TecStorm realiza-se já este fim de semana. Vai reunir mais de 150 universitários

Um total de dez mil euros será atribuído aos quatro projetos vencedores de cada categoria da competição universitária.

Vem aí a sexta edição do TecStorm. O evento que promove o empreendedorismo e desafio os universitários de todo o país a apresentarem ideias disruptivas e impactantes para a sociedade vai reunir mais de 150 universitários na Fundação Champalimaud, entre os dias 22 e 24 de abril. Um total de dez mil euros será atribuído aos quatro projetos vencedores de cada categoria da competição universitária.

“Em equipas, os universitários vão desenvolver, finalizar e apresentar 28 projetos tecnológicos inovadores, que resultaram de uma pré-seleção das melhores ideias apresentadas a concurso. O trabalho das 28 equipas, iniciado em fevereiro de 2022, contou com a mentoria técnica e estratégica dos principais parceiros TecStorm em cada uma das suas áreas – Fundação Calouste Gulbenkian (responsabilidade social), Fundação Champalimaud (saúde), Galp (energia) e Vodafone Portugal (conectividade)”, lê-se em comunicado.

Os projetos a concurso serão apresentados ao júri num pitch que avaliará o protótipo desenvolvido, detalhes de progresso do projeto e business plan associado e, em seguida, elegerá as duas melhores equipas de cada categoria que passam à avaliação final. Os vencedores de cada categoria serão conhecidos a 24 de abril, durante a cerimónia de encerramento do TecStorm 2022. Aos quatro projetos vencedores serão atribuídos dez mil euros em prémios.

Este ano sob o lema “Cross dimensions. Empower your Ideia” o TecStorm, promovido pela Júnior Empresas do
Instituto Superior Técnico (JUNITEC), reuniu mais de 580 inscrições de universitários de todo o país.

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PS recandidata Francisco Assis para presidente do Conselho Económico e Social

  • Lusa
  • 22 Abril 2022

Para ser reconduzido no cargo de presidente do CES, o antigo presidente da Câmara de Amarante precisa da aprovação de dois terços dos deputados por voto secreto.

O PS propôs a recandidatura do seu antigo eurodeputado e líder parlamentar Francisco Assis para o cargo de presidente do Conselho Económico e Social (CES), cuja eleição, no parlamento, está prevista para o próximo dia 29.

Francisco Assis, professor universitário, destacado militante ligado à ala de centro esquerda do PS, é presidente do CES desde 2020.

Para ser reconduzido no cargo de presidente do CES, o antigo presidente da Câmara de Amarante precisa da aprovação de dois terços dos deputados por voto secreto.

Líder parlamentar socialista em dois períodos distintos, primeiro sob a liderança de António Guterres e depois de José Sócrates, no plano político Francisco Assis foi também candidato a secretário-geral do PS em 2011, mas foi derrotado nesta corrida por António José Seguro.

Francisco Assis integrou depois o Secretariado Nacional do PS liderado por António José Seguro e em 2014 foi cabeça de lista socialista nas eleições europeias.

Com António Costa como secretário-geral do PS, Francisco Assis afastou-se da primeira linha política do seu partido por ter discordado da formação de um Governo minoritário socialista suportado no parlamento pelo Bloco de Esquerda, PCP e PEV a partir de novembro de 2015.

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Mendonça Mendes admite que baixa de impostos indiretos sobre os combustíveis tende a ficar “diluída nas margens” das gasolineiras

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais diz ser necessário ter atenção às margens das gasolineiras no âmbito da redução do ISP. Determina publicação de relatório para acompanhar preços.

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais admite que as margens das gasolineiras podem absorver as reduções de impostos sobre os combustíveis e por isso o Governo vai monitorizar a evolução dos preços. Mendonça Mendes reconheceu que a redução de impostos indiretos pode não ser a melhor forma de responder de forma estrutural, já que “tendem a ficar diluídas naquilo que são as margens comerciais”. Desta forma, alerta que é necessário “estar muito atentos” para ver se o esforço dos contribuintes não é “absorvido pelas margens”.

No debate sobre o pacote de medidas do Governo, António Mendonça Mendes reconhece que a medida que baixa o ISP, numa redução correspondente à diminuição do IVA para 13%, é um “analgésico”, como a caracterizou Rui Tavares, do Livre. Ainda assim, aponta que é “por isso que esta medida é absolutamente excecional e transitória”.

A decisão é assim “tomada num contexto muito específico”, com o secretário de Estado a sinalizar que é necessário “estar muito atento sobre se o esforço dos contribuintes não é, como em regra acontece, absorvido pelas margens”. É por isso, explica Mendonça Mendes, que o Governo determinou também uma “obrigação nova de transparência”, com a publicitação de um relatório pelo regulador que permite avaliar os preços dos combustíveis.

Na proposta do Governo, foi incluída uma alínea que determina que “é ainda estabelecida a publicitação trimestral e, bem assim, sem prejuízo de outros meios de prestação de informação, a publicação de um relatório completo de informação referente à formação dos preços de venda ao público dos combustíveis, por parte da entidade”.

Um dos objetivos do Governo com este relatório é então certificar que o efeito da descida do ISP chega mesmo aos automobilistas na bomba, vigiando as margens. O documento poderá também servir como suporte para decidir sobre um eventual travão às margens no âmbito de uma lei que foi aprovada pelo Parlamento no ano passado e que permite travar a subida excessiva de margens das gasolineiras e das petrolíferas. Seja a margem de refinação ou margem de comercialização.

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Football Leaks: Julgamento de Rui Pinto retoma com declarações de inspetores da PJ

Os inspetores da PJ, Aida Freitas e Hugo Monteiro, voltaram a prestar declarações no julgamento de Rui Pinto para esclarecer quem foi o autor do relatório sobre o encontro na estação de serviço na A5.

O julgamento do hacker Rui Pinto no âmbito do processo Football Leaks retomou esta sexta-feira, dia 22 de abril, para mais uma sessão. Os inspetores da Polícia Judiciária, Aida Freitas e Hugo Monteiro, marcaram presença. Após terem prestados declarações contraditórias sobre quem foi o autor do relatório sobre o encontro na estação de serviço na A5 entre Doyen e Aníbal Pinto, os dois inspetores voltaram a ser ouvidos.

Na sessão dirigida pela juíza Margarida Alves, Aida Freitas voltou a referir que quem elaborou o relatório foi o inspetor José Amador. Sobre o encontro que foi marcado para negociar o valor monetário que Doyen pagaria em troca da não divulgação dos documentos que Rui Pinto teria na sua posse, a inspetora sublinhou que não ouviu nada do que aconteceu no encontro e que assinou o relatório elaborado sobre ele sem o ler.

O inspetor Hugo Freitas, que inicialmente tinha admitido ser o autor do relatório, esclareceu que quando falou em “elaborar” falava do “conteúdo” e quem escreve o mesmo pode ser qualquer um dos elementos que participam na operação. Segundo o inspetor, o conteúdo foi “relatado” por ele, “mas quem escreveu no computador, pode até ser um estagiário”. Ainda assim, admitiu que foi o José Amador que o redigiu.

A próxima sessão do julgamento é a 13 de maio, seguindo-se mais quatro sessões nos dias 16, 23, 26 de maio. Foi no dia 4 de setembro de 2020 que teve início o julgamento de Rui Pinto no âmbito do processo Football Leaks, mas ao longo deste ano e meio tem vindo a ser suspenso várias vezes por questões processuais.

Rui Pinto responde por um total de 90 crimes: 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo, visando entidades como o Sporting, a Doyen, a sociedade de advogados PLMJ, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por extorsão, na forma tentada. Este último crime diz respeito à Doyen e foi o que levou também à pronúncia do advogado Aníbal Pinto.

Entre os visados estão Jorge Jesus, Bruno de Carvalho, o então diretor do DCIAP Amadeu Guerra ou o advogado José Miguel Júdice, João Medeiros, Rui Costa Pereira e Inês Almeida Costa.

Inicialmente o julgamento do hacker estava marcado para dia 12 de janeiro mas essa sessão não chegou a acontecer, uma vez que a juíza Margarida Alves pediu à PJ que Rui Pinto fosse as instalações consultar a prova do apenso F e e disco rígido RP3, que contém alguns dos mails pirateados pelo próprio.

O arguido Rui Pinto pediu o acesso aos mails que terá pirateado por considerar “indispensável para se poder defender em tribunal”. Os e-mails que alegadamente roubou encontram-se no chamado apenso F — uma parte do processo do caso Football Leaks onde a PJ guardou as caixas de correio eletrónico integrais encontradas nos discos apreendidos e que pertencem a responsáveis de clubes de futebol, a alguns dos mais importantes escritórios de advogados portugueses, como a PLMJ, aos advogados ex-PLMJ (João Medeiros, Rui Costa Pereira e Inês Almeida Costa), a magistrados do Ministério Público, como Amadeu Guerra (à data diretor do DCIAP) ou a pessoas ligadas ao universo Isabel dos Santos.

O objetivo do pedido de cópia do apenso, alegou a defesa de Pinto, seria o de “analisar os ficheiros informáticos constantes no Apenso F, exclusivamente, do ponto de vista técnico, através de pesquisa forense, procedendo à análise de metadados e estruturas de dados, com recurso a ferramentas forenses que lhe permitam ter um conhecimento diferenciado da prova.”

“Todos os elementos acedidos ilicitamente por Rui Pinto, que constam do apenso F, apenas podem ser relevantes para a defesa se forem para a acusação, pelo que o arguido não precisa de ir procurá-los, o Ministério Público já o fez e disponibilizou-os aos sujeitos processuais. Permitir ao arguido que consulte e armazene tudo o que obteve ilicitamente e que, por isso, se encontra a ser julgado, apenas com base no jargão intimidatório de ser necessário à defesa é grave e inadmissível, além de ridículo”, alegaram os assistentes, no pedido de recurso que fizeram para a Relação.

A Relação veio decidir que “em caso algum serão entregues as duas pen drives que constituem o apenso F ao arguido para que este pura e simplesmente as consulte”, dizem os desembargadores, no recurso a que o ECO/Advocatus teve acesso, à data. Mas aceita que Rui Pinto tenha acesso aos ditos e-mails, mas nas instalações da PJ, sob a supervisão da mesma. “A cópia do apenso F apenas é possível ser consultada pelo arguido e a sua defesa, não se permitindo que, realizada a consulta, a cópia fique na posse dos mesmos”, diz a decisão.

Para os assistentes e para o Ministério Público, o facto de Rui Pinto ter acesso às caixas de correio eletrónico — que no fundo é a razão pela qual está a ser julgado — seria uma duplicação do crime e de penalização das vítimas. Além dos assistentes no processo, também o Ministério Público se opôs à entrega do apenso com e-mails a Rui Pinto.

Da prisão preventiva à liberdade

Rui Pinto esteve em prisão preventiva entre o dia 22 de março de 2019 e 8 de abril de 2020 e em prisão domiciliária até ao dia 7 de agosto de 2020, tendo sido libertado “devido à sua colaboração” com a Polícia Judiciária (PJ) e ao seu “sentido crítico”, mas está, por questões de segurança, inserido no programa de proteção de testemunhas em local não revelado e sob proteção policial.

Na altura em que foi preso preventivamente, a juíza de instrução criminal, Margarida Alves, justificou a medida com a inversão da postura do arguido, que passou a apresentar “um sentido crítico e uma disponibilidade para colaborar com a justiça” e, por outro, dizendo que as fronteiras se encontravam sujeitas a elevados controles devido à pandemia de Covid-19, razão pela qual entendeu “que se mostrava reduzido o perigo de fuga”.

No início de junho de 2020, o Tribunal da Relação de Lisboa negou provimento ao recurso do Ministério Público e manteve a decisão instrutória, proferida em 17 de janeiro de 2020, que pronunciou Rui Pinto por 90 crimes e não pelos 147 que constavam da acusação do MP: 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por tentativa de extorsão.

Em setembro de 2019, o MP acusou Rui Pinto de 147 crimes, 75 dos quais de acesso ilegítimo, 70 de violação de correspondência, um de sabotagem informática e um de tentativa de extorsão, por aceder aos sistemas informáticos do Sporting, da Doyen, da sociedade de advogados PLMJ, da Federação Portuguesa de Futebol, da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Plataforma Score e posterior divulgação de dezenas de documentos confidenciais destas entidades.

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Eduardo Cabrita já é formalmente arguido

No processo do atropelamento mortal na A6, Eduardo Cabrita e o "responsável pela segurança da comitiva" foram constituídos arguidos.

O ex-ministro Eduardo Cabrita e o “responsável pela segurança da comitiva” vão ser constituídos arguido no processo do atropelamento mortal na A6, segundo o despacho do diretor do DIAP de Évora que reabriu o inquérito.

O ex-governante foi esta sexta-feira interrogado no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Évora.

Inicialmente o MP só tinha deduzido acusação contra o motorista que conduzia a viatura, mas a Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados, que se constitui assistente no processo, considerou após consultas dos autos que havia provas suficientes para responsabilizar o antigo governante por um crime de homicídio por negligência. Face à solicitação da Associação, o Ministério Público decidiu reabrir o caso e ordenou à procuradora titular do inquérito que constituísse como arguidos Eduardo Cabrita e o respetivo chefe de segurança pessoal.

A constituição e interrogatório como arguido de Cabrita estava inicialmente prevista para 28 de março, mas foi adiada devido à alteração da data da posse do novo parlamento, provocada pela repetição das eleições no círculo da Europa.

Em janeiro, o MP solicitou à Assembleia da República o levantamento da imunidade parlamentar do ex-ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita, que se demitiu e ficou como deputado, para que pudesse ser constituído e interrogado como arguido no caso do acidente mortal na A6.

O acidente que envolveu o atropelamento mortal de Nuno Santos, funcionário de uma empresa que efetuava trabalhos de manutenção na Autoestrada 6 (A6), no sentido Estremoz-Évora, ocorreu no dia 18 de junho de 2021.

 

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Seis meses depois, investigação da fuga de Rendeiro continua a marinar no CSM

Já lá vão mais de seis meses desde que João Rendeiro anunciava ao mundo que estava foragido à Justiça. Conselho Superior admite que investigação aos magistrados ainda decorre e que não há conclusões.

Quase sete meses depois, o Conselho Superior da Magistratura — órgão que fiscaliza a atividade e decisões judiciais — ainda não tem uma decisão tomada relativamente ao apuramento de responsabilidades da fuga do ex-líder do BPP, João Rendeiro. “O Juiz Conselheiro nomeado para o processo de averiguações, para efeitos de apuramento de eventual responsabilidade disciplinar no caso da fuga de João Rendeiro, ainda não terminou as suas diligências, não tendo, por isso, apresentado as suas conclusões”, disse o CSM, em esclarecimento enviado às redações.

Em janeiro, o Conselho Superior da Magistratura (CSM) decidiu abrir um inquérito de averiguação ao facto de não ter sido prevenida judicialmente a fuga do ex-líder do BPP, João Rendeiro.
Desde 6 de outubro que o processo de averiguações para apurar se há responsabilidade disciplinar por parte de algum dos magistrados responsáveis pelos processos de Rendeiro no caso do antigo presidente do BPP está a ser analisado. Sendo que desde janeiro estão a ser avaliados todos os passos dados no caso e se existe negligência.

No dia 28 de setembro, Rendeiro anunciou no seu blogue pessoal que não pretendia voltar a Portugal. O ex-líder do BPP está condenado a três, cinco e dez anos de prisão efetiva, sendo que duas das decisões já estão transitadas em julgada. No dia 11 de dezembro foi detido na África do Sul.

Num artigo publicado no seu blogue “Arma Crítica”, João Rendeiro escreveu , no final de setembro, que não pretende regressar a Portugal por se sentir injustiçado e vai recorrer a instâncias internacionais, avançando ter pedido ao advogado para comunicar a decisão à justiça portuguesa e diz que se tornou “bode expiatório de uma vontade de punir os que, afinal, não foram punidos”.

O colapso do BPP, banco vocacionado para a gestão de fortunas, aconteceu em 2010, já depois do caso BPN e antecedendo outros escândalos na banca portuguesa. O BPP originou vários processos judiciais, envolvendo crimes de burla qualificada, falsificação de documentos e falsidade informática, assim outro um processo relacionado com multas aplicadas pelas autoridades de supervisão bancárias.

João Rendeiro está detido desde o dia 17 de novembro no estabelecimento prisional de Westville, província de KwaZulu-Natal. O ex-banqueiro estava fugido à Justiça há três meses e as autoridades portuguesas reclamam agora a sua extradição para cumprir pena em Portugal. Foi condenado em três processos distintos relacionados com o colapso do BPP, tendo o tribunal dado como provado que retirou do banco 13,61 milhões de euros.

Em declarações transmitidas através da sua advogada, no início de abril, João Rendeiro garante estar “ansioso pelo início do julgamento”. A defesa acredita que não será extraditado para Portugal e estuda nova abordagem.

 

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Costa defende aposta europeia na produção própria de energia

António Costa defende aposta europeia na autoprodução de energia, sublinha esforço português nas energias renováveis e alerta que não há autonomia estratégica da europa sem a segurança energética.

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu a aposta da Comissão Europeia na produção própria de energia, e aponta que o esforço feito por Portugal nas energias renováveis “é o esforço que todos” têm de fazer “à escala europeia”, disse esta sexta-feira na cerimónia de apresentação do projeto para produção de hidrogénio em Sines.

António Costa admitiu que 24 de fevereiro, data da invasão da Ucrânia pela Rússia, provou que a autoprodução europeia de energia não só se tornou “uma boa ideia, como uma ideia urgente para passar a ação”, e sublinhou que “não há autonomia estratégica da Europa sem segurança energética”.

O chefe de Governo sublinhou ainda os esforços de Portugal na produção de energia a partir de fontes renováveis, mas reconheceu que nem todas as indústrias podem funcionar com base na mesma. Neste sentido, destacou a importância do aumento das interconexões entre a península ibérica e o resto do mercado europeu, e avançou que Portugal e Espanha podem suprir 30% das capacidades europeias de gás natural.

No entanto, Costa deixou claro que as vantagens não são exclusivamente a nível europeu. O primeiro-ministro lembrou que 60% da eletricidade consumida a nível nacional vem de energias renováveis, mas dentro de quatro anos este valor será de 80%, um fator que considera não só importante do ponto de vista ambiental, mas decisivo do ponto de vista económico.

“Vamos importar muito menos energia e vamos produzir, nós próprios, muito mais”, admitiu o chefe de Governo, acrescentando que isto irá permitir a substituição dessa componente nas importações nacionais.

Apesar disto, Costa admite que não será possível, ainda, produzir toda a energia necessária, e que a importação continuará a ser um requisito, alertando ainda para a diversificação das fontes de abastecimento de modo a não “depender 40% de um só fornecedor”. Costa voltou assim a criticar a dependência europeia do fornecimento de gás e petróleo russo. António Costa considera que Sines pode ajudar neste objetivo, já que a produção de hidrogénio “pode ser um substituto do gás natural” e, como tal, uma fonte de energia para a indústria dependente deste recurso.

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Madeira e Açores também vão poder fixar valor mínimo do ISP

As propostas para que os governos regionais possam deliberar valores do ISP foram aprovadas na Assembleia da República esta sexta-feira.

O Governo disse ter a intenção de se associar às propostas do PS e PSD para que as regiões autónomas disponham do mesmo enquadramento legal que a República quanto à fixação do valor mínimo do ISP. Com o apoio de ambos os partidos, as propostas obtiveram assim “luz verde” no Parlamento esta sexta-feira.

A suspensão dos limites mínimos do ISP foi uma das medidas avançadas pelo Executivo para fazer face ao aumento de preços dos combustíveis, sendo que a sua aplicação em Portugal continental foi aprovada esta sexta-feira na Assembleia da República. A intenção é avançar com uma redução do ISP equivalente à descida do IVA para 13%.

No debate do pacote de medidas do Governo, esta sexta-feira, a deputada social-democrata Patrícia Dantas defendeu a proposta de alteração subscrita pelo PSD, que segue para apreciação e “tem em vista possibilitar que as regiões autónomas disponham do mesmo enquadramento legal que o Governo da República quanto à fixação do valor mínimo do ISP”.

Desta forma, pretende-se que os governos regionais “possam deliberar o valor a aplicar regionalmente e que no limite pode ser de zero euros para gasóleo e gasolina sem chumbo”, explicou a deputada do PSD, isto no pressuposto que “Portugal conseguirá da Comissão Europeia a derrogação dos valores mínimos previstos na diretiva europeia”.

Em resposta à deputada, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais quis “associar o Governo à iniciativa que tanto o grupo parlamentar do PSD como do PS têm, de extensão da proposta de lei do Governo à Madeira e Açores“. António Mendonça Mendes sinalizou também que isto mostra que “tanto o Governo da República como governos regionais estão de acordo que é uma boa medida e eficaz”.

(Notícia atualizada às 14h12 com mais informação)

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Prosegur prevê duplicar o crescimento do Cash Today

  • Europa Press
  • 22 Abril 2022

A Prosegur Cash espera duplicar a taxa de crescimento de vendas alcançada nos últimos dois anos no Cash Today, um serviço pioneiro que gere o dinheiro de pontos de venda de várias empresas.

O sistema automático de gestão de tesouraria “Cash Today” é uma das ofertas que a Prosegur Cash tem para pequenas e grandes empresas que pretendam garantir a segurança e a gestão do dinheiro nos seus pontos de venda, noticia a Europa Press

Este serviço permite aos pontos de venda aderentes ter uma máquina – a Cash Today – na qual deve ser depositado todo o dinheiro que entre em caixa ao longo do dia. Este dispositivo, além de fazer a gestão do dinheiro, assegura a proteção de todo o montante que se encontre dentro da máquina e permite aos empresários dedicarem mais tempo ao seu negócio.

De acordo com a empresa, uma das principais vantagens do serviço é o crédito imediato do dinheiro depositado e validado pelo dispositivo na conta do cliente.

Além disso, através de uma plataforma online e aplicação móvel, o utilizador pode visualizar em tempo real, e a partir de qualquer local, todos os movimentos efetuados na máquina Cash Today.

A somar a esta iniciativa, a Prosegur Cash criou ainda uma nova solução de “front office”, que consiste em colocar o dispositivo ao serviço do consumidor. Desta forma, o consumidor faz o pagamento em dinheiro diretamente na máquina, recebe o troco exato da sua compra e permite ao gestor da empresa contar e equilibrar automaticamente o seu dinheiro diariamente.

“Na Prosegur Cash estamos muito concentrados nos nossos projetos de transformação e no desenvolvimento de novos produtos. Em 2021, a área de Novos Produtos representou mais de 20% do volume de negócios da Prosegur Cash graças ao bom desempenho de desenvolvimentos como o Cash Today. Além disso, a elevada taxa de implementação deste serviço no nosso país demonstra o papel fundamental que o numerário desempenha na sociedade e a necessidade dos estabelecimentos comerciais melhorarem a eficiência dos seus processos de serviço ao cliente no momento da recolha e na gestão de numerário”, afirmou o diretor-geral comercial da Ibéria da Prosegur Cash, Policarpo Ledesma, citado pela Europa Press.

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Unidades ‘livres de Covid’ e áreas para doentes respiratórios vão ser desativadas no sábado

  • Lusa
  • 22 Abril 2022

Unidades ou serviços 'livres de covid' vão ser desativados no sábado em função da evolução favorável da pandemia, e dada a elevada proteção da população graças à vacina, mas podem ser reativadas.

As unidades ou serviços hospitalares livres de Covid e as áreas dedicadas a doentes com infeção respiratória (ADR), criadas no âmbito da pandemia, vão ser desativadas no sábado, segundo uma norma da Direção-Geral da Saúde (DGS).

A DGS justifica a medida com a evolução favorável da situação epidemiológica e elevada proteção da população conferida pela vacinação contra a Covid-19, reduzindo o risco de doença grave, hospitalização e morte por esta doença, mas ressalva que as estruturas podem ser reativadas “caso se antecipe ou verifique agravamento da situação epidemiológica”.

“No atual contexto epidemiológico e de cobertura vacinal contra a Covid-19, urge adaptar o modelo de referenciação e circuitos de doentes com suspeita ou confirmação de infeção por SARS-CoV-2, acompanhando a evolução do conhecimento científico”, refere a DGS na norma “Abordagem das Pessoas com Suspeita ou Confirmação de Covid-19”, atualizada e publicada no ‘site’ na quinta-feira.

Segundo a autoridade de saúde, é possível progredir num modelo de resposta mais focado na prevenção da doença grave, garantindo a adequação das medidas de saúde pública em simultâneo com a contínua promoção da prestação de cuidados de saúde em todo o espetro da atividade assistencial do Serviço Nacional de Saúde.

Em concreto, refere a norma da DGS, “cessa a existência de unidades ‘Covid-19 free’ e o conceito infraestrutural de Área Dedicada a Doentes com Infeção Respiratória Aguda (ADR), mantendo-se as medidas de prevenção e controlo de infeção, de acordo com as boas práticas definidas pelo Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos (PPCIRA)”.

De acordo com a norma, será reforçada “a flexibilidade e pronta resposta” da gestão dos serviços de saúde a nível regional e local, sem descurar a possibilidade da reativação destas infraestruturas, refere a norma que produz efeitos às 00:00 de sábado.

Relativamente à avaliação clínica nos cuidados de saúde primários, a DGS refere que os agrupamentos de centros de saúde (ACES) e as unidades locais de saúde (ULS) devem garantir que a avaliação das pessoas com suspeita ou confirmação de infeção por SARS-CoV-2 ocorre em segurança, com os profissionais de saúde devidamente equipados e a utilização de máscara cirúrgica por todos os utentes.

As unidades de saúde familiar (USF) e unidades de cuidados saúde personalizados (UCSP) devem dispor de testes rápidos de antigénio de uso profissional (TRAg), para o diagnóstico da infeção por SARS-CoV-2 na consulta.

Após avaliação médica, os doentes devem ser encaminhados, de acordo com os critérios clínicos, para isolamento no domicílio, com indicação para autocuidados ou para vigilância clínica remota, devendo para este efeito, ser realizado o registo do doente na plataforma Trace COVID-19 pelas equipas das unidades de saúde.

Os hospitais devem adotar os mesmos procedimentos de segurança na avaliação do utente suspeito de estar infetado para mitigar a geração de cadeias de transmissão e garantir que o internamento dos doentes com Covid-19 ocorre em segurança.

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Agora há uma horta no Campus Sonae. Produtos serão doados

Projeto, em parceria com a Noocity, tem como objetivo produzir cerca de 700 kgs de produtos hortícolas por ano, os quais serão doados a uma instituição local.

Há mais campo no campus da Sonae, na Maia. O grupo instalou uma horta comunitária na cobertura verde de um dos armazéns de logística, dando oportunidade aos 3.200 colaboradores na sede de meter mãos à terra e cultivar produtos agrícolas que serão doados a uma instituição de solidariedade social local. O projeto, em parceria com a Noocity, faz parte do projeto europeu PROBONO, e é conhecido no Dia Mundial da Terra.

“A horta comunitária já conta com 100 colaboradores de empresas do grupo que, em regime de voluntariado, são responsáveis pelo cultivo, manutenção e desenvolvimento da horta, podendo o trabalho ser desenvolvido durante o horário laboral. A Horta do Sonae Campus vai produzir legumes e ervas aromáticas e, ao mesmo tempo, fomentar momentos de networking e aprendizagem, contribuindo para o bem-estar dos colaboradores”, descreve o grupo.

A horta está instalada na cobertura verde de um dos armazéns de logística, sendo composta por 20 espaços de cultivo e tem como objetivo produzir cerca de 700 kgs de produtos hortícolas por ano, os quais serão doados.

“O projeto foi pensado para ser sustentável e ecoeficiente, incorporando tecnologia que permite uma poupança anual no consumo de água de 195 mil litros e uma redução anual de CO2 em 1.400 kgs. O projeto vai permitir também valorizar os resíduos orgânicos dos espaços de restauração que existem no complexo, nomeadamente através da utilização de vermicompostores para transformação em adubos naturais”, destaca a Sonae.

A Horta do Sonae Campus contribui, assim, para reforçar os eixos estratégicos da Sonae de Pessoas e Planeta, ao nível da sustentabilidade — com a redução da pegada ecológica e valorização de resíduos — da responsabilidade corporativa — com a doação dos alimentos à comunidade — e da valorização das pessoas e do equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, “contribuindo para a realização pessoal dos colaboradores através do voluntariado”, realça o grupo dono do Continente e da Worten.

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Walk Talks. Há um elefante na sala das empresas: a saúde mental

  • Trabalho
  • 22 Abril 2022

João Perre Viana e Nuno Santos Fernandes, partners e mentores da Walking Mentorship, falam-nos da urgência de falar (e agir) sobre o tema da saúde mental. Junte-se a esta caminhada semanal.

Portugal é o país da União Europeia com maior risco de burnout, indicam os dados do Small Business Prices. Uma situação que ganhou visibilidade com a pandemia e com custos para toda a economia. A OMS estima que a depressão e ansiedade no ambiente de trabalho tenham causado a perda de aproximadamente 1 trilião de euros na economia mundial.

Em 2020, apenas 52% dos países membros da OMS cumpriram a meta relativa aos programas de promoção e prevenção de saúde mental, muito abaixo da meta de 80%, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde.

João Perre Viana e Nuno Santos Fernandes, partners e mentores da Walking Mentorship, falam sobre o elefante na sala das empresas: a saúde mental. E deixam um conselho: há que criar espaços para falar sobre o tema nas organizações, para daí se partir para soluções concretas.

Uma conversa, enquanto se caminha, que se repete todas as semanas aqui na Pessoas. Bem-vindos à Walk Talks.

http://videos.sapo.pt/06bzfjGyQgcMwEKwsQWg

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