“É uma missão pessoal sentir que estou a ter um impacto positivo na vida das pessoas”<span class='tag--premium'>premium</span>

Apaixonada pela diversidade, Ana Sanches olha para o seu trabalho como uma missão: quer ter um impacto positivo na vida das pessoas. E, às vezes, bastam pequenos gestos.

No dia do seu onboardingna Teleperformance Portugal, Ana Sanches conheceu Charlie. Foi a inspiração para a primeira medida de ação da VPofdiversity,equityandinclusionna multinacional: “Project Charlie”. Um projeto com nome de pessoa, ou não fosse esta uma iniciativa onde o nome faz toda a diferença na vida de alguém. Charlie é uma pessoa não binária e, todos os dias, quando abria os sistemas para trabalhar era confrontada com o seu deadname,com o qual já não se identificava. “Estamos neste momento a mudar parte dos nossos sistemas para que, desde que a pessoa é recrutada, possa determinar qual o seu nome preferencial e isso possa estar refletido nas toolspara que seja conhecida pelo que a faz sentir melhor. É algo mínimo, não tem custos por aí além, mas tem um impacto brutal”,

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Do risco de reinfeção à efetividade das vacinas, as diferenças entre a variante Ómicron e Delta

A variante Ómicron foi identificada pela primeira vez em novembro e já é responsável por 90% dos casos identificados em Portugal, destronando a Delta. Mas, afinal, o que separa estas duas variantes?

A variante Ómicron destronou a Delta e é atualmente responsável por 90% dos casos identificados em Portugal. É mais transmissível, tem uma capacidade de reinfeção dez vezes superior e é também mais resistente às vacinas, mas aparentemente menos severa. Mas, afinal, o que separa estas duas variantes?

Em causa está a variante B.1.1.529, também conhecida por variante Ómicron, que foi detetada pela primeira vez na África do Sul e está a centrar as atenções devido ao seu elevado número de mutações (37) na proteína spike, também conhecida por proteína do “espinho”, que serve de base ao nome coronavírus e é a parte do vírus usada por muitas das vacinas para proteger as pessoas contra a Covid-19.

http://videos.sapo.pt/Dmzy6Nn3FZzz4ZOZp1tq

É, inclusivamente, esse elevado número de mutações que explica, em parte, que seja mais transmissível. Esta estirpe foi identificada no final de novembro, mas já está presente em mais de 90 países, estando associada a cerca de 80% dos novos casos de infeção por Covid-19 a nível mundial, segundo a Organização Mundial (OMS).

Se até à semana do Natal, a variante Ómicron representava 50% dos novos casos identificados em Portugal, atualmente é já responsável por 90% dos casos, segundo explicou João Paulo Gomes, do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), na reunião do Infarmed, na quarta-feira. “Dá a sensação que a grande disseminação teve a ver com o grupo etário dos 20 aos 29 anos”, sinalizou ainda o investigador.

Esta estirpe “destronou” assim a variante Delta, que era até ao último mês dominante em Portugal. Segundo os investigadores do INSA, não há uma diferença significativa entre a carga viral desenvolvida pelos doentes infetados com a Ómiron e os doentes infetados com a Delta. Neste contexto, esta maior transmissibilidade não está relacionada com a quantidade de aerossóis expelidos, mas sim com a maior capacidade desta variante escapar à imunidade conferida pelas vacinas, bem como pela rapidez com que uma pessoa que está infetada se torna contagiosa.

Além disso, com base nos estudos realizados pela Universidade de Hong Kong e de Cambridge em hamsters observou-se que “a Ómicron se multiplicava cerca de 70 vezes mais rapidamente do que a Delta nas células das vias aéreas superiores, mas dez vezes mais lentamente nas células do pulmão”, sublinhou João Paulo Gomes, acrescentando que é essa a razão pela qual é aparentemente mais severa. “Se o pulmão é menos afetado, a severidade da doença será menor”, elencou.

Estudos realizados na África do Sul indicam ainda que a variante Ómicron tem uma capacidade de reinfeção cerca de dez vezes superior à variante Delta, revelou Ana Paula Rodrigues, do INSA, também na última reunião do Infarmed. Contudo, no que toca à severidade da doença, o risco de internamento associado à variante Ómicron é cinco vezes inferior.

Quanto à efetividade das vacinas que estão atualmente a ser administradas contra a Covid-19 verifica-se um ligeiro decaimento com a vacinação primária (duas doses da vacina no modelo mais comum), mas uma “aproximação” com o reforço vacinal da terceira dose. Assim, de acordo com os estudos provenientes do Reino Unido, a efetividade da vacina contra infeção no caso da variante Ómicron e após a dose de reforço situa-se entre os 40% a 70% e é considerada “moderada contra a infeção sintomática”.

Já a efetividade contra a hospitalização, independentemente do tipo de vacina, no caso da Ómicron, e após o reforço vacinal, é de 88%. Após a segunda dose situa-se entre os 52% e os 72%, “dependendo do tempo que decorreu entre última toma da vacina”, sinalizou a investigadora do INSA.

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5 coisas que vão marcar o dia

O PAN apresenta o programa eleitoral. Há nova ronda de debates rumo às legislativas de 30 de janeiro. O INE revela as perspetivas para as exportações este ano.

O PAN apresenta o programa eleitoral ao início da tarde. À noite decorre nova ronda de debates rumo às legislativas de 30 de janeiro, com confrontos entre Iniciativa Liberal e PAN e entre PS e Bloco de Esquerda. Como é que as exportadoras antecipam 2022? O Instituto Nacional de Estatística dá a resposta. Centeno marca presença em lançamento de livro. Lá fora, termina a reunião entre EUA e Rússia por causa da Ucrânia.

PAN apresenta programa eleitoral

É a vez de o PAN apresentar o seu programa eleitoral. O partido liderado Inês de Sousa Real fará a apresentação do seu programa para as eleições legislativas de 30 de janeiro na Maia, pelas 12h30.

Prosseguem debates rumo às legislativas

Realiza-se nova ronda de debates entre os líderes partidários rumo às legislativas de 30 de janeiro. Cotrim de Figueiredo (Iniciativa Liberal) e Inês de Sousa Real (PAN) têm encontro marcado às 18h30 na Sic Notícias. A RTP 1 transmite às 21h00 o debate entre António Costa (PS) e Catarina Martins (Bloco de Esquerda).

Como andarão as exportações este ano?

Com as exportações em bom plano no ano passado, crescendo 5% até novembro e em níveis pré-pandémicos, o INE divulga a primeira perspetiva de exportação de bens para este ano. O último inquérito foi realizado a mais de três mil empresas, que representavam cerca de 90% das exportações de bens.

António Mendonça toma posse como bastonário dos economistas

O antigo ministro António Mendonça, eleito a 3 de dezembro de 2021, inicia esta terça-feira o mandato de bastonário da Ordem dos Economistas. A tomada de posse dos órgãos nacionais da Ordem para o quadriénio 2022/2025 vai decorrer no Centro Cultural de Belém, pelas 15h30.

Termina reunião entre EUA e Rússia por causa da Ucrânia

Termina a reunião entre Washington e Moscovo por causa das questões relacionadas com a Ucrânia e do controlo do armamento nuclear. As delegações dos dois países são lideradas, respetivamente, pela secretária de Estado Adjunta dos EUA, Wendy Sherman, e pelo homólogo russo, Sergei Riabkov.

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Aquisição da Farfetch duplica equipa portuguesa em 2022

Fundada por Guilherme Faria e Rui Rapazote, que se conheceram em Xangai, a plataforma de revenda de moda de luxo em segunda mão Luxclusif vai ultrapassar a centena de funcionários em Portugal.

Década e meia depois de os fundadores se terem conhecido na China, a plataforma de revenda de moda de luxo em segunda mão criada por dois expatriados portugueses na Ásia foi comprada pela gigante Farfetch e em 2022 conta “mais do que dobrar a equipa em Portugal”, adianta ao ECO o cofundador e CEO, Rui Rapazote.

Com escritório no Porto e vários colaboradores a trabalhar em regime flexível noutras localidades portuguesas, como Viana do Castelo, Aveiro ou Coimbra, a Luxclusif começou por ter a equipa nacional dedicada sobretudo ao ramo da tecnologia, mas as cerca de 50 pessoas que emprega atualmente já cobrem todas as áreas da organização.

“Portugal continua a ser um mercado com ótimos profissionais, onde existe um bom balanço entre pessoas de tecnologia e [outras] com experiência em startups e modelos de negócio em rápida expansão. Por outro lado, ao passarmos a fazer parte do grupo Farfetch, acreditamos que há sinergias importantes em estarmos na mesma localização que as equipas principais do grupo”, justifica o gestor.

No total, a empresa comprada pelo unicórnio luso-britânico liderado por José Neves para liderar a moda de luxo em segunda mão, que se posiciona como um marketplace B2B e como um facilitador na revenda, contabiliza perto de 130 funcionários. Tem presença direta também nas Filipinas, Japão e China, e conta ainda com estruturas operacionais em regime de outsourcing na Estónia e nos Estados Unidos da América (EUA).

Em Portugal existe um bom balanço entre pessoas de tecnologia e [outras] com experiência em startups e modelos de negócio em rápida expansão.

Rui Rapazote

Cofundador e CEO da Luxclusif

Rui Rapazote espera “continuar a atrair talento para captar o potencial do mercado de resale”, que está a ganhar relevância para a indústria da moda de luxo. De acordo com o Conscious Luxury Trends Report, mais da metade dos clientes da Farfetch comprou ou vendeu artigos em segunda mão em 2020. As estimativas citadas pelo diretor comercial e de sustentabilidade do grupo, Giorgio Belloli, mostram que esta categoria está a crescer “três vezes mais rápido do que o mercado primário”.

Criada em 2012, a Luxclusif trabalha em sobre dois pilares distintos: um assente no fornecimento de malas e acessórios de luxo em segunda mão a retalhistas e marketplaces num modelo B2B2C (trade); e o outro em programas de retoma de malas e acessórios de luxo direcionados a marcas e retalhistas (buyback / trade-in), em que oferece um serviço que inlcui a componente tecnológica (plataforma), operacional (processamentos de produtos e autenticação) e comercial (venda e distribuição).

“Berço” asiático depois do Contacto

Rui Rapazote, 37 anos, é natural de Lisboa, estudou Gestão e Marketing e já viveu em Portugal, Suécia, China e Filipinas. Nascido sete anos antes em Coimbra, Guilherme Faria estudou Economia e, antes de se estabelecer durante alguns anos no Japão, onde estava a trabalhar quando conheceu o futuro sócio, ainda passou antes também pelos EUA e por Itália.

Em comum tinham a participação no programa de estágios internacionais INOV Contacto, promovido pela AICEP, que em 2007 o primeiro frequentava em Xangai e o segundo — atual diretor de operações (COO) — fizera dez anos antes, em Seul. E também o interesse pelo empreendedorismo, pelo e-commerce e por explorar modelos de negócio inovadores.

“Na altura da criação da Luxclusif, o valor percebido dos produtos de luxo em segunda mão no mercado asiático era significativamente mais baixo que nos mercados ocidentais. Começámos com uma pequena operação de trade com produtos consignados e percebemos que o potencial era enorme. Como já estávamos na Ásia, contratámos as primeiras pessoas nas Filipinas e, a partir daí, focamo-nos no desenvolvimento de soluções de tecnologia e de supply chain que permitissem melhorar todo o serviço”, recorda Rapazote.

Guilherme Faria e Rui Rapazote, cofundadores da Luxclusif.

A ligação à Farfetch começou em 2018, quando participou no programa de aceleração Dream Assembly. Prosseguiu mais tarde com o desenvolvimento do serviço de buyback de artigos em segunda mão (Farfetch Second Life) em que a Luxclusif forneceu a sua plataforma na Europa para autenticar, atribuir preços e depois vender as carteiras em segunda mão submetidas pelos clientes, em troca de crédito para gastar no site da multinacional que está a construir um campus em Matosinhos, prevendo acolher outras empresas, um hotel e 42 apartamentos.

Depois da aquisição, que “não foi um processo complexo”, o cofundador confessa ter “expectativas elevadas” quanto à integração no grupo sediado em Londres e cotado na Bolsa de Nova Iorque, que tem escritórios em 13 países e soma cerca de 6 mil trabalhadores. “Vamos continuar a expandir a base de parceiros na área de trade e lançar o programa Second Life em mais geografias. Por outro lado, vamos trabalhar com a Farfetch Platform Solutions no sentido de acrescentar buyback / trade-in aos serviços oferecidos às marcas e retalhistas”, remata o CEO.

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Pestana injeta 7,5 milhões para investimentos na Europa e Nova Iorque

Aumento de capital de 7,5 milhões de euros foi feito na sociedade que gere os hotéis na Europa e nos Estados Unidos. Reforço acontece após abertura de dois hotéis em Nova Iorque.

O Grupo Pestana disponibilizou mais 7,5 milhões de euros para investimentos na Europa e nos Estados Unidos, adiantou ao ECO José Theotónio, CEO da cadeia hoteleira nacional. Este montante entrou através de um aumento de capital na sociedade Hotéis Atlântico.

No início deste mês, o Grupo Pestana avançou com um aumento de capital de 7,5 milhões de euros na sociedade Hotéis Atlântico, através da emissão de 1,5 milhões de ações no valor nominal de cinco euros cada uma. Esta sociedade fica, assim, com um capital de 40 milhões de euros.

A sociedade Hotéis Atlântico é responsável pela gestão dos hotéis na Europa e nos Estados Unidos, explicou José Theotónio. Este aumento de capital acontece, sobretudo, na sequência dos investimentos que têm sido feitos em território norte-americano. “Abrimos dois hotéis em Nova Iorque e é preciso pôr lá [nessa sociedade] dinheiro”, diz o CEO da Pestana.

José Theotónio nota que a cadeia hoteleira tem “estado a investir na Europa e nos Estados Unidos” e que, depois da abertura do Pestana Park Avenue e do Pestana CR7 Times Square, “era preciso reforçar o capital nos Estados Unidos, que acabou por entrar” na sociedade Hotéis Atlântico.

O Pestana Park Avenue foi o 100.º hotel inaugurado pelo grupo de Dionísio Pestana, num investimento superior a 30 milhões de euros. Seguiu-se o Pestana CR7 Times Square. Já prontos, mas ainda por inaugurar, estão o Pestana CR7 Marraquexe e outro no Porto, cujas aberturas estão previstas para meados de março ou abril.

Este não foi o primeiro — nem o mais avultado — aumento de capital feito na Hotéis Atlântico. Em agosto do ano passado aconteceu um de seis milhões de euros e em dezembro de 2020 outro de 12 milhões de euros. Para trás dessa data contam-se outros três aumentos.

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IL é um “parceiro com o qual PSD facilmente se entenderá”, diz Rio

Rui Rio e João Cotrim de Figueiredo sentaram-se frente a frente onde falaram dos "muitos pontos" de convergência e divergência. Ambos admitem unir-se para um possível Governo.

Rui Rio admitiu esta segunda-feira uma possível união com a Iniciativa Liberal, por considerar que o partido liderado por João Cotrim de Figueiredo é um partido com o qual os sociais-democratas “facilmente se entenderão”. Durante o debate que sentou frente a frente os dois líderes esta segunda-feira, João Cotrim de Figueiredo afirmou que o PSD “precisa da energia” da Iniciativa Liberal “para chegar mais à frente”.

“Há muitos pontos de convergência com a Iniciativa Liberal, mas também muitos pontos de divergência”. Foi assim que Rui Rio abriu o debate desta segunda-feira, na SIC. “Temos tanto socialismo e Estado em cima de nós que a convergência não é difícil”, continuou o presidente social-democrata, ressalvando, contudo, que “o problema” é o facto de a Iniciativa Liberal “querer menos Estado”.

João Cotrim de Figueiredo concordou. “Concordamos [com o PSD] no diagnóstico, mas não é só no caminho que divergimos”, disse, apontando a “falta de sentido de urgência e de pressa” dos sociais-democratas. “Temos demasiado socialismo e demasiado Estado e isso é algo que temos de mudar depressa”, afirmou o líder da Iniciativa Liberal.

O líder liberal afirmou que a posição atual do PSD “pode conduzir a uma espécie de alternância, mas não a uma alternativa verdadeira”. “É evidente que falta ambição, pressa e coragem — que Rui Rio já exibiu noutras circunstâncias”, acrescentou.

“Quer o CDS quer a Iniciativa Liberal são parceiros com os quais o PSD facilmente se entenderá”, disse Rui Rio, enquanto João Cotrim de Figueiredo afirmou: “Com o PSD parece que não conseguimos andar muito para trás, mas não vemos a força necessária para andar para a frente. O PSD precisa da energia da Iniciativa Liberal para chegar mais à frente”.

Dos impostos à saúde, o papel do Estado marca a divergência

Rui Rio começou logo por salientar que o papel do Estado era dos pontos que denunciava a divergência entre os dois partidos. A Iniciativa Liberal quer “menos Estado” — diz que é “demasiado” — e o PSD tem o Estado como “elemento fundamental”. E isso é notório em vários tópicos, a começar pelo ensino e pela saúde. Há aqui uma “diferença notória” entre os dois partidos, disse Rui Rio.

“Defendemos que os prestadores possam ser de qualquer natureza e que as pessoas possam escolher a quem recorrer, mantendo-se o financiamento público”, disse João Cotrim de Figueiredo, referindo-se aos serviços de saúde — mas também às instituições de ensino. Isso resultará numa “melhor qualidade de atendimento e em muito menos listas de espera”.

A Iniciativa Liberal “quer que os cidadãos possam escolher entre o privado e o público e o Estado paga”, atirou Rui Rio, admitindo que “isso pode acontecer se as coisas estiverem contratualizadas”. Contudo, sublinhou que essa é uma hipótese que não está em cima da mesa para o PSD, uma vez que, para os sociais-democratas, “o Estado tem a obrigação de prestar um excelente serviço de saúde e educação público”.

Outro ponto de divergência tem a ver com o IRS e IRC. “Convergimos em descer o IRS e o IRC. Propomos manter o modelo de IRS, mas a Iniciativa Liberal quer uma taxa única. E isso resulta num buraco orçamental de todo o tamanho ou numa grande injustiça”, disse Rui Rio. “Queremos mexer nos escalões de forma a que as pessoas passem a pagar menos, mas de forma faseada”, continuou.

Cotrim de Figueiredo explicou. “A nossa proposta de duas taxas a caminho da taxa única custa cerca de dois mil milhões de euros de receita fiscal de IRS e (…) produz crescimento económico”, disse o líder liberal, explicando que “o caminho para uma taxa única produziria salários muito superiores”.

A TAP foi outro dos pontos do debate. Ambos os partidos concordam que a TAP estaria melhor privatizada, mas há uma diferença: a Iniciativa Liberal defende que a companhia aérea não devia receber nem mais um euro, enquanto o PSD afirma que, já que se chegou até aqui, então não se deve perder o dinheiro que foi investido até agora. “Este Governo fez asneira e agora tem uma criança grande e gorda nos braços”, disse Rui Rio.

(Notícia atualizada às 22h27 com mais informação)

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Pressão nos juros da dívida abala Wall Street

Investidores estão preocupados com uma possível subida da inflação nos Estados Unidos. Receios levaram a aumento dos juros das Obrigações do Tesouro a dez anos.

Os principais índices de Nova Iorque abriram a primeira sessão da semana com perdas e foi da mesma maneira que encerraram — à exceção do tecnológico. A uma abertura de mercados marcada pelos receios quanto a uma possível subida da inflação norte-americana juntou-se o desempenho dos títulos de Tesouro a dez anos, cujos juros bateram o valor mais alto dos últimos dois anos.

O índice de referência financeiro, S&P 500, desvalorizou 0,16% para 4.669,7 pontos, acompanhado pelo industrial Dow Jones que recuou 0,45% para 36.068,87 pontos. A contrariar esta tendência esteve o tecnológico Nasdaq, que inverteu as perdas das últimas quatro sessões e encerrou a subir 0,05% para 14.942,8 pontos.

A abertura das bolsas foi marcada por várias perdas devido aos receios de uma possível subida da inflação norte-americana. Isso levou a uma subida das taxas de juro das Obrigações do Tesouro a dez anos, que bateram o valor mais alto dos últimos dois anos.

Os mercados globais têm uma semana agitada pela frente, com os dados mais recentes da inflação norte-americana a serem um ponto-chave, diz a CNBC (conteúdo em inglês). Os preços ao consumidor subiram na Europa e nos Estados Unidos nos últimos meses e, na sexta-feira, a inflação na Zona Euro atingiu um novo recorde em dezembro. O índice de preços no consumidor nos Estados Unidos será conhecido quarta-feira.

“A grande história da primeira semana do novo ano foi a subida constante dos rendimentos do Tesouro dos Estados Unidos”, diz Arthur Hogan, estrategista-chefe de mercado da National Holdings, citado pela Reuters. O especialista recomenda que os investidores coloquem mais dinheiro em ações financeiras, industriais e de energia, pois provavelmente vão beneficiar do forte crescimento económico esperado nos próximos meses.

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FFA passa a chamar-se France Assureurs e muda identidade visual

  • ECO Seguros
  • 10 Janeiro 2022

A FFA-Féderation Française de l’Assurance alterou o nome de uso corrente, mudou logótipo e criou uma plataforma, alojada no próprio website, para debater temas nacionais em ano de eleições em França.

Florence Lustman, presidente da France Assureurs: “Queremos uma federação mais visível no debate público.”

A FFAFédération Française de l’Assurance (Federação Francesa de Seguros), entidade que represente 247 sociedades de seguros, ou 99% dos operadores no país, adotou novo nome pelo qual pretende ser designada no dia-a-dia (nom dusage): France Assureurs.

O novo nome comum da FFA, faz-se acompanhar de uma nova identidade visual e um sítio de internet totalmente renovado, acessível no endereço franceassureurs.fr

Assumindo que os seguros estão no centro das questões sociais, em particular num ano de eleições, a “France Assureurs tem a vocação de alimentar o debate público e social.Este é o papel da plataforma presidencial alojada no novo website e na qual a federação partilhará as propostas do setor em relação aos grandes desafios que se colocam à sociedade francesa, tais como transição social e climática, relançamento d economia, riscos naturais e o acesso à Saúde, entre outros.

Num vídeo de apresentação da nova identidade da federação, um trabalho que levou mais de um ano a concluir e que teve a colaboração dos seus membros, Florence Lustman, presidente da France Assureurs, explica que, enquanto federação de interesse profissional, a adoção de novo nome de uso corrente corresponde a uma “nova razão de ser: mobilizar todas as energias dos seguros para fazer avançar a sociedade francesa”.

“Mais legível e mais fácil de localizar”, sintetiza a FA, a nova denominação traduz também as missões institucionais e o papel da organização junto do grande público. Por isso, a nova identidade visual se materializa também na assinatura Fazer avançar a sociedade com confiança. “Para encarnar melhor a nossa missão queremos uma federação mais visível no debate público, mais aberta ao diálogo. Um nome que sublinha a nossa dimensão humana (…).,” reforçou Florence Lustman no vídeo.

A plataforma temática alojada no site destina-se a apresentar as propostas do setor na perspetiva das eleições francesas (presidencial e legislativas) agendadas para abril e junho de 2022. Nesta novo espaço online, cada cidadão poderá lançar debates e colocar questões, acrescenta a France Assureurs em comunicado.

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ASF: Seguradoras subvalorizam ou desconhecem relevância das alterações climáticas

  • ECO Seguros
  • 10 Janeiro 2022

Extensa parcela das empresas encontra-se numa fase embrionária no contexto do tema, podendo não deter perceção inteiramente informada nas suas operações, diz a ASF.

Entre as empresas de seguros (não Vida e Mistas) que operam o mercado nacional, cerca de 42% afirma não ter realizado qualquer avaliação da questão ou considera que as coberturas comercializadas não são “impactáveis” pelas alterações climáticas, e 38% salienta que a sensibilidade da sua carteira de responsabilidade neste âmbito “é baixa ou inexistente”, indica a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) num documento anexo ao seu último Relatório de Estabilidade Financeira.

No entanto, no universo do setor supervisionado, a maioria (perto de 70%) das empresas de seguros (ES) e sociedades gestores de fundos de pensões (SGFP) considera as finanças sustentáveis e alterações climáticas um fator de relevância moderada a elevada para a cadeia de valor do negócio, revela a Supervisão salientando que um número reduzido de entidades (8%) “consideram esta matéria como um fator disruptivo no paradigma dos seus negócios”. Ainda que 13% das entidades assumam não ter ainda avaliado as questões (alterações climáticas e finança sustentável), 10% consideram-na de “relevância reduzida ou fortemente mitigável,” diagnostica o organismo presidido por Margarida Corrêa de Aguiar.

Fruto da importância dos riscos e desafios relacionados com a esfera climática e a sustentabilidade, a ASF tem desenvolvido alguns trabalhos no âmbito da matéria. Explicando os elementos que conduziram ao presente diagnóstico, a ASF afirma que o questionário pretendeu fazer “avaliação prospetiva” para várias dimensões específicas:
(i) práticas e carteiras de investimento;
(ii) aceitação e transferência de riscos, e comercialização de novos produtos; e
(iii) sistema de governação e transparência.

No anexo que acaba de publicar junto com o Relatório de Estabilidade Financeira – Dezembro de 2021, é proposta análise a 3 componentes:
(i) diagnóstico de exposições existentes na carteira de investimentos do setor segurador nacional face às alterações climáticas;
(ii) exploração inicial do universo de informação comparável e utilizável para gestão holística de riscos Environmental, Social, and Governance (ESG) por parte de empresas de seguros; e,
(iii) análise dos resultados do questionário relativo a alterações climáticas e finanças sustentáveis delineado pela ASF e destinado às ES e às SGFP nacionais.

De acordo com as conclusões da Supervisão, constata-se que “uma extensa parcela das empresas se encontra ainda numa fase embrionária no contexto do tema em estudo, podendo não deter uma perceção inteiramente informada da extensão e implicações potenciais nas suas operações, o que é patente no amplo recurso a respostas de “não avaliado” e de “não aplicável,” neste último caso, “mesmo abrangendo situações manifestamente aplicáveis, para as entidades em causa,” nota a autoridade de supervisão prudencial.

No capítulo Relação entre as carteiras de responsabilidades e as finanças sustentáveis e alterações climáticas, 58% das entidades manifestaram não ter efetuado qualquer avaliação, e 29% consideram que a temática em análise não é aplicável às responsabilidades assumidas. “Apenas 13% das empresas respondentes estão inseridas num patamar mais proativo de avaliação“.

No seio desta estreita amostra, continua a ASF, assumem preponderância:
i) o elevado potencial de deterioração da sinistralidade (nas linhas de negócio relevantes),
ii) as expectativas de condições mais desfavoráveis na transferência de riscos para resseguradores, e
iii) a exigência técnica associada à modelização de riscos, conceção de produtos e definição das tarifas sob o quadro de alterações climáticas, como sendo os aspetos mais relevantes no nexo entre as finanças sustentáveis e alterações climáticas, e as responsabilidades/riscos contratualizados.

Quanto às perspetivas atuais das entidades em termos de intenção de posicionamento estratégico, face à contratualização de riscos em função das alterações climáticas, a ASF revela que 50% das entidades respondentes afirmam que esta vertente não foi ainda avaliada (25%) ou não se aplica à sua realidade (25%). Por outro lado, as entidades que se manifestam como mais avançadas neste processo (31%), “assumem uma expectativa de impactos graduais e moderados, face aos quais procurarão adaptar a conceção de produtos e a tarifação de modo a promover a mitigação e a adaptação climática”.

Em conclusão, a supervisão prudencial verificou que “cerca de 77% das ES e SGFP se encontram num estágio embrionário/preliminar no processo de avaliação da sensibilidade das suas carteiras a riscos de transição e riscos físicos, incluindo a identificação de exposições climáticas, e de como estas se dividem entre verdes e poluentes”.

Ainda, nas conclusões deste primeiro questionário conduzido pela ASF, com data de referência no segundo semestre de 2021, a Autoridade também afirma, quanto à relação entre as carteiras de responsabilidades e as finanças sustentáveis, que “é notório que as entidades se encontram em estado embrionário quanto ao nexo entre as carteiras de responsabilidades/riscos assumidos e a temática em estudo”.

Na esfera ESG, após análise com recurso a ferramentas da plataforma Sustainalytics, da Morningstar, a ASF confirma que as carteiras de investimento apresentam risco ambiental, social e de governança de nível intermedio, pois “cerca de 88% da carteira está alocada a ativos financeiros de risco ESG intermédio, culminando na atribuição de um rating ESG de nível médio ao portefólio de investimentos de todas as empresas de seguros consideradas.”

No entanto, após análise das respostas ao questionário dedicado ao tema, o organismo também conclui que as ES e EGFP “se encontram num estágio embrionário, ou inicial, que configura a necessidade de tomar medidas de preparação e de alinhamento com o ritmo dos desenvolvimentos registados pelas finanças sustentáveis e alterações climáticas, e que impactarão as suas cadeias de valor e as suas operações.”

Para o conjunto de entidades abrangidas pelo estudo – para as quais a Supervisão europeia (EIOPA) detetou exposições, por via dos seus ativos, com dimensão climática -, nota informativa da ASF salienta a importância da adoção de uma atitude “com um maior grau de dinamismo em matéria de alterações climáticas e finanças sustentáveis, bem como de avaliação dos seus impactos no modelo de negócio, nas práticas de governação, nas políticas de investimentos e de subscrição, e finalmente, na preparação e interpretação de informação relevante para aferição da dimensão climática da empresa, no seu relacionamento com stakeholders, investidores, clientes, tomadores de seguros e beneficiários”.

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Desastres naturais custaram 120 mil milhões à indústria de seguros em 2021, diz Munich Re

  • ECO Seguros
  • 10 Janeiro 2022

Face à evidência científica de maior frequência de extremos climáticos é “urgente aumentar a proteção” e melhorar a preparação para mitigar os danos destes riscos, alerta um relatório da Munich Re.

As catástrofes naturais fizeram mais de 10 mil mortos em 2021, ano em que o prejuízo económico global causado pelos desastres de origem natural alcançou 280 mil milhões de dólares. Deste montante, segundo estimativa provisória da Munich Re, as perdas para a indústria seguradora ascenderam a 120 mil milhões de dólares (mais de 106 mil milhões de euros ao câmbio corrente).

Enquanto as perdas globais fizeram de 2021 o quarto ano mais caro de sempre (atrás de 2011 [355 mil milhões), 2005 e 2017, este último com perdas de 146 mil milhões, valor atualizado pela inflação), os danos cobertos pelos seguros superam cifras dos dois anos anteriores (82 mil milhões em 2020 e 57 mil milhões em 2019). Os números divulgados pela resseguradora alemã ultrapassam a estimativa avançada em dezembro passado pela concorrente Swiss Re.

O fosso global de cobertura (insurance gap ou protection gap na gíria do setor) estreitou-se levemente devido a maior proporção de perdas nos EUA, mas ronda ainda 57%, nota a companhia germânica. Imagens de catástrofes naturais ocorridas em 2021 “são perturbadoras”. A investigação científica sobre o Clima “confirma, cada vez mais, que os fenómenos climáticos extremos se tornaram mais frequentes,” afirma Torsten Jeworrek, membro do board da Munich Re.

Tornados ou furacões, tempestades tropicais (com origem no Atlântico) e um inverno extremamente gelado deram aos EUA a maior fatia de danos globais estimados: 145 mil milhões, dos quais 85 mil milhões de dólares correspondem a perdas seguradas.

A segunda região destacada no relatório é a Europa, onde as chuvas torrenciais de julho de 2021 causaram inundações catastróficas na Alemanha e em outros países da Europa central. Destes extremos climáticos resultaram perdas totais estimadas em 46 mil milhões de euros (54 mil milhões de dólares), dos quais 33 mil milhões de euros na Alemanha, significaram prejuízos de 11 mil milhões para o setor segurador, sendo 8,2 mil milhões de euros relativos à Alemanha, um recorde histórico, indica a resseguradora com base em números da associação alemã de seguradoras (GDV).

A “adaptação ao aumento dos riscos devido às alterações climáticas é um desafio,” segundo Ernst Rauch, cientista chefe de Clima e Geo na Munich Re, e responsável da Climate Solutions Unit.

Já a região da Ásia Pacífico, onde as perdas registadas assumiram dimensão mais modesta, o prejuízo económico global é estimado em 50 mil milhões de dólares, dos quais 9 mil milhões de dólares cobertos por seguros, o que representa um insurance gap de 83%. As perdas em toda a região representaram apenas 18% dos danos globais quantificados e 7% dos prejuízos cobertos por seguros. A catástrofe natural mais dispendiosa – as inundações na província de Henan na China central, fizeram transbordar as margens de inúmeros cursos de água, incluindo o Rio Vermelho -, provocaram danos em centenas de milhares de habitações. As perdas globais (na China) ascenderam a cerca de 16,5 mil milhões de dólares, com apenas cerca de 10% das perdas seguradas.

Globalmente, cerca de 57% dos danos resultantes de catástrofes naturais em 2021 não estavam segurados, deixando as pessoas afetadas a suportarem elas próprias as perdas financeiras, ou contar com auxílio. Esta lacuna de seguros diminuiu nas últimas décadas nos países industrializados, enquanto nos países mais pobres se mantém inalterada em mais de 90%, detalha o comunicado da resseguradora germânica.

Muitas destas catástrofes enquadram-se com os efeitos esperados das alterações climáticas, o que torna “urgente aumentar a proteção” (face o risco climático) e melhorar a preparação para mitigação dos danos. Ao mesmo tempo, em 2021, “erupções vulcânicas graves e terramotos mostraram também que não devemos ignorar estas categorias de catástrofes naturais,” nota Jeworreck.

Uma maior densidade de seguros (índice de prémios de seguro por população residente) “pode ajudar as pessoas e os países a lidarem melhor com as consequências financeiras de uma catástrofe e ajudá-los a regressar a uma vida normal”. Desenvolver conceitos em parceria com os governos (parcerias público-privadas) faz certamente sentido”, acrescenta Rauch.

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Já está disponível autoagendamento de dose de reforço para maiores de 45 anos

  • Lusa
  • 10 Janeiro 2022

O portal do autoagendamento está ainda aberto para pessoas com 60 ou mais anos que pretendam tomar a dose de reforço contra a covid-19 e vacina da gripe.

A marcação da toma da dose de reforço da vacina contra a covid-19 está disponível, desde esta segunda-feira, para pessoas com 45 ou mais anos no portal de autoagendamento da Direção-Geral da Saúde.

No domingo, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, anunciou que esta semana seriam abertas as marcações online para esta faixa etária.

Além de permitir a marcação dos maiores de 45 anos, o portal do autoagendamento está aberto para pessoas com 60 ou mais anos que pretendam tomar a dose de reforço contra a covid-19 e vacina da gripe e para pessoas com 30 anos que receberam a vacina Janssen há mais de 90 dias.

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48% crianças entre os cinco e os 11 anos iniciaram a vacinação contra a Covid

  • Lusa
  • 10 Janeiro 2022

Até domingo, 300.481 crianças entre os cinco e os 11 anos estavam vacinadas com uma dose da vacina contra a Covid-19.

Mais de 300 mil crianças dos cinco aos 11 anos iniciaram a vacinação contra a covid-19, correspondendo a cerca de metade do universo elegível, divulgou esta segunda-feira a Direção-Geral da Saúde (DGS).

De acordo com o relatório diário da DGS sobre a vacinação da covid-19 feita em Portugal continental, 300.481 crianças entre os cinco e os 11 anos estavam vacinadas com uma dose até domingo, dia em que terminou o segundo período de vacinação para os menores destas faixas etárias e que decorreu durante quatro dias.

Segundo a contabilidade divulgada, 45.151 crianças dos cinco aos 11 anos iniciaram no domingo a vacinação contra a covid-19. A vacinação das crianças nestas idades aconteceu em dois períodos, no fim de semana de 18 e 19 de dezembro e entre 6 e 9 de janeiro.

Perante os dados divulgados, e face ao número de crianças dos cinco aos 11 anos para as quais é recomendada a vacinação contra a covid-19, que a DGS quantifica em cerca de 626 mil, estão imunizadas com uma primeira dose 48% dos menores desta faixa etária.

À data, segundo a DGS, cerca de 45 mil crianças deixaram de estar elegíveis para a vacinação, pois “contraíram a doença” nos últimos três meses.

A DGS esclarece, numa nota de imprensa, que as crianças que ainda não foram imunizadas “vão ter oportunidade de agendar a vacinação para os próximos períodos dedicados à vacinação pediátrica, a partir de 5 de fevereiro”.

De 5 de fevereiro a 13 de março serão administradas igualmente as segundas doses pediátricas, que completam o esquema vacinal.

A DGS recomenda a vacinação contra a covid-19 das crianças entre os cinco e os 11 anos, assinalando que “o número de novos casos” em menores destas idades “tem vindo a aumentar”, numa altura em que circula a variante dominante Ómicron, mais transmissível, do coronavírus que causa a covid-19.

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