Rendimento das famílias per capita na OCDE sobe 0,4% no segundo trimestre
Dados da OCDE indicam que rendimento das famílias real per capita cresceu na maioria dos países, mas contraiu-se no Canadá e na Alemanha. Reino Unido e Itália registaram os maiores aumentos.
O rendimento real das famílias per capita na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) aumentou 0,4% no segundo trimestre, em comparação com 1,3% no trimestre anterior, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) real per capita cresceu 0,3%, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pela instituição.
Apesar do aumento global do rendimento familiar real per capita, a tendência foi mista. Dos 15 países para os quais existem dados disponíveis, oito registaram um aumento, enquanto sete tiveram uma diminuição. Entre as economias do G7, o rendimento familiar das famílias per capita cresceu na maioria dos países, mas contraiu-se no Canadá e na Alemanha. O Reino Unido e Itália registaram os maiores aumentos (1,1% e 1,0%, respetivamente).
Por seu lado, nos Estados Unidos o rendimento familiar real per capita subiu 0,4%, abaixo dos 1,2% no primeiro trimestre, principalmente devido ao crescimento reduzido na remuneração dos empregados e nos pagamentos de benefícios sociais do governo.
França também registou um aumento (0,3%), abrandando face aos 0,5% no primeiro trimestre, enquanto a Alemanha registou diminuições tanto no rendimento real das famílias per capita (-0,2%) como no PIB real per capita (-0,3%). Segundo a OCDE, o primeiro reflete em parte o fraco crescimento da remuneração dos empregados e dos rendimentos de propriedade, combinado com o aumento dos impostos sobre o rendimento e a riqueza.
Por outro lado, olhando para a evolução entre o quarto trimestre de 2021 e o segundo trimestre de 2024, Portugal registou o maior aumento do rendimento real das famílias per capita dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), devido sobretudo ao aumento da remuneração dos trabalhadores. De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pela instituição com sede em Paris, o rendimento familiar subiu 2,1% naquele período.
Esta evolução resulta sobretudo do crescimento homólogo de 23% da remuneração dos trabalhadores em Portugal em termos reais, desde o final de 2021, ultrapassando as das economias do G7.
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