Rio deseja um “resultado agradável” ao CDS, após PSD decidir ir sozinho para eleições

A comissão política nacional rejeitou a hipótese de haver uma coligação pré-eleitoral com o CDS. Rio diz que a decisão foi quase unânime, mas deseja que o CDS tenha um "resultado agradável".

A comissão política nacional do PSD chumbou a hipótese de o partido ir às eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro em coligação pré-eleitoral com o CDS, avança o Observador e a RTP3. Ao início da noite, Rui Rio confirmou essa decisão e disse esperar que o CDS tenha um “resultado agradável”. Assim, a possibilidade de haver uma coligação com os centristas já não vai ser debatida no Conselho Nacional dos social-democratas que arranca esta terça-feira às 21h.

Entre os mais de 20 membros da direção alargada do partido liderado por Rui Rio, apenas três terão votado (Rio nega que tenha existido uma votação) a favor de uma coligação pré-eleitoral PSD/CDS (e com o PPM, como nos Açores), como ocorreu em 2015 com a coligação Portugal À Frente. Já antes das eleições internas em que Rio venceu Rangel (o qual era contra uma coligação pré-eleitoral) a direção do partido tinha sido contra esta hipótese. Agora o líder do partido reconhece que a oposição à coligação pré-eleitoral foi “largamento maioritária” pelo que nem foi necessário haver votação.

Em declarações transmitidas pelas televisões, o líder da oposição não revelou as razões que levaram o partido a tomar esta decisão, a não ser a mais óbvia: “Há diversos argumentos, mas não os vou dizer em público. Dou-lhe só um que é a síntese deles todos: a comissão política nacional considera mais vantajoso para o PSD nestas eleições em concreto ir sozinho, que consegue obter um melhor resultado indo às eleições sozinho, acreditando que o CDS consegue sozinho também ter uma posição e um resultado agradável, que é esse o nosso desejo também”, afirmou Rui Rio.

Em relação às listas de deputados — Rio anunciou os cabeças de lista de cada distrito antes da reunião –, o presidente do PSD considera que foram “das mais pacíficas” de se fazer, admitindo que há sempre ajustes a fazer. Rui Rio garante que houve um “esforço de renovação”, mas com “sinais de unidade” e sem nenhuma “limpeza” ou “saneamento” de quem apoiou Rangel na disputa interna. “Há quem vai ficar contente e há quem vá ficar descontente”, admite.

A reedição da Aliança Democrática (nome da primeira coligação entre PSD e CDS), após os resultados nas autárquicas em Lisboa e Coimbra e nas eleições regionais dos Açores, era apreciada pelo líder do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos que, ao contrário de Rio, não foi a votos internamente. Chegou a haver um encontro marcado entre os dois líderes após o chumbo do Orçamento para 2022, especulando-se sobre se iam anunciar uma coligação, mas acabou por ser cancelado.

Já Rio tinha dito, sobre uma potencial coligação com o CDS, que “tendencialmente estaria mais para sim do que para não”, mas este fim de semana fez declarações que sugeriam o contrário. “Se nós formos disputar agora o eleitorado do CDS, do Chega e da IL [Iniciativa Liberal], ali estão meia dúzia de votos. Não sei como é que se ganham eleições com aquela meia dúzia de votos, ainda por cima correndo o risco de perder alguma coisa ao centro“, disse, dando como certa a aposta do PSD nos eleitores de centro para roubar votos ao PS.

(Notícia atualizada às 21h07 com mais informação)

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Há 40 milhões do PRR para melhorar eficiência energética de edifícios da Administração Pública

O objetivo é conduzir, em média, a pelo menos 30% de redução do consumo de energia primária nos edifícios intervencionados e 20% do consumo de água.

O Ministério do Ambiente e da Ação Climática apresentou esta terça-feira o “1º Aviso para Apoio à Renovação Energética dos Edifícios da Administração Pública Central”. Enquadrado no Plano de Recuperação e Resiliência, este aviso envolve o montante global de 40 milhões de euros.

Os beneficiários são as entidades da Administração Pública Central (incluindo empresas públicas), abrangendo edifícios em todo o território continental. As candidaturas estão abertas até 30 de março de 2022 através do Fundo Ambiental.

Com este aviso, o Governo apoiará medidas que fomentem a eficiência energética nos edifícios da Administração Pública Central e que reforcem a produção de energia de fontes renováveis em regime de autoconsumo. O objetivo é conduzir, em média, a pelo menos 30% de redução do consumo de energia primária nos edifícios intervencionados e 20% do consumo de água.

Com vista a melhorar o desempenho energético e ambiental dos edifícios da Administração Pública Central, as candidaturas podem integrar diferentes tipologias de intervenção: na envolvente dos edifícios (opacas e envidraçadas); nos sistemas técnicos (iluminação, climatização, isolamentos, etc.); na produção de energia com base em fontes de energia renováveis para autoconsumo; na eficiência hídrica e em ações imateriais como campanhas de sensibilização e informação.

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Comissão Política do PS reúne dia 13 para fechar listas de candidatos a deputados

  • Lusa
  • 7 Dezembro 2021

Processo de escolha dos candidatos a deputados nas diferentes federações socialistas arrancar esta quarta-feira, em Viana do Castelo.

A Comissão Nacional do PS vai reunir-se na segunda-feira à noite, em Lisboa, para proceder à aprovação final das listas de candidatos a deputados que este partido irá apresentar nas próximas eleições legislativas.

Em declarações à agência Lusa, o secretário nacional do PS para a Organização, Pedro do Carmo, referiu que o processo de escolha dos candidatos a deputados nas diferentes federações socialistas arrancará já esta quarta-feira, em Viana do Castelo.

De acordo com os estatutos do PS, cabe às comissões políticas federativas de cada distrito aprovar cerca de dois terços dos candidatos a deputados.

O restante terço é da responsabilidade direta do secretário-geral, António Costa – a chamada quota nacional. Pertence também ao líder partidário a escolha dos diferentes cabeças de listas do PS nos círculos eleitorais do território continental.

Depois de Viana do Castelo, segundo o secretário nacional do PS para a Organização, a federação do Algarve indicará os seus nomes de candidatos a deputados na quinta-feira, mas a maioria das comissões políticas de federação tem a respetiva reunião marcada para sexta-feira.

Na sexta-feira, referiu o dirigente e deputado Pedro do Carmo, reúnem-se federações como Aveiro, Braga, Baixo Alentejo, Guarda, Portalegre, Viseu ou Porto.

A Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) será a última a fechar a sua proposta de candidatos a deputados, o que deverá acontecer horas antes de se iniciar a Comissão Política Nacional do PS que fechará todas as listas.

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Zara lança primeira coleção no metaverso

  • ECO
  • 7 Dezembro 2021

Chama-se AZ e é a primeira coleção da Zara no metaverso. Resulta de uma colaboração com a marca sul-coreana Arder Erros. Peças podem ser compradas a partir desta terça-feira.

A Zara acaba de lançar a sua primeira coleção no metaverso. Chama-se AZ e foi criada em parceria com a Arder Error, uma marca sul-coreana, segundo avança, esta terça-feira, a agência EFE.

Em causa está um projeto que “reflete sobre a capacidade de a linguagem expressar ideias, dar azo a novas formas de pensar e criar novas culturas“, explica a Zara, no seu site. E acrescenta: “Nesta colaboração, a Arder Error pretende definir uma nova geração baseada na identidade e na peculiaridade de cada indivíduo”. Segundo a gigante espanhola, os “desenhos refletem o estilo de vida de pessoas cujas personalidades estão moldadas por experiências simultâneas no mundo real e no virtual“.

A coleção em causa está disponível a partir desta terça-feira no site da Zara e poderá ser vista também na Zepeto, plataforma que permite criar avatares e mundos imaginários.

Os preços variam entre 39,95 euros e 199 euros, sendo as peças unissexo e marcadas pelos “padrões largos e cómodo”.

Esta não é a primeira vez que a indústria da moda “experimenta” o mundo virtual. A agência EFE avança que a H&M, por exemplo, lançou uma coleção de roupa virtual no mundo do videojogo da Nintendo “Animal Crossing”.

O metaverso é um espaço virtual coletivo que abrange a realidade aumentada, a internet e a realidade virtual.

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600 mil computadores prestes a ser distribuídos pelos alunos

  • Lusa
  • 7 Dezembro 2021

No ano letivo anterior, tinham distribuído cerca de 450 mil computadores e hotspots de internet. Os restantes 600 mil "estão prestes a chegar e ser distribuídos", garante o Governo.

Os cerca de 600 mil computadores destinados aos alunos do ensino obrigatório estão prestes a chegar e ser distribuídos, ficando concluído o processo de atribuição de equipamentos pelos estudantes, anunciou esta terça-feira o secretário de estado da Educação.

“Estamos neste momento já em fase de chegada e distribuição dos restantes 600 mil para atingirmos o pleno dos alunos”, afirmou o secretário de estado Adjunto e da Educação, João Costa, durante o webinar “O Digital na Educação” promovido pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), que está a decorrer online.

No passado ano letivo, o Ministério da Educação distribuiu cerca de 450 mil computadores e hotspots de internet, segundo um programa que começou por se focar nos alunos mais carenciados (com Apoio Social Escolar).

Faltavam cerca de 600 mil para abranger professores e todos os alunos do ensino obrigatório da rede pública, tal como desenhado no programa Escola Digital, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Além da distribuição de equipamentos, o programa prevê também novas infraestruturas nas escolas capazes de fornecer internet com mais qualidade e mais recursos, a formação de professores ou a produção de recursos educativos digitais.

A presidente do Conselho Nacional de Educação, Maria Emília Brederode Santos, recordou um estudo realizado pelo CNE que revelou que 90% dos docentes estavam interessados em ter formação na área da informática.

O secretário de Estado salientou, no entanto, que “não vale a pena ter toda a competência tecnológica e capacidade de manipular a tecnologia” se não existir um trabalho de literacia de informação e dos média.

“Nesta avalanche de informação já não somos apenas consumidores de conteúdos. Desde muito novos, as crianças e jovens são também produtores de conteúdos e isso traz muitas questões, sobretudo, de natureza ética, como a ética da navegação”, salientou o governante.

As escolas precisam também de trabalhar o pensamento crítico dos alunos. Num tempo em que “o manual escolar em formato livro não é o único instrumento que existe na sala de aula”, os alunos têm de estar preparados para questionar e conseguir distinguir a informação que lhes é oferecida.

Os jovens têm de ser capazes de avaliar fontes, detetar informação falsa, distinguir factos de opiniões, ter capacidade de contrastar diferentes fontes de informação, disse João Costa.

Durante o webinar, o Governo recordou que a transição digital já era um objetivo que apenas se tornou “mais emergente e acelerado” com a pandemia: “A pandemia foi um acelerador nas necessidades da transição digital”.

João Costa salientou que o currículo dos alunos, desde o pré-escolar ao secundário, já previa a integração de competências digitais e que o plano de transição digital na educação existia antes da covid-19.

Mas, sublinhou, nunca teve o intuito de se substituir ao ensino em contexto da escola, porque “nenhuma máquina substitui a relação humana”.

Para João Costa, o que aconteceu em 2020 e em 2021 quando os alunos foram mandados para casa não se pode chamar de “educação à distância” ou “educação digital”. Houve sim, defendeu, uma “resposta de emergência a uma situação inesperada para a qual não houve tempo de preparação”.

A pandemia colocou os “sistemas educativos debaixo de uma lupa” que veio mostrar o “quanto as desigualdades sociais aumentaram”, disse João Costa, defendendo que no processo de transição digital “a agenda da equidade tem de estar acima da agenda da transição digital” e que “o objetivo maior é combater as desigualdades e garantir a equidade”.

O programa de Governo previa que até 2023 todos os alunos do ensino básico e secundário das escolas públicas teriam um computador, mas com a pandemia de covid-19 e o repentino encerramento das escolas, António Costa prometeu em abril de 2020 que, no ano letivo seguinte, todos os estudantes teriam um computador.

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Costa elogia parceria “promissora” da Bosch com a Universidade do Porto

O primeiro-ministro considera que o projeto de 28 milhões para a condução autónoma com a Universidade do Porto não fica nada a dever às parcerias que o grupo alemão já tem no Minho e em Aveiro.

António Costa sublinhou que a parceria assinada esta terça-feira entre a Bosch Portugal e a Universidade do Porto (UPorto) “é tão ou mais promissora do que as que foram celebradas” anteriormente com as Universidades do Minho e de Aveiro.

“Era difícil encontrar melhor parceiro do que a Universidade do Porto”, acrescentou o primeiro-ministro durante a cerimónia de assinatura do contrato de investimento entre o grupo alemão, a instituição de Ensino Superior e a AICEP.

Como o ECO escreveu na segunda-feira, a Bosch vai avançar com um projeto de inovação com a Universidade do Porto que visa o desenvolvimento de “soluções para melhorar as capacidades sensoriais dos veículos autónomos, através de algoritmos de perceção baseados nos dados recolhidos pelos seus sensores”.

Esta iniciativa conjunta de inovação na área da mobilidade inteligente representa um investimento superior a 28 milhões de euros. O designado projeto THEIA – Automated Perception Driving prevê a integração de cerca de 55 novos colaboradores da Bosch e mais de 70 investigadores na Universidade do Porto.

Isto demonstra bem a qualidade e a excelência quer dos recursos humanos formados, quer a qualidade do conhecimento produzido na Universidade do Porto.

António Costa

Primeiro-ministro

Este é apenas o mais recente projeto de inovação desenvolvido pela Bosch Portugal, liderada por Carlos Ribas, em colaboração com instituições de Ensino Superior no país. A mais antiga e também relevante tem sido desenvolvida em Braga, envolvendo a Bosch Car Multimedia e a Universidade do Minho, ultrapassando 165 milhões de euros de investimento.

Iniciada em 2013, a aliança minhota da Bosch já resultou no registo de mais de 70 patentes nos domínios da mobilidade do futuro e da transformação digital da indústria. No mês passado foi assinalado o encerramento da terceira fase desse projeto, focada igualmente na condução autónoma e na digitalização industrial e que envolveu 750 quadros da Bosch e da Universidade do Minho.

Já em Aveiro, onde está instalada a unidade industrial da Bosch Termotecnologia, a mais recente colaboração, anunciada em abril deste ano, diz respeito ao projeto Augmanity, para a implementação do 5G na indústria portuguesa. O valor desse investimento em investigação e desenvolvimento (I&D), em execução com a Universidade de Aveiro, ascende a 8,5 milhões de euros, até julho de 2023.

UPorto em quase metade dos projetos da bazuca

No discurso proferido esta tarde na Reitoria da UPorto, antes de fugir às perguntas que os jornalistas lhe queriam colocar à margem da cerimónia, António Costa salientou ainda que a academia portuense integrou 28 dos 64 projetos da Agendas Mobilizadoras para a Inovação Empresarial, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

“Isto demonstra bem a qualidade e a excelência quer dos recursos humanos formados, quer a qualidade do conhecimento produzido na Universidade do Porto, fruto da investigação desenvolvida nas suas diversas unidades”, resumiu o primeiro-ministro.

A finalizar, Costa sublinhou que “é com projetos como este [com a Bosch] que [se consegue] responder com confiança” às perguntas que disse serem essenciais para a economia portuguesa: “Como aumentar significativamente o rendimento dos portugueses, como fixar as novas gerações em Portugal, como ter empresas mais competitivas e como pode o país crescer mais depressa”.

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Encaixe do Estado este ano com licenças de 5G é de 410 milhões, diz presidente da Anacom

  • Lusa
  • 7 Dezembro 2021

Encaixe do Estado este ano com o pagamento das licenças de 5G é de 410 milhões de euros, relevou presidente da Anacom. Dense Air, NOS e Vodafone pagaram totalidade das licenças obtidas.

O presidente da Autoridade Nacional de Comunicações afirmou, esta terça-feira, que o encaixe do Estado este ano com o pagamento das licenças de 5G é de 410 milhões de euros, tendo a Dense Air, NOS e Vodafone pago a totalidade.

João Cadete de Matos, que falava num encontro com jornalistas em Lisboa, adiantou que as três operadoras Dense Air, NOS e Vodafone Portugal “foram as primeiras a pagar” pelo espectro obtido no leilão 5G e “pagaram a totalidade”.

O regulamento do leilão prevê que as empresas possam pagar 50% do valor agora e a metade remanescente ao longo de sete anos, sempre com a possibilidade de em cada ano antecipar o pagamento. Estas três empresas pagaram logo que foi possível o espectro ganho e na sua totalidade. As operadoras que pagaram 50% foram a Dixarobil Telecom, a Nowo e a Meo/Altice Portugal.

“O que significa que do ponto de vista de encaixe do Estado este ano vai ser um número interessante, 410 milhões de euros”, afirmou João Cadete de Matos. Ou seja, “este ano já se recebeu 410 milhões [de euros], se tivessem pago apenas os 50% todos só se teria recebido 283 milhões“, acrescentou.

O leilão 5G, que durou mais de nove meses, sendo que só na fase principal durou mais de 200 dias e 1.727 rondas, terminou em 27 de outubro, tendo seis operadores ganhado espectro da tecnologia de quinta geração.

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Siza garante que bacalhau não vai faltar no Natal, mas preços podem subir

O ministro da Economia Pedro Siza Vieira garantiu esta terça-feira, na Azambuja (Lisboa), que não vai faltar bacalhau na época natalícia, mas admitiu que os preços podem subir.

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital garantiu esta terça-feira que “não vai faltar bacalhau no Natal”, mas admitiu que os “preços podem subir”. Em declarações no final de uma visita ao novo edifício do Centro de Distribuição da Sonae MC, Siza Vieira assegurou que nesta quadra natalícia não irá faltar o bacalhau, instando à tranquilidade e lembrando que o Governo tem estado a acompanhar todo o processo da cadeia de abastecimento.

O ministro acrescentou ainda que o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, João Torres, que o acompanhou nesta visita, vai ter, ainda esta terça-feira, uma nova reunião com o grupo de trabalho que integra produtores, retalhistas e transportadores.

Questionado sobre a possibilidade de um aumento dos preços, Siza Vieira afirmou que, apesar do crescimento do índice de preços no consumidor no último mês, este foi “moderado, comparando com o resto da União Europeia”, não havendo, também aí, “razões para preocupação”.

“Não temos nenhum receio quanto ao Natal”, garantiu o ministro.

Segundo Siza Vieira, a única dificuldade no abastecimento regista-se na área dos componentes eletrónicos. O ministro admitiu uma “dificuldade de fornecimento nos mercados mundiais” que tem afetado em particular o setor automóvel. Contudo, Siza Vieira salientou que relativamente ao “essencial”, “não vai haver falhas significativas”, embora possam haver demoras na entrega.

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Governo quer capacitar em direitos humanos 80 trabalhadores públicos em 2022

  • Lusa
  • 7 Dezembro 2021

A iniciativa – que arrancará em março (com inscrições em janeiro) – terá duas edições no próximo ano.

O Governo quer capacitar na área dos direitos humanos 80 trabalhadores e dirigentes da administração pública, ao longo de 2022, foi hoje anunciado.

O anúncio consta do Programa de Capacitação em Direitos Humanos para a Administração Pública, elaborado pelo Instituto Nacional de Administração (INA) e hoje lançado publicamente pela ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão, no Museu do Aljube, em Lisboa.

O programa – a que a Lusa teve acesso – reconhece “o papel do Estado na promoção dos direitos humanos e direitos fundamentais” e, simultaneamente, “o papel do trabalhador em funções públicas, enquanto agente promotor da vinculação da administração pública aos direitos fundamentais”.

A iniciativa – que arrancará em março (com inscrições em janeiro) – terá duas edições em 2022, sendo que cada uma se propõe acolher como formandos 40 trabalhadores e dirigentes públicos.

Promover, sensibilizar e divulgar os direitos humanos são objetivos do programa, mas também integrá-los “no exercício das funções dos trabalhadores e dirigentes da administração pública”, explicita-se num comunicado divulgado pelo gabinete da ministra Alexandra Leitão.

Ao mesmo tempo, pretende-se assegurar que se possa “identificar criticamente situações de desigualdade e de ameaça aos direitos humanos e fundamentais no acesso aos serviços públicos”.

Paralelamente, o Governo lançou, também hoje, o Guia Metodológico para Serviços Públicos baseados em Direitos Humanos.

Elaborado pela Agência para a Modernização Administrativa e pelo LabX-Centro para a Inovação do Setor Publico, o guia visa “promover, proteger e cumprir os direitos humanos e a democracia na prática” dos serviços públicos, “integrando normas, padrões e princípios”, como participação, inclusão, transparência e avaliação da qualidade.

Com o guia metodológico, destinado a dirigentes e responsáveis, pretende-se “ajudar as entidades públicas a materializar” os direitos humanos “nas suas práticas de (re)desenho e avaliação” dos serviços.

“Promover a participação dos cidadãos em todas as fases do processo, em particular dos grupos excluídos ou mais desfavorecidos” é um dos nove princípios que constam do guia metodológico.

Por exemplo, um serviço deve ser “acessível a todos os perfis de cidadãos” e não precisar de “qualquer intermediação para a sua utilização” – que, a ter de existir, deve ser “acessível e gratuita”.

Por outro lado, os destinatários devem ser auscultados previamente à criação de novos serviços.

O foco nas “comunidades em situações vulneráveis” e a garantia da privacidade e da proteção de dados pessoais dos cidadãos são também princípios listados.

Analisar as consequências da prestação dos serviços, “valorizar tanto o processo quanto o resultado”, abordar os “casos de uso indevido como um problema sério a resolver” e promover a monitorização e avaliação contínua dos serviços são outras das indicações vertidas no guia.

Há também uma preocupação com o conhecimento que tanto os titulares de direitos como os detentores de deveres têm dessas mesmas capacidades – num caso para os reivindicar, no outro para os cumprir.

A informação sobre obrigações, responsabilidades e direitos relativos aos serviços deve ser disponibilizada de forma transparente e numa linguagem acessível, assinala o programa.

As duas iniciativas hoje lançadas – o programa de capacitação e o guia metodológico – inserem-se no Projeto Nunca Esquecer – Programa Nacional em Torno da Memória do Holocausto, que reconhece “a necessidade de capacitar a administração pública para os direitos humanos” e o papel dos agentes públicos na “garantia do acesso e efetivação” desses mesmos direitos.

A esse propósito, a ministra recordou, em declarações escritas enviadas à Lusa antes da sessão de lançamento das duas ferramentas, o funcionário público Aristides de Sousa Mendes, recentemente trasladado para o Panteão Nacional.

“Nunca mais queremos uma Administração Pública que pune aqueles que seguem a sua consciência e a sua humanidade”, vincou Alexandra Leitão, em vésperas de se assinalar o Dia Internacional dos Direitos Humanos (a 10 de dezembro).

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Lisboa fecha em alta com EDP Renováveis a valorizar quase 3%

Lisboa terminou a sessão de quarta-feira no "verde", acompanhando a tendência positiva registada nas demais praças do Velho Continente.

Em linha com as demais praças do Velho Continente, a bolsa de Lisboa fechou a segunda sessão da semana em “terreno positivo“. Entre as cotadas que registaram ganhos mais expressivos, esteve a EDP Renováveis, cujos títulos subiram quase 3%, e a Jerónimo Martins, que ganhou quase 2%.

Esta terça-feira, o PSI-20 valorizou 1,04% para 5.567,680 pontos, seguindo a tendência positiva registada nas restantes praças europeias. O STOXX 600 subiu 2,46% para 480,23 pontos, o francês CAC 40 ganhou 2,86% para 7.062,41 pontos, o alemão DAX somou 2,87% para 15.821,93 pontos e o espanhol IBEX avançou 1,39% para 8.557,00 pontos. Os mercados estiveram a recuperar depois de as autoridades norte-americanas terem indicado que a nova variante do coronavírus, a Ómicron, pode não ser tão preocupante como se antecipava.

Por cá, destaque para a EDP Renováveis, cujos títulos somaram 2,86% para 22,28 euros. Ainda na energia, as ações da EDP ganharam 0,72% para 4,868 euros, mas as da Greenvolt caíram 0,92% para 6,43 euros e as da Galp Energia recuaram 0,52% para 8,754 euros. Isto mesmo num dia em que, em Londres, o Brent valorizou quase 3%.

No retalho, os títulos da Jerónimo Martins avançaram 1,96% para 19,985 euros, dando ânimo à bolsa de Lisboa. E os da Sonae valorizaram 1,36% para 0,9655 euros.

O dia foi também de ganhos para as papeleiras: as ações da Semapa subiram 1,55% para 11,8 euros, as da Navigator ganharam 1,51% para 3,232 euros e as da Altri somaram 1,51% para 5,365 euros. Mas foi mesmo a Ramada Investimentos a liderar os ganhos, nesta sessão. Os títulos desta cotada disparam 7,27% para 7,08 euros.

Já do outro lado da linha de água, destaque para o BCP, cujos títulos recuaram 0,14% para 0,1477 euros.

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Metyis junta-se ao ISLA-IPGT para lançar pós-graduação em analytics e data science empresarial

Através desta colaboração, a Metyis e o ISLA-IPGT pretendem formar profissionais na área da ciência dos dados, que consigam dar resposta ao atual mercado digital competitivo.

A Metyis associou-se ao Instituto Politécnico de Gestão e Tecnologia (ISLA-IPGT), em Vila Nova de Gaia, no lançamento de uma pós-graduação em analytics e data science empresarial. A formação, com candidaturas a decorrer até 31 de dezembro, conta com uma componente teórica e prática, aproveitando as sinergias entre academia e empresa.

“As organizações precisam de profissionais que compreendam os dados, que saibam analisá-los, explorar o seu potencial e convertê-los em insights, para antecipar e responder rapidamente às necessidades do mercado. É neste âmbito que surge a pós-graduação em analytics e data science empresarial, cujo principal objetivo é preparar profissionais capazes de criar valor em qualquer empresa, através dos domínios de analítica e ciência de dados”, refere Núria Amorim, IT project management officer da Metyis, em comunicado.

“É uma área altamente especializada que combina visão para o negócio e tecnologia, com imensas oportunidades de crescimento”, acrescenta.

A pós-graduação vai precisamente permitir trabalhar as competências dos participantes num programa que inclui a análise de casos de estudo, a utilização de ferramentas de software em analytics e data science e o desenvolvimento de um projeto em contexto real. Além disso, vão ser proporcionadas master classes com especialistas reconhecidos em diferentes setores, de forma a fomentar a partilha de conhecimento sobre projetos reais na área de dados.

“O ISLA-IPGT promove uma oferta formativa especializada em diferentes áreas e muito focada nas necessidades do mercado. A pós-graduação em analytics e data science empresarial é o mais recente exemplo dessa nossa constante preocupação. Procuramos soluções de formação que dêem respostas inovadoras às questões do mercado e a colaboração com a Metyis, nesta pós-graduação, é claramente uma aposta forte na estratégia de dinâmica de integração do mercado no centro de atenção desta Instituição”, diz Firmino Silva, coordenador da pós graduação do ISLA.

Pós-graduação pode dar direito a estágio na Metyis

No final da pós-graduação, os estudantes vão ter a oportunidade de se candidatar a um estágio na Metyis. Para serem elegíveis, os candidatos vão ser submetidos a uma entrevista com um quadro sénior que irá avaliar a área e as competências mínimas para a sua realização. É ainda necessário que os candidatos tenham disponibilidade total e aceitem as condições do estágio a nível de remuneração e formato.

É uma área altamente especializada que combina visão para o negócio e tecnologia, com imensas oportunidades de crescimento.

Núria Amorim

IT project management officer da Metyis

As inscrições para a pós-graduação, que decorrem até 31 de dezembro, apresentam como requisito de admissão uma formação nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia, gestão, economia ou qualquer outra área que inclua uma componente matemática. As 25 vagas do curso vão ser preenchidas a partir da apreciação do currículo e motivação dos candidatos para a frequência do curso.

A data prevista de início é dia 14 de janeiro, com aulas às sextas-feiras em regime pós-laboral, e aos sábados de manhã, totalizando 240 horas de formação presencial.

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ECO do Dinheiro. As novas tabelas de IRS deixam mais dinheiro no bolso?

  • ECO
  • 7 Dezembro 2021

O Governo já revelou as novas tabelas de retenção na fonte de IRS, que refletem o aumento do mínimo de existência e retenções na fonte mais próximas do imposto efetivo.

  • O Governo já revelou as novas tabelas de retenção na fonte de IRS. Mas será que lhe põem mais dinheiro no bolso? Veja o vídeo:

http://videos.sapo.pt/q05GpddCnC36oEWhG3z1

As tabelas para 2022 refletem o aumento do salário mínimo para 705 euros e, por arrasto, do chamado mínimo de existência, que é o valor até ao qual não se paga imposto. Isto significa que no próximo ano haverá mais contribuintes que ficam isentos de pagar IRS. Neste caso, são 86 milhões de euros em receita fiscal que o Estado deixa de arrecadar e que ficam no bolso dos trabalhadores.

As tabelas de IRS definem a taxa de imposto aplicada aos rendimentos que é retida mensalmente para ser entregue às Finanças. Só que há uma diferença entre o que é retido e o que é efetivamente devido. A outra alteração nas tabelas para o próximo ano foi diminuir esta diferença.

Neste caso, embora a medida tenha um impacto orçamental de 89 milhões, não há uma redução do imposto a pagar. O contribuinte terá mais uns poucos euros no bolso todos os meses durante o próximo ano, mas receberá um reembolso menor, ou mesmo nenhum, em 2023.

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