Crédito à habitação cresceu ao ritmo mais rápido da década em 2021

A banca fechou 2021 com um stock de quase 100 mil milhões de euros em empréstimos a particulares para a compra de casa. Crescimento de 4,4% face a 2020 não se via desde 2010.

O stock total de crédito concedido pelos bancos para a compra de casa atingia, no final de 2021, 96,9 mil milhões de euros. O montante representa um crescimento do crédito à habitação aos particulares de 4,4% face a 2020, um ritmo que não era visto em Portugal desde 2010, e que foi aumentando “durante todo o ano”, segundo o Banco de Portugal (BdP).

As estatísticas divulgadas esta sexta-feira mostram ainda que os portugueses fecharam o ano com 172,9 mil milhões de euros no banco, mais 6,6% do que em 2020. Quase metade deste dinheiro, 48%, estava depositado em contas à ordem, ou seja, sem gerar retorno, mais 13,5% do que em 2020, o ano da chegada da pandemia.

Pelo contrário, o crédito ao consumo abrandou no ano passado, com a taxa de crescimento a continuar “aquém dos anos anteriores à pandemia”. “Em 2021, o montante total concedido para esta finalidade cresceu 2,4% relativamente a 2020, para 19,2 mil milhões de euros”, ressalvou o supervisor bancário.

Crédito à habitação: taxa de variação anual em cada mês

Fonte: Banco de Portugal

Dos particulares para as empresas, no final do ano passado, o montante total de empréstimos bancários ao tecido empresarial era superior em 4,2% ao do final de 2020, atingindo 75,7 mil milhões de euros.

“Este crescimento foi positivo ao longo de todo o ano, mas começou a desacelerar a partir de maio, sobretudo nas micro e pequenas empresas, cujos empréstimos cresceram, em 2021, 7,8% e 4,2%, respetivamente”, salientou o BdP. O regulador explicou que, no ano anterior, por causa das linhas de crédito de apoio face ao choque económico da pandemia, os empréstimos às empresas destas dimensões tinham crescido, respetivamente, 13,9% e 13,3%.

Além disso, as empresas tinham um total de 61,8 mil milhões de euros depositados no banco no final de 2021, mais 17% do que em 2020. “É necessário recuar até finais de 2010 para encontrar taxas de crescimento semelhantes às que se verificaram nos dois anos da pandemia”, notou a instituição governada por Mário Centeno.

Houve melhorias nos incumprimentos

O BdP divulgou também que, em dezembro, 1,4% do crédito a particulares estava em incumprimento, o que representa “um novo mínimo”, com a redução dos incumprimentos nos empréstimos ao consumo e outros fins.

Quanto às empresas, 2,3% do total de crédito concedido pela banca ao tecido empresarial estava em incumprimento em dezembro, o que representa uma melhoria face a dezembro de 2020, em que o rácio era de 3,3%. “Este foi o valor mais baixo registado desde 2008, prolongando a tendência de decréscimo observada desde finais de 2016”, escreveu o supervisor.

A redução dos incumprimentos foi mais expressiva em alguns setores económicos. Na construção, passou de 10,3% em dezembro de 2020 para 7,5% em dezembro de 2021. No setor das atividades imobiliárias, passou de 4,8% para 2,4%.

(Notícia atualizada às 12h22 com gráfico interativo)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Casa do Impacto integra rede de incubadoras certificadas no âmbito do StartUP VISA

A incubadora vai acolher estrangeiros empreendedores que pretendam desenvolver um projeto de empreendedorismo e inovação em Portugal.

A Casa do Impacto passou a integrar a rede de incubadoras certificadas no âmbito do programa StartUP VISA, com vista ao acolhimento de estrangeiros empreendedores que pretendam desenvolver um projeto de empreendedorismo e inovação em Portugal.

“Estamos preparados para o acolhimento de estrangeiros empreendedores que pretendam desenvolver um projeto de empreendedorismo e inovação em Portugal. Sempre de portas abertas”, escreveu a incubadora na sua página de Facebook.

A internacionalização de startups nacionais e a atração de empresas estrangeiras é fundamental neste processo de promoção do empreendedorismo e entidades como a Casa do Impacto são “essenciais no acolhimento, enquadramento e apoio a imigrantes empreendedores e seus projetos empresariais, desde logo em fase de criação, instalação e arranque do seu desenvolvimento”, destaca a Casa do Impacto numa publicação no seu blogue.

Inês Sequeira é diretora da Casa de Impacto, projeto de empreendedorismo e inovação da Santa Casa.Facebook Casa do Impacto

Recentemente, a Casa do Impacto anunciou que iria mudar de instalações, deixando o Convento de São Pedro de Alcântara para estabelecer-se no Lisboa Social Mitra, centro de inovação social localizado em Marvila. Na nova morada, a incubadora é capaz de albergar três vezes mais negócios de impacto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Efacec junta-se a Girl Move para apoiar jovens moçambicanas

Depois de ter recebido Chelsea Marlen, a empresa continuará a apoiar outras jovens moçambicanas a desenharem um futuro melhor.

A Efacec associou-se à Girl Move para promover a igualdade de género e gerar transformação sustentável. A empresa recebeu Chelsea Marlen, uma jovem moçambicana que contou com mentoria da organização. O objetivo é continuar a promover a igualdade de género e a gerar transformação sustentável.

“Para a Efacec é um orgulho ser parte deste projeto e apoiar a construção da carreira desta jovem líder. Esperamos, em 2022, integrar, de novo, este projeto, como uma iniciativa importante para a Efacec, na construção de uma perspetiva cada vez mais alargada do talento e da diversidade, bem como de provar um mundo maior, mais diverso e, por isso, mais rico em oportunidades e desafios”, refere Anabela Magalhães, diretora da gestão de pessoas, em comunicado.

Através deste projeto de mentoria, Chelsea Marlen, de 24 anos, conheceu as várias áreas da gestão de pessoas, conhecendo os processos, procedimentos e desafios, e participou em sessões de “inspiração” com profissionais da Efacec, trocando com experiências e histórias.

Embora muitas vezes me tivessem chamado louca, sempre soube que havia algo para transformar e gerar esperança.

Chelsea Marlen

“Sou mulher para liderar e transformar. Quando era pequena, ficava admirada ao ouvir falar de Josina Machel, que lutou contra o colonialismo e pelos direitos das mulheres. Eu sabia que queria deixar uma marca no mundo, tal e qual ela deixou. Embora muitas vezes me tivessem chamado louca, sempre soube que havia algo para transformar e gerar esperança”, admite Chelsea Marlen.

Comprometida com o empoderamento feminino, a Efacec garante que continuará a integrar o projeto Girl Move e a apoiar as jovens moçambicanas a desenharem um futuro melhor.

Este projeto constitui mais uma aproximação da Efacec às comunidades moçambicanas, país onde está presente há mais de 20 anos e onde se encontra a executar o contrato de engenharia, aquisição e construção para a operação e manutenção da maior central de energia solar, que está a ser instalada em Moçambique.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Salário mínimo português é quase três vezes mais baixo que o do Luxemburgo

Portugal está entre os 13 países da União Europeia que praticam salários mínimos nacionais abaixo dos mil euros. Face ao fixado no Luxemburgo, há uma diferença de mais de 1.400 euros.

O salário mínimo nacional voltou a subir, mas Portugal continua a meio da tabela a nível europeu. Segundo a nota divulgada esta sexta-feira pelo Eurostat, é no Luxemburgo que se encontra o salário mínimo mais elevado do bloco comunitário, sendo esse valor superior em quase três vezes ao que o praticado por cá.

Dos 27 Estados-membros da União Europeia, 21 têm fixados salários mínimos nacionais, que se podem dividir em três grupos.

Por um lado, há 13 países (localizados no este e sul do Velho Continente) cujos salários mínimos brutos (a 12 meses) estão abaixo dos mil euros: Bulgária (332 euros), Letónia (500 euros), Roménia (515 euros), Hungria (542 euros), Croácia (642 euros), Eslováquia (646 euros), República Checa (652 euros), Estónia (654 euros), Polónia (665 euros), Lituânia (730 euros), Grécia (774 euros), Malta (792 euros) e Portugal (823 euros).

Por outro, há dois Estados-membros cujos salários mínimos brutos (a 12 meses) estão situados pouco acima de mil euros mensais: Eslovénia (1.074 euros) e Espanha (1.126 euros).

Além destes, há depois seis países da União Europeia cujos salários mínimos estão fixados acima dos 1.500 euros brutos mensais (as 12 meses): França (1.603 euros), Alemanha (1.621 euros), Bélgica (1.658 euros), Holanda (1.725 euros), Irlanda (1.775 euros) e Luxemburgo (2.257 euros). Em comparação, o salário mínimo federal estabelecido nos Estados Unidos é de 1.110 euros.

Contas feitas, o Eurostat indica que o salário mínimo mais baixo da UE (o da Bulgária) é quase sete vezes inferior ao elevado (o do Luxemburgo). Os cálculos do ECO indicam que, em relação a este último valor, o salário mínimo português é quase três vezes mais baixo.

“Contudo, as disparidades são consideravelmente menores se tomarmos em conta os níveis de preços. Em paridade de poder de compra (PPC), os salários mínimos dos Estados-membros com preços inferiores tornam-se relativamente maiores em comparação com os Estados-membros com preços mais elevados”, sublinha o gabinete de estatísticas europeu esta sexta-feira.

Assim, se forem eliminadas as diferenças dos preços, os salários mínimos do bloco comunitário variam entre 604 euros (em PPC) por mês na Bulgária e 1.707 euros (em PPC) no Luxemburgo, ou seja, o primeiro valor é “apenas” três vezes mais baixo que o segundo.

O Eurostat distingue, além disso, dois grupos de países: O primeiro é composto por países cujos salários mínimos são superiores a mil PPC (Luxemburgo, Alemanha, Holanda, Bélgica, França, Irlanda, Eslovénia, Espanha, Polónia e Lituânia) e o segundo é constituído por países cujos salário mínimos são inferiores a esse valor (Roménia, Portugal, Malta, Croácia, Grécia, Hungria, República Checa, Estónia, Eslováquia, Letónia e Bulgária). De notar que todos os candidatos e potenciais candidatos à UE (Albânia, Montenegro, Turquia, Sérvia) encaixam também neste segundo grupo.

Isto significa que Portugal está entre os países com salários mínimos nacionais mais baixos tanto em valores absolutos, como em paridade de poder de compra.

Há seis países europeus que não têm fixado um salário mínimo nacional, remetendo a definição desse valor para a negociação coletiva. São eles a Dinamarca, Itália, Chipre, Áustria, Finlândia e a Suécia.

Por cá, o salário mínimo nacional tem sido atualizado todos os anos, desde 2015. Assim, passou de 485 euros em 2014 para 705 euros em 2022.

O PS já prometeu que, caso saia vitorioso das eleições deste domingo, dia 30 de janeiro, quer puxá-lo para, pelo menos, 900 euros (a 14 meses, o equivalente a 1.050 euros a 12 meses) até 2026. À esquerda, exige-se mais: o PCP quer que já este ano suba para 800 euros e o BE um ritmo anual de aumento de, pelo menos, 10%.

o PSD não se compromete com qualquer subida do SMN e atira a questão para a Concertação Social. Rui Rio tem deixado claro que defende que primeiro é preciso criar riqueza e pôr o país a crescer; Só depois é que é possível distribuí-la, tem dido o líder do partido laranja.

(Notícia atualizada às 11h35)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sentimento económico e expectativas de emprego recuam em janeiro na UE

  • Lusa
  • 28 Janeiro 2022

O sentimento económico recuou pelo terceiro mês consecutivo, fixando-se em 111,6 pontos na UE e em 112,7 pontos na Zona Euro.

Os indicadores do sentimento económico e das expectativas de emprego voltaram a recuar em janeiro na Zona Euro e na União Europeia (UE), segundo dados divulgados esta sexta-feira pela Comissão Europeia.

De acordo com os dados da Direção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros da Comissão Europeia, o sentimento económico recuou de dezembro para janeiro – e pelo terceiro mês consecutivo – 1,4 pontos, para os 111,6, na UE e 1,1 pontos, para os 112,7, na Zona Euro.

Também o indicador das expectativas de emprego diminuiu, pelo segundo mês, mas de forma mais ligeira: 0,5 pontos para 113,1 na UE e 0,2 pontos para 113,3 na zona euro.

O recuo no sentimento económico na UE deveu-se a um declínio da confiança nos serviços, construção e, em menor medida, indústria e confiança dos consumidores, tendo aumentado no setor do comércio a retalho.

Entre as maiores economias da UE, o sentimento económico subiu na Alemanha (0,8) e Espanha (0,6) enquanto piorou em Itália (-6,1), na Polónia (-4,2), em França (-2,8) e nos Países Baixos (-1,3).

O ligeiro declínio das expectativas de emprego na média dos 27 Estados-membros (0,5 pontos) deveu-se à deterioração dos planos de emprego nos setores dos serviços e construção.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Economia alemã cresce 2,8% em 2021

  • Lusa
  • 28 Janeiro 2022

A economia alemã cresceu 2,8% em 2021, sendo que a queda no quarto trimestre (0,7%) se deve ao impacto das medidas de combate à Covid-1, avança a agência federal de estatística Destatis.

A economia alemã cresceu 2,8% em 2021, mais uma décima do que estimado e apesar de uma queda de 0,7% no quarto trimestre, de acordo com os números divulgados esta sexta-feira pela agência federal de estatística alemã (Destatis).

A queda nos últimos três meses, após um aumento de 1,7% no terceiro trimestre, é atribuída ao impacto das medidas adotadas para travar a pandemia.

Acima de tudo, segundo a Destatis, a queda do consumo abrandou a atividade económica nos últimos três meses do ano, após uma clara recuperação no segundo trimestre, quando a economia alemã cresceu 2,2%, após uma queda de 1,7% no primeiro trimestre.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cerca de 40% dos doentes estavam internados na última semana por outros motivos

  • Lusa
  • 28 Janeiro 2022

40% dos doentes internados nos hospitais na última semana que estavam em alas Covid, por terem testado positivo ao SARS-CoV-2, estavam internados por outros motivos, revela o Ministério da Saúde.

Cerca de 40% dos doentes internados nos hospitais na última semana em camas Covid-19 deram positivo para o SARS-CoV-2, mas ficaram no hospital por outros motivos, segundo os dados recolhidos pelo Ministério da Saúde.

Um levantamento feito na última semana pelo Ministério da Saúde, em articulação com a Direção-Geral da Saúde (DGS) e as administrações regionais de saúde, indica que entre 55% e 60% dos casos reportados pelos hospitais “dizem respeito a doentes cuja admissão a internamento ocorreu devido à Covid-19”.

Numa resposta conjunta enviada à Lusa, a tutela e a DGS explicam que este levantamento foi feito junto dos hospitais para perceber a dimensão da coexistência de doentes internados por Covid-19 e de doentes internados por outras causas, mas positivos para o SARS-CoV-2.

“Considerada a situação epidemiológica atual de circulação prevalente da variante Ómicron, em que muitos utentes apresentam quadros assintomáticos ou de doença ligeira, admite-se que exista ocupação de camas Covid-19 por doentes com outras patologias e cujos internamentos possam ter sido motivados por essas outras circunstâncias, mas que se encontram em camas/alas dedicadas a doentes positivos para SARS-CoV-2″, referem.

O boletim diário referente à situação da pandemia no país, acrescentam, diz respeito aos doentes infetados a ocupar camas Covid-19 e a causa do internamento só é apurada aquando da alta do doente: “Os internamentos reportados no relatório de situação diário correspondem aos dados remetidos pelos hospitais relativos ao total de camas ocupadas no final do dia anterior por doentes internados que testam positivo ao SARS-CoV-2, independentemente de a Covid-19 ser diagnóstico principal ou secundário.”

O diagnóstico principal do episódio de internamento é apenas dado no fim do internamento através da alta hospitalar pelo médico, sendo a análise mais exaustiva sobre estes dados realizada posteriormente, após a alta hospitalar e codificação da mesma no sistema”, explicam.

Na resposta, indicam que a realidade nos hospitais entre janeiro de 2021 e novembro de 2021 era diferente, adiantando que, nessa altura, entre 75% e 85% dos internamentos Covid-19 tiveram como diagnóstico principal a Covid-19. “Para os casos internados em novembro e dezembro de 2021, as proporções são semelhantes até ao momento”, acrescentam.

O Ministério da Saúde e a DGS explicam que “estes últimos dados não são ainda definitivos, uma vez que nem todos os casos internados terão tido alta hospitalar ou esta alta pode ainda não ter sido codificada”.

“Os dados relativos a janeiro deverão ser confirmados em março, com uma metodologia robusta, após a alta hospitalar e a sua codificação”, sublinham.

Os dados do boletim de situação diário de quinta-feira indicam que estavam internados nos hospitais 2.249 doentes, dos quais 147 em unidades de cuidados intensivos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Modelo de governo para a cibersegurança

  • ECO + EY
  • 28 Janeiro 2022

Rodrigo de Perez Monteiro, Technology Consulting Cybersecurity Manager na EY, explica como é que as organizações podem montar um governo de cibersegurança robusto e eficaz.

As empresas que estão hoje a implementar ou a robustecer os seus programas de cibersegurança, só o vão conseguir fazer com sucesso se tiverem um modelo de governo bem definido e uma gestão do risco eficaz.

Como definido no primeiro princípio do modelo das três linhas proposto pelo IIA (The Institute of Internal Auditors), atualizado recentemente, o governo de uma organização necessita das estruturas e processos apropriados que permitam:

  • Definir os responsáveis últimos para a supervisão através da integridade, liderança e transparência;
  • Definir as ações de gestão para atingir os objetivos da empresa através de tomadas de decisão com base no risco;
  • Garantir a independência das funções de auditoria interna de forma a dar confiança e facilitar a melhoria contínua dos processos.

A Responsabilidade Social Corporativa (RSC) veio contribuir para que a adoção de modelos de governo seja cada vez mais uma realidade nas empresas, através do critério de Governo Corporativo (ao qual se juntam também os critérios Ambiental e de Sustentabilidade – ASG).

Rodrigo Perez Monteiro, Technology Consulting Cybersecurity Manager na EY

Numa altura em que os ciberataques têm cada vez mais impacto na sociedade, é imperativo que as organizações sejam dotadas das estruturas e processos identificados para a criação de um modelo de governo robusto que permita uma gestão clara e eficaz dos processos de cibersegurança da empresa. Infelizmente, é ainda comum encontrar, principalmente nas PME, responsáveis que não têm ou não percecionaram ainda o valor acrescentado que um modelo de governo pode trazer às suas empresas.

"O governo eficaz da cibersegurança permite que as organizações maximizem os benefícios de operar numa economia digital, apoiando a sustentabilidade do negócio.”

Rodrigo de Perez Monteiro

Technology Consulting Cybersecurity Manager na EY

A fim de implementar um modelo de governo holístico para a cibersegurança, as organizações devem conciliar a dimensão dos esforços com a sua capacidade interna, podendo recorrer a parceiros que os apoiem. Para o efeito, sugere-se a adoção de uma abordagem faseada, que passa por:

  1. Criar uma cultura de cibersegurança, assente numa estratégia e visão a longo prazo, com definição e comunicação clara de papéis e responsabilidades, que capacite todos os elementos da organização para a proteção da confidencialidade, integridade e disponibilidade dos seus ativos de informação. De sublinhar que o Chief Information Security Officer (CISO) deve desempenhar um papel chave no governo da cibersegurança da organização. Não obstante, deve ser considerada a criação de um comité de cibersegurança, que acompanhe as iniciativas em curso, garanta a adequada alocação de recursos financeiros, humanos e tecnológicos, e consiga o buy-in de todas as partes, poderá ser um contributo determinante para a execução da estratégia. A formalização destes elementos deverá ser feita através duma framework documental de políticas e procedimentos, alinhada com as boas práticas de segurança de informação de referenciais normativos, como a ISO/IEC 27001:2013.
  2. Alinhar a gestão do risco de cibersegurança com os modelos de gestão de risco corporativo presentes na organização. A adoção de uma framework formal de gestão de risco potenciará a produção de resultados consistentes e repetíveis. Ao usar um padrão estabelecido como a ISO 27005:2018 ou NIST SP 800-30r1, a organização pode avaliar ameaças, vulnerabilidades e impactos dos riscos de segurança no contexto do seu negócio, bem como estabelecer métodos adequados para mitigar os riscos. A gestão adequada do risco apoia a tomada de decisão, maximizando o benefício do investimento em cibersegurança.
  3. Estabelecer um programa de cibersegurança, que traduza a estratégia em ação, impulsionando iniciativas e melhoria contínua da ciber-resiliência. As iniciativas do programa devem incluir itens como formação/sensibilização, desenvolvimento de políticas/procedimentos, implementação de novos sistemas/ferramentas de segurança ou a gestão do ciclo de vida das tecnologias implementadas.
  4. Medir e reportar a capacidade de ciber-resiliência da organização, que resulta da execução do programa de cibersegurança. Os relatórios a produzir devem proporcionar às partes interessadas uma garantia de que a organização é ciber-resiliente, documentar o retorno do investimento (ROI) em iniciativas de cibersegurança e promover a melhoria contínua. Para o efeito, a organização deverá definir SMART1 KPIs (quantitativos ou qualitativos) que forneçam insights sobre tendências, riscos e comportamentos, bem como destacar necessidades de mudanças na estratégia, gestão do risco, ou política de investimento.

O governo eficaz da cibersegurança permite que as organizações maximizem os benefícios de operar numa economia digital, apoiando a sustentabilidade do negócio. Sem um governo correto da cibersegurança, as organizações terão cada vez mais dificuldade em assegurar a continuidade das suas operações ou manter a confiança dos stakeholders externos (clientes e parceiros), com os impactos financeiros, reputacionais, e outros daí decorrentes, pelo que esta deve ser encarada como uma prioridade, pela gestão.

1 SMART model: Specific, Measurable, Achievable, Relevant, and Time-bound (Específico, Mensurável, Alcançável, Relevante e Limitado no Tempo).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Farfetch avança para a compra de retalhista de beleza Violet Grey

Compra antecede arranque de segmento de beleza no marketplace da Farfetch dando-lhe capacidade de desenvolver negócio no mercado global de beleza de luxo, que ronda os 69 mil milhões de dólares.

A Farfetch está em processo de compra da retalhista de luxo de produtos de beleza Violet Grey. A operação, por um valor não revelado, antecede o lançamento do segmento de beleza no marketplace da plataforma previsto este ano. Em cerca de dois meses é a segunda compra da unicórnio cofundada por José Neves depois da aquisição da plataforma de revenda de moda de Luxclusif.

“A aquisição da Violet Grey representa um passo importante no lançamento de beleza na Farfetch este ano e é uma parte da nossa estratégia global para esta categoria. Irá permitir oferecer aos nossos clientes uma seleção cuidada e personalizada dos produtos mais procurados do setor no marketplace da Farfetch, juntando-se a um mundo de marcas de beleza únicas, desde líderes de mercado até a marcas mais pequenas, mas já com uma grande comunidade de seguidores”, justifica Stephanie Phair, chief customer officer da Farfetch, citada em comunicado.

“Com o nosso marketplace, estamos posicionados de uma forma única para oferecer pontos de vista diferentes e vozes relevantes desta importante categoria, para que os clientes possam encontrar os produtos e as experiências que procuram. A adição da Violet Grey e da Cassandra Grey na equipa são fundamentais para essa estratégia. A Cassandra construiu um verdadeiro império na indústria da beleza e tem uma incrível capacidade de entendimento e intuição sobre o caminho que a beleza deve tomar no futuro e sobre o que os consumidores procuram”, reforça a responsável da plataforma.

A aquisição da Violet Grey antecede o lançamento do segmento de beleza, dirigindo-se à sua “extensa audiência de luxo Millenial e Geração Z”, e dá à Farfetch a capacidade de desenvolver negócio no mercado global de beleza de luxo, estimado em cerca de 69 mil milhões de dólares, a segunda maior categoria dentro do mercado pessoal global de luxo, depois de artigos de couro e à frente de vestuário, segundo o estudo “Bain Altagamma Luxury Study 20th Edition”, conhecido em novembro de 2021.

A operação irá alargar ainda “o alcance da curadoria de beleza da Violet Grey para todo o universo de consumidores” da plataforma. “A Violet Grey irá também aproveitar toda a experiência e know-how em tecnologia, logística e operações da Farfetch Platform Solutions para continuar a impulsionar o seu negócio de forma independente em VioletGrey.com e na sua loja em Los Angeles”, destaca a Farfetch.

Após a compra, a fundadora da Violet Grey, Cassandra Grey, passará a ser global advisor da categoria de beleza no marketplace da Farfetch e cofundadora da NGG Beauty, ficando ainda “responsável por incubar e acelerar o crescimento de novas marcas.”

Cassandra Grey mantém-se ainda como presidente da Violet Grey, passando Niten Kapadia, até aqui VP de operações da Farfetch, a diretor-geral da Violet Grey.

“A conclusão do negócio está sujeita às condições habituais, incluindo o consentimento da base de acionistas existente da Violet Grey.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Clima económico diminui, mas confiança dos consumidores cresce

No primeiro mês de 2022, o clima económico diminuiu, mas a confiança dos consumidores cresceu, indica o INE.

O clima económico diminuiu no primeiro mês de 2022, de acordo com a nota publicada esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O gabinete de estatísticas salienta que este indicador tem tido um “comportamento irregular” desde julho. Já a confiança dos consumidores cresceu em janeiro, após ter estabilizado em dezembro e caído significativamente em novembro.

“O indicador de confiança dos consumidores aumentou em janeiro, após ter estabilizado em dezembro e diminuído nos dois meses precedentes”, indica o INE, sublinhando que a evolução registada em janeiro resultou do “contributo positivo das expectativas relativas à evolução futura da realização de compras importantes, da situação económica do país e da situação financeira do agregado familiar“. Já as opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar pesaram sobre este indicador.

Em maior detalhe, tanto o saldo das expectativas relativas à evolução futura da situação económica do país como o saldo das perspetivas relativas à evolução futura da situação financeira do agregado familiar aumentaram em janeiro. Já o saldo das opiniões sobre a evolução passada dos preços atingiu o valor máximo desde agosto de 2008 enquanto o saldo das perspetivas relativas à evolução futura dos preços diminuiu em dezembro e janeiro.

Por outro lado, o INE destaca que as expectativas dos empresários da construção e obras públicas sobre a evolução futura dos preços de venda voltaram a registar o valor máximo da série, “reforçando o acentuado movimento ascendente observado desde maio”.

Também no comércio, o saldo das perspetivas de evolução futura dos preços de venda aumentou em janeiro, atingindo o valor máximo da série iniciada em maio de 2003.

E, do mesmo modo, nos serviços, o saldo das expectativas de evolução dos preços cresceu no primeiro mês do ano, “contrariando a redução observada no mês precedente e retomando um nível próximo do máximo da série registado em novembro de 2005“, frisa o gabinete de estatísticas.

Já a indústria transformadora foi o único setor de atividade em que as expectativas de preços de venda diminuíram em janeiro. Isto depois de ter atingido em dezembro o valor máximo desde outubro de 1990. “Em janeiro, a evolução do indicador deveu-se ao contributo negativo das opiniões sobre a evolução da procura global e das expectativas de produção, mais intenso no segundo caso, tendo as apreciações relativas aos stocks de produtos acabados contribuído positivamente”, explica o INE.

(Notícia atualizada às 10h25)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Economia francesa cresceu 7% em 2021, o maior crescimento em 52 anos

A economia francesa cresceu 7% em 2021, face ao período homólogo, segundo os dados divulgados esta sexta-feira pelo INSEE. Trata-se do maior crescimento económico em 52 anos.

A economia francesa cresceu 7% em 2021, face a igual período de 2020 segundo os dados divulgados esta sexta-feira pelo INSEE (o equivalente ao INE, em Portugal). Trata-se do maior crescimento económico desde 1969, ou seja, em 52 anos, segundo a Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Entre setembro e dezembro de 2021, o Produto Interno Bruto (PIB) de França cresceu 0,7%, depois um terceiro trimestre particularmente forte, período em que a economia francesa tinha crescido 3,1%, de acordo com os dados preliminares do gabinete de estatísticas. Este balanço fica acima das previsões dos analistas, que apontavam para um crescimento de 0,5% no quarto trimestre de 2021, segundo a Reuters.

Aquela que é considerada a segunda maior economia da Zona Euro aparenta, deste modo, fortes sinais de recuperação, tendo fechado o ano a registar o maior crescimento desde 1969, isto é, em 52 anos, e após ter encolhido 8% em 2020. “Esta recuperação espetacular apaga a crise económica”, saudou de imediato o ministro da Economia, Bruno Le Maire, em declarações à France 2.

No entanto, o responsável salienta que “ainda há alguns setores que ainda estão com problemas, como turismo e hotelaria, mas a maioria está a recuperar muito fortemente e isso está a criar emprego”, concluiu.

Apesar de estes dados superarem as expectativas dos analistas, o PIB francês ainda se mantém 1,6% abaixo do valor médio atingido em 2019, antes da pandemia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Economia espanhola cresce 5% em 2021, a maior taxa dos últimos 21 anos

  • Lusa
  • 28 Janeiro 2022

O INE espanhol deu nota de que a economia espanhola cresceu 5% em 2021, depois de ter caído quase 11% no primeiro ano da crise pandémica.

A economia espanhola teve um crescimento de 5% em 2021, a taxa mais elevada dos últimos 21 anos, que contrasta com a queda de 10,8% registada em 2020 em consequência da pandemia de Covid-19.

Segundo os dados provisórios de contabilidade nacional publicados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) espanhol, o PIB (Produto Interno Bruto) a preços correntes ao longo de 2021 foi de 1.202.994 milhões de euros, 7,2 % acima do valor de 2020.

O consumo interno contribuiu com 4,6 pontos percentuais para o crescimento do ano passado, que contrasta com as quatro décimas que a procura externa representou. O PIB espanhol registou uma variação de 2,0% no quarto trimestre de 2021 em relação ao trimestre anterior em termos de volume.

O ano de 2021 ficou marcado por alguma instabilidade, no que diz respeito à pandemia, por força do aparecimento de novas variantes do coronavírus. Segundo escreve o CincoDías (conteúdo em espanhol), tal cenário levou à revisão, por diversas vezes, das projeções macroeconómicas.

Aliás, destaca esse jornal, o impacto da Ómicron pode mesmo ser identificado na evolução trimestral das atividades económicas: No terceiro trimestre, o comércio e o turismo espanhóis tinha crescido 11,8%, mas nos últimos três meses do ano a subida foi de “apenas” 4,5%. Já a indústria manteve um crescimento em torno de 2%, em ambos os trimestres.

Quanto ao emprego, foram criados, em 2021, em Espanha, 1,12 milhões de empregos a tempo completo. E as horas trabalhadas subiram quase 3% face a 2020, ano marcado por vários períodos de confinamento.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.