Taxa de desemprego baixou em outubro no conjunto da OCDE

  • Lusa
  • 8 Dezembro 2021

A taxa de desemprego do conjunto da OCDE reduziu-se de 5,8% em setembro para 5,7% em outubro.

A taxa de desemprego baixou em outubro, pelo sexto mês consecutivo, no conjunto da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), mas mantém-se acima do período antes da pandemia.

A OCDE disse, em comunicado, que a taxa de desemprego do conjunto dos estados-membros reduziu-se de 5,8% em setembro para 5,7% em outubro, ainda assim quatro décimas acima da taxa de desemprego agregada de fevereiro de 2020, antes de se sentirem os efeitos da crise pandémica.

Em outubro, a taxa de desemprego baixou na maioria dos países membros da OCDE, com poucas exceções, entre as quais se destacam os aumentos relativos na Austrália (seis décimas para 5,2%), Áustria (seis décimas para 5,8%) e Colômbia (três décimas para 13%).

O caso da Colômbia é particular porque é um país em que o desemprego diminuiu relativamente pouco desde o pico.

Em outubro, havia 38,3 milhões de desempregados em toda a OCDE, ou seja, 2,8 milhões a mais do que antes da pandemia.

Os países com maior procura de emprego foram os EUA (7,42 milhões), Espanha (3,38 milhões), Colômbia (3,2 milhões), Itália (2,37 milhões), França (2,29 milhões) e México (2,27 milhões).

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Bastonária dos Enfermeiros e Gouveia e Melo em Fórum Ageas

  • ECO Seguros
  • 8 Dezembro 2021

A seguradora continua a sua aproximação às ordens profissionais. Depois de engenheiros, arquitetos e economistas, a pandemia foi o tema no 3º Fórum Ageas Seguros.

Oradores convidados pela Ageas Seguros: Steven Braekeveldt, CEO do Grupo Ageas Portugal, Ana Rita Cavaco, bastonária da Ordem dos Enfermeiros e Henrique Gouveia e Melo, vice-almirante e ex-coordenador da task-force da vacinação.

A Ageas Seguros promoveu nova edição do seu Fórum Ordens Profissionais com o tema “Liderança em tempos de pandemia” com a participação como oradores de Ana Rita Cavaco, bastonária da Ordem dos Enfermeiros (OE), Henrique Gouveia e Melo, vice-almirante e ex-coordenador da task-force da vacinação, e Steven Braekeveldt, CEO do Grupo Ageas Portugal.

Ana Rita Cavaco, Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, salientou a forma como os enfermeiros foram fundamentais na gestão ao combate à pandemia, sublinhando os baixos números de enfermeiros em Portugal. Sobre esta situação, Steven Braekeveldt, defendeu a importância de ser aplicada uma estratégia a longo prazo, já que este é “um problema tipicamente democrático, decorrente de eleições que ocorrem de quatro em quatro anos”.

A importância de uma estratégia a longo prazo, também foi destacada por Henrique Gouveia e Melo que explicou ser “a liderança explicar às pessoas, de forma simples, o que há a fazer para resolver um problema”.

Estas conferências têm como objetivo reforçar a relação entre a Ageas Seguros e as ordens profissionais, tendo em maio deste maio uma outra conferência ter contado com a presença de Carlos Mineiro Aires, bastonário da Ordem dos Engenheiros, Gonçalo Byrne, presidente da Ordem dos Arquitetos, e Rui Leão Martinho, bastonário da Ordem dos Economistas.

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Bruxelas quer nova “arma” para responder à “intimidação económica” contra UE

  • Lusa
  • 8 Dezembro 2021

"A UE e os seus Estados-Membros estão a tornar-se alvos de intimidação económica. Precisamos dos instrumentos adequados para responder", argumentou vice-presidente da Comissão, Valdis Dombrovskis.

A Comissão Europeia propôs esta quarta-feira a criação de um novo instrumento que permita à União Europeia combater a “coerção económica” de que considera estar a ser alvo, e que contempla a aplicação de sanções comerciais a países terceiros.

“Num contexto de crescentes tensões geopolíticas, o comércio está a ser cada vez mais utilizado como uma arma, e a UE e os seus Estados-Membros estão a tornar-se alvos de intimidação económica. Precisamos dos instrumentos adequados para responder. Com esta proposta, estamos a enviar uma mensagem clara de que a UE se manterá firme na defesa dos seus interesses”, justificou o vice-presidente executivo Valdis Dombrovskis.

De acordo com Bruxelas, “o objetivo é dissuadir os países de restringir ou ameaçar restringir o comércio ou o investimento para provocar uma mudança de política na UE em áreas como as alterações climáticas, a tributação ou a segurança alimentar”.

Garantindo que a União Europeia continuará a privilegiar o diálogo para resolver os diferendos, a Comissão Europeia sublinha no entanto que este novo instrumento capacitará o bloco europeu para agir de forma “rápida e eficaz” contra concorrentes que persistam em fazer ‘chantagem’ económica e comercial.

“O principal objetivo da ferramenta anti-coerção é atuar como um dissuasor. Mas agora também temos mais ferramentas à nossa disposição quando somos impelidos a agir. Este instrumento permitir-nos-á responder aos desafios geopolíticos das próximas décadas, mantendo a Europa forte e ágil”, comentou Dombrovskis, responsável pela pasta do Comércio na Comissão liderada por Ursula von der Leyen.

"Num contexto de crescentes tensões geopolíticas, o comércio está a ser cada vez mais utilizado como uma arma, e a UE e os seus Estados-Membros estão a tornar-se alvos de intimidação económica. Precisamos dos instrumentos adequados para responder. Com esta proposta, estamos a enviar uma mensagem clara de que a UE se manterá firme na defesa dos seus interesses.”

Valdis Dombrovskis

Vice-presidente da Comissão Europeia

Na apresentação desta proposta – que havia sido já antecipada por Von der Leyen em setembro, no seu discurso sobre o Estado da União, e que terá agora de ser negociada com o Conselho (Estados-membros) e o Parlamento Europeu – o executivo comunitário insiste que “quaisquer contramedidas tomadas pela UE seriam aplicadas apenas como último recurso quando não há outra forma de abordar a intimidação económica”.

“A UE envolver-se-á diretamente com o país em questão para pôr termo à coerção económica. Se a intimidação económica não parar imediatamente, o novo instrumento permitirá à UE reagir rápida e eficazmente, dando uma resposta adaptada e proporcional a cada situação, desde a imposição de tarifas e restrições às importações do país em questão, a restrições aos serviços ou investimentos ou a medidas para limitar o acesso do país ao mercado interno da União”, precisa a Comissão.

A Comissão explica que essa intimidação exercida por outros atores mundiais “pode assumir muitas formas”, e “vão desde países que utilizam coerção explícita e instrumentos de defesa comercial contra a UE, a controlos seletivos nas fronteiras ou na segurança alimentar de mercadorias de um determinado país da UE, e até boicotes de mercadorias de determinada origem”.

“O objetivo é preservar o direito legítimo da UE e dos Estados-Membros de fazer escolhas e decisões políticas e impedir interferências graves na soberania da UE ou dos seus Estados-Membros”, argumenta a Comissão.

Embora muitos analistas considerem que esta proposta visa designadamente a China, o executivo comunitário alega que o novo instrumento anti-intimidação “não tem como alvo nenhum país em particular” e visa “lidar com o problema da coerção, de onde quer que venha”, tendo sido “concebido como um instrumento horizontal, aplicável a qualquer país que recorra à coerção económica contra a UE ou os seus Estados-Membros”.

Ainda assim, durante a conferência de imprensa de apresentação da proposta, e insistindo que o instrumento “não visa nenhum país específico”, Dombrovskis, instado a dar exemplos de coerção económica de que a UE ou um Estado-membro esteja a ser alvo e em que a nova ‘arma’ poderia ser aplicável, exemplificou com as restrições comerciais recentemente impostas pela China à Lituânia, depois da decisão política de Vilnius de acolher uma representação de Taiwan.

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Meteorologia, Euro 2020, Sporting e Censos entre os mais pesquisados este ano em Portugal

  • Lusa
  • 8 Dezembro 2021

Meteorologia, o Campeonato Europeu de 2020, o Sporting e os Censos 2021 foram alguns dos temas mais procurados este ano no motor de busca do Google. Lista inclui o certificado digital.

Meteorologia, o Campeonato Europeu de 2020, o Sporting e os Censos 2021 foram alguns dos temas mais procurados este ano no motor de busca do Google, numa lista em que também se encontra o certificado digital.

Em termos gerais, os temas “tempo para amanhã”, “Euro 2020”, “Sporting CP”, “Censos 2021”, “Liga NOS”, “Marília Mendonça”, “certificado digital”, “S.L. Benfica”, “Maria João Abreu” e “Porto” foram os que registaram tendências de maior crescimento face a 2020, segundo dados enviados à Lusa.

Entre as pesquisas sobre como fazer coisas, os internautas procuraram saber “como obter o certificado digital covid”, “como saber onde votar”, “como ganhar dinheiro no TikTok”, “como votar antecipadamente” ou “como agendar a vacina covid-19”. Em destaque estiveram também perguntas sobre o funcionamento e adesão aos programas IVAucher e AUTOvoucher, lançados pelo Governo.

A curiosidade levou também os utilizadores portugueses a procurarem “o que são Censos”, “o que visitar em Sintra” ou “o que plantar em fevereiro”. No motor de busca foram ainda perguntadas questões sobre ostomia, ecmo, maçonaria, creme de leite, fibrose quística, o que visitar em Aveiro ou o conteúdo do exame de língua portuguesa.

A covid-19 levou a que fosse criada uma lista dos termos mais procurados dedicada à doença. Aí os temas mais procurados foram “certificado digital”, “vacinação covid”, “covid-19 Portugal” e o agendamento da vacina. Além disso, os utilizadores portugueses mostraram-se preocupados com novos confinamentos, o número de casos diários, sintomas da doença ou quais os concelhos de risco.

Na categoria de nomes nacionais, Rogério Samora foi o mais pesquisado, seguindo-se Noah, Tony Carreira e Luís Filipe Vieira e Marisa Matias. Na mesma categoria, surgem também os atletas Patrícia Mamona, Nélson Évora, Miguel Oliveira e João Mário.

A nível de nomes internacionais, o futebolista Christian Eriksen lidera a lista, à frente do ator Alec Baldwin, do futebolista Valentino Lazaro, da ginasta Simone Biles e do futebolista David Luís.

Os dados consultados pela Lusa incluem ainda uma lista dos “falecidos” mais pesquisados. A lista é liderada pela cantora brasileira Marília Mendonça, seguida pela atriz Maria João Abreu e pelo também cantor brasileiro MC Kevin. Na lista constam ainda o jogador de andebol Alfredo Quintana, o antigo Presidente da República Jorge Sampaio, o ator brasileiro Paulo Gustavo, o antigo futebolista Neno, o músico Carlos do Carmo, o antigo ministro Jorge Coelho e o ator Igor Sampaio.

Em termos de entretenimento, o reality show “Big Brother”, da estação de televisão TVI, foi o mais procurado, sendo um dos quatro portugueses na lista, junto de “All Together Now” e “O Amor Acontece”, da mesma estação, e “The Voice Kids”, da RTP.

Em 2021, o entretenimento estrangeiro dominou os 10 primeiros lugares, em particular produtos dos serviços de streaming. As séries “Squid Game”, “Bridgerton”, “Lupin” e “Sex Education”, distribuídas pela plataforma Netflix integram também o top. Os filmes “Dune”, inspirado no romance “Duna”, de Frank Herbert, e “Eternos”, da Marvel Comics, estiveram também entre os mais pesquisados.

A nível global, o críquete liderou as pesquisas, com os jogos da seleção da Índia contra Austrália e Inglaterra a serem os dois temas mais pesquisados (com o confronto desta com a Nova Zelândia a ocupar o sétimo lugar) e com a Primeira Liga Indiana desta modalidade a ocupar o último lugar do pódio. O Campeonato do Mundo de T20, que se realizou nos Emirados Árabes Unidos e no Omã, foi o oitavo termo mais pesquisado este ano.

A liga norte-americana de basquetebol, a NBA, foi o quarto termo mais pesquisado, à frente de “Euro 2021” e “Copa América”. A série coreana “Squid Game”, uma das mais vistas de sempre da Netflix, alcançou o nono lugar entre os temas mais pesquisados em 2021, com o ‘rapper’ e ator DMX, que morreu em abril, aos 50 anos, a encerrar os dez mais procurados.

“Afeganistão” foi o termo mais procurado em termos noticiosos num ano em que os Estados Unidos da América concluíram a retirada das suas tropas e os talibãs retomaram o poder. Aqui surgem também os termos AMC Stock e GME Stock, cujas ações dispararam na bolsa de Nova Iorque por iniciativa de pequenos investidores ativos num fórum do sítio Reddit.

A covid-19 e as vacinas contra a doença foram outros dos temas que dominaram as pesquisas no motor de busca da Google, a par dos estímulos distribuídos pelos Estados Unidos da América, tal como as criptomoedas Dogecoin e Ethereum, e as eleições para o senado na Geórgia e o furação Ida.

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Congresso dos EUA alcança acordo para subir nível da dívida federal

  • Lusa
  • 8 Dezembro 2021

Este procedimento precisa agora de ser validado pela Câmara dos Representantes, na noite de terça-feira, o que permitiria ao Congresso de subir o limite da dívida antes de 15 de dezembro.

Um acordo foi alcançado no Congresso dos EUA em relação a uma votação em breve da subida do nível da dívida federal, o que evita a entrada do país em inédita situação de incumprimento.

O limite da dívida é o montante máximo de endividamento dos EUA. Estabelecido pelo Congresso, tem de ser aumentado ou suspenso até dia 15, sem o que os EUA não serão capazes de cumprir o serviço da sua dívida (reembolsar e amortizar) e financiar as suas despesas.

Esta situação, que nunca aconteceu, mergulharia a economia norte-americana, mas também, por ricochete, a internacional, no desconhecido e poderia provocar uma recessão.

Os EUA já subiram por várias vezes o limite da sua dívida, o que costuma requerer o voto dos dois partidos.

Mas a oposição republicana recusa fazê-lo desta vez, garantindo que isso significaria oferecer um cheque em branco a Joe Biden, no momento em que o acusam de contribuir para uma inflação galopante.

Ao fim de várias semanas de negociações, deram finalmente na terça-feira o aval a um procedimento parlamentar complexa, graças ao qual os democratas apenas precisariam dos seus votos para subir o limite da dívida.

“Penso que é do interesse do país” evitar um incumprimento, indicou o líder republicano no Senado, Mitch McConnell.

Este procedimento precisa agora de ser validado pela Câmara dos Representantes, na noite de terça-feira, o que permitiria ao Congresso de subir o limite da dívida antes de 15 de dezembro.

A urgência é grande, porque o Congresso tem necessidade de despachar este assunto tão depressa quanto possível, para começar a discutir o plano de investimento social e ecológico de Biden, graças ao qual o presidente norte-americano quer “reconstruir (os EUA) melhor”.

Este projeto de 1,75 biliões de dólares (1,55 biliões de euros) é muito popular entre os EUA e prevê, entre outros, jardins-de-infância gratuitos e financiamentos elevados para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa.

Mas este projeto está bloqueado no Congresso desde há meses.

O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, repetiu na terça-feira a intenção de querer tê-lo aprovado “antes das férias de natal”.

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EUA e aliados europeus mantêm compromisso pela “integridade territorial da Ucrânia”

  • Lusa
  • 8 Dezembro 2021

Casa Branca revelou que Biden informou os líderes da França, Alemanha, Itália e Reino Unido sobre a cimeira com Putin, na qual alertou Moscovo para graves consequências de uma intervenção na Ucrânia.

O Presidente dos EUA e os aliados europeus reiteraram o seu compromisso na defesa da “integridade territorial da Ucrânia”, na sequência da conferência virtual entre Joe Biden e o homólogo russo Vladimir Putin.

Em comunicado, a Casa Branca revelou que Biden informou os líderes da França, Alemanha, Itália e Reino Unido sobre a cimeira virtual com Putin, na qual alertou Moscovo para “as graves consequências de uma intervenção militar russa na Ucrânia.

Nos contactos, os líderes ocidentais sublinharam “o seu compromisso e apoio à soberania e integridade territorial da Ucrânia”, pode ler-se na nota.

E estabeleceram que as suas equipas irão permanecer em contacto próximo, inclusive em consulta com os aliados da NATO e parceiros da União Europeia, numa abordagem “coordenada e abrangente”.

Joe Biden informou ainda estes aliados da NATO que, na conversa com o homólogo russo, salientou a “necessidade de uma diminuição do conflito e regresso à diplomacia”, segundo a mesma fonte.

A Casa Branca já tinha divulgado que na cimeira virtual Biden disse a Putin que a Rússia arrisca “fortes sanções, incluindo económicas” em caso de escalada militar na Ucrânia.

Biden exprimiu “a profunda preocupação” dos Estados Unidos e dos seus aliados face ao aumento de tropas russas na fronteira com a Ucrânia, prosseguiu a Casa Branca, antes de precisar que os dois chefes de Estado também abordaram a cibersegurança e o seu “trabalho comum sobre assuntos regionais como o Irão”.

O Presidente dos Estados Unidos recusou fazer “promessas ou concessões” ao chefe de Estado russo Vladimir Putin, que pretende sobretudo que a NATO feche as portas à entrada da Ucrânia.

Os norte-americanos referiram também que o futuro do gasoduto russo Nord Stream 2, que transportará gás russo diretamente para a Europa Ocidental através da Alemanha, estará em jogo caso a Rússia invada a Ucrânia, revelando negociações com o Governo alemão sobre este assunto.

Biden também vincou perante Putin que Washington terá uma posição mais dura do que em 2014, quando Moscovo anexou a Crimeia.

Após a conversa de Biden com os aliados europeus, o Presidente francês, Emmanuel Macron, revelou que vai assumir a mediação com os seus homólogos da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, e da Rússia, Vladimir Putin, na tentativa de evitar um conflito.

Macron salientou que mantém a intenção de “continuar a explorar todas as formas e meios para garantir uma redução das tensões entre os dois países”, destacou Paris em comunicado, revelando a realização de reuniões com Zelensky e Putin.

Após a conversa com Biden, Vladimir Putin fez saber que denunciou hoje perante o seu homólogo norte-americano o crescente potencial militar da NATO juntos às fronteiras da Rússia e pediu “garantias” sobre o não alargamento da Aliança para leste.

O Kremlin tem desmentido qualquer projeto de invasão e tem acusado Washington de negligenciar as suas preocupações: crescente atividade de países da NATO no mar Negro, intenção ucraniana em aderir à Aliança Atlântica e ambição de Kiev de continuar a receber armamento do ocidente.

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Rio saúda aprovação “expressiva” de listas e rejeita ter excluído todos os não apoiantes

  • Lusa
  • 8 Dezembro 2021

“Não é correto que em lugares elegíveis só estejam pessoas que me apoiaram, é mentira”, afirmou Rio, mas escusou-se a dar exemplos, desafiando os jornalistas a percorrem as listas aprovadas.

O presidente do PSD saudou a aprovação das listas de candidatos a deputados do partido por uma votação “expressiva” e contestou que tenha excluído todos os que não o apoiaram nas recentes eleições diretas.

Em declarações aos jornalistas, no final do Conselho Nacional que aprovou a lista de candidatos a deputados do PSD por cerca de 71% dos votos, Rui Rio considerou até que a reunião foi “das mais pacíficas” a que assistiu com esse objetivo.

“Para quem perdeu dois Conselhos Nacionais seguidos, conseguir esta votação, parece-me que era difícil pedir mais”, considerou.

Questionado sobre as críticas do seu adversário nas últimas diretas, Paulo Rangel, Rio diz não concordar com o desapontamento expresso pelo eurodeputado quanto à tentativa de unidade.

Não é correto que em lugares elegíveis só estejam pessoas que me apoiaram, é mentira, é mentira mesmo”, afirmou, mas escusou-se a dar exemplos, desafiando os jornalistas a percorrem as listas aprovadas.

Segundo Rui Rio, em lugares elegíveis estão alguns nomes que não o apoiaram na última eleição, outros que não o apoiaram em anteriores diretas e até outros que “nunca o apoiaram”.

“É verdade que a lista tem a marca da estratégia que ganhou, não pode ter a da estratégia que perdeu. Foi dos Conselhos Nacionais mais pacíficos, mas, ao mesmo tempo, os que não ficaram tiveram reações mais fortes e mais violentas do que é normal”, disse.

Rui Rio disse que houve um esforço por parte da direção de fazer “alguma renovação”, tirando das listas deputados que estavam há “20, 30 ou 40 anos” no parlamento.

“É tempo de fazer isso, a começar pelo PSD, que até tem uma proposta de revisão da lei eleitoral que limita o mandato dos deputados a três consecutivos”, afirmou.

"Não é correto que em lugares elegíveis só estejam pessoas que me apoiaram, é mentira, é mentira mesmo.”

Rui Rio

Presidente do PSD

Questionado se conseguirá a unidade na próxima campanha para as legislativas de 30 de janeiro, Rio diz que essa não será possível “com aqueles que apenas estavam neste processo pelo seu lugar na lista de deputados”, mas sim com “o grosso dos militantes ou das estruturas”.

À pergunta se será difícil fazer campanha depois de ter afastado alguns líderes de distritais, Rio desvalorizou, considerando que “o entusiasmo do partido desde as diretas é suficiente para garantir que existem direções de campanha dinâmicas”.

“Haverá sempre um ou outro que não se sente à vontade para fazer campanha, mas se até no Conselho Nacional onde tenho mais dificuldade tive esta votação, não sei o que se pode pedir mais, não estou aqui para ter 100%”, disse.

Questionado se também irá fazer idêntica renovação nos órgãos nacionais a apresentar no Congresso marcado para entre 17 e 19 de dezembro, Rio confessou que é um assunto de que ainda não tratou.

“Alguma renovação haverá, as coisas são dinâmicas, mas não se esqueça que a Comissão Política Nacional é um órgão executivo da confiança do presidente, enquanto o Conselho Nacional é muito mais heterogéneo”, afirmou.

O presidente do PSD aproveitou para justificar a mudança do local do Congresso, de Lisboa para Santa Maria da Feira (em Aveiro), dizendo que a sala do Europarque agora prevista permite adaptar com mais segurança a reunião às regras da pandemia de covid-19.

“Outra razão importante é que há uma diferença de preço absolutamente brutal e, portanto, fazemos num sítio melhor face à pandemia e substancialmente menos dispendioso”, afirmou, adiantando que além do certificado de vacinação será exigido teste negativo à covid-19.

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Rangel lamenta falta de “sinal construtivo” da direção do PSD

  • Lusa
  • 8 Dezembro 2021

"Podia ter havido um sinal construtivo, no sentido da diversidade [nas listas de candidatos a deputado PSD], que não existiu”, afirmou o ex-candidato à liderança do PSD Paulo Rangel.

O ex-candidato à liderança do PSD Paulo Rangel manifestou-se confiante na vitória do PSD nas próximas legislativas, mas lamentou a ausência de um “sinal construtivo, no sentido da diversidade”, na elaboração das listas a deputados.

“Sinceramente, eu acho que podia ter havido um sinal construtivo, no sentido da diversidade, que não existiu”, afirmou Rangel, em declarações aos jornalistas, em Évora, no final do Conselho Nacional social-democrata.

À saída da reunião, que começou por volta das 22h00 de terça-feira e terminou cerca da 01h00 de hoje, o ex-candidato à liderança interna, derrotado por Rui Rio nas recentes diretas do partido, disse estar “absolutamente confiante” na vitória do PSD nas legislativas de 30 de janeiro.

E escusou-se a relatar aos jornalistas qual o teor da sua intervenção durante o Conselho Nacional, argumentando tratar-se de “questões internas” do partido.

"Sinceramente, eu acho que podia ter havido um sinal construtivo, no sentido da diversidade, que não existiu.”

Paulo Rangel

Ex-candidato à liderança do PSD

“Tudo o que tinha a dizer, e disse de forma muito clara, disse no Conselho Nacional, portanto, essa minha posição está bem explícita. Agora, o que se trata é de apoiar o PSD com toda a força para as eleições legislativas”, afirmou.

Considerando que “a batalha das legislativas” é “uma batalha difícil”, Rangel insistiu “que o PSD pode vencer”, até porque a alternativa política representada pelo partido é “forte e mais forte” ainda depois das eleições internas.

“Aliás, essa é uma coisa que eu sempre disse”, que “as eleições internas reforçariam, ganhasse quem ganhasse, o líder do PSD e isso é notório a todos os níveis”, disse o também eurodeputado.

Para Paulo Rangel, para que os social-democratas possam atingir esse objetivo, não podem “ser levianos” e precisam de “trabalhar e trabalhar muito” e “apresentar agora o programa” eleitoral, devendo um primeiro sinal ser já dado no congresso do partido, que vai decorrer entre os dias 17 e 19 deste mês, em Santa Maria da Feira (Aveiro).

É necessário “aproveitar o congresso para já fazer uma primeira grande ligação aos portugueses, mas eu estou absolutamente confiante de que nós podemos ganhar as eleições de 30 de janeiro”, afiançou.

Questionado ainda sobre as suas relações com o presidente Rui Rio, o eurodeputado garantiu que “são muito cordiais” e “sempre foram, quer ao longo da campanha, quer já depois” da eleição interna.

“Uma coisa são as relações pessoais, outra coisa são as divergências políticas, que existem e, portanto, existindo, têm que ser manifestadas”, notou.

O Conselho Nacional do PSD aprovou as listas de candidatos a deputados, apesar das críticas na reunião sobre a exclusão de muitos nomes. De acordo com fontes presentes na reunião, as listas foram aprovadas com 67 votos a favor, 21 contra e seis abstenções.

Desta forma, as listas foram aprovadas com 71% de votos favoráveis, um valor um pouco abaixo do que aconteceu há dois anos.

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Olaf Scholz eleito chanceler federal pelo Parlamento alemão

  • Lusa
  • 8 Dezembro 2021

Scholz será ainda esta quarta-feira formalmente nomeado chanceler pelo presidente da Alemanha e empossado pelo presidente do Parlamento.

O social-democrata Olaf Scholz foi eleito esta quarta-feira chanceler federal pelo Parlamento alemão (Bundestag), onde o partido que lidera e os aliados na coligação governamental, verdes e liberais, têm maioria.

Scholz, que assumirá a nona chancelaria desde o final da II Guerra Mundial, sucede no cargo à conservadora Angela Merkel, que passa o poder após 16 anos no executivo germânico a quem foi vice-chanceler e ministro das Finanças na sua última grande coligação. O novo chanceler eleito recebeu 395 votos.

A coligação de três partidos detém 416 dos 734 assentos na câmara baixa do parlamento.

Scholz será ainda esta quarta-feira formalmente nomeado chanceler pelo presidente da Alemanha e empossado pelo presidente do Parlamento.

O executivo de Scholz assume grandes esperanças em modernizar a Alemanha e no combate às alterações climáticas, mas enfrenta o desafio imediato de lidar com a fase mais difícil do país, associada à pandemia do coronavírus.

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Empresas podem pedir ajuda para pagar salário mínimo até 1 de março

Os empregadores podem receber 112 euros por cada trabalhador que esteja a receber o salário mínimo. O pagamento será feito de uma só vez.

O Governo já publicou o decreto-lei com as regras para o pagamento da compensação às empresas que tenham de aumentar o salário mínimo nacional no próximo ano para o novo valor legal de 705 euros.

As empresas vão receber 112 euros por cada trabalhador que passe do atual salário mínimo (665 euros) para o novo salário mínimo (705 euros), uma medida que será financiada pelo Orçamento do Estado e que vai custar ao Estado “à volta de 100 milhões de euros”.

No decreto-lei publicado no final do dia de segunda-feira, o Governo explica que para ter o direito a esta ajuda, as empresas terão de fazer o registo até ao dia 1 de março de 2022, data a partir da qual caduca o direito ao subsídio pecuniário.

O pagamento do subsídio pecuniário é efetuado no prazo máximo de 30 dias contados do término do prazo”, explica o Governo.

O registo por parte das empresas tem de ser feito no sistema eletrónico disponibilizado pelo IAPMEI e Turismo de Portugal.

Qual é o valor a pagar?

  • O subsídio tem o valor de 112 euros por trabalhador que, na declaração de remunerações relativa ao mês de dezembro de 2021, aufira o salário que vigorou em 2021, ou seja 665 euros.
  • O subsídio pecuniário por trabalhador que, na declaração de remunerações relativa ao mês de dezembro de 2021, aufira entre 665 e 705 euros, corresponde a 50 % dos 112 euros, ou seja, a empresa neste caso só receberá 56 euros/trabalhador.
  • A empresa com um trabalhador que, na declaração de remunerações relativa ao mês de dezembro de 2021, aufira entre 665 e 705 euros, quando esse valor tenha sido negociado através de contratação coletiva, “revista ou alterada em 2021, e desde que, em dezembro de 2020, a remuneração base declarada fosse inferior aos 665 euros”, terá também direito ao valor da compensação na íntegra (ou seja, aos 112 euros).

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Cerca de 40% dos deputados do PSD eleitos em 2019 vão ficar fora do parlamento

  • Lusa
  • 8 Dezembro 2021

Dos 79 deputados do PSD só 47 se mantêm nas listas, com 28 a nem sequer integrarem a proposta, alguns por vontade própria, outros por não fazerem parte das escolhas da Comissão Política Nacional.

Dos 79 deputados eleitos pelo PSD em 2019, 28 estão fora das listas de candidatos a deputados para as legislativas, a que se somam outros quatro indicados em lugar inelegível, o que corresponde a 40% do total.

Há dois anos, a taxa de mudança de deputados em relação à anterior legislatura tinha sido de 55%, mas tratou-se de uma transição de uma bancada construída pelo ex-líder Pedro Passos Coelho para o primeiro grupo parlamentar elaborado pela direção de Rui Rio.

Neste caso, o presidente do partido é o mesmo, mas dos 79 deputados só 47 se mantêm nas listas, com 28 a nem sequer integrarem a proposta, alguns por vontade própria, outros por não fazerem parte das escolhas da Comissão Política Nacional.

O número de deputados do PSD que se despedem da Assembleia da República sobe para 32, se se somarem os quatro atuais parlamentares pelo círculo do Porto que integram a lista, mas em lugares claramente fora das possibilidades de eleição.

No final da reunião, que durou cerca de três horas, e culminou com a aprovação das listas, com 71% de votos favoráveis, o presidente do PSD, Rui Rio, assumiu que a renovação foi um dos objetivos da direção, mas rejeitou que tivessem sido excluídos todos os nomes que não apoiaram o atual presidente.

Rio não quis dar exemplos, mas fontes da direção apontam entre os nomes de prováveis futuros deputados que não estiveram com o atual presidente o líder da JSD, Alexandre Poço, apoiante de Paulo Rangel, o presidente da distrital de Santarém, João Moura, a vice da bancada Clara Marques Mendes, bem como as indicações por Lisboa de Joana Barata Lopes ou de Rodrigo Gonçalves (este em 16.º, num lugar de difícil eleição).

Pelo contrário, o ex-candidato à liderança do PSD Paulo Rangel foi a Évora dizer que lamentava a falta de “um sinal construtivo” por parte da direção na elaboração das listas, mas prometeu apoiar Rio na campanha para as legislativas de 30 de janeiro.

Fora das listas ficaram, por exemplo, os líderes das distritais do PSD de Faro, Cristóvão Norte, de Viseu, Pedro Alves, ou de Coimbra, Paulo Leitão, que apoiaram Paulo Rangel nas últimas diretas.

Outros apoiantes do eurodeputado, como o líder da distrital do Porto, Alberto Machado, e o ex-presidente da concelhia de Gaia, Cancela Moura, foram colocados em lugares não elegíveis, 40.º e 39.º pelo Porto, respetivamente.

Também não voltarão ao parlamento deputados de várias legislaturas como Luís Marques Guedes, Emídio Guerreiro ou Duarte Marques, bem como Ana Miguel dos Santos, que tinha sido cabeça de lista por Aveiro na última legislatura, ou o ex-líder da JSD Pedro Rodrigues.

Margarida Balseiro Lopes, que foi em 2019 cabeça de lista por Lisboa, e Álvaro Almeida, oitavo pelo Porto, tornaram público que não tinham intenção de voltar a ser deputados, tal como o antigo líder da distrital de Lisboa Pedro Pinto.

Saem também os vices da bancada Luís Leite Ramos, que tinha manifestado à sua distrital (Vila Real) indisponibilidade para voltar a ser deputado, Carlos Peixoto ou José Cesário, que tinham sido cabeças de lista em 2019 e não foram convidados a integrar as listas para as legislativas de 30 de janeiro.

Ao final da manhã já tinham sido conhecidos os cabeças de lista, com o deputado e médico Ricardo Baptista Leite a encabeçar o círculo da capital, a ex-candidata à liderança da JSD Sofia Matos pelo Porto e o antigo juiz do Tribunal Constitucional Paulo Mota Pinto por Leiria. Rui Rio voltou a querer ocupar o posto de número dois pelo Porto.

Os conselheiros nacionais já não tiveram de se pronunciar sobre uma coligação pré-eleitoral com o CDS-PP, porque o cenário ficou afastado na Comissão Política Nacional, que decidiu que seria mais vantajoso para o PSD concorrer sozinho às legislativas de 30 de janeiro, uma posição que Rio disse ser “largamente maioritária” na direção.

Das reuniões de terça-feira do PSD saiu também uma mudança do local do Congresso, que se mantém entre 17 e 19 de dezembro, mas será em Santa Maria da Feira (Aveiro) e não em Lisboa, por a sala do Europarque ser mais facilmente adaptável às restrições impostas pela pandemia de covid-19 e, sublinhou Rio, por ser também uma opção bastante menos dispendiosa.

Se o Conselho Nacional de Évora até foi curto comparado com anteriores reuniões, no final foram muitos os participantes que prolongaram as conversas no hotel alentejano onde decorreu a reunião, incluindo o presidente Rui Rio, e muitos dos antigos e, sobretudo, dos futuros deputados.

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Efacec fecha mais um empréstimo com garantia de Estado

Sete milhões de euros do empréstimo estão reservados para o pagamento de salários, em caso de necessidade, e dez milhões destinam-se ao pagamento a fornecedores, apurou o ECO.

A Efacec vai fechar esta semana mais um empréstimo com garantia pública, do Banco de Fomento, no valor de 45 milhões de euros, dos quais nove milhões ficam dados como colateral ao sindicato bancário que o financia, apurou o ECO. É a solução de emergência, mais uma, para manter a Efacec viva até à conclusão da operação de reprivatização, cujo processo de negociação com a DST continua.

O sindicato bancário é constituído pela Caixa Geral de Depósitos, pelo Novo Banco, Millennium bcp e Montepio.

O Banco Português de Fomento queria enquadrar a garantia do empréstimo nos instrumentos que já disponibiliza, tal como o ECO avançou. A Linha de Apoio à Economia Covid-19 para empresas exportadoras da indústria e do turismo, com uma dotação de 1.050 milhões, foi a escolhida, como revelou o Jornal Económico. Mas foi necessário proceder à alteração de algumas das condições da linha para permitir o enquadramento da Efacec e de outras empresas. E, claro, prorrogar o prazo de vigência da linha que terminou em junho deste ano. Em causa está uma garantia de 80% ao empréstimo concedido pelos bancos.

Em 2020, a Efacec beneficiou de um empréstimo com garantia pública de 70 milhões de euros, e agora vai levantar mais 45 milhões. A explicação oficial para esta nova operação de endividamento é a necessidade de financiar operações de trade finance, mas a informação detalhada a que o ECO teve acesso mostra outra realidade. Segundo os números da própria administração executiva, sete milhões dos 36 milhões vão para o que designam de ‘disponibilidade de segurança’, leia-se salários, e 29 milhões para aplicação de fundos, dos quais dez milhões para pagar a fornecedores.

Oficialmente, a administração da Efacec garante que, “em nenhum momento o referido financiamento foi pensado para outro fim, nomeadamente o do pagamento de salários”. “A operação de financiamento em curso vem dar resposta a uma necessidade que decorre do exercício normal da atividade da Efacec“, diz fonte oficial em resposta às questões do ECO. “Este financiamento fortalecerá a capacidade de resposta da Efacec e do alcance dos seus objetivos, de acordo com o plano de negócios definido”, acrescenta.

Com este novo financiamento, a dívida líquida (net/debt) atingirá os 210 milhões de euros, um valor claramente superior ao valor projetado quando o processo de reprivatização se iniciou, e que era de 104 milhões de euros. O desvio das contas da Efacec projetado para 2021 em comparação com os valores inicialmente previstos é relevante. O EBITDA ficará nos 23,6 milhões negativos quando a projeção apontava para 22,9 milhões de euros positivos, enquanto a faturação ficará nos 238 milhões, menos 84 milhões de euros do que o previsto.

A Efacec garante que continua “a ser merecedora da confiança dos seus clientes e parceiros”, “como comprovam as encomendas superiores a 500 milhões de euros, das quais 200 milhões de euros são resultantes da atividade que tem vindo a ser desenvolvida em 2021. São novos contratos, na sua maioria, de longa duração, parte já iniciados em 2021 e que testemunham a competitividade da empresa”, sublinha fonte oficial. A empresa liderada por Ângelo Ramalho anunciou esta segunda-feira a entrada no mercado italiano com a assinatura de um contrato de 20 milhões de euros com a e-distribuzione, a maior empresa de distribuição de energia elétrica em Itália do Grupo Enel.

São estes os pressupostos para a negociação da reprivatização da Efacec. A DST foi a única candidata a apresentar uma BAFO (Best and Final Offer), que na verdade será menos generosa do que a primeira oferta vinculativa porque, entretanto, as projeções apontaram para resultados operacionais piores do que os inicialmente estimados.

A DST quer uma redução da dívida líquida para 90 milhões de euros no pre-closing. E exige que o Estado assuma responsabilidade pelo legacy até 170 milhões de euros (decorrente de processos judiciais em curso), e será necessário ainda concluir o processo de reestruturação que envolve mais investimento.

O processo de venda está em curso, e ainda na semana passada o ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, afirmou que espera ter o processo de venda definido até ao final do ano.

O ECO contactou o Ministério da Economia e o Banco Português de Fomento, mas não obteve resposta até à publicação desta notícia.

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