BPI/CaixaBank põe Navigator entre as preferidas para fazer face à inflação

Num ano marcado pela inflação e bancos centrais, BPI/CaixaBank coloca a Navigator no lote das preferidas. Antecipa bons resultados e dividendo generoso apesar da subida dos custos energéticos.

A Navigator NVG 0,18% está na “core list” do BPI/CaixaBank para este ano que será marcado pela inflação e pela inversão dos estímulos dos bancos centrais. A papeleira não está imune à pressão da subida dos custos, sobretudo relacionados com a energia. Mas já subiu o preço do papel por várias ocasiões nas últimas semanas e isso irá permitir-lhe registar o segundo melhor resultado antes de impostos e juros da sua história e continuar a entregar dividendos generosos aos acionistas, de acordo com os analistas.

“Apesar da pressão de subida nos custos, particularmente nos custos energéticos, subir os preços do papel UWF deverá permitir à Navigator obter o segundo maior EBITDA na sua história em 2022”, diz o banco de investimento luso-espanhol numa nota de research enviada aos clientes esta segunda-feira.

“A história do dividendo atrativo está intacta com outros 150 milhões de dividendos distribuídos em 2021 (yield de 6%), que esperamos que sejam mantidos”, acrescentam os analistas.

A Navigator, a quem o banco atribuiu um preço alvo de 4,50 euros, atribuindo um potencial de valorização de 34% face à cotação de sexta e uma recomendação de compra, é mesmo a única cotada portuguesa entre as preferidas do BPI/CaixaBank para este ano no mercado da Península Ibérica. São mais sete: Amadeus, BBVA, Cellnex, Iberdrola, Inditex, Merlin Properties e a Sacyr.

Apesar da nota, as ações da Navigator estão a cair mais de 2% esta segunda-feira.

Navigator desliza esta segunda

Num segundo patamar de preferências estão mais duas ações nacionais que podem resistir bem no mercado ao longo de um ano em que o tema dominante será a escalada dos preços e a subida dos juros pelos bancos centrais: Sonae e EDP.

Em relação à Sonae, os analistas dizem-se atentos aos movimentos de reestruturação dos últimos dois anos para indicar o “ângulo de reestruturação deverá prevalecer com foco na extração de valor”. Preveem ainda um bom desempenho operacional no setor da alimentação e eletrónica, “que deverão manter tendências operacionais sólidas”. Já o segmento Moda e a Sierra são divisões mais pequenas, “mas também deverão beneficiar da reabertura da economia”. E “a inflação será um plus para a Sonae MC”, o principal ativo da Sonae, cerca de 50% do ativo líquido. Por isto dão um preço-alvo de 1,5 euros.

Sobre a EDP, com um preço-alvo de 6,10 euros, o BPI/CaixaBank dá conta de um “apelo de M&A” em torno da elétrica e da sua subsidiária no Brasil. Além disso, a ação “tem tido um desempenho em bolsa abaixo dos pares face à correção de preço da EDP Renováveis (por causa das expectativas de inflação e receios de subida das taxas de juro)”.

Num tom geral, os analistas sublinham que a subida da inflação e uma inversão da política monetária estão a promover uma rotação setorial “que estão a desafiar os setores líderes que prevaleceram nos últimos anos” e um dos setores que já está a tirar partido disso é o setor financeiro.

Enquanto algumas ações que integram a core list constituem uma pechincha face à subida dos resultados, o BPI/CaixaBank diz aos investidores para estarem atentos às oportunidades que poderão advir dos movimentos de M&A e consolidação na banca, telecomunicações e infraestruturas.

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

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Fundação Repsol vai acelerar startups tecnológicas. Tem 100.000 euros por distribuir

As empresas selecionadas vão receber até 100.000 euros num ano e aconselhamento de uma equipa de mentores especializados no setor energético.

A Fundação Repsol acaba de lançar a 11.ª convocatória para o seu Fundo de Empreendedores, através do qual procura startups tecnológicas que desenvolvam soluções inovadoras nos domínios da transição energética e redução da pegada de carbono, das tecnologias de baixas emissões, da economia circular e da digitalização da indústria energética. Tem um bolo de até 100.000 euros por distribuir pelas selecionadas.

“O Fundo de Empreendedores apoia todos os anos entre cinco a sete empresas na fase pré-comercial, dando-lhes o impulso de que necessitam para se converterem num projeto real no mercado, o mais rápido possível. Todas elas têm em comum o facto de estarem a desenvolver inovações que contribuem para uma transição energética mais sustentável”, lê-se em comunicado.

Os projetos selecionados receberão um apoio financeiro de até 100.000 euros durante um ano, bem como o aconselhamento de uma equipa de mentores especializados que os acompanharão durante a fase de aceleração. O grupo de mentores agrega uma variedade de especialistas, desde profissionais no ativo da Repsol Technology Lab e das diferentes áreas de negócio da empresa, que farão um acompanhamento técnico e empresarial, até antigos executivos da Repsol com uma vasta experiência no desenvolvimento de negócios.

“As startups incubadas também poderão testar os seus protótipos nas instalações industriais da Repsol e desenvolver testes-piloto em colaboração com os profissionais da multienergética”, detalha a companhia.

O processo de aceleração tem a duração de um ano e começa em outubro de 2022. Os empreendedores que queiram participar podem apresentar os seus projetos até 1 de março de 2022, através do formulário disponível em www.fundacionrepsol.com.

Desde a sua criação, em 2011, o Fundo já permitiu acelerar 65 startups (com uma taxa de sobrevivência de 75% entre as empresas incubadas), desenvolver mais de 850 protótipos e registar cerca de 200 patentes.

Nas suas dez edições, a Fundação Repsol doou mais de 10 milhões de euros às empresas incubadas, que conseguiram angariar no seu conjunto mais de 230 milhões de euros de financiamento público e privado e criaram 390 novos empregos.

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Reino Unido e EUA começam a retirar diplomatas de Kiev. Ucrânia considera decisão “prematura”

  • Lusa e ECO
  • 24 Janeiro 2022

Depois dos EUA, também o Reino Unido começou a retirar funcionários da sua embaixada em Kiev. A Ucrânia considera a decisão de "cautela excessiva". UE não está a pensar seguir a mesma decisão.

Funcionários da embaixada do Reino Unido em Kiev começaram a sair da Ucrânia face à “crescente ameaça” de uma invasão da Rússia, anunciou esta segunda-feira o Governo britânico, um dia depois de os Estados Unidos ordenarem às famílias dos seus diplomatas que abandonem a Ucrânia.

Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico, citado pela AFP, “alguns funcionários da embaixada” e os seus familiares “estão a retirar-se de Kiev em resposta à crescente ameaça da Rússia”. Mas a embaixada em Kiev “permanecerá aberta e continuará a levar a cabo as suas tarefas essenciais”.

O anúncio do Reino Unido segue-se à decisão dos Estados Unidos de ordenar às famílias dos seus diplomatas que abandonem a Ucrânia “devido à ameaça persistente de uma operação militar russa”. O pessoal local e não-essencial pode deixar a embaixada se desejar e os norte-americanos residentes na Ucrânia “devem agora considerar” abandonar o país vizinho da Rússia em voos comerciais ou por outros meios de transporte, disse o Departamento de Estado num comunicado divulgado no domingo.

“A situação de segurança, especialmente ao longo das fronteiras ucranianas, na Crimeia ocupada pela Rússia e na região de Donetsk, controlada pela Rússia, é imprevisível e pode degradar-se a qualquer momento”, acrescentou.

A Rússia concentrou cerca de dez mil soldados na sua fronteira com a Ucrânia nos últimos meses, o que levou os Estados Unidos e os aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) a acusar Moscovo de pretender invadir novamente o país vizinho, depois de ter ocupado e anexado a Crimeia em 2014.

Em Bruxelas, o chefe da diplomacia da União Europeia (UE), o espanhol Josep Borrell, disse esta segunda-feira que a UE não está a pensar ordenar a retirada do seu pessoal diplomático da Ucrânia, a menos que os EUA partilhem “mais informação” que justifique tal medida.

Ainda antes do anúncio da saída de funcionários da embaixada britânica, a Ucrânia considerou “prematura” e de “cautela excessiva” a decisão dos Estados Unidos. “Respeitando o direito dos Estados estrangeiros de garantir a segurança das suas missões diplomáticas, consideramos tal ação dos Estados Unidos prematura e uma demonstração de cautela excessiva”, disse o porta-voz da diplomacia ucraniana, Oleg Nikolenko, num comunicado.

Apesar da tensão atual, “a situação de segurança não sofreu nenhuma mudança radical nos últimos tempos: a ameaça de novas ondas de agressão russa permanece constante desde 2014 e o aumento de tropas russas na fronteira (ucraniana) já começou em abril último”, acrescentou Nikolenko. O porta-voz ucraniano apelou “à calma”, entretanto, e denunciou os “esforços” de Moscovo para “desestabilizar a situação interna na Ucrânia”.

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Cyber Talk: A evolução e os desafios dos CISO nas organizações

  • ECO
  • 24 Janeiro 2022

Os crescentes desafios da segurança da informação e dos chief information security officers (CISO) estão no centro deste debate, que reúne especialistas de diferentes setores. Assista aqui.

A pandemia da Covid-19 trouxe acelerações muito rápidas às organizações e, com isso, novas vulnerabilidades na segurança da informação. Em 2021, 77% das empresas viram um aumento no número de ataques cibernéticos disruptivos. Este é um dos resultados do último inquérito internacional Global Information Security Survey, realizado pela consultora EY todos os anos.

O tema da cibersegurança tem merecido cada vez mais a atenção das administrações das empresas, mas ainda há muitos desafios a ultrapassar. É esse o foco da webtalk “A evolução e os desafios dos CISO nas organizações”, uma iniciativa da EY em parceria com o ECO.

Como é que os chief information security officers (CISO) estão a lidar com um orçamento cada vez mais limitado face aos riscos crescentes nesta área? Que tipo de regulamentação está a emergir em termos globais ao nível da cibersegurança? Qual a importância da relação do CISO com as restantes áreas de negócio dentro das organizações? Estas são algumas das questões abordadas durante a sessão, que conta com a participação de Ricardo Evangelista, Information Security Officer da Ageas, João Mendes, Director, Information Security da Farfetch e Sérgio Martins, Associate Partner, Cybersecurity, da área Consulting Services da EY. A moderação é de Flávio Nunes, jornalista do ECO.

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Eles Vêm Aí: Semana de quatro dias é mesmo possível em Portugal?

O PS quer lançar o debate sobre a eventual aplicação da semana de quatro dias em Portugal. Mas será que a economia nacional está preparada para isso? Ouça o novo episódio do podcast Eles Vêm Aí.

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A ideia de uma semana de trabalho de quatro dias não é nova ou recente, mas tem gozado de algum destaque nesta campanha eleitoral, com o PS a prometer lançar um “amplo debate” sobre a sua eventual aplicação em Portugal. Será que a economia nacional está preparada? É isso que exploramos no novo episódio do podcast Eles Vêm Aí, que conta com a participação de Amílcar Moreira, professor do ISEG e investigador.

“Há um conjunto de fatores que põem, logo à partida, em causa a potencial exequibilidade dessa ideia”, diz o professor, que considera prioritário, em alternativa, os incentivos ao trabalho parcial.

Neste episódio, discutimos ainda os níveis de produtividade do país, o impacto que a semana de trabalho reduzida teria na sustentabilidade da Segurança Social e o futuro do mercado de trabalho português, num cenário de envelhecimento demográfico.

O podcast “Eles Vêm Aí” é um projeto da jornalista do ECO Isabel Patrício. Pode ouvir os episódios e seguir o projeto aqui.

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EDP lança prémio de excelência académica na área da energia

  • Capital Verde + EDP
  • 24 Janeiro 2022

EDP Labelec Merit Award irá distinguir a melhor tese de mestrado ou doutoramento em temas como energias renováveis, descarbonização e inovação tecnológica. As inscrições terminam a 31 de março.

A EDP acaba de lançar um prémio para distinguir a excelência académica na área da energia, destinado a universitários de todos os mercados em que o grupo opera que tenham desenvolvido teses de mestrado ou doutoramento sobre este tema. O EDP Labelec Merit Award irá, assim, premiar a investigação na área e, em simultâneo, ajudar a encontrar novas abordagens que possam ser aplicadas à realidade empresarial. As inscrições arrancam hoje e prolongam-se até 31 de março.

Nesta primeira edição, o prémio promovido conjuntamente pela EDP Labelec e pela EDP New, duas áreas do grupo focadas em desenvolver projetos de inovação no setor energético, irá atribuir ao vencedor 15 mil euros, se se tratar de uma tese de mestrado, ou 20 mil euros, tratando-se de uma tese de doutoramento. Podem concorrer teses que, no contexto da área da energia, explorem temas como produção e integração de energias renováveis e descarbonização, redes inteligentes e distribuição, novas soluções de energia limpa e tecnologias inovadoras ou soluções digitais.

O processo de seleção passará pela avaliação e seleção dos 20 melhores candidatos por uma Comissão Técnica da EDP Labelec e da EDP New. Posteriormente, deste universo serão escolhidas as cinco melhores teses por uma Comissão de Avaliação da EDP. E, finalmente, um júri constituído por personalidades reconhecidas e externas à empresa fará a escolha da tese de mestrado ou doutoramento vencedora. As candidaturas poderão ser submetidas, a partir de hoje, no site da EDP Labelec, onde também é possível encontrar informação detalhada sobre o EDP Labelec Merit Award.

Com este prémio, a EDP reforça a sua missão de contribuir de forma ativa para o desenvolvimento do setor da energia, com uma clara e sólida aposta na inovação e na transição energética. O grupo, atualmente presente em 28 mercados*, está totalmente empenhado em participar numa resposta coletiva aos desafios que se impõem para garantir a sustentabilidade do planeta e o EDP Labelec Merit Award será mais importante passo nesse sentido.

*Inclui mercados associados à aquisição da Sunseap, pendente de aprovações regulatórias

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Devolver garrafas de plásticos nos supermercados agora vale pontos e prémios

Estão de volta os projetos que premeiam quem devolve garrafas de plástico para serem recicladas. Desta vez, em vez de descontos em supermercados, recebem pontos que trocam por prémios. Dura até junho.

Estão de volta os dois projetos-piloto de recolha de garrafas de plástico em supermercados, em troca de descontos e outros incentivos positivos para os clientes aumentaram as taxas de reciclagem. Mas desta vez, na nova fase dos projetos “Quando do Velho se Faz Novo” e “Bebidas+Circulares”, a devolução de embalagens de bebidas vai passar a valer pontos e novos prémios, como anunciaram os promotores dos projetos esta segunda-feira e adiantou o Jornal de Negócios.

As duas iniciativas decorrerão em paralelo entre janeiro e o final de junho de 2022, promovidas pelo consórcio APED/APIAM/PROBEB.

“Esta é mais uma estratégia para sensibilizar os consumidores para a promoção da economia circular e da consciência ambiental, explicam os promotores em comunicado. E acrescentam: “Com este novo passo, os utilizadores são novamente motivados a colocar as suas embalagens de bebidas nas máquinas disponíveis nos espaços comerciais aderentes, prosseguindo com a fase de preparação para a implementação do futuro sistema de depósito de embalagens de bebidas, a ser instalado em todo o país”.

Depois de incentivarem os consumidores a devolver as garrafas de plástico dando em trocas talões de desconto a utilizar nos supermercados, nesta nova fase vai agora ser implementado um sistema de pontos: cada embalagem devolvida vale um ponto e os utilizadores são incentivados a acumular pontos que poderão ser trocados por prémios que apelam a comportamentos sustentáveis.

O talão emitido pelas máquinas, que passa a ter um código que indica o número de pontos obtido com as embalagens devolvidas. Para cada projeto foi desenvolvida uma plataforma online, na qual os utilizadores podem fazer a gestão dos pontos acumulados. Além da troca de pontos por prémios, cujos catálogos serão divulgados no final de janeiro, os utilizadores das plataformas de pontos ficam imediatamente habilitados a participar em passatempos semanais e mensais.

Quanto ao projeto “Bebidas+Circulares” continua com a sua vertente solidária nesta nova fase, sendo possível converter pontos em donativos que serão entregues às instituições de solidariedade apoiadas neste projeto: Associação Mais Proximidade Melhor Vida e Ajuda de Berço.

Quanto à tecnologia que permite trocar embalagens de plástico por prémios é da responsabilidade da startup portuguesa The Loop Co. e está presente em máquinas automáticas de recolha em mais de 33 supermercados em lojas Continente, Pingo Doce, Auchan, Supercor e Intermarché.

Na prática trata-se de uma aplicação que acumula pontos sempre que os utilizadores colocam garrafas de água nas máquinas. Estes pontos podem ser depois trocados por vários prémios sustentáveis e recondicionados, por exemplo: Iphones e Macbooks; Trotinetes elétricas; Drones; Artigos de puericultura; Subscrições Netflix ou Spotify; Bilhetes Ticketline; Códigos Glovo; Vales NOS cinemas.

“A mentalidade dos consumidores portugueses em relação à circularidade das embalagens tem de mudar. A recompensa através destes prémios na nossa aplicação é um caminho para esse fim, antes que seja demasiado tarde”, disseJoão Rodrigues, CTO da The Loop Co.

Estes projectos encontram-se numa fase experimental, com o objectivo de tornar o sistema de recolha de garrafas de plástico universal a partir do segundo semestre de 2022.

“Quando do Velho se Faz Novo” já recolheu mais de 16 milhões de embalagens

O projeto-piloto “Quando do Velho se Faz Novo. Todos Ganham. Ganha o Planeta” conta com 23 máquinas de recolha automática instaladas em grandes superfícies comerciais, em diversos pontos de Portugal Continental, para a devolução de embalagens de bebidas de plástico PET.

Este projeto é financiado a 100% pelo Fundo Ambiental do Ministério do Ambiente e da Ação Climática e gerido por um consórcio composto pela Associação Águas Minerais e de Nascente de Portugal (APIAM), Associação Portuguesa das Bebidas Refrescantes Não Alcoólicas (PROBEB) e Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED).

Esta nova fase conta com um orçamento de 475 mil euros.

Na primeira fase deste projeto-piloto mais de 16,6 milhões de embalagens de bebidas de plástico foram entregues nas 23 máquinas de recolha automática, permitindo a reciclagem de 472 toneladas de plástico PET para dar origem a material reciclado destinado à produção de novas garrafas de bebidas, “com o objetivo de promover a sustentabilidade ambiental através de uma economia mais circular”.

“Bebidas+Circulares” promove reciclagem em Lisboa

Já o “Bebidas+Circulares” é um projeto definido especificamente para o concelho de Lisboa, que conta com 10 máquinas de recolha automática instaladas em grandes superfícies comerciais e num mercado municipal, com o objetivo incentivar os cidadãos do concelho a devolverem garrafas de plástico PET e latas não reutilizáveis de bebidas. Este projeto permite também a entrega de embalagens de vidro em três locais específicos.

É também promovido pelas associações Águas Minerais e de Nascente de Portugal (APIAM), Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) e Associação Portuguesa das Bebidas Refrescantes Não Alcoólicas (PROBEB), em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa. Os materiais recolhidos são encaminhados para as instalações da Valorsul com vista à sua reciclagem.

O projeto conta com um orçamento de perto de um milhão de euros, com um financiamento a 90% pelo Programa “Ambiente, Alterações Climáticas e Economia de Baixo Carbono”, do Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu em Portugal para o período 2014-2021, criado na sequência da assinatura de um acordo entre Portugal, a Noruega, a Islândia e o Liechtenstein, o EEA Grants.

Este projeto já contribuiu até agora para a recolha de mais de 2 milhões de embalagens de bebidas em plástico PET, latas de metal e garrafas de vidro, a que correspondem a perto de 150 toneladas de materiais encaminhados para reciclagem.

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Anabela Carvalho é a nova diretora de serviços de Tributação Aduaneira

  • Joana Abrantes Gomes
  • 24 Janeiro 2022

As Finanças escolheram Anabela Carvalho, licenciada em Direito, para o cargo de diretora de serviços de Tributação Aduaneira para os próximos três anos.

A licenciada Anabela Ferreira Pimentel Alves Carvalho foi designada para o cargo de diretora de serviços da Direção de Serviços de Tributação Aduaneira (DSTA), em comissão de serviço, para os próximos três anos e com efeito desde 1 de janeiro.

“Considerando os fundamentos apresentados pelo júri, a candidata revelou que é a que melhor se adequa ao cumprimento da missão e que possui competência técnica e aptidão para o exercício de funções de direção, coordenação e controlo, especificamente na área do cargo a prover”, lê-se no despacho publicado esta segunda-feira em Diário da República.

A agora diretora da DSTA, Anabela Ferreira Pimentel Alves Carvalho, é licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa e tem cursos de especialização em política de cooperação europeia e política comercial comum, sendo ainda formadora nesta última área, em origem das mercadorias e valor aduaneiro.

Em março de 1984, ingressou na então Direção-Geral das Alfândegas, na carreira técnica superior aduaneira, e desde então ganhou experiência nos cargos de diretora de serviços de Tributação Aduaneira e de chefe da Divisão de Origens e Valor Aduaneiro.

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Hot Topics #5: Fundos europeus

  • ECO
  • 24 Janeiro 2022

Hoje falamos de fundos europeus. O convidado do episódio #5 do podcast Hot Topics 2022 é Manuel Castro Almeida, consultor da Abreu Advogados e antigo secretário de Estado do Desenvolvimento Regional.

Manuel Castro Almeida, consultor da Abreu Advogados e antigo secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, esteve envolvido na negociação e no lançamento do Portugal 2020. É, por isso, a melhor pessoa para nos falar do novo quadro comunitário de apoio — o Portugal 2030.

Como estão a correr os trabalhos do Portugal 2020? Valeria a pena o novo quadro comunitário ter sido mais audaz e apostar em projetos realmente mobilizadores e estruturantes da economia? Qual será a forma mais correta de ajudar as empresas a capitalizarem-se? Que avaliação pode ser feita do Banco Português do Fomento? De que forma o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e Portugal 2030 podem contribuir mais para o crescimento económico do país? Olhando para os programas eleitorais de PS e PSD, há diferenças significativas no âmbito dos fundos estruturais? É justo que a discussão dos fundos comunitários se faça quase sempre em torno da execução dos programas? Estas são algumas das perguntas a que Manuel Castro Almeida responde neste episódio do podcast Hot Topics 2022, numa conversa com Mónica Silvares, editora do ECO.

Hot Topics #5

O podcast Hot Topics 2022 é uma iniciativa da Abreu Advogados, em parceria com o ECO, e pretende dar uma perspetiva deste novo ano em diferentes áreas. Descubra os episódios anteriores.

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Economistas esperam que pico da inflação em Portugal não ultrapasse os 4%

  • Lusa
  • 24 Janeiro 2022

Impacto dos constrangimentos das cadeias de abastecimento, políticas orçamentais e monetárias de apoio à recuperação e preços da energia ajudam a explicar a evolução da inflação.

O pico da taxa de inflação homóloga em Portugal não deverá ultrapassar os 4%, segundo os analistas ouvidos pela Lusa, que acreditam numa descida dos preços na zona euro a partir do segundo trimestre.

“É possível que Portugal, para além da pressão interna, comece a importar inflação, pelo que a inflação pode aproximar-se dos 4%”, disse Pedro Lino, economista e presidente executivo (CEO) da Optimize Investment Partners, em declarações à Lusa.

O aumento da inflação nos últimos meses tem gerado debate entre os decisores políticos e institucionais sobre se este será um fenómeno transitório, aumentando a pressão sobre o timing para a retirada dos estímulos dos bancos centrais.

A taxa de inflação homóloga da zona euro atingiu a barreira dos 5% em dezembro, um novo máximo desde o início da série, em 1997, acima da de 4,9% de novembro e de -0,3% de dezembro de 2020, segundo os dados do Eurostat. Na União Europeia manteve-se também a tendência de subida dos preços, comparando-se os 5,3% de dezembro de 2021 com os 5,2% do mês anterior e os 0,3% do homólogo.

Portugal registou uma taxa de inflação homóloga em dezembro de 2,8%, a segunda mais baixa entre os países da União Europeia, com Malta a registar uma taxa de 2,6% e a Finlândia de 3,2%. As mais altas foram registadas na Estónia (12%), Lituânia (10,7%) e Polónia (8,0%).

Admito que esta zona dos 5%-5,5% [na zona euro] deverá marcar o topo, mas não espero que a inflação baixe muito depressa, sobretudo devido ao efeito da evolução dos preços da energia, que ainda não se estão a dissipar”, antecipa Filipe Garcia, economista e presidente da IMF – Informação de Mercados Financeiros, em declarações à Lusa.

O economista acredita que o aumento em Portugal não deverá ser tão acentuado como o da média dos países da moeda única e que o país “não deverá passar [a barreira máxima] dos 4%, se lá chegarmos”, ainda que espere em janeiro um “número forte”.

Para Paulo Rosa, economista sénior do Banco Carregosa, o pior pode já ter passado, acrescentando: “Talvez estejamos no ponto mais elevado da inflação em Portugal este ano, bem como na Europa e nos EUA”.

Numa fotografia geral, as projeções das principais instituições nacionais e internacionais colocam a taxa de variação média anual do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português para 2022 num intervalo que varia entre 1,8% (estimativa do Banco de Portugal) e 0,9% (estimativa do Ministério das Finanças).

A Comissão Europeia e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) antecipam uma taxa de variação de 1,7%, o Fundo Monetário Internacional de 1,3% e o Conselho das Finanças Públicas de 1,6%.

No entanto, o ministro das Finanças, João Leão, defendeu, no dia 18 de janeiro, que Portugal se deve manter “atento e vigilante” à inflação, perante subidas nas taxas que pressionam os preços, esperando “uma forte redução” no segundo semestre deste ano.

No final da reunião dos ministros das Finanças da União Europeia, o Ecofin, João Leão indicou que “Portugal tem das taxas de inflação mais baixas” do espaço comunitário, mas “deverá acompanhar o reflexo europeu”, com percentagens ainda elevadas no primeiro semestre de 2022 e mais reduzidas e estáveis no segundo.

“A análise que foi feita pelo BCE [Banco Central Europeu] e pelos ministros das Finanças é que a taxa de inflação vai desacelerar ao longo deste ano e, sobretudo, espera-se uma forte redução a partir do segundo semestre deste ano”, acrescentou o responsável, antecipando agora que “a inflação fique, no próximo ano, acima do que estava previsto por todos”, acima de 1% em Portugal e além dos 2% ao nível europeu.

Ainda assim, esta é “uma taxa de inflação mais elevada do que esperado, mas com uma forte componente temporária”, reforçou João Leão.

Em declarações à Lusa, o economista Paulo Rosa defende que monitorizar a evolução dos preços da energia na Europa “será talvez a principal tarefa para perceber os movimentos da inflação em Portugal nos próximos meses”.

Os economistas ouvidos pela Lusa identificam o impacto dos constrangimentos das cadeias de abastecimento, das políticas orçamentais e monetárias de apoio à recuperação e dos preços da energia para a evolução da inflação, mas acreditam no início de uma trajetória descendente na zona euro após o primeiro trimestre.

Devemos começar a verificar um abrandamento da inflação a partir de maio/junho deste ano, quando estes constrangimentos começarem a aliviar e a permitir um aumento da oferta”, disse Pedro Lino.

Filipe Garcia antecipa que o pico da inflação nos países da moeda única “poderá ocorrer já neste trimestre”, ainda que espere que a inflação continue “acima” do observado nos últimos anos. O economista justifica que “esta inflação está a surgir mais pelo lado da oferta do que pelo lado da procura, como é mais habitual”, estando dependente “precisamente da resolução” dos “problemas na oferta”.

Quanto mais tempo persistirem, maior será a pressão ascendente sobre os salários – que já se sente sobretudo nos EUA – dificultando que a inflação seja apenas transitória”, refere, acrescentando: “Tendo a inflação estas origens, suspeito que a política monetária não será particularmente eficaz e é isso que explica a relutância do Banco Central Europeu em admitir sequer subir juros”.

“Em todo o caso, se ‘esta’ inflação continuar alta, terá provavelmente um efeito desacelerador da economia, nomeadamente da procura global, o que ajudará a corrigir o problema”, argumenta, sinalizando que, por outro lado, “não é nada certo que a subida dos preços da energia já tenha terminado, o que poderá fazer prolongar o fenómeno por mais alguns meses”.

Paulo Rosa recorda que as taxas de juro de longo prazo, nomeadamente do Tesouro, têm subido significativamente nos últimos 30 dias e “são um considerável travão à inflação”, exemplificando que a rentabilidade da bund alemã a dez anos entrou em terreno positivo na quarta-feira, pela primeira vez desde abril de 2010 e o juro implícito (rentabilidade, rendimento, yield) da treasury norte-americana a dez anos encontra-se a 1,9%, o valor mais elevado desde finais de 2019.

“A subida do petróleo poderá estar limitada e ligeiros aumentos têm pouco impacto nos preços ao consumidor. O inverno aumenta consideravelmente o consumo, designadamente de energia para aquecimento, todavia esse consumo abrandará com a chegada da primavera. Uma descida do preço da energia é deflacionista para os preços no produtor e consumidor”, justifica.

Ainda assim, os economistas identificam alguns riscos. “Um deles é a situação ficar descontrolada e induzir problemas na economia que, no limite, podem levar à estagflação”, aponta Filipe Garcia, explicando que alguns setores ou empresas podem “simplesmente não aguentar os preços mais altos ao nível dos ‘inputs’, o os consumidores não conseguirem pagar preços mais altos e reduzirem consumo”.

Também Pedro Lino identifica a dificuldade de parte das empresas em repassar o aumento de custos de produção aos consumidores, diminuindo a sua margem, e não conseguindo por essa via aumentar salários, bem como “a perda de poder de compra pelos trabalhadores e aforradores, uma vez que não são compensados por via dos aumentos salariais, nem de remuneração das aplicações, via juros”.

“A manter-se esta situação, e tendo em conta que por exemplo os combustíveis correspondem a importações, teremos um aumento do défice comercial, e um abrandamento económico, o que se traduzirá em desequilíbrio das contas públicas”, acrescenta.

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Costa admite salário mínimo acima de 900 euros até 2026

"Pode ser possível ir mais além" dos 900 euros no salário mínimo, admite António Costa. Secretário-geral do PS diz também que, depois das eleições, estará aberto a falar com todos os partidos.

António Costa admitiu esta segunda-feira que o salário mínimo nacional poderá ultrapassar a fasquia dos 900 euros até 2026, ficando, portanto, acima do valor prometido pelos socialistas no programa eleitoral apresentado para a ida às urnas de 30 de janeiro. “Pode ser possível ir mais além“, reconheceu o secretário-geral do PS, em entrevista à Rádio Renascença.

“Temos verificado com muita satisfação que muitos empresários dizem que temos que dar um salto relativamente ao salário mínimo. Tive uma reunião com empresários e alguns disseram que, pelo menos, mil euros deveria ser o nível do salário mínimo nacional”, começou por sublinhar Costa, que realçou que o valor em questão é fixado pelo Governo e não depende do “sim” dos patrões nem dos sindicatos.

O nosso compromisso são os 900 euros, mas obviamente desejaríamos que, no acordo que está em negociação em sede de Concertação Social, [o salário mínimo] pudesse ir mais além. Se pudermos ir mais além, vamos mais além”, acrescentou o mesmo socialista. Convém explicar que esse acordo começou a ser negociado ainda antes da pandemia, mas a Covid-19 acabou por levar à sua suspensão. O PS promete agora retomá-lo, caso consiga uma vitória no próximo domingo.

A retribuição mínima mensal garantida está fixada atualmente em 705 euros, depois de ter sido atualizada em 40 euros entre 2021 e 2022, sem acordo dos parceiros sociais. A meta do Governo para esta legislatura era chegar aos 750 euros até 2023, mas o chumbo da proposta de Orçamento do Estado para 2022 provocou a antecipação das eleições e, consequentemente, pôs em causa o cumprimento desse objetivo.

Esta segunda-feira, em entrevista à Rádio Renascença, o secretário-geral do PS disse também que Portugal tem também de “ter a ambição de ter vencimentos ao nível europeu“. Já sobre o desenho político pós ida às urnas, António Costa atirou: “Vamos ter de nos encontrar com todos“. Isto é, não fechou a porta ao diálogo nem com os antigos parceiros da geringonça, nem com o PSD. “Na democracia, há sempre uma base de entendimento natural que é o país“, salientou o mesmo.

O secretário-geral do PS afirmou ainda que se percebe que os portugueses “não têm grande amor pela maioria absoluta”, resultado que Costa tem defendido como o mais adequado para que se consiga estabilidade governativa nesta legislatura.

Quanto ao Orçamento do Estado, o socialista adiantou que, assim que terminar a discussão do programa do Governo, estará em condições de o apresentar na Assembleia da República, o que poderá acontecer já em março, disse. Ou seja, o país passaria menos meses a ser governado em duodécimos do que se estiver em causa um Executivo inteiramente novo. Tal é particularmente relevante, afirmou António Costa, neste momento de retoma da economia nacional. A propósito, o líder do PS adiantou esta segunda-feira: “Quando saírem os números finais do défice, constatar-se-á que já estamos com um défice inferior àquele que era a nossa previsão do ano passado e estamos já a retomar uma situação de controlo”.

Por outro lado, em resposta à proposta do PSD de repor o “tempo perdido” pelos professores para efeitos de aposentação, António Costa assegurou: “Não julgo que haja capacidade de compensar integralmente” pelo tempo congelado.

Em março de 2019, o Governo de António Costa publicou um decreto-lei que prevê a recuperação, para efeitos de progressão na carreira, de dois anos, nove meses e 18 dias dos nove anos, quatro meses e dois dias em que a carreira docente esteve “congelada”. Os professores insistem na recuperação do restante tempo e o PSD propõe, no seu programa eleitoral, que tal seja feito com efeitos na aposentação.

Para os socialistas, esta é uma questão fechada, tendo António Costa dado nota de que há hoje vários professores no escalão máximos da carreira, quando antes do descongelamento não havia nenhum.

As eleições legislativas estão marcadas para este domingo, dia 30 de janeiro. Mesmos os eleitores que estejam isolados têm direito a exercer o voto, recomendando o Governo que o façam entre as 18h00 e as 19h00.

(Notícia atualizada às 10h32)

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Nas notícias lá fora: Ucrânia, presidenciais em Itália e Espanha

  • ECO
  • 24 Janeiro 2022

Os EUA ordenaram os familiares do pessoal da sua embaixada em Kiev a sair da Ucrânia, enquanto o Parlamento italiano dá hoje início à votação para eleger o próximo Chefe de Estado.

Face à ameaça de uma “ação militar significativa” pela Rússia, os EUA ordenaram os familiares de funcionários da sua embaixada em Kiev a sair da Ucrânia. Esta segunda-feira, tem início o processo de votação no Parlamento italiano para eleger o Presidente da República para os próximos sete anos. Um estudo israelita demonstrou que os maiores de 60 anos com quatro doses da vacina contra a Covid-19 eram mais resistentes a doença grave do que as pessoas da mesma faixa etária com apenas três doses. Conheça estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional desta segunda-feira.

Financial Times

EUA ordenam familiares do pessoal da embaixada a deixar Ucrânia

No domingo, o Governo dos Estados Unidos ordenou os familiares dos funcionários da sua embaixada na Ucrânia a deixar aquele país por considerarem existir a ameaça de uma “ação militar significativa” contra Kiev pela Rússia. Segundo o Departamento de Estado dos EUA, os cidadãos norte-americanos deveriam considerar partir de imediato porque “as condições de segurança, particularmente ao longo das fronteiras da Ucrânia, na Crimeia ocupada pela Rússia, e na Ucrânia Oriental controlada pela Rússia, são imprevisíveis e podem deteriorar-se a qualquer momento”. Os funcionários não essenciais têm a opção de deixar a Ucrânia, se assim o desejarem.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Corriere della Sera

Parlamento italiano inicia processo de eleição de novo Presidente da República

O Parlamento italiano inicia esta segunda-feira o processo de votação para eleger o Presidente da República para os próximos sete anos, numa sessão conjunta com 639 deputados, 321 senadores e 58 delegados regionais. Embora não haja candidaturas formais ao cargo, os partidos tendem a negociar para tentar encontrar um candidato comum, o que aconteceu também desta vez, para encontrar o substituto do atual Presidente, Sergio Mattarella. Existe já uma aliança para encontrar um candidato comum entre três formações – o Movimento 5 Estrelas (M5S), o Partido Democrata (PD) e o progressista Artigo Um – que, em qualquer caso, contará com mais forças políticas, como o partido de Matteo Renzi, Itália Viva.

Leia a notícia completa no Corriere della Sera (acesso livre, conteúdo em italiano)

Cinco Días

CEO da Ryanair sugere cedência de 10% dos slots em Madrid e Barcelona em caso de fusão da IAG e Air Europa

O CEO da Ryanair disse que, em caso de fusão das companhias aéreas IAG e Air Europa — atualmente paralisada –, estas terão de ceder 10% das faixas horárias (‘slots’) nos aeroportos de Madrid e Barcelona, “não necessariamente à Ryanair, mas a novos concorrentes para que haja uma distribuição justa”. Em entrevista ao Cinco Días, Michael O’Leary voltou a criticar “as armadilhas” do plano de reestruturação da TAP, que prevê a cedência de 18 faixas horárias por dia, mas apenas para o período entre as duas e as seis da manhã.

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Espanha vai receber mais quatro mil milhões em fundos europeus

O abrandamento da retoma económica em Espanha vai garantir que o país receberá mais quatro mil milhões de euros em fundos europeus. Caso se venham a confirmar as previsões da Comissão Europeia de novembro do ano passado, que apontavam para um crescimento do PIB espanhol de 4,6% em 2021, o país vai acabar por receber mais subvenções diretas face aos 69.500 milhões de euros que inicialmente estavam previstos. A Comissão Europeia vai ter de recalcular a atribuição de 30% dos apoios para que, de acordo com as regras, “garanta uma contribuição financeira proporcional às reais necessidades dos Estados-membros”.

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Reuters

Quarta dose da vacina contra a Covid-19 aumenta resistência a doença grave para maiores de 60 anos

Uma quarta dose de vacina contra a Covid-19 administrada a pessoas com mais de 60 anos em Israel tornou-as três vezes mais resistentes a doença grave face às pessoas vacinadas com apenas três doses na mesma faixa etária, disse o Ministério da Saúde de Israel no domingo. Além disso, a quarta dose (ou segundo reforço da vacina) tornou as pessoas com mais de 60 anos duas vezes mais resistentes à infeção por Covid-19 do que as do mesmo grupo etário que receberam apenas três doses da vacina.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

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