Preço da eletricidade no Mibel atinge 360 euros/MWh, o sexto recorde em sete dias

Os preços da luz não param de subir. O custo do MWh no Mibel vai atingir 360 euros, o sexto recorde em sete dias. Último máximo tinha sido de 339 euros por MWh na segunda-feira.

O preço médio da eletricidade no mercado grossista ibérico vai atingir esta quarta-feira, 22 de dezembro, um valor nunca antes antes visto, já bem acima da fasquia dos 350 euros: 360,02 euros por megawatt-hora (MWh) em Portugal e Espanha.

De acordo com o operador da plataforma de contratação diária do mercado ibérico de eletricidade (OMIE), os preços na quarta-feira vão oscilar entre um máximo histórico de 380 euros por MWh e um mínimo de 331,40 euros por MWh, um desempenho explicado pelo contínuo aumento dos preços do gás, mas também das licenças para a emissão de dióxido de carbono.

Trata-se assim do sexto recorde registado no Mibel nos últimos sete dias. O valor mais elevado registado até agora tinha sido de 339 euros por MWh na segunda-feira.

  • 16 de dezembro – 302,48 euros por MWh
  • 17 de dezembro – 309,20 euros por MWh
  • 19 de dezembro – 319,63 euros por MWh
  • 20 de dezembro – 339 euros por MWh
  • 21 de dezembro – 327,38 euros por MWh.

Com o preço do gás natural de referência na Europa sete vezes mais caro do que no início do ano, devido à escassez de oferta, os analistas esperam preços ainda mais elevados nos meses de inverno.

Esta terça-feira os preços de referência do gás na Europa (futuros), negociados nos Países Baixos, aumentaram quase 10% para um recorde de 162 euros/MWh, que foi acompanhado pelo respetivo índice britânico, reporta a Reuters. Isto depois dos fornecimentos da Rússia para a Alemanha não terem chegado ao seu destino.

Por isso mesmo, a Península Ibérica não é caso único. Os preços diários da energia na Europa também têm vindo a subir de forma generalizada, mostra o site Energy Live, tendo em conta o registo de temperaturas mais frias e a suspensão de mais centrais nucleares em França.

“Uma combinação de clima mais frio, vento fraco e interrupções nucleares, combinada com preços muito caros do gás natural, fez com que os preços diários da energia na Espanha saltassem para um recorde, enquanto o equivalente francês subia para seu nível mais alto desde 2009. Com o preço do gás natural de referência na Europa sete vezes mais caro do que no início do ano, devido à falta de oferta por parte da Rússia, os analistas esperam preços ainda mais elevados nos meses mais frios do inverno”, escreveu já a Bloomberg.

 

Com a geração eólica de novo a abrandar, os países veem-se forçados a recorrer à queima de gás natural e carvão para gerar energia. Já a energia nuclear não tem sido grande opção.

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Carris altera serviço até 7 de janeiro e Metro fecha mais cedo na noite de Natal

  • Lusa
  • 21 Dezembro 2021

A Carris altera o serviço entre os dias 24 de dezembro e 7 de janeiro e o Metropolitano de Lisboa fecha mais cedo na noite de Natal face à redução da procura.

A Carris vai fazer alterações de serviço entre os dias 24 de dezembro e 7 de janeiro e o Metropolitano de Lisboa vai fechar mais cedo na noite de Natal face à redução da procura, informaram esta terça-feira as empresas.

Em comunicado, o Metropolitano de Lisboa adianta que encerrará o serviço às 22:00 de dia 24 de dezembro e recomeçará a circulação às 08:00 de dia 25 de dezembro.

“A exemplo de anos anteriores, face à acentuada redução da procura habitualmente verificada na noite de Natal e no dia de Natal, o Metropolitano de Lisboa encerrará o serviço de exploração às 22h00 de dia 24 de dezembro e recomeçará a exploração às 08h00 de dia 25 de dezembro”, indica a empresa.

Também a Carris adianta, em comunicado, que vai fazer alterações de serviço entre os dias 24 de dezembro e 7 de janeiro para adequar a oferta à redução esperada da procurada durante o período de Natal e Ano Novo.

Nesse sentido, no dia 24, próxima sexta-feira, entram em vigor os horários de agosto, que incluem a suspensão das carreiras 722 e 756.

A empresa elenca que as carreiras 705, 712, 713, 734, 748, 753, 774, 781, 783, 799 e 25E vão funcionar com horário especial de dia útil.

As carreiras 703, 717, 720, 723, 724, 729, 731, 738 e 773 funcionam com horário especial ajustado de sábado e a 725 circula no percurso de dia útil.

A Carris adianta também que das 20h00 em diante será adotada uma redução de serviço, mantendo-se a funcionar apenas as carreiras 703, 708, 717, 735, 736, 742, 750, 751, 755, 758, 760 e 767, com redução da frequência para metade.

A 15E termina circulação às 22:00 e o Ascensor da Glória termina viagens às 21:00.

A Rede da Madrugada não circula na noite de 24 para 25 de dezembro, refere a empresa.

No dia de Natal (sábado) vigora o horário de feriado de agosto (inclui suspensão da carreira 722), com redução do serviço global no início da manhã e as 703, 717, 720, 724, 729, 731, 736, 738 e 773 funcionam com horário especial.

Em 26 de dezembro (domingo) vigora horário de domingo de agosto (inclui suspensão da carreira 722) e a 27 e 31 de dezembro (segunda e sexta-feira) vigora o horário de dia útil de verão.

Na véspera de Ano Novo, a carreira 15E funciona com elétricos articulados até final de serviço e haverá um reforço no período entre as 22:00 e as 3h00 nas carreiras/zonas onde se verifique um pico de procura.

A Rede da Madrugada funcionará normalmente na noite da passagem de ano, segundo a Carris.

Em 1 de janeiro (sábado) irá vigorar o horário de feriado de agosto (inclui suspensão da carreira 722), com redução de serviço ao início da manhã e as carreiras 703, 717, 720, 724, 729, 731, 736, 738 e 773 funcionam com horário especial.

Segundo a empresa, em 2 de janeiro (domingo) vigora horário de domingo de agosto (inclui suspensão da carreira 722).

De 3 a 7 de janeiro, com a suspensão das atividades letivas presenciais, decretada pelo Governo devido à pandemia de covid-19, o serviço decorrerá nessa semana em horário de Férias Escolares.

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UE ultrapassa meta de redução de consumo de energia traçada para 2020

  • Lusa
  • 21 Dezembro 2021

Em 2020, a União Europeia ultrapassou 5,8% da meta traçada para reduzir em 20% o consumo final de energia. Portugal registou a quinta maior redução (13,2%) em 2017-2019.

A União Europeia (UE) ultrapassou em 5,8% a meta de 2020 de eficiência energética ao reduzir o consumo primário de energia em 25,8% para as 1.236 Mtep, estando a 9,6% de chegar ao de 2030 (32,5%), segundo o Eurostat.

De acordo com dados divulgados esta terça-feira, a UE ultrapassou, em 2020, em 52,2 mil toneladas equivalentes de petróleo (Mtep), ou seja 5,8%, a meta traçada para esse ano de reduzir em 20% o consumo final de energia, no âmbito dos objetivos da eficiência energética.

O Eurostat destaca ainda que o consumo de energia da UE, em 2020, atingiu os níveis mais baixos desde 1990 (o primeiro ano para o qual existem dados disponíveis), o que se explica em grande parte pelos efeitos da pandemia. O pico de consumo foi atingido em 2006, quando o consumo de energia primária foi 15,1% acima da meta de 2020.

Para chegar à meta de 2030 (redução de 32,5%), os 27 Estados-membros têm ainda que baixar em 108,5 Mtep (9,6%) o consumo de energia.

A Estónia foi o país que mais cortou no consumo primário de energia no ano passado face à média 2017-2019 (21,2%), seguindo-se Espanha (14,8%) e Chipre (13,4%), com a Lituânia (0,7%), a Hungria (2,5%) e a Roménia (4,5%) no outro extremo da tabela, sendo que todos os Estados-membros consumiram menos energia. Portugal registou a quinta maior redução (13,2%) face à média de consumo em 2017-2019.

O consumo primário mede a procura total de energia de um país, abrangendo o consumo do próprio setor energético, as perdas durante a transformação (por exemplo, de petróleo ou gás em eletricidade) e a distribuição de energia, e o consumo final pelos utilizadores finais.

A Diretiva Eficiência Energética (2012/27/UE), que entrou em vigor em dezembro de 2012, obriga os Estados-membros a fixarem objetivos indicativos nacionais em matéria de eficiência energética por forma a garantir que a UE atinja o seu objetivo central de reduzir o consumo de energia em 20% até 2020 e em 32,5% até 2030.

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Infarmed autoriza colombianos a duplicar cultivo de canábis no Alentejo

A Clear Leaves, que exporta canábis para o Reino Unido, Austrália, Israel e EUA, vai expandir as instalações em Odemira até aos 24 mil m2. Nova unidade de processamento em Setúbal pronta em 2022.

A colombiana Clear Leaves vai mais do que duplicar a capacidade de cultivo de canábis na propriedade que detém na zona de São Teotónio, em Odemira, passando de 10 mil para perto de 24 mil metros quadrados, incluindo uma instalação dedicada especificamente a pesquisa aplicada.

A aprovação para expandir as instalações no Alentejo foi concedida pelo Infarmed, com a autoridade nacional a renovar também a licença da multinacional de origem colombiana para cultivar, importar e exportar produto de qualidade farmacêutica, que tinha sido concedida pela primeira vez no ano passado.

Instalações da Clear Leaves em Odemira.

Em comunicado, a Clear Leaves destaca que o espaço adicional em estufa agora aprovado vai permitir uma maior adaptação dos esforços de cultivo à regulamentação específica de cada país, resultando no aumento da capacidade de exportação e também na diversificação dos países para onde pode vender.

A propriedade com um total de 84 hectares foi o primeiro centro de produção de flor seca na Europa para esta gigante do setor, que tem também operações e investimentos na Alemanha e nos Estados Unidos, para onde fez a primeira remessa de 30 quilos em outubro. Reino Unido, Austrália e Israel são os outros mercados de destino da canábis alentejana.

Com esta nova aprovação concedida para a expansão das nossas operações, estamos otimistas em relação ao que conseguiremos alcançar no mercado internacional em 2022.

Kyle Detwiler

CEO da Clear Leaves

A Clear Leaves já iniciou a produção nas novas instalações de cultivo e espera que os primeiros produtos cheguem ao mercado a partir do segundo trimestre de 2022. “As nossas operações portuguesas no ano passado já permitiram estabelecer um patamar histórico no comércio global de canábis. Com esta nova aprovação concedida para a expansão das nossas operações, estamos otimistas em relação ao que conseguiremos alcançar no mercado internacional em 2022″, refere o CEO, Kyle Detwiler.

Nova unidade de Setúbal em 2022

Já este ano, a multinacional anunciou a instalação de uma unidade de transformação no BlueBiz – Parque Empresarial da Península de Setúbal, que assinala agora que deverá estar completamente operacional no final do próximo ano.

A secagem, corte e embalamento da flor de canábis cultivada no Alentejo vai criar 25 postos de trabalho e ocupar uma área de 2.800 metros quadrados naquele espaço gerido pela AICEP Global Parques, onde terá como vizinhas empresas de aeronáutica, metalomecânica de precisão, agroindústrias e logística automóvel.

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Sindicatos pedem passagem das negociações do acordo coletivo da Altice para Ministério do Trabalho

  • Lusa
  • 21 Dezembro 2021

A frente sindical que negoceia com a Altice diz que foi “confrontada com a proposta excessivamente limitada da empresa, como sendo a última”.

A frente sindical que negoceia com a Altice anunciou que vai pedir que as negociações do acordo coletivo de trabalho passem para a conciliação no Ministério do Trabalho, considerando a última proposta da empresa “excessivamente limitada”.

Em comunicado, a frente sindical diz que, na última reunião com a empresa para negociar o acordo coletivo, na quinta-feira, foi “confrontada com a proposta excessivamente limitada da empresa, como sendo a última”, pelo que os sindicatos decidiram manter a sua proposta e “solicitar de imediato a passagem das negociações” para o Ministério do Trabalho (conciliação).

Segundo a frente sindical, na última reunião, a Altice propôs que os salários de 740 euros passem para 760 euros e propôs um aumento no salário base de 15 euros para todos os trabalhadores a partir de 01 de janeiro de 2022. A empresa propôs ainda o dobro do prémio de reforma/aposentação para os trabalhadores que saiam até 31 de dezembro de 2023 e aumentos nas progressões, entre outros pontos.

Para a frente sindical, “a Altice tem condições de pagar melhores salários” e defende que o salário mínimo na empresa deve subir para 770 euros, exigindo ainda um aumento de 15 euros para todos os trabalhadores com efeitos a 01 de novembro de 2021 ou de 20 euros a 01 de janeiro de 2022. A frente sindical quer ainda um aumento de 2,5% do subsídio de refeição, para 8,40 euros, e o alargamento das diuturnidades para todos os trabalhadores, entre outras medidas.

A conciliação consiste numa negociação assistida, na qual intervém a Direção-Geral do Emprego e das Relações Laborais (DGERT) com vista a uma plataforma de entendimento entre sindicatos e a empresa. As negociações sobre o acordo coletivo da empresa entre a Altice Portugal e os sindicatos arrancaram em outubro.

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Novo reator nuclear começou a funcionar na Finlândia

  • Lusa
  • 21 Dezembro 2021

O reator nuclear EPR de Olkiluoto, Finlândia, foi acionado pela primeira vez durante a noite passada, devendo abastecer cerca de 15% do consumo do país, anunciou a entidade exploradora da central.

O reator nuclear EPR de Olkiluoto, Finlândia, foi acionado pela primeira vez durante a noite passada, anunciou esta terça-feira a entidade que explora a central, 12 anos após o início da construção.

De acordo com a mesma fonte, o reator construído pelo grupo francês Areva começou a funcionar às 03:22 (01:22 em Lisboa).

A produção de eletricidade deve começar com cerca de 30% da potência em janeiro, antes do funcionamento normal a partir de junho de 2022, disse ainda a empresa finlandesa de energia TVO, em comunicado.

“O momento do arranque foi histórico. A última vez que um reator foi construído na Finlândia foi há mais de 40 anos e mesmo na Europa o mesmo acontecimento remonta ao início do século XXI”, sublinha o operador da central de Olkiluoto, referindo-se a um reator romeno que começou a funcionar em 2007.

O projeto do reator de Olkiluoto, apontado como o mais forte da Europa, foi lançado em 2005 no sudoeste da Finlândia, mas foi perturbado por vários atrasos e desvios financeiros.

Com uma capacidade de produção de 1.650 megawatts, o reator deve abastecer cerca de 15% do consumo do país.

O abastecimento do reator foi efetuado em março, mas o regulador nuclear finlandês só autorizou o funcionamento na semana passada.

Apesar de ter sido concebido para relançar a energia nuclear – muito criticada após o desastre de Chernobyl em 1986 -, o novo reator foi dotado de uma estrutura de cimento “considerável”.

Até ao momento, apenas dois reatores EPR foram construídos a nível mundial, na central de Taishan, na República Popular da China.

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Número de passageiros nos aeroportos só 30% abaixo dos níveis pré-pandemia

Aeroportos nacionais receberam cerca de quatro milhões de passageiros em outubro, naquele que foi o mês mais próximo dos níveis pré-pandemia.

Os aeroportos nacionais receberam cerca de quatro milhões de viajantes em novembro, o equivalente a uma subida de 180,6% face ao mesmo mês do ano passado, marcado pelas restrições da pandemia. Os dados publicados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que o setor do transporte aéreo continua cerca de 30% abaixo dos níveis pré-Covid, mas que outubro foi o mês mais próximo da antiga “normalidade”.

Em outubro, aterraram nos aeroportos nacionais 15,8 mil aeronaves em voos comerciais, mais 63,2% do que no período homólogo, que transportaram cerca de quatro milhões de pessoas. No que diz respeito ao movimento de carga e correio nos aeroportos nacionais, foram transportadas 18,1 mil toneladas, mais 27,5% do que em outubro do ano passado, mês em que a pandemia persistia no país.

Aeronaves aterradas e passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais até novembro.INE

Entre janeiro e outubro de 2021, comparando com o mesmo período de 2020, foram movimentados 19,8 milhões de passageiros, o equivalente a uma subida de 18,6%. O aeroporto de Lisboa movimentou 45,2% do total de passageiros (8,9 milhões) e registou um aumento de 6,8%. Seguiu-se o aeroporto do Porto com 4,5 milhões de passageiros e Faro com 3,5 milhões.

Considerando o volume de passageiros desembarcados e embarcados em voos internacionais entre janeiro e outubro de 2021, França continuou a ser o principal país de origem e de destino dos voos (cerca de 1,5 milhões de passageiros), seguida do Reino Unido e da Alemanha. O INE destaca que, desde janeiro, a Suíça registou o maior crescimento no número de passageiros embarcados e desembarcados (+25,6% e +20,9%, respetivamente), apesar de ocupar a 5.ª posição.

(Notícia atualizada às 11h32 com mais informação)

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Bloco de Esquerda propõe alargar IRS às criptomoedas

Programa eleitoral do BE inclui proposta para taxas as mais-valias da venda de criptomoedas, um dia depois de o ECO ter noticiado que o Governo aguarda alterações ao Código do IRS no Parlamento.

O alargamento do IRS às criptomoedas está oficialmente na agenda política. Uma das propostas do Bloco de Esquerda (BE) para a próxima legislatura é, precisamente, a adaptação do enquadramento fiscal para passar a incluir as mais-valias da venda de moedas virtuais como a bitcoin.

O partido apresentou o programa eleitoral esta terça-feira para as eleições de 30 de janeiro e uma das propostas vai no sentido do “enquadramento fiscal das operações com criptomoedas, nomeadamente ao nível das mais-valias em sede de IRS”. Ou seja, por outras palavras, o partido quer alterar o Código do IRS para que os ganhos com criptomoedas passem a pagar IRS, como acontece, por exemplo, com as ações.

A notícia surge um dia depois de o ECO ter revelado que o Governo está à espera de alterações legislativas no Parlamento, sem as quais a Autoridade Tributária (AT) entende não poder cobrar impostos sobre as mais-valias da especulação com criptomoedas. Portugal é um dos poucos países que ainda não o faz, sendo internacionalmente reconhecido como um paraíso fiscal a este nível.

Foi em 2017 que a AT analisou juridicamente o Código do IRS para apurar se as mais-valias da venda de moedas como a bitcoin estavam sujeitas a imposto. O despacho vinculativo, em vias de completar cinco anos, concluiu que o enquadramento fiscal existente não podia abranger as criptomoedas. O ECO noticiou esta segunda-feira existir a expectativa no Governo de que alterações à lei venham a ser discutidas na Assembleia da República na próxima legislatura.

A isenção de imposto sobre as criptomoedas é particularmente difícil de justificar num país onde as mais-valias da venda de ativos financeiros como as ações estão sujeitas a uma taxa liberatória de 28% (ou outra, se o contribuinte optar pelo englobamento). Segundo o despacho da AT, a venda de criptomoedas só está sujeita a imposto quando, “pela sua habitualidade, constitua uma atividade profissional ou empresarial do contribuinte”, sendo assim um rendimento de categoria B.

Em março deste ano, a sociedade de advogados RFF aconselhou os investidores a manterem, ainda assim, os registos das transações com criptomoedas, para evitar eventuais problemas com as Finanças. “É aconselhável que os contribuintes mantenham um registo capaz de justificar a origem dos seus rendimentos, especialmente caso efetuem certas despesas, potencialmente vistas pelo legislador fiscal como manifestações de fortuna”, escreveu a empresa num documento informativo sobre o tema.

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EDP prova viabilidade económica de produzir hidrogénio em alto mar

A produção de energia eólica "offshore" deverá crescer nesta década e o projeto BEHYOND acaba de comprovar que há potencial para dupla produção renovável no mesmo local, criando sinergias, diz a EDP.

Produzir hidrogénio verde em alto mar a partir de energia eólica offshore? Não só é possível, como a viabilidade económica de um projeto deste género “será alcançada com a maturidade da indústria e da cadeia de valor do hidrogénio verde”. Esta foi a conclusão da primeira fase do projeto BEHYOND, liderado pela EDP, em consórcio com TechnipFMC, CEiiA, WavEC e Universidade Norueguesa USN.

Ao fim de cerca de seis meses, o Projeto BEHYOND acaba assim de analisar a viabilidade técnico-económica para a produção de hidrogénio verde a partir de vento produzido em alto mar, onde os recursos eólicos são abundantes, refere a EDP em comunicado.

Nesta fase, que teve o apoio de fundos europeus pelo “caráter inovador” da investigação, foi desenvolvida uma análise de diferentes configurações para um módulo de produção de hidrogénio offshore, cuja eletrólise é feita com recurso a energia produzida por parques eólicos instalados em alto mar, explicam os responsáveis do projeto.

“A produção de energia eólica em alto mar deverá crescer significativamente ao longo desta década e o projeto BEHYOND comprova que há potencial para ter dupla produção renovável no mesmo local, criando sinergias nas infraestruturas, cabos de transporte de energia até terra e pontos de rede”, conclui a EDP.

E sublinha: “A configuração estudada no BEYHOND pode ser implementada em todo o mundo, produzindo e transferindo hidrogénio em larga escala. Este desenvolvimento tecnológico é pioneiro no surgimento da cadeia de valor do hidrogénio no contexto de uma economia azul e esta poderá ser uma solução para aumentar a competitividade dos parques eólicos offshore.

Esta primeira fase do projeto concluiu então que “a viabilidade económica será alcançada com a maturidade da indústria e da cadeia de valor do hidrogénio verde, e com investimento das empresas que se estão a posicionar no mercado do hidrogénio, complementado por fundos de apoio à inovação”.

Outra forma de incrementar essa viabilidade, diz a EDP, será com o incentivo para que a indústria acelere o processo de descarbonização, aumentando a procura por energias renováveis.

A EDP coordenou este projeto, através da EDP NEW R&D e da EDP Inovação, e foi responsável pela avaliação estratégica do mercado offshore eólico-hidrogénio, pela definição de casos de negócio e pela inovação tecnológica que será necessária para possibilitar a entrada destas soluções no mercado.

O projeto BEHYOND junta à EDP e à TechnipFMC, uma empresa líder no desenvolvimento de projetos e soluções de engenharia offshore, os centros de investigação CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento, o WavEC-Offshore Renewables e a University of South-Eastern Norway.

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Bloco apresenta programa eleitoral. Quer aumentos do salário mínimo de 10% ao ano

O Bloco apresentou esta terça-feira o programa eleitoral com que se apresentará às eleições de 30 de janeiro. Entre as propostas dos bloquistas está o aumento anual de 10% do salário mínimo.

O Bloco de Esquerda apresenta esta terça-feira o seu programa eleitoral que levará a votos a 30 de janeiro. Na área económica, o destaque vai para a recuperação de rendimentos e o combate à precariedade. Uma das propostas que sobressai é o aumento anual de 10% do salário mínimo na próxima legislatura, entre 2022 e 2026, para aproximar-se do salário mínimo em Espanha. Tal significaria que o salário mínimo subiria para 775,5 euros em 2023 e 853 euros em 2024, sendo que o PS promete os 850 euros apenas em 2025.

Recuperação do salário mínimo que, tendo alcançado 705 euros em janeiro de 2022, deve continuar a aumentar ao longo da legislatura a um ritmo anual de, pelo menos, 10%, de forma a diminuir a diferença em relação ao SMN [salário mínimo nacional] de Espanha“, escrevem os bloquistas no seu programa eleitoral, argumentando que os aumentos dos últimos anos “desmentiu os cenários catastrofistas da direita sobre os impactos negativos que poderia ter no emprego”.

Mas a estratégia do Bloco para a economia e o mercado de trabalho não se esgota no salário mínimo. Os bloquistas querem “recuperar e valorizar os salários médios”, propondo a definição de leques salariais de referência tanto para o setor público como para o privado para “combater as desigualdades salariais”. “As empresas que ultrapassem esse leque serão excluídas de qualquer apoio público e benefício fiscal, bem como excluídas da possibilidade de participar em arrematações e concursos públicos”, referem, sem revelar números.

Além disso, é preciso alterar o “padrão de especialização baseado na desvalorização salarial permanente e em setores assentes no trabalho precário”. O Bloco rejeita uma redução de impostos, como querem os patrões, apostando em “políticas de qualificação, de apoio à inovação, de crédito às empresas e de redução de custos de contexto (nomeadamente energia) orientadas para uma mudança do padrão produtivo”.

Quanto à lei laboral, o Bloco mantém as suas reivindicações antigas que causam fricção com o PS, nomeadamente a “alteração do quadro legal da negociação coletiva, revogando as alterações que reduziram a capacidade negocial dos sindicatos e bloquearam as atualizações salariais”. Os bloquistas querem ainda a reversão de medidas introduzidas durante a troika como a flexibilização do trabalho suplementar, o corte na majoração das horas extra, a recuperação do descanso compensatório e a reposição do valor das compensações de despedimento (30 dias por cada ano de trabalho).

O Bloco propõe ainda “a proibição de recurso ao outsourcing para funções equivalentes em empresas que fizeram despedimentos” e a consagração do subsídio de alimentação para todos os trabalhadores do privado — “o subsídio de alimentação está apenas nos contratos coletivos ou individuais”, explica o partido –, com valor mínimo igual ao do setor público.

Bloco fará campanha contra maioria absoluta do PS e bloco central

Na introdução do programa eleitoral, o partido liderado por Catarina Martins deixa claro qual vai ser a sua estratégia para a campanha: lutar contra uma maioria absoluta do PS, como fez em 2019, e impedir a criação de um bloco central “formal ou informal”. O Bloco recua a 2019 para acusar o PS de “enterrar a geringonça” ao recusar um acordo para a legislatura e ao iniciar uma “rota de aproximação à direita”.

“Se a maioria absoluta é o plano A do PS, o seu plano B parece ser um bloco central, formal ou informal, como já enunciou explicitamente”, descrevem os bloquistas, acreditando que “António Costa estará disponível a sentar-se à mesa com Rui Rio para entendimentos cujas consequências na vida das pessoas só depois de janeiro se poderá conhecer“. Ambos os cenários são negativos para o Bloco.

Por um lado, “o país conhece os perigos de maiorias absolutas como as que viveu com Cavaco Silva ou José Sócrates“, recorda. Por outro lado, “sabe que uma viragem para um bloco central acordado formal ou informalmente, só pode traduzir-se num regresso à agenda ‘privatizadora’, de degradação dos serviços públicos e de desproteção das pessoas, no trabalho e na pobreza”, antecipa.

“É o reforço da esquerda que trava a derrapagem para o pântano político e para a estagnação social e que impõe compromissos claros que defendem o país”, conclui o Bloco de Esquerda.

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Problemas com encomendas? Fale com os CTT no WhatsApp

A empresa postal anunciou que o apoio ao cliente também vai passar a estar disponível no WhatsApp. Medida surge na última semana das encomendas de Natal.

As últimas encomendas do Natal devem chegar às casas dos portugueses esta semana, a tempo de serem postas no “sapatinho” ou à sombra do pinheiro. Ora, com a peak season na reta final, os CTT decidiram lançar um serviço personalizado de apoio ao cliente no WhatsApp.

Geralmente, o maior volume de encomendas faz aumentar os pedidos de ajuda ao apoio ao cliente. Nesse sentido, a empresa postal acredita que o apoio ao cliente via WhatsApp irá permitir “simplificar os processos de comunicação” e “reforçar o seu posicionamento em termos de inovação”.

“Desta forma, todos os clientes podem experimentar um atendimento mais personalizado, através de mensagem privada”, acrescentam os CTT.

O apoio ao cliente no WhatsApp “não pretende substituir os já existentes, mas sim complementar a oferta”, esclarece a empresa. O acesso é feito pelo site dos CTT, ou através do número +351 914 102 787.

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Espanha já aprovou 78% dos fundos da “bazuca” para este ano

  • ECO
  • 21 Dezembro 2021

Espanha vai receber o primeiro pagamento de dez mil milhões de euros "em breve". Quase 80% das verbas para 2021 já estão aprovadas pelo Governo de Pedro Sánchez.

Dos quase 24 mil milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) espanhol, o Governo de Pedro Sánchez já autorizou a distribuição de 78,6%, mais de 19 mil milhões para executar no próximo ano.

Segundo dados oficiais do Ministério das Finanças e da Administração Pública, deste montante, 17,23 mil milhões (71,2%) já foram autorizados, enquanto 11,24 mil milhões correspondem às dotações previstas para as diferentes comunidades autónomas, noticia o Cinco Días.

Isto significa que e a maior parte do dinheiro da União Europeia (UE) destinado a 2021 já recebeu “luz verde” para implementar os planos de investimento e reforma estabelecidos no PRR espanhol.

A execução dos fundos para 2021 está prevista no Orçamento Geral do Estado (OGE), com 24.198 milhões de euros. Deste montante, Espanha obteve um pré-financiamento de nove mil milhões de euros no verão e a primeira tranche de dez mil milhões de euros deve ser recebida em breve.

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