Benfica SAD com 31,4 milhões de prejuízos. Capitais próprios positivos

  • Lusa
  • 9 Setembro 2024

Numa época desportiva só com derrotas, a Benfica SAD apresentou resultados líquidos negativos de 31,4 milhões de euros no exercício 2023/24. Os capitais próprios ficam positivos, acima dos 81 milhões.

A Benfica SAD apresentou resultados líquidos negativos de 31,36 milhões de euros no exercício 2023/24, segundo a informação económica e financeira hoje comunicada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A sociedade benfiquista voltou às contas no ‘vermelho’, depois dos lucros em 2022/23 (4,2 ME) e 2019/20 (41,7 ME) e dos prejuízos nos exercícios de 2020/21 (17,4 ME) e 2021/22 (35 ME).

Numa época em que o Benfica terminou a I Liga de futebol no segundo lugar, atrás do rival Sporting, o resultado negativo dos ‘encarnados’ compara com os 4,2 ME de lucro do período homólogo, representando um decréscimo de 35,6 ME, causado, segundo a SAD ‘encarnada’, pela redução dos rendimentos operacionais e dos resultados com transações de direitos de atletas. “O equilíbrio económico do exercício poderia ter sido facilmente alcançável se as movimentações de mercado tivessem avançado mais cedo, ao invés de proteladas para depois do Campeonato da Europa. Caso contrário, teria sido natural um resultado positivo, em linha com o primeiro semestre, a reforçar a robustez da Benfica SAD, cujos capitais próprios continuam elevados e num patamar sem paralelo no futebol nacional“, lê-se na mensagem assinada pelo presidente Rui Costa, no referido Relatório e Contas.

Estes rendimentos totalizaram 179 ME na época passada, menos 16 ME do que em 2022/23, enquanto as receitas já com as transferências de jogadores ascenderam a 256,37 ME, mesmo assim menos 28,3 ME do que no período homólogo.

Já os gastos operacionais sem direitos de atletas subiram 0,5%, de 206,36 ME para 207,3 ME, com a Benfica SAD a explicar que “o aumento verificado nos fornecimentos e serviços externos foi compensado pela redução registada nos gastos com o pessoal”.

O passivo da sociedade ‘encarnada’ subiu 8,7%, de 444,6 ME para 483,4 ME, representando, após este último exercício 85,5% do ativo, que é calculado em 565,2 ME, mais 7,4 ME do que em 2022/23 e mais 157,4 ME do que em 2019/20.

As transferências de futebolistas valeram à Benfica SAD 58,4 ME na época passada, menos 8,3% do que no período homólogo, quando os ‘encarnados’ faturaram 63,7 no mercado de jogadores.

Os capitais próprios da sociedade caíram de 27,7%, de 113,2 milhões para 81,8 milhões no período em análise.

Estas contas da Benfica SAD vão ser votadas em Assembleia Geral da sociedade, convocada para 30 de setembro, dia em que vai ainda ser ratificada a cooptação dos novos administradores, casos de Jaime Antunes, Eduardo Stock da Cunha, José Gandarez, Lopes da Costa e Nuno Catarino.

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Hoje nas notícias: CIP, créditos e Misericórdia

  • ECO
  • 9 Setembro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A CIP vai voltar a propor um 15.º mês de salário isento de IRS e sem impacto nas retenções na fonte. Os intermediários de crédito registados junto do Banco de Portugal duplicaram desde 2018, com a crise na habitação a reforçar a atividade num segmento que, a partir de 2025, estará sujeito a novas diretrizes relativas à publicidade que podem fazer. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta segunda-feira.

CIP vai insistir no 15.º mês isento de IRS e sem impacto nas retenções na fonte

A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) prepara-se para voltar a propor ao Governo, na reunião da concertação social de quarta-feira, no âmbito das negociações para o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), que seja permitido às empresas pagarem um 15.º salário isento de IRS. A proposta já tinha sido avançada anteriormente, mas a Autoridade Tributária (AT) optou por englobar este acréscimo para efeitos do cálculo da taxa de IRS a pagar, o que tem um efeito bastante distinto do proposto pelos patrões e limita o aumento de rendimento previsto para os trabalhadores.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Já há seis mil intermediários de crédito

A atividade de intermediação de crédito duplicou nos últimos seis anos, passando de três mil intermediários registados no Banco de Portugal em 2018 para os atuais seis mil, segundo a Associação Nacional Intermediários Crédito Autorizados (ANICA). No segmento da habitação, cerca de 70% do crédito concedido passa por intermediários, mas ainda assim abaixo dos 90% do crédito automóvel. A partir do próximo ano, o setor estará sujeito a novas regras relativamente à publicidade aos produtos e serviços financeiros dos intermediários, que põem fim a um vazio regulatório.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Misericórdia vai assegurar consultas a mais 5.000 utentes sem médico de família

A Unidade Local de Saúde de Santa Maria (ULSSM) vai alargar o protocolo firmado com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) em 2023, que permitiu assegurar consultas a 5.000 utentes sem médico de família, para 5.700 pessoas e assinar mais duas parcerias com a instituição para assegurar assistência médica e de enfermagem a mais 5.000 pessoas sem médico de família nos bairros do Padre Cruz e da Liberdade, em Campolide. O presidente do conselho de administração da ULSSM, Carlos Martins, explica que há atualmente cerca de 100 mil utentes sem médico de família atribuído na área de influência da ULS e que irá manter este tipo de acordos com as misericórdias até que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) consiga dar resposta a estas pessoas. As duas novas parcerias deverão começar a funcionar a 1 de outubro.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Custo do alojamento sufoca estudantes

Dados do Observatório do Alojamento Estudantil, que analisa o mercado e as vagas em residências públicas, revelam que a renda média em Lisboa, onde é maior a oferta de cursos universitários e de quartos, disparou de 350 para 480 euros nos últimos quatro anos, um aumento de 130 euros observado também em Aveiro e Braga. O preço da renda média dos quartos subiu menos no Porto (+115 euros) e em Coimbra (+60 euros). Ao todo, são cerca de 175 mil os estudantes deslocados das suas zonas de origem, 45 mil dos quais são carenciados.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Empresa portuguesa constrói cadeira onde o Papa se vai sentar em Timor-Leste

A marca portuguesa Antarte desenhou e construiu o cadeirão onde o Papa Francisco se vai sentar na sua primeira visita a Díli, capital de Timor-Leste, onde ficará até quarta-feira. De acordo com o presidente da empresa, Mário Rocha, “a estrutura é em madeira sustentável, o tecido, neste caso o principal, é em fibras naturais de algodão e linho, e feito em tear em Portugal”. Com apenas duas cores (pérola e dourado), a peça tem ainda uma insígnia com o brasão do Vaticano, feita com impressora 3D. A Antarte produziu também um cadeirão para o Chefe de Estado de Timor-Leste, José Ramos-Horta, personalizado com o brasão de armas do país e que será utilizado na receção oficial ao Papa.

Leia a notícia completa na Rádio Renascença (acesso livre)

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La Lonja de Palma de Mallorca acolhe a exposição “Mirall” de Jaume Plensa

  • Servimedia
  • 9 Setembro 2024

Poderá ser visitada até 15 de fevereiro, numa tentativa de “posicionar as as ilhas como uma referência no domínio da arte contemporânea e da cultura internacional”.

Organizada em colaboração com a instituição alemã Stiftung für Kunst und Kultur e.V., a exposição convida os espetadores a refletir sobre as dualidades do mundo: corpo e alma, matéria e espírito, luz e escuridão.

As obras centrais da exposição são duas esculturas monumentais em aço inoxidável, “Invisible Laura” e “Invisible Rui Rui”, que, com sete metros de altura, ocuparão um lugar de destaque no icónico espaço gótico de La Lonja.

Esta exposição de Jaume Plensa tem como objetivo “cativar o público com a sua profunda reflexão sobre a identidade humana e as ligações entre o visível e o invisível, num cenário incomparável que combina história e modernidade no coração de Palma”.

Esta iniciativa faz parte do ambicioso plano cultural do governo autónomo presidido por Marga Prohens, que conta com o apoio da Câmara Municipal de Palma e do Consell de la isla de Mallorca (Conselho da Ilha de Maiorca). As três instituições pretendem “consolidar a imagem das Ilhas Baleares não só como destino turístico, mas também como referência mundial no domínio da arte contemporânea”.

O governo regional pretende, assim, reforçar o seu empenhamento na promoção da arte e da cultura como instrumento para elevar o perfil cultural das Ilhas Baleares no mundo. Para tal, promove uma série de exposições de alto nível no espaço arquitetónico de La Lonja, um dos edifícios mais emblemáticos do património civil gótico europeu, com o objetivo de atrair os artistas mais influentes da cena internacional.

Desde junho, La Lonja acolheu exposições de artistas de renome, como o português Pedro Cabrita Reis e o britânico Julian Opie, cuja recente mostra foi visitada por mais de 200 000 pessoas. Construída entre 1426 e 1447, La Lonja representa um tesouro arquitetónico para Maiorca e um símbolo do património cultural maiorquino. O objetivo do Governo Prohens é consolidá-la como um espaço emblemático para a exposição de arte contemporânea do mais alto nível.

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Euronext lança serviço para ajudar PME com exigências de sustentabilidade

"Ter objetivos e uma trajetória de sustentabilidade é um caminho incontornável para as empresas cotadas, e não só", afirma a CEO da Euronext Lisbon, Isabel Ucha.

No âmbito da Semana da Sustentabilidade da Euronext, a dona da bolsa de Lisboa vai lançar várias iniciativas. Uma delas tem como objetivo ajudar as pequenas e médias empresas (PME) a navegarem e aplicarem as novas normas de sustentabilidade. Também vai ser lançado um serviço que permite uma melhor comparabilidade de dados ESG (ambientais, sociais e de governança) e até uma rede que reúne desde bancos a empresas de auditoria, de forma a promover a adoção de novas práticas nas empresas.

“A Euronext continua focada em apoiar as empresas e ecossistema financeiro em geral a fazer este caminho estrutural de tornar o investimento mais sustentável”, indicou a CEO da Euronext em Portugal, Isabel Ucha, que diz perceber a importância que o tema tem nos mercados “todos os dias, no contacto com os investidores e nas perguntas que colocam”. Nesse sentido, “ter objetivos e uma trajetória de sustentabilidade é um caminho incontornável para as empresas cotadas, e não só“, conclui

Mais focado nas PME, a Euronext vai lançar o serviço ESG Advisory Solution, um serviço pago para apoiar estas empresas na implementação das Normas Europeias de Reporte de Sustentabilidade (ESRS), ao abrigo da CSRD – Diretiva de Reporte de Sustentabilidade Corporativo. O objetivo é ajudar na recolha de dados mas também na redação de políticas e reporte de sustentabilidade. Isabel Ucha partilha que a maior dificuldade, muitas vezes, está na identificação dos indicadores que têm materialidade – isto é, aqueles que são verdadeiramente relevantes consoante o tipo de empresa e atividade.

Num esforço de aumentar a comparabilidade entre os desempenhos ESG das cotadas, a Euronext vai passar a disponibilizar o serviço ESG Peer Benchmarking Report, que permite que as empresas cotadas comparem o seu desempenho ESG com os seus pares em mais de 50 indicadores ao longo de quatro anos. Vai estar acessível apenas aos clientes emissores através do portal da Euronext.

A Euronext vai ainda estrear um serviço de coaching, para apoiar os diretores de Sustentabilidade Corporativa e executivos de topo na compreensão e adesão às regulamentações da União Europeia e aos padrões ESG globais.

Vai, por fim, ter o pontapé de partida a Euronext Sustainable Network, destinada a criar um ecossistema colaborativo entre os principais intervenientes europeus em finanças sustentáveis, incluindo firmas de investimento, bancos, advogados, empresas de auditoria e consultoria, assim como fornecedores de dados. Esta rede servirá para apoiar as cerca de 1.900 entidades emitentes europeias e 6.000 investidores internacionais associados à Euronext.

Para a edição deste ano, a Euronext planeou 40 eventos externos, incluindo conferências, workshops e webinars. Estes eventos terão lugar ao longo da semana, em dez localizações europeias, visando tanto o público empresarial como investidores para promover as finanças sustentáveis.

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Serviland e Sareb lançam uma oferta de terrenos para construção em Los Berrocales, a zona de maior desenvolvimento urbanístico do sudeste de Madrid

  • Servimedia
  • 9 Setembro 2024

O terreno, propriedade da Sareb, totaliza 57.797m2 de superfície edificável para a construção de 425 habitações e a implantação de usos terciários e industriais.

A Serviland, filial da Servihabitat especializada na gestão de terrenos, colocou à disposição do mercado um terreno finalista situado em Los Berrocales, uma das zonas mais procuradas do sudeste de Madrid. De acordo com as informações fornecidas, esta oferta de terrenos para construção, propriedade da Sareb, permitirá a construção de 425 habitações, além de incluir espaços para usos terciários e industriais.

Num contexto de escassez de terrenos para construção e de uma procura crescente de habitação a preços acessíveis, a disponibilidade destes terrenos, com uma superfície total edificável de 57.797 m², representa uma contribuição significativa para o mercado imobiliário da Comunidade de Madrid. Trata-se de um conjunto de 28 lotes destinados a uma utilização mista residencial, comercial e industrial do empreendimento. Com uma superfície total de 25.190,44 m², estão situados a sudeste da circular da capital e a norte do Ensanche Vallecas, no bairro madrileno de Vicálvaro.

Ernesto Tarazona, CEO da Serviland, afirma que “esta oferta de terrenos representa uma oportunidade significativa no dinâmico mercado de promoção de Madrid” e acrescenta que “é uma operação que não só contribui para a revitalização do sudeste de Madrid, como também consolidará Los Berrocales como uma das zonas com maior potencial de desenvolvimento em Madrid”.

Prevê-se que a venda, que incluirá lotes em regime de propriedade plena e em regime de copropriedade, decorra de forma ordenada e que as licitações terminem a 4 de outubro.

No final do ano passado, a Serviland concluiu a venda de uma grande parte da carteira da Sareb em Los Cerros, que, na sua totalidade, abrange 172.000 unidades de promoção, com um potencial de desenvolvimento estimado em 1.310 habitações. Juntamente com Los Berrocales, fazem parte de uma zona que se posiciona como um dos bairros mais sustentáveis da capital, em consonância com a “Estratégia de Desenvolvimento do Sudeste” de Madrid, uma vez que se trata de um projeto urbanístico com a maior área de espaços verdes públicos de Madrid.

Atualmente, a filial da Servihabitat promoveu mais de 60 planos de desenvolvimento em mais de 1.500 municípios de Espanha.

 

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LALIGA, o campeonato com mais nomeados para a Bola de Ouro

  • Servimedia
  • 9 Setembro 2024

Um total de 11 jogadores da LALIGA foram nomeados para o prémio individual mais importante do futebol mundial, a Bola de Ouro.

São mais três do que na época passada, o que faz com que seja a competição nacional com mais jogadores elegíveis para este prémio, seguida da Premier League, com 10 representantes.

Depois de um verão em que os jogadores da LALIGA foram protagonistas dos campeonatos europeus e mundiais mais importantes, com estas nomeações a competição espanhola dá um passo à frente das suas congéneres europeias, incluindo a Premier League, que tem menos um nomeado. Assim, a LALIGA posiciona-se como o epicentro do talento futebolístico individual com as mais recentes adições no mercado de transferências de verão.

Em termos de clubes, é o Real Madrid que tem mais nomeados nas suas fileiras, sete no total: Bellingham, Valverde, Rüdiger, Vinicius, Carvajal, Kroos e Mbappé – o astro francês que agora é jogador da LALIGA, mas que na época passada estava na Ligue 1 de França. Já Lamine Yamal e Dani Olmo – que computa tanto na LALIGA quanto na Bundesliga – dão duas indicações ao Barcelona e Nico Williams outra ao Athletic Club. O Girona, por sua vez, acrescenta Dovbyk à lista, embora este tenha assinado com a Roma este verão e conte tanto para a competição espanhola como para a Serie A.

Estes nomes fazem com que a LALIGA mantenha a sua representatividade nestes prémios em relação à última edição, algo que não acontece com a Premier League, que vê diminuir os nomes que pertencem à sua competição, com dez este ano: Rúben Días, Foden, Haaland, Rodrigo, Rice, Odegaard, Saka, Saliba, Palmer e Dibu Martínez.

Por sua vez, a Bundesliga conta com nomes de destaque como Xhaka, Wirtz, Grimaldo, Hummels – bicampeão alemão e italiano – e Kane, além do já citado Dani Olmo. A Serie A italiana tem Çalhanoglu, Lautaro e Lookman na lista, bem como Dovbyk, que vai partilhar o balneário com Hummels, outro dos nomeados em duas ligas, depois de se ter transferido da Bundesliga para o Calcio este verão.

Este marco demonstra a evolução económica positiva dos clubes, que fazem grandes contratações mantendo a sua estabilidade financeira. De facto, a LALIGA destaca-se como a competição nacional europeia que mais aumentou o seu investimento, em contraste com outras como a Premier League, que reduziu as suas despesas com transferências em 16% (de 2,8 mil milhões de euros para 2,34 mil milhões de euros), ou a Ligue 1 francesa (de 915 milhões de euros para 723 milhões de euros) e a Bundesliga (de 758 milhões de euros para 600 milhões de euros), que reduziram as suas despesas em 21%. Fora da Europa, destaca-se o caso da Arábia Saudita.

O investimento dos clubes do reino árabe em transferências sofreu uma redução significativa, passando de 950 milhões de euros para apenas 475 milhões de euros, o que representa uma quebra de 50% em relação ao mercado de verão anterior.

Para além do prémio de melhor jogador atribuído pelo L’Equipe, os clubes da LALIGA também foram nomeados em categorias como a de melhor treinador, que inclui o italiano Carlo Ancelotti. No prémio Kopa, destinado ao Melhor Jogador Jovem, Lamine Yamal, Pau Cubarsí e Arda Güller são os jogadores que vão tentar ganhar o prémio. Para o Yashin, que determina quem foi o melhor guarda-redes do último ano, o LALIGA conta com Unai Simón, Andriy Lunin e Giorgi Mamardashvili, enquanto o Girona FC e o Real Madrid vão competir na categoria de Melhor Clube Masculino do Ano.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 9 de setembro

  • ECO
  • 9 Setembro 2024

Ao longo desta segunda-feira, 9 de setembro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Defesa, digitalização e cooperação. A estratégia de Draghi para salvar a competitividade da UE

Ao fim de um ano, o aguardado relatório de Draghi para recuperar a "perda rápida e súbita" de competitividade na UE será conhecido. Defesa, digitalização e cooperação são principais pilares.

O diagnóstico está feito e já é conhecido: a União Europeia (UE) está a enfrentar “uma perda rápida e súbita de competitividade” para os Estados Unidos e a China e precisa de se reinventar em áreas estratégicas para voltar a ganhar terreno. Agora é preciso agir. Há um ano, a presidente da Comissão Europeia pediu que Mário Draghi identificasse os principais desafios e desenhasse uma estratégia para acabar com “barreiras estruturais” face aos concorrentes. E esta segunda-feira, três meses depois do fim do prazo, o ex-presidente do Banco Central Europeu dá a conhecer as suas conclusões.

Mario Draghi, ex-primeiro-ministro italiano e ex-presidente do Banco Central EuropeuEPA/MASSIMO PERCOSSI

Ursula von der Leyen já está a par das linhas gerais do relatório que lhe foi apresentado, juntamente com os restantes líderes dos grupos parlamentares, na passada quarta-feira. Mas esta segunda-feira, numa conferência de imprensa, estará ao lado de Draghi não só para dar o seu parecer sobre as principais conclusões, como também para explicar de que forma a estratégia será adotada para os próximos cinco anos. Afinal de contas, o reforço da competitividade no bloco europeu é um dos principais pilares do mandato da presidente alemã que foi reeleita, em julho.

[As conclusões] irão inspirar, certamente, as diretrizes que serão traçadas para o próximo mandato”, afirmou von der Leyen, em abril.

De acordo com a imprensa internacional, o documento de cerca de 400 páginas procurará dar soluções sobre como aumentar a produtividade e reduzir as dependências em dez setores económicos estratégicos para a UE, sem deixar para trás as metas climáticas e a inclusão social. Mas para o antigo governante italiano não há margens para dúvidas: a UE peca por uma falta de inovação, está a ser penalizada um aumento dos preços da energia, uma escassez de competências, e não faz o suficiente para acelerar a digitalização e reforçar as capacidades de defesa comuns da Europa.

A União Europeia está a enfrentar uma perda rápida e súbita de competitividade“, afirmou Mario Draghi perante os líderes europeus, na quarta-feira passada, de acordo com a agência de notícias DPA.

Mario Draghi apresenta as linhas gerais do relatório para a competitividade na UEPresidência Húngara do Conselho da União Europeia

Mais financiamento para a defesa

Um dos primeiros aspetos será a nível da defesa. Com o escalar da guerra na Ucrânia e o alargamento da NATO em cima da mesa, a UE terá de priorizar este setor que durante décadas ficou esquecido. A presidente do executivo comunitário partilha da mesma opinião e, por isso, a próxima Comissão terá um responsável encarregue de gerir exclusivamente esta pasta. Mas é preciso mais.

Para Mario Draghi, o setor deve ter pleno acesso a fundos europeus — a UE gasta cerca de um terço do que os EUA gastam em defesa — e as fusões de empresas não devem ser desconsideradas por forma a impulsionar a produção de armas. Atualmente, o setor depende em 80% dos fornecedores internacionais para suprir as suas necessidades, e perante um cenário de agravamento das tensões geopolíticas é expectável que esse valor aumente.

“A base industrial de defesa da UE está a enfrentar desafios estruturais em termos de capacidade, know-how e vantagem tecnológica. Consequentemente, a UE não está a acompanhar o ritmo dos seus concorrentes mundiais”, cita o Politico uma das conclusões do ex-primeiro-ministro italiano.

Assim, as recomendações incluem a introdução de um “princípio de preferência europeia” para incentivar as soluções de defesa europeias em detrimento dos concorrentes; a definição de um modelo de governação entre a Comissão, o Serviço Europeu para a Ação Externa e a Agência Europeia de Defesa; e, finalmente, a criação de uma “Autoridade da Indústria da Defesa” que ficará encarregue de fazer aquisições em nome dos países da UE. Esta autoridade seria diretamente gerida pela Comissão Europeia e copresidida pela Agência Europeia de Defesa.

Mais digitalização, cooperação e menos custos energéticos

A falta de inovação e uma transição digital “lenta” serão outros dois aspetos abordados por Mario Draghi. Num discurso proferido em abril, o antigo líder do BCE era perentório: “Falta-nos uma estratégia que nos permita manter o ritmo numa corrida cada vez mais acirrada pela liderança no domínio das novas tecnologias. Atualmente, investimos menos em tecnologias digitais e avançadas do que os EUA e a China, incluindo na defesa, e só temos quatro empresas europeias de tecnologia global entre as 50 maiores do mundo”, alertou.

Um maior avanço tecnológico será também fundamental para diminuir os custos energéticos que, nos últimos anos, tem subido de forma acentuada. Aos olhos de Draghi, uma maior cooperação entre os Estados-membros e um reforço no investimento nas redes de energia e, nomeadamente, interconexões permitiram colmatar o aumento dos preços, aumentando por sua vez a “resiliência europeia face a crises futuras”.

Para além da transição ecológica e digital, a Europa enfrenta também uma terceira transição: as alterações demográficas.

Em junho, o ex-primeiro-ministro italiano Enrico Letta, autor de um relatório sobre o mercado único encomendado pelo Conselho Europeu, salientou que perante as mudanças demográficas e económicas globais, a UE será confrontada com um “declínio” e um “envelhecimento da população” acentuado. Este alerta foi ecoado por Draghi que deverá alertar também no seu relatório para a necessidade de o bloco europeu apostar na qualificação da geração futura. Isto, considerando também os níveis altos de imigração para o bloco e a importância de aproveitar e adequar as competências destas pessoas.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 9 Setembro 2024

INE atualiza evolução das exportações até julho. Draghi apresenta relatório sobre a competitividade na UE. Estas e outras coisas vão marcar o dia.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga os dados das exportações e importações nacionais até julho e ainda o volume de negócios na indústria. É o dia de Mario Draghi apresentar o aguardado relatório sobre a competitividade da União Europeia. Estas e outras coisas vão marcar esta segunda-feira.

Como evoluíram as vendas ao exterior?

Em junho o comércio de Portugal com o exterior arrefeceu perante uma queda das exportações e das importações, seguindo a tendência do mês anterior. O INE atualiza os dados relativos a julho. E também divulga o índice de Volume de Negócios, Emprego, Remunerações e Horas Trabalhadas na Indústria.

Draghi apresenta relatório sobre competitividade na UE

O antigo primeiro-ministro italiano e ex-presidente do BCE apresenta o relatório sobre a competitividade da economia da União Europeia, encomendado pela presidente da Comissão, Ursula von der Leyen.

PRR fecha prazo de candidaturas para projetos de armazenar energia

O Ministério do Ambiente e Energia anunciou a abertura de um aviso do Fundo Ambiental para apoiar em 99,75 milhões de euros novos projetos de armazenamento de energia em Portugal, com verbas provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O prazo para apresentar candidaturas termina agora.

Fim de greve na CP

Termina a greve a partir da sexta hora de serviço e ao trabalho extraordinário de trabalhadores da CP que foi convocada pelo Sindicato Independente Nacional dos Ferroviários.

Inflação na China centra atenções dos investidores

Na semana que será marcada pela reunião do BCE, a agenda dos investidores será dominada hoje pelos dados da inflação na China para agosto, depois de um aumento acima do esperado em julho.

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OPPO renova a parceria com a UEFA para as próximas três épocas desportivas

  • Servimedia
  • 9 Setembro 2024

Vai patrocinar competições como a Liga dos Campeões e a Supertaça Europeia, entre outras.

Como a empresa explicou num comunicado, o objetivo do acordo é “continuar a aproximar a tecnologia dos adeptos de futebol através dos seus dispositivos inteligentes”. Além disso, irá oferecer “uma série de experiências visuais” em parceria com a UEFA.

O anúncio da renovação do patrocínio da OPPO à UEFA foi apresentado num evento realizado pelas duas organizações na Real Fábrica de Tapices, em Madrid.

O evento contou com a presença de Iker Casillas, embaixador da marca tecnológica, que demonstrou o desempenho da Inteligência Artificial (IA) da recém-lançada série de smartphones OPPO Reno12.

Durante a apresentação, o presidente de marketing, vendas e serviços da OPPO, Billy Zhang, afirmou: “A empresa espera reforçar ainda mais a sua parceria com a UEFA, ligando os adeptos ao futebol através das inovações da OPPO nas tecnologias de imagem e IA.

O porta-voz da OPPO também confirmou que a empresa irá dedicar “mais recursos para ajudar os jovens e a comunidade futebolística global”.

APOIAR OS JOVENS FUTEBOLISTAS

Para tal, a OPPO levará a cabo uma série de programas de desenvolvimento do futebol juvenil em todo o mundo, incluindo em países como Espanha, México, Egito e China.

O objetivo destas iniciativas é apoiar os jovens futebolistas e fornecer recursos aos clubes de futebol.

A notícia da renovação do patrocínio foi anunciada aquando do lançamento dos novos smartphones da série OPPO Reno12, o OPPO Reno12 F e o OPPO Reno12 FS, nas versões 4G e 5G.

Estes dispositivos “já estão disponíveis no mercado espanhol” e têm “recursos avançados de IA na secção fotográfica e ferramentas de IA para melhorar a produtividade do utilizador”, disse a empresa.

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Revolut acaba com contas grátis para empresas e preços sobem até 58%

O banco digital vai passar a cobrar dez euros por mês às empresas com contas grátis. Os restantes planos empresariais vão sofrer aumentos de preços que variam entre 14% e 58%, aproximadamente.

A Revolut vai deixar de oferecer um plano gratuito aos clientes empresariais, enquanto os planos pagos ficarão significativamente mais caros a partir do dia 21 de outubro, com aumentos que podem chegar aos 58%, confirmou ao ECO fonte oficial do banco digital. É a primeira vez que a Revolut altera os preços cobrados às empresas, justificando que a atualização reflete a melhoria do serviço e o aumento das funcionalidades disponibilizadas.

Até aqui, as empresas podiam abrir uma conta sem custos, optando por um plano “Básico” que incluía apenas cinco transferências nacionais sem comissões. Mas a fintech britânica está a notificar estes clientes de que passará a cobrar uma mensalidade de dez euros, segundo um desses emails a que o ECO teve acesso.

A nova mensalidade do plano “Básico” tem associada a duplicação do número máximo de transferências nacionais gratuitas que as empresas com este tipo de contas podem fazer: passam de cinco para dez, uma melhoria face ao plano atual. A nova comissão será debitada “automaticamente” das contas empresariais no final de cada ciclo de faturação.

Os restantes clientes empresariais que já têm planos pagos vão passar a pagar bastante mais pelo serviço, calculou o ECO com base em informação facultada pela empresa. O aumento mínimo é de quase 14% e o aumento máximo de cerca de 58%.

No caso dos clientes empresariais com o plano intermédio (“Grow”), a mensalidade vai passar de 25 para 35 euros, um agravamento de 40%. A Revolut faz um desconto se o pagamento for anual: nesse caso, a anuidade vai passar de 228 para 360 euros, um agravamento de 57,9%.

Quanto aos clientes com o plano mais caro (“Scale”), a mensalidade passará de 100 para 125 euros (+25%) e a anuidade, que também tem um desconto face ao pagamento mensal, aumentará de 948 para 1.080 euros (+13,9%), conforme os dados compilados pelo ECO na seguinte tabela:

Novos preços da Revolut Business:

Fonte: Cálculos do ECO com base em informação remetida pela Revolut

O ECO contactou fonte oficial da Revolut no final do mês passado para apurar se estavam previstas alterações ao preçário do banco em Portugal, depois de os clientes com contas pessoais terem recebido um email de “atualização dos termos e condições”. Numa primeira resposta, fonte oficial do banco digital disse que “apenas foram mudadas palavras e frases para melhor compreensão”, sem aludir a qualquer alteração nos preços.

Entretanto, já neste mês de setembro, o ECO apurou que já estavam em curso, pelo menos desde meados de agosto, as referidas alterações ao preçário do serviço empresarial. Confrontada com estas informações, fonte oficial acabou por confirmar um “aumento incremental de preços” a partir de 21 de outubro, só para as empresas.

“A Revolut Business está sempre a evoluir de acordo com as necessidades dos nossos clientes empresariais para garantir que estamos a oferecer o melhor produto e a melhor experiência ao melhor preço. Os nossos clientes empresariais têm acesso a um conjunto mais alargado de serviços, incluindo taxas de câmbio interbancárias, funcionalidades de gestão de despesas, análises sofisticadas e mais integrações e opções de transferência do que nunca”, reagiu a Revolut, salientando que o aumento de preços em outubro reflete “esta evolução”.

No aviso aos clientes empresariais, a que o ECO teve acesso, a Revolut lembra também que em 2023 já tinha melhorado as condições às empresas com contas gratuitas, elevando o plafond de conversões cambiais de zero para 1.000 euros.

Com os aumentos de preços em outubro, as contas “Grow” e “Scale” receberão melhorias do mesmo género. Nas primeiras, o limite de conversões cambiais vai subir de 10.000 para 15.000 euros. Os planos mais caros terão uma melhoria deste limite dos atuais 50.000 para 60.000 euros.

“Atualizar a nossa política de preços permite-nos expandir a nossa gama de produtos e ferramentas, aumentando ainda mais o nosso investimento num apoio ao cliente 24/7 e melhorando os benefícios a que já tem direito”, explicou a Revolut na nota que enviou aos clientes empresariais.

A Revolut oferecia planos grátis às empresas desde 2017 e nunca tinha atualizado os preços corporativos desde então.

Os nossos clientes empresariais têm acesso a um conjunto mais alargado de serviços, incluindo taxas de câmbio interbancárias, funcionalidades de gestão de despesas, análises sofisticadas e mais integrações e opções de transferência do que nunca.

Revolut

Transações por empresas em Portugal perto dos 300 milhões de euros por mês

No mercado português, a Revolut tem quase 1,3 milhões de clientes particulares, mas não revela dados sobre a quantidade de clientes empresariais. No entanto, este mês, anunciou num comunicado que o volume de transações processadas pela Revolut Business em Portugal chegou aos 296 milhões de euros mensais.

Na mesma nota, a fintech britânica assume estar a “reforçar o foco no segmento empresarial”, tendo atingido “receitas anualizadas globais” neste segmento da ordem dos 450 milhões de euros. O banco oferece serviços empresariais em 40 países, tendo acabado de se lançar em Singapura.

A Revolut lançou também um novo serviço para as empresas, designado Revolut BillPay, que permite a integração com “os principais softwares de contabilidade”.

“A Revolut BillPay foi criada para economizar tempo na gestão e pagamento de contas a fornecedores em mais de 150 destinos com apenas alguns cliques. As empresas podem reduzir o esforço manual, beneficiar de controlos de gastos e regras de aprovação, e obter uma visão completa das suas operações, libertando tempo para o crescimento dos negócios”, indicou a empresa num comunicado.

Citado no mesmo, James Gibson, diretor da Revolut Business, mostra-se satisfeito com o desempenho do negócio da fintech. “Com base na nossa experiência a servir milhões de clientes de retalho, a Revolut Business está a crescer rapidamente. No último ano, demos grandes passos na nossa missão de sermos o sistema número um de automação financeira para empresas e recentemente trouxemos o produto para Singapura. Com o apoio de um número significativo e crescente de clientes, estamos a investir fortemente no B2B e prontos para revolucionar a banca para ainda mais empresas em todo o mundo”, refere o responsável.

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Banco de Fomento sem operações contratadas nas linhas InvestEU

Já estão aprovadas 345 operações no âmbito das linhas InvestEU, mas ainda não está nenhuma contratada. Alguns bancos já concederam empréstimos na expectativa de que venham a ser garantidos.

Já estão aprovadas 345 operações no âmbito das linhas InvestEU lançadas pelo Banco Português de Fomento a 5 de julho, revelou fonte oficial do Banco de Fomento, mas ainda não está nenhuma contratada, confirmou o ECO junto de várias fontes. O banco está a pedir para que as letras sejam transformadas em livranças, manualmente. O objetivo é acelerar o processo de contratação das operações.

“Desde o lançamento (nestas semanas de férias para bancos, sociedades de garantia mútua e empresas) foram aprovadas 345 operações por parte das Sociedades de Garantia Mútua”, revelou fonte oficial da instituição liderada por Ana Carvalho ao ECO. “Há mais de 600 operações que, após analisadas pelas sociedades, estão a ser documentalmente completadas pelos bancos comerciais junto das empresas, sendo, portanto, previsível que nas próximas semanas o número de aprovações tenha evoluções relevantes”, acrescentou a mesma fonte. No entanto, não estão ainda contratadas quaisquer operações, confirmou o ECO junto de várias fontes. Ainda assim, alguns bancos já concederam os empréstimos na expectativa de que venham a ser garantidos.

Estas linhas destinas a PME e Small Mid-Caps apoiam operações que visem o investimento sustentável, com uma dotação de 1,28 mil milhões de euros; o investimento com uma dotação de 640 milhões de euros e o fundo de maneio com uma dotação idêntica de 640 milhões. Em cada uma destas gavetas as empresas podem obter um financiamento máximo, respetivo, de 8,25 milhões, cinco milhões e dois milhões de euros.

Há ainda uma linha de garantia de 284 milhões para a apoiar o investimento na mobilidade urbana sustentável. O montante máximo de financiamento por empresa nesta linha é de até dez milhões de euros. E o prazo global de financiamento varia entre 12 e 240 meses, com um período de carência de até 60 meses.

Finalmente, a quarta linha de garantia tem uma dotação de 711 milhões para apoiar investimentos em investigação, inovação e digitalização. “As operações elegíveis incluem infraestruturas de investigação, projetos empresariais, projetos e programas de demonstração, implantação de infraestruturas, tecnologias e processos conexos, projetos de colaboração entre o meio académico e a indústria, transferência de conhecimento e tecnologias, e desenvolvimento de novos produtos de saúde eficazes, incluindo produtos farmacêuticos, dispositivos médicos e medicamentos de terapia avançada”, explica o site do BPF. Neste caso, o montante máximo de financiamento por empresa é de dez milhões de euros. O prazo global de financiamento varia entre 12 e 180 meses, com um período de carência máximo de 48 meses.

Fundo de Contragarantia passou a exigir um título executivo

Estas linhas contam com uma garantia mútua – à semelhança do que já acontecia com as linhas de crédito, no passado, (como as linhas Covid) — que varia entre 50% e 75%, e com uma contragarantida de 75% ou 80% do Fundo de Contragarantia Mútuo (FCGM), gerido pelo Banco Português de Fomento. Mas agora, o Fundo de Contragarantia Mútuo passou a exigir um título executivo. No mercado isto é percepcionado como mais um patamar de burocracia, já que são solicitados às empresas mais de 30 documentos. “O equivalente a uma resma de papel”, desabafou uma fonte ao ECO. “As empresas reclamam, os bancos desesperam, há dificuldades em formalizar os financiamentos associadas à ausência das peças contratuais que dificultam o processo”, conta outra fonte.

O Banco de Fomento justifica esta alteração com a necessidade de “robustecer o processo de recuperação de crédito em caso de incumprimentos”. Quando uma empresa entra em incumprimento, em operações de crédito bancário garantidas pelo sistema de garantia mútua, o banco aciona a garantia mútua; a sociedade de garantia mútua (SGM) paga o valor devido ao banco; a SGM, contragarantida pelo Fundo de Contragarantia Mútuo (FCGM), aciona este mesmo funo e a SGM é reembolsada pelo Fundo na proporção da garantia recebida pelo FCGM. Assim, quando são acionadas as garantias, a sociedade de garantia mútua e FCGM tornam-se também credores da empresa, por isso, “o credor deve figurar no título executivo para que tenha legitimidade para interpor a ação executiva”, explicou ao ECO fonte oficial do BPF.

“Assim, em operações garantidas por Garantia Mútua aprovadas com subscrição de livranças, estas devem ser subscritas em benefício dos credores (banco) e potenciais credores (SGM e o FCGM)”, acrescenta a mesma fonte. “Pelo exposto, este procedimento foi introduzido para robustecer o processo de recuperação de crédito em caso de incumprimentos”, concluiu a mesma fonte.

Rasurar títulos à mão

Nestas novas linhas, que finalmente permitiram que o Banco de Fomento assumisse o seu papel de parceiro nacional do programa europeu InvestEU, a instituição liderada por Ana Carvalho está a pedir que seja rasurado à mão a expressão “letra” por “livrança”. Face à ausência de livranças no Fundo de Contragarantia Mútuo, o Banco de Fomento sugeriu a transformação manual (com rasuras nos títulos) de letras por livranças”, contou ao ECO uma fonte.

O BPF confirma que foram transmitidas instruções de transformação de letras em livranças e justifica a opção com a necessidade de proceder à “contratação célere” das operações aprovadas. “Temporariamente, para permitir uma contratação célere das mais de três centenas de operações aprovadas, essa prática foi adotada”, confirmou a mesma fonte oficial. “Será em breve substituída pela utilização de livranças”, acrescentou a mesma fonte.

O banco garante que a “prática de transformação de letras em livranças é juridicamente válida”, e cita um Acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa de 2009 e uma jurisprudência de 1998.

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