Portugal regista mais 30 mortes e 45.569 casos de Covid

  • ECO
  • 23 Janeiro 2022

Desde o início da pandemia, o país soma mais de 2,22 milhões de casos. Até ao momento, contam-se 1,7 milhões de pessoas recuperadas da doença.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 45.569 novos casos de infeção por coronavírus, elevando para 2,22 milhões o número de infetados desde o início da pandemia. O boletim deste domingo indica ainda que, nas últimas 24 horas, morreram 30 pessoas com a doença, perfazendo um total de 19.569 óbitos desde a chegada do coronavírus ao país.

Do número total de infetados, a esmagadora maioria está a fazer o tratamento em casa, sendo que 2.219 (+192) pessoas estão internadas em unidades hospitalares, das quais 160 (+6) estão nos cuidados intensivos. Há mais de 478 mil sob vigilância das autoridades de saúde, por terem estado em contacto com outras pessoas entretanto diagnosticadas com a doença.

O número de recuperados está, atualmente, nos 1.712.467, mais 10.571 pessoas face ao balanço anterior. Portugal regista ainda 489.789 casos ativos.

Boletim epidemiológico de 23 de janeiro

A região do Norte foi aquela que concentrou a maioria das novas infeções registadas nas últimas 24 horas. Dos 45.569 novos casos registados em todo o país, 20.549 foram nesta região, seguindo-se Lisboa e Vale do Tejo com 13.303.

(Notícia atualizada às 15h46 com mais informação)

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União Europeia reconhece que pandemia aumentou a desigualdade na educação

  • Lusa
  • 23 Janeiro 2022

"A pandemia exacerbou as desigualdades na educação com um impacto desproporcional em grupos desfavorecidos em todo o mundo", disse o Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell.

A União Europeia (UE) admitiu este domingo, véspera do Dia Internacional da Educação, que a pandemia aumentou as desigualdades na educação e teve um impacto “desproporcional” nos grupos “desfavorecidos”.

“A pandemia exacerbou as desigualdades na educação com um impacto desproporcional em grupos desfavorecidos em todo o mundo”, disse o Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, em comunicado. Segundo a informação, “mesmo antes da pandemia, 260 milhões de crianças e adolescentes em todo o mundo não recebiam educação” e os restantes “nem sempre tiveram acesso a uma educação de qualidade”.

Aquele responsável frisou que a educação é “essencial para a recuperação global e para o alcance de todos os objetivos de desenvolvimento sustentável”. “É um direito fundamental e a base de sociedades resilientes, pacíficas e sustentáveis. A educação é a base e um catalisador para a transição verde. Ela permite que os cidadãos aproveitem as oportunidades do desenvolvimento digital”, explicou.

Da mesma forma, destacou, a educação oferece “esperança e proteção aos afetados por crises humanitárias e deslocamentos forçados”. “A educação de qualidade é uma parte vital do desenvolvimento de todas as crianças e jovens”, acrescentou.

Bruxelas lembra que 2022 é o Ano Europeu da Juventude e no qual se assinala o 35.º aniversário do programa Erasmus. “A UE reafirma a importância primordial de uma educação de qualidade para o desenvolvimento pessoal, social e profissional das crianças e jovens, dentro e fora da UE, para construir um futuro melhor e mais equitativo, reduzir as desigualdades socioeconómicas e de género e promover a paz e democracia”, destacou.

A Comissão Europeia também sublinha as iniciativas comunitárias no domínio da educação e recorda que as instituições e os países da União “apoiam os países parceiros a transformar os seus sistemas educativos após a pandemia e a colmatar os défices e as desigualdades no ensino, formação e aprendizagem a todos os níveis”.

“A UE continua a ser uma voz de liderança na educação em emergências, proporcionando acesso a uma educação segura, inclusiva e de qualidade para milhões de crianças afetadas por crises humanitárias e conflitos”. É ainda referido que as instituições da UE e dos seus Estados-membros fornecem “mais de metade de toda a ajuda global à educação” e apoiam o setor “em mais de 100 países em todo o mundo”.

Entre 2021-2027, a Comissão Europeia dedicará “pelo menos 10%” do seu orçamento de parceria internacional com África, América Latina e Caraíbas e Ásia e Pacífico, bem como 10% do seu orçamento de ajuda humanitária, à educação.

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Qatar Airways e Airbus em guerra por defeitos na camada de proteção das aeronaves A350

Qatar Airways reclama indemnização de vários milhões à Airbus por falhas na pintura das aeronaves A350. Companhia publicou um vídeo de aviões Airbus com a pintura a lascar.

A Qatar Airways e a Airbus estão em guerra desde o verão do ano passado, mas o conflito intensificou-se nas últimas semanas. A companhia aérea afirma que teve de suspender a operação de 13 aviões Airbus 350 pelo facto de a pintura estar a lascar “a um ritmo acelerado”, considerando que isso coloca em causa a segurança do voo. Esta sexta-feira, a Airbus cancelou uma encomenda de 50 A321neo para a Qatar Airways e a companhia não se ficou: divulgou um vídeo onde mostra um A350 com lascas na pintura.

A história remonta a agosto de 2020, quando a Qatar Airways afirmou ter sido obrigada a aterrar 13 das suas aeronaves A350 devido a problemas na fuselagem — a camada de proteção do metal. De acordo com o Al Jazeera (conteúdo em inglês), a fuselagem destes aviões é feita de carbono e serve para tornar a aeronave mais leve, queimando, assim, menos combustível.

A Qatar Airways afirma que essas 13 aeronaves ficarão em terra até que “uma solução satisfatória para corrigir permanentemente [esse problema] esteja disponível”. Por sua vez, a fabricante disse estar a pensar na mudança de design dessa malha de proteção para os futuros A350, mas insiste que essa deterioração não põe em causa a segurança do avião.

Uma investigação da Reuters, conhecida em novembro do ano passado, mostrou que, pelo menos cinco outras companhias aéreas relataram falhas na pintura ou na camada de proteção do A350 desde 2016, bem antes de a Qatar Airways levantar estas preocupações.

Em dezembro do ano passado, a Qatar Airways avançou para o Tribunal de Londres, diz a Al Jazeera. Pediu uma indemnização de 600 milhões de dólares (529 milhões de euros) e ainda quatro milhões de dólares (3,5 milhões de euros) por dia devido às aeronaves que estão aterradas.

Na sequência disso, na passada sexta-feira, a Airbus cancelou a encomenda de 51 aeronaves A351neo para a Qatar Airways, avaliada em quase seis mil milhões de dólares (5,3 mil milhões de euros).

A companhia aérea classificou esta decisão como “uma questão de considerável arrependimento e frustração” por parte da fabricante de aeronaves e respondeu através de um vídeo publicado no YouTube, onde mostra, durante 1 minuto e 37 segundos, o exterior de aviões A350 com falhas na pintura e uma pessoa a lascar facilmente a camada que protege a aeronave.

A Agência Europeia para a Segurança da Aviação (AESA) da União Europeia avaliou o problema de forma independente e não encontrou quaisquer preocupações de segurança. “Não há base razoável ou racional” para a Qatar ter aterrado os A350, afirmou a Airbus em documentos preparados para uma audiência que aconteceu em Londres na passada quinta-feira.

A fabricante de aeronaves acusa a Qatar Airways de procurar uma desculpa para manter os aviões em terra devido ao impacto que a pandemia teve no setor da aviação, reduzindo a procura. A companhia rejeitou estas acusações, afirmando que “os defeitos não são superficiais e um deles faz com que o sistema de proteção contra raios da aeronave fique exposto e danificado”.

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Virgílio Lima enfrenta primeiro teste no Montepio: eleição na assembleia de representantes

A assembleia de representantes vai eleger a mesa no próximo mês e avizinha-se uma luta renhida entre os 15 representantes eleitos na lista de Virgílio Lima e os 15 representantes das outras listas.

Virgílio Lima enfrenta o primeiro teste no novo mandato à frente da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), com a eleição dos membros da mesa da assembleia de representantes na sessão que está prevista para 4 de fevereiro. Há duas propostas em perspetiva: uma proveniente da lista do presidente, que acabou de ser reeleito em dezembro, e outra que reúne o consenso das restantes listas, de acordo com as informações recolhidas pelo ECO. O problema: a assembleia de 30 representantes está partida a meio, isto é, com 15 elementos de Virgílio Lima e outros 15 eleitos pelas outras listas, que abre a porta a um braço-de-ferro que poderá multiplicar-se por mais disputas durante todo o mandato até 2024. Vítor Melícias poderá desbloquear o impasse.

A assembleia de representantes é uma novidade no Montepio, que decorre da atualização do Código das Associações Mutualistas (CAM) em 2018. Veio substituir o conselho geral da instituição, extinto em 2020, mas tem poderes reforçados, o que lhe confere uma importância decisiva no futuro da instituição: aprovar e chumbar orçamentos e contas, decidir a venda de participações de entidades do grupo e eleger a comissão de remunerações da administração, entre outras competências.

A Lista A, de Virgílio Lima, venceu sem discussão as eleições de 17 de dezembro, conquistando 48% dos votos que lhe permitiram eleger para o conselho de administração, conselho fiscal e mesa da assembleia geral.

Contudo, os votos dos associados resultaram num equilíbrio de poder na assembleia de representantes: foram eleitos 15 da Lista A e outros 15 para as outras três listas. É aqui que se jogam diferentes visões em relação a quem deve liderar a mesa deste órgão.

Tendo vencido as eleições, a Lista A tem preparada uma lista com os seus eleitos: Ivo Pinho para presidente e Edmundo Martinho (presidente da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa) e Isabel Silva como secretários.

As outras listas, nomeadamente a lista D e C, que elegeram mais representantes, consideram que a mesa deve ser representativa do órgão e vão avançar com a sua proposta: Ivo Pinho, eleito pela lista concorrente, também é o nome indicado para presidente, mas terá como secretários Conceição Zagalo (Lista D, que elegeu 7 representantes) e Viriato Silva (Lista C, que elegeu 5).

Quem resolve impasse?

As propostas não estão fechadas e pode haver alterações até à reunião, que ainda não foi convocada oficialmente.

A Lista A não desmentiu os nomes que foram avançados, dizendo apenas que “as propostas de listas para a mesa são apresentadas ao Presidente ad hoc – que é o primeiro eleito, neste caso, o Senhor Padre Vítor Melícias” e que “até à data, que seja do conhecimento oficial do secretariado geral da AMMG, não foram apresentadas quaisquer propostas de listas nos termos regulamentares”.

Também frisou que “as propostas de listas à mesa são subscritas por cinco membros da assembleia de representantes, independentemente da lista pela qual foram eleitos”.

A Lista D, que tinha como cabeça-de-lista Pedro Alves e que elegeu sete representantes para a assembleia de representantes, não quis fazer qualquer comentário. Já a Lista C, que está representada com cinco elementos, confirmou os nomes da proposta alternativa que tem o acordo da Lista B, embora esta não tenha nenhum dos seus nomes na proposta. “A Lista A tem 15 lugares, tantos como as listas B, C e D. Parece-nos justo e equilibrado que a mesa de um órgão onde não há, que se saiba, maioria reflita na sua mesa a complementaridade existente nas várias listas”, argumenta, dizendo ainda que espera que a reunião tenha mais pontos de trabalho além da eleição da mesa. “É que a liquidação do conselho Geral já aconteceu em 2020 e o orçamento de 2022 ainda não foi aprovado”, lembra.

Neste cenário, com um empate à vista, como se poderá desbloquear o impasse? O regulamento eleitoral indica a solução: em caso de empate, será repetida a votação e, se o mesmo empate se repetir, o Presidente ad-hoc exerce o seu voto de qualidade. Terá a palavra Vítor Melícias.

Incompatibilidades afastam Costa Pinto

Eleito para a assembleia de representantes pela Lista B, João Costa Pinto não pôde assumir as funções devido a uma questão de incompatibilidades: o ex-vice-governador do Banco de Portugal é atualmente presidente do Banco Português de Gestão, da Fundação Oriente. José Miguel Nogueira acabou por ser o primeiro nome eleito pela lista, e José Cunha Rainho, que era o quarto nome da lista, entrou no lote de eleitos com a saída de Costa Pinto.

Também haverá dúvidas em relação a outros dois nomes: Eduardo Teixeira (da Lista D) e Manuel Ramalho Eanes (Lista A), por terem ligações a outras empresas.

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Da redução do IRS e IRC às 35h para todos e mais férias. Eis o programa económico do PAN

Após várias conquistas nos direitos dos animais nos últimos anos, o PAN foca-se mais na emergência climática e na redução da carga fiscal dos cidadãos e das empresas (exceto as poluentes).

O país vai a votos no dia 30 de janeiro. Até lá, todos os dias, vamos analisar à lupa os temas económicos dos programas eleitorais dos partidos com representação parlamentar. Os salários, os impostos, as prestações sociais, as pensões, as carreiras, as regras laborais e os apoios às empresas. Afinal, o que querem os partidos para a economia.

Pela primeira vez com Inês Sousa Real na liderança, o PAN apresenta-se às eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro com um programa eleitoral focado na emergência climática, depois de ter conseguido vitórias na área da proteção dos animais durante os últimos anos. Aceitando acordos tanto com o PS como com o PSD, o partido Pessoas, Animais e Natureza quer baixar os impostos tanto para os cidadãos como para as empresas (exceto as poluentes).

No seu programa eleitoral, o PAN defende “um modelo para tornar o atual sistema económico mais justo e sustentável, respeitando a finitude dos recursos”, rejeitando a ideia de crescimento económico “infinito”. Assim, os apoios públicos ao investimento devem ser direcionados para a “descarbonização, a mitigação e adaptação às alterações climáticas”, a aceleração da digitalização da economia e na aposta na economia circular.

O partido já revelou a ambição de entrar no Governo, em vez de apenas viabilizar Orçamentos do Estado no Parlamento. E por isso propõe a criação de um Ministério da Transição Climática e da Economia, de forma a colocar a emergência climática no centro das decisões económicas do país. Mas sem esquecer as “contas certas”. OPAN diz ter como objetivo o “deficit zero, numa perspetiva de justiça intergeracional, sem prejuízo de não cumprimento em situações excecionais, como a atual”.

Menos impostos para cidadãos e empresas (exceto as poluentes)

Uma das apostas do PAN nestas eleições é a redução da carga fiscal que incide sobre os cidadãos e as empresas, seguindo o caminho do Orçamento do Estado para 2022, o qual viabilizou com a abstenção (ao contrário do PCP e do Bloco de Esquerda). O partido propõe-se, assim, a “desdobrar os atuais 3º e 6º escalões de IRS, reduzindo a taxa do subescalão mais baixo, atingindo-se assim, simultaneamente, maior justiça fiscal e um efetivo desagravamento para a classe média”. Para os mais jovens, o PAN propõe o alargamento do IRS Jovem aos primeiros cinco anos, até aos 30 anos, e limitado a 2,5 vezes o valor do Indexante dos Apoios Sociais (IAS).

Nos impostos indiretos, o partido liderado por Inês Sousa Real defende uma redução do IVA aplicável ao consumo de energia renovável para a taxa reduzida, a equiparação da taxa de IVA dos substitutos de origem vegetal para a carne e queijo à taxa de IVA da carne e queijo; e a redução da taxa mínima do IVA da alimentação dos animais de companhia, à semelhança do que já acontece com a dos restantes animais.

Para as empresas, o PAN promete uma redução da taxa de IRC para 17% até ao final da próxima legislatura, o que vai ao encontro da proposta do PSD que reduz a taxa de IRC para esse mesmo valor em 2023 e em 2024.

Mas também há quem pague mais impostos com as propostas do PAN. É o caso dos cidadãos com maiores rendimentos, uma vez que o partido defende o “englobamento de todas as categorias de rendimento” — o Governo avançava com uma medida parcial nesse sentido no OE2022. Já as empresas de setores poluentes, nomeadamente da pecuária, contariam com a aplicação da taxa de carbono.

Foco nos salários, mais férias e menos horas de trabalho

A retórica do PAN nos debates tem passado também pela necessidade de aumentar os salários em Portugal. O partido propõe-se a “aumentar gradualmente” o salário mínimo nacional, acima da inflação e da variação do salário médio do ano anterior, fixando-o, pelo menos, em 905 euros no termo da legislatura. Em linha com os 900 euros em 2026 prometidos pelo PS.

Mas vai mais além em áreas como a redução do horário semanal de trabalho para as 35 horas no setor privado, à semelhança do que já acontece no público, e também o aumento do período de férias de 22 para 25 dias úteis para todos os trabalhadores.

Na proteção laboral, o PAN pretende reforçar os incentivos para conversão de estágios em contratos sem termo, através da “celebração de um contrato sem termo após um estágio que será cofinanciado, nos primeiros seis meses (período experimental), a 40% e, no segundo semestre, a 60%, com um nível de remuneração mensal máximo variável em função do nível de qualificação do trabalhador”. E quer garantir a baixa médica a 100% aos trabalhadores “cuja doença acarrete circunstâncias económicas particularmente gravosas”.

Sobre a Segurança Social, o partido deixa o jogo em aberto, propondo a criação de uma comissão que estude a sustentabilidade deste regime, “num quadro de substituição de trabalho por capital, nomeadamente pela contribuição sobre as depreciações, com natural redução da Taxa Social Única, não penalizando assim os empregadores de mão-de-obra intensiva”.

Para os pensionistas atuais promete a revisão das regras de atualização das pensões em pagamento, criando um novo escalão entre 2 e 2,5 IAS, em que esteja garantido que, em conjunturas de menor crescimento económico, o valor real da pensão não diminui.

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Convicções da IL “não estão nem nunca estarão à venda”

  • Lusa
  • 23 Janeiro 2022

Há aqueles que são "arrogantes e achavam que as eleições estavam ganhas” e os “humildes” que trabalham para conquistar cada voto, disse João Cotrim de Figueiredo.

O presidente da Iniciativa Liberal (IL) garantiu este sábado que as suas convicções “não estão nem nunca estarão à venda” e que, a 30 de janeiro, há uma escolha “clara” entre a estagnação e arrogância ou o crescimento e mudança.

Num comício no Mercado de Santa Clara, em Lisboa, e perante uma sala repleta de militantes, João Cotrim Figueiredo explicou que, nas eleições legislativas, de um lado está a estagnação e a resignação e do outro o crescimento e a ambição que os liberais defendem, sendo uma “escolha óbvia”.

Continuando a demonstrar as diferenças, o liberal reforçou que há aqueles que são “arrogantes e achavam que as eleições estavam ganhas” e os “humildes” que trabalham para conquistar cada voto, sublinhando que é nestes últimos que a IL se enquadra.

Há ainda, acrescentou, aqueles partidos que se querem “agarrar ao poder com todas as forças” e aqueles que veem no exercício do poder uma oportunidade para colocar Portugal a crescer que, disse, é aquilo que a IL propõe. “Há alguém que defende o futuro e esse alguém é a Iniciativa liberal”, sublinhou.

Cotrim Figueiredo disse que domingo, dia 23 ou 30 de janeiro, é “a oportunidade para acabar” com a geringonça que, durante seis anos, juntou PS, PCP e BE a “destruir” o país. “Não podemos perder esta oportunidade”, advertiu.

O liberal salientou que a IL faz falta para pôr os portugueses a pagar menos IRS, a reformar o Sistema Nacional de Saúde (SNS) acabando com a “vergonha” das listas de espera e “emagrecer” o Estado, desde logo, privatizando a TAP. “Queremos construir um Portugal para todos e onde todos poderão realizar os seus projetos de vida, independentemente da cor da pele, orientação sexual, país de origem ou nome de família”, ressalvou.

Ao longo de um discurso de 20 minutos, Cotrim Figueiredo pediu a quem o ouvia para, nesta última semana, dizer às pessoas que “Portugal precisa de crescer, para crescer precisa de mudar e para mudar precisa da Iniciativa Liberal”. Porque, acrescentou, o atual governo não faz ideia de como pôr o país a crescer senão já o tinha feito.

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Mais de 315 mil eleitores podem votar hoje em mobilidade

  • Lusa
  • 23 Janeiro 2022

Há mais 315 mil eleitores inscritos no voto em modalidade, um número que ficou abaixo das expectativas do Governo, que preparou tudo para cerca de um milhão de pessoas.

Mais de 315 mil eleitores que se inscreveram para votar antecipadamente para as legislativas podem fazer este domingo as suas escolhas, com as autoridades de saúde a recomendar cuidados como usar máscara cirúrgica e usar a própria caneta.

A utilização de máscara cirúrgica ou máscara FFP2, a desinfeção das mãos, manter o “afastamento recomendado” enquanto se aguarda a vez de votar e usar uma caneta própria para votar são algumas das medidas recomendadas pela da Direção-Geral de Saúde para evitar o contágio pelo SARS-CoV-2.

Entre o passado domingo e quinta-feira, os eleitores recenseados no território nacional puderam inscrever-se para votar antecipadamente numa mesa de voto à sua escolha, no continente ou nas Regiões Autónomas, exercendo o seu direito uma semana antes do dia da eleição, 30 de janeiro. Independentemente do local em que deposita o seu voto, este contará sempre para o círculo onde o eleitor está recenseado.

Depois de se identificar perante o presidente da mesa, o eleitor recebe um boletim de voto e dois envelopes, um branco e um azul. O boletim é colocado no envelope branco e este no envelope azul, que é selado com uma vinheta de segurança. O eleitor recebe um duplicado da vinheta colocada no envelope azul, que serve de comprovativo do exercício do direito de voto.

De acordo com dados do Ministério da Administração Interna (MAI), inscreveram-se mais de 315 mil eleitores nesta modalidade, um número que ficou abaixo das expectativas do Governo, que desenhou uma logística para que cerca de um milhão de portugueses pudesse votar este domingo. Quem se inscreveu e não puder votar poderá ainda fazê-lo no dia 30.

Nas anteriores legislativas, em 2019, mais de 50.000 eleitores votaram antecipadamente, uma semana antes das eleições, enquanto nas presidenciais de 2021, já durante a pandemia, 197.903 portugueses exerceram o seu direito uma semana antes da data do ato eleitoral. Mais de dez milhões de eleitores residentes em Portugal e no estrangeiro constam dos cadernos eleitorais para a escolha dos 230 deputados à Assembleia da República.

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Costa afirma que “estão criadas todas as condições” de segurança para o voto

  • Lusa
  • 23 Janeiro 2022

"Estão criadas todas as condições para que todos possam votar em segurança", disse António Costa, que votou esta manhã de domingo, antecipadamente, no Porto.

O secretário-geral do PS votou este domingo antecipadamente em mobilidade no Porto e defendeu que estão criadas todas as condições de segurança para o exercício do direito de voto pelos eleitores nas legislativas do próximo domingo.

António Costa votou esta manhã no Pavilhão Rosa Mota, onde foi recebido à chegada pelo presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira. Sem qualquer fila na sua mesa, o líder socialista votou poucos minutos depois para o círculo eleitoral de Lisboa, pelo qual é cabeça de lista do PS. Em declarações aos jornalistas, fez “um apelo geral a todos aqueles que estão inscritos para poder votar antecipadamente em mobilidade o possam fazer hoje”.

“E todos aqueles que não se inscreveram para votar antecipadamente o façam no dia 30. O voto é o momento mais importante da democracia – um momento único onde só os cidadãos decidem qual o resultado das eleições e o que querem para o seu futuro, escolhendo quem são os seus representantes”, disse.

A seguir, disse que “estão criadas todas as condições para que todos possam votar em segurança”. “Estão também criadas as condições de seguranças para as pessoas que, infelizmente, se encontrem em situação de isolamento no dia 30 possam também exercer o seu direito ao voto”, salientou.

António Costa deixou ainda um “agradecimento especial às pessoas em todo o país que hoje estão a assegurar o funcionamento das assembleias de voto”. Depois, congratulou-se “com a modernização introduzida no sistema eleitoral com esta possibilidade de voto em mobilidade, que é uma forma de combater a abstenção”.

Esperemos que um dia o voto antecipado em mobilidade possa ser exercido no próprio dia das eleições, mas, para já, este é um avanço muito importante. Para mim, foi uma enorme honra ter este privilégio de vir votar ao Porto, contando o meu voto no círculo eleitoral de Lisboa”, acrescentou.

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Quanto vale o seu voto nestas eleições legislativas? 12,88 euros<span class='tag--premium'>premium</span>

  • Joana Abrantes Gomes
  • 23 Janeiro 2022

Face à subida do IAS este ano, as subvenções públicas destinadas aos partidos políticos também aumentam. No total, cada voto nestas legislativas vale quase 13 euros.

O voto em eleições legislativas, além de definir a composição da Assembleia da República, influencia o montante das subvenções que cada partido político recebe do Estado, quer para o financiamento dos próprios partidos, quer para as campanhas eleitorais. Nas legislativas antecipadas de 30 de janeiro, cada voto vai materializar-se em quase 13 euros para os partidos.Tal como acontece com outros apoios estatais, o valor a atribuir em subvenções públicas aos partidos depende diretamente do Indexante dos Apoios Sociais (IAS), que este ano foi atualizado para 443,2 euros, um aumento que se deve à taxa de inflação registada até novembro passado. A subvenção pública anual é atribuída aos partidos que angariarem, pelo menos, 50 mil votos, mesmo que não consigam eleger um deputado. Consiste num

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PSD passa à frente do PS com 34,5% das intenções de voto, segundo a sondagem da Pitagórica

  • ECO
  • 22 Janeiro 2022

A distância entre socialistas e sociais-democratas foi encurtando nos últimos dias e, de acordo com a sondagem diária da TVI/CNN, o PSD segue agora à frente do PS, separados por um ponto percentual.

Há vários dias que a distância entre socialistas e sociais-democratas nas intenções vinha a encurtar e, agora, parece que o cenário mudou mesmo. De acordo com a mais recente sondagem da Pitagórica para a TVI/CNN Portugal, o PSD (34,5%) conseguiu mesmo ultrapassar o PS (33,5%). As duas maiores forças políticas estão, assim, separadas por um ponto.

A sondagem anterior da Pitagórica, conhecida na passada sexta-feira, indicava 34,6% das intenções de voto para António Costa e 33,5% para Rui Rio. Mas os dados mais recentes inverteram o cenário. O PSD conseguiu ultrapassar o PS, reunindo, assim, 34,5% das intenções de voto, enquanto os socialistas ficam apenas com 33,5%. É uma diferença de um ponto percentual entre os dois partidos.

Como terceira força política aparece o Chega, com 6,5% das intenções de voto. Bloco de Esquerda e Iniciativa Liberal aparecem na quarta posição, ambos com 5,7% das intenções de voto. Atrás aparece a CDU (PCP/PEV) com 4,7%, o PAN (1,6%), o Livre (1,2%) e, por fim, o CDS (0,8%).

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Vacinados ou não vacinados? Esta foi a evolução dos óbitos de Covid no final de 2021

Nos últimos meses de 2021, registou-se um aumento na proporção de pessoas que não tinham vacinação completa entre os óbitos, segundo os dados da DGS e INSA.

A introdução das vacinas trouxe um novo paradigma para a situação pandémica vivida em Portugal, ajudando a controlar as hospitalizações e óbitos devido ao vírus. Segundo os dados disponíveis das autoridades de saúde, o risco de morte para quem fica infetado é menor para as pessoas com vacina, sendo que nos últimos meses de 2021 registou-se um aumento na proporção de pessoas que não tinham vacinação completa entre os óbitos.

Este indicador começou a ser disponibilizado em agosto, no relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) com a monitorização das linhas vermelhas para a Covid-19 em agosto do ano passado. Nesse mês, ocorreram 96 óbitos (50%) em pessoas com um esquema vacinal completo contra a Covid-19, 63 óbitos (40%) em pessoas não vacinadas e 18 óbitos (10%) em pessoas com vacinação incompleta.

No entanto, o relatório já alertava que “a população mais vulnerável encontra-se quase totalmente vacinada, pelo que é esperado que a proporção de casos com esquema vacinal completo no total de óbitos aumente”. Já o risco de morte, medido através da letalidade por estado vacinal, era “três a sete vezes menor nas pessoas com vacinação completa do que nas pessoas não vacinadas”.

De facto, em setembro registaram-se 126 óbitos (58%) em pessoas com esquema vacinal completo contra a Covid-19, 13 óbitos (6%) em pessoas com vacinação incompleta e 78 óbitos (36%) em pessoas não vacinadas. Em outubro a proporção voltou a aumentar, tendo-se observado 132 óbitos (80%) em pessoas com esquema vacinal completo e 33 óbitos (20%) em pessoas não vacinadas ou com vacinação incompleta.

Fonte: relatório da DGS e INSA. Informação à data de 21 de janeiro

Mas a partir daí a tendência começou a inverter-se, o que coincidiu com a altura em que se começou a administrar a dose de reforço da vacina contra a Covid-19 no país. No mês de novembro, ocorreram 195 óbitos (65%) em pessoas com esquema vacinal completo contra a Covid-19, 10 (3%) óbitos em pessoas com dose de reforço e 95 óbitos (32%) em pessoas não vacinadas ou com vacinação incompleta.

É de sinalizar também que em novembro surgiu a variante Ómicron em Portugal, que fez disparar os contágios por ser mais transmissível. Apesar de apresentar sinais de ser menos severa em termos da doença que causa, continua a provocar hospitalizações e mortes.

Já em dezembro, os últimos dados disponíveis (que foram corrigidos pela DGS), registaram-se 247 óbitos (50%) em pessoas com esquema vacinal completo contra a Covid-19, 38 (8%) óbitos em pessoas com dose de reforço e 208 óbitos (42%) em pessoas não vacinadas ou com vacinação incompleta.

O relatório indicava também que “o risco de morte para os casos diagnosticados em dezembro, medido através da letalidade, por estado vacinal, foi três a seis vezes menor nas pessoas com vacinação completa em relação às pessoas não vacinadas ou com esquema incompleto”.

Nesta contabilização da DGS e do INSA, consideraram-se como pessoas com vacinação incompleta aquelas que ainda não tinham completado o esquema vacinal recomendado ou tinham-no completado há menos de 14 dias (conforme os critérios da Norma 002/2021 da DGS). Foram consideradas pessoas com esquema vacinal completo as que o completaram há mais de 14 dias.

Já no que diz respeito aos internamentos por estado vacinal, o relatório não contempla os números exatos, adiantando apenas o risco: “Os casos com esquema vacinal completo parecem apresentar um risco de hospitalização aproximadamente duas a cinco vezes inferior aos casos não vacinados”, indica o relatório. Foi também medida a diferença com o reforço, sendo que o risco de internamento para quem tem dose de reforço é metade daquele para quem tem vacinação completa.

O secretário de Estado da Saúde já chegou a apontar, no início deste mês, que quase 90% dos doentes com Covid-19 internados em unidades de cuidados intensivos portuguesas não estavam vacinados. No entanto, numa entrevista algumas horas depois, acabou por dizer que o número “diverge de instituição para instituição”, salientando que fez a estimativa a partir de “conversas” que tem “com colegas das unidades de cuidados intensivos”.

(Notícia atualizada pela última vez a 23 de janeiro após DGS corrigir números referentes ao estado vacinal dos óbitos em dezembro)

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EUA negoceiam fornecimento de gás com o Qatar e enviam ajuda militar à Ucrânia

Washington iniciou conversações com o Qatar, o maior exportador mundial de gás natural, opara encontrar "soluções" para o fornecimento de gás a longo prazo.

Os Estados Unidos estão em conversações com o Qatar e outros grandes exportadores de gás para planear medidas de contingência caso a Rússia invada a Ucrânia, interrompendo o fornecimento de gás para a Europa. De acordo com o Financial Times (conteúdo em inglês, acesso pago), as negociações estão focadas em garantir cargas adicionais de gás natural liquefeito por via marítima.

O conflito entre a Rússia e a Ucrânia está a preocupar o mundo. As tensões entre o Ocidente e Moscovo intensificaram-se quando Vladimir Putin enviou cerca de 100 mil soldados para a fronteira ucraniana, em antecipação a uma invasão. A Rússia nega, mas não convenceu. Aumentaram, assim, os receios de que este conflito provoque uma quebra ainda maior no fornecimento de gás para a Europa, numa altura em que os preços dispararam.

Depois de as conversações com a Rússia terem tido efeitos quase nulos, os Estados Unidos procuraram alternativas. De acordo com uma fonte citada pelo FT, Washington iniciou conversações com o Qatar, o maior exportador mundial de gás natural, o Reino Unido e outros países europeus para encontrar “soluções” para o fornecimento de gás a longo prazo.

“Estamos a analisar o que pode ser feito antecipadamente, especialmente a meio do inverno, com stocks muito baixos de [gás natural europeu] armazenados”, disse um membro do Governo norte-americano. “Discutimos o que pode ser movimentado no mercado, o que pode ajudar e o que podemos preparar agora, se e quando houver uma crise crescente”. A maior parte do gás natural do Qatar é enviada para a Ásia.

Fatih Birol, responsável da Agência Internacional de Energia (AIE), citado pela FT, afirmou na semana passada que a Rússia estava a estrangular o fornecimento de gás para a Europa. Isto porque a Ucrânia funciona como a porta de entrada do gás russo na Europa.

A ajuda militar dos Estados Unidos para ajudar a Ucrânia a defender-se contra uma possível invasão da Rússia começou a chegar na noite desta sexta-feira, anunciou a embaixada americana em Kiev, no Twitter. O material “inclui cerca de 200 mil libras de ajuda letal, incluindo munição para os defensores da linha de frente da Ucrânia”.

“A remessa — e 2,7 mil milhões de dólares desde 2014 — demonstra o compromisso dos Estados Unidos em ajudar a Ucrânia a reforçar as suas defesas perante a crescente ameaça russa“, lê-se em outro tweet.

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