colaboração, inclusão e diversidade”, destaca a diretora de recursos humanos Renata Morgado Eckman.

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Trabalhadores da Caixa acusam Paulo Macedo de “sacrificar” poder de compra e seguir “narrativa do lucro”

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2023

A comissão de trabalhadores Caixa acusou gestão do banco público de ignorar os seus trabalhadores ao insistir "na narrativa do lucro, da robustez financeira".

A comissão de trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) acusou a comissão executiva do banco público de ignorar os seus trabalhadores ao insistir “na narrativa do lucro, da robustez financeira”.

“Os trabalhadores são os grandes sacrificados por esta gestão, pois todos os anos continuam a perder grande percentagem de poder de compra“, refere a comissão de trabalhadores em comunicado, onde aponta que os aumentos salariais ficaram “a uma enorme distância da inflação”.

A comissão de trabalhadores voltou a criticar a gestão da CGD por não ter aplicado o aumento intercalar extraordinário de 1% aplicado pelo Governo, considerando que “foi decisão perniciosa” e que a promessa de “replicação dos apoios sociais em 2023, não passou de uma promessa”.

O documento insiste que há relatos de descontentamento de clientes e população sobre as decisões de gestão da atual administração da CGD.

“Foi diminuída de forma drástica a presença geográfica da CGD no país, reduzida a prestação de serviços de tesouraria na maior parte das agências, restringiram-se serviços ao público com encerramentos no período de almoço, sobrecarregando as outras agências e os trabalhadores veem-se diariamente confrontados com reclamações e excessos verbais e físicos por parte de clientes descontentes com esta realidade“, atira.

De igual forma, o organismo de representação de trabalhadores criticou a administração por ser “incapaz de reter talento e preservar o conhecimento interno”, apontando que nos primeiros três trimestres deste ano saíram 71 trabalhadores por iniciativa própria.

A CGD apresentou lucros de 987 milhões de euros entre janeiro e setembro, mais 43% do que no mesmo período de 2022. A margem financeira (a diferença entre os juros cobrados no crédito e os juros pagos nos depósitos) foi de 2.090 milhões de euros, mais 1.179 milhões de euros do que nos primeiros nove meses de 2022.

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Empresas vão poder levantar em breve milhões do Fundo de Compensação do Trabalho

Mobilização dos milhões que estão no Fundo de Compensação do Trabalho devia ter arrancado no quarto trimestre, mas as regras ainda não tinham sido aprovadas. Marcelo deu agora "luz verde" ao diploma.

As empresas vão poder levantar em breve os mais de 600 milhões de euros que estão atualmente no Fundo de Compensação do Trabalho (FCT). O calendário disponibilizado aos parceiros sociais indicava que o dinheiro poderia ser mobilizado a partir do quarto trimestre, mas as regras ainda não tinha sido aprovadas. O Presidente da República promulgou agora o diploma que faltava.

“O Presidente da República promulgou o diploma do Governo que altera os regimes jurídicos do FCT e do Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho”, lê-se numa nota publicada no site da Presidência da República.

O acordo de rendimentos celebrado em outubro do ano passado na Concertação Social previa, por um lado, o fim das contribuições para o FCT e, por outro, a reconversão desse fundo para permitir às empresas (que tenham contribuído) financiarem a formação e qualificação dos trabalhadores, apoiarem a autonomização dos jovens trabalhadores (suportando uma parte dos encargos da habitação) ou construírem refeitórios e creches, por exemplo.

O primeiro desses pontos já está concretizado — desde maio que as empresas já não descontam para o FCT –, mas o segundo continua ainda na gaveta.

Aliás, o último calendário apresentado pelo Governo aos parceiros sociais, a que o ECO teve acesso, indicava que as empresas poderiam começar a levantar o dinheiro a partir do último trimestre de 2023. E o Governo aprovou, no fim de setembro, as regras para a mobilização. Mas faltava o aval de Marcelo de Sousa.

Mais de dois meses da aprovação em Conselho de Ministros, o diploma em causa foi agora promulgado pelo chefe de Estado, estando, portanto, para breve o arranque da mobilização do FCT.

Em declarações ao ECO, Ana Vieira, da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), já tinha sinalizado que a mobilização poderia arrancar só em dezembro ou até mesmo em janeiro, tendo em conta que o decreto-lei estava em Belém e o mês de novembro já ia a meio.

Já à saída da última reunião de Concertação Social, João Vieira Lopes, presidente dessa confederação, disse aos jornalistas que os parceiros sociais não foram consultados quanto à versão final do diploma em causa. Havendo, ainda assim, o compromisso do Governo de que o que consta desse documento é o que ficou previsto no entendimento de outubro de 2022.

De resto, a CCP já tinha mostrado preocupação com “a demora” no arranque da mobilização do FCT, “porque se trata de uma matéria negociada há muito tempo e os valores pertencem às empresas“.

Também da parte da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) chegou ao ECO a mensagem de atenção a esta matéria. “Inicialmente tinha-nos sido referido pelo Ministério do Trabalho que seria a partir de outubro de 2023, o que não aconteceu. Não tendo havido qualquer justificação para o atraso“, explicou a confederação.

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