Matos Fernandes pede que setor da construção invista mais no reaproveitamento dos edifícios

  • BRAND'S CAPITAL VERDE
  • 10 Maio 2024

O Ex-Ministro do Ambiente e da Ação Climática esteve esta manhã no Simpósio Internacional de Sustentabilidade e Transição Verde que está a decorrer na Nova SBE, em parceria com o novobanco.

“É inaceitável que um edifício projetado e construído hoje não seja aproveitado em 95% da sua massa ou do seu peso quando vier a ser desconstruído daqui a 60 ou 70 anos”, afirmou esta manhã João Pedro Matos Fernandes, Ex-Ministro do Ambiente e da Ação Climática, no simpósio internacional Sustainability and Green Transition, a decorrer na Nova SBE, uma iniciativa desta instituição com o novobanco.

“A construção é responsável por 16% das emissões da UE, mas dentro dos 100% que correspondem às construções, só 4% é que têm a ver com a atividade da construção propriamente dita. 43% tem a ver com a produção de cimento e 25% com a produção de ferro e aço”, afirmou.

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De maio a agosto, vão ser postos a concurso 2,5 mil milhões do PT2030

Aprovado regulamento que conclui regulamentação do PT2030. Câmaras vão ter 1,8 mil milhões para centros de saúde, escolas e reabilitação urbana.

A Comissão Interministerial de Coordenação do Portugal 2030 aprovou o Plano Anual de Avisos do Portugal 2030 até abril de 2025, anunciou o Ministério da Coesão. Estão agendados 459 avisos que serão abertos em 11 meses, com uma dotação de 4.500 milhões de euros. Nos próximos meses, de maio a agosto, serão lançados 253 concursos, com uma dotação de 2.500 milhões de euros.

“Resultante do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelo Governo para acelerar a execução do PT2030, nos próximos três meses serão lançados 253 avisos, com uma dotação disponível de 2.500 milhões de euros, distribuídos por vários objetivos de política e pelas várias regiões do país, nas áreas sociais, da economia, do ambiente, do mar e do território”, explica o Ministério da Coesão, em comunicado.

O primeiro Plano Anual de Avisos do Portugal 2030 foi publicado no final de setembro com 412 avisos para apresentação de candidaturas a lançar pelas autoridades de gestão do Portugal 2030 e do Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração (FAMI) até setembro deste ano. Estes concursos tinham previsto mobilizar 6,18 mil milhões de euros de fundos europeus, distribuídos pelas várias regiões do país, nas áreas sociais, da economia, do ambiente, do mar e do território.

A Comissão Interministerial de Coordenação do PT2030 também aprovou um regulamento específico de Valorização Territorial e Infraestruturas Sociais, concluindo assim a principal regulamentação do atual quadro comunitário. Foi “aprovado um regulamento que não tinha sido objeto de análise e parecer por parte do anterior Governo”, diz o Ministério em comunicado.

O novo Executivo na apresentação do Programa de Governo sublinhou os atrasos na execução dos vários programas de fundos europeus, apontando para a falta de regulamentos. “Pior ainda, é difícil compreender que 20 meses após a assinatura do Acordo de Parceria não tenham sido ainda aprovados todos os regulamentos. Sem regulamentos não é possível lançar concursos e sem concursos não há dinheiro a chegar à economia”, disse Manuel Castro Almeida no Parlamento.

Com o regulamento agora aprovado as câmaras vão poder mobilizar uma dotação de 1.809 milhões de euros através das Comunidades Intermunicipais (CIM) e Áreas Metropolitanas (AM). “Entre os vários projetos de desenvolvimento e coesão territorial que podem ser financiados, destacam-se os centros de saúde, o ensino pré-escolar, básico e secundário, o património cultural e natural, e a reabilitação urbana“, explica o mesmo comunicado.

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UTAO diz ser “impossível” avaliar em 15 dias impacto orçamental das propostas sobre IRS

  • Lusa
  • 10 Maio 2024

Coordenador da unidade técnica responde aos deputados que pediram avaliação. Prazo definido, falta de meios informativos e custos de oportunidade apontados como motivos.

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) diz ser “uma missão impossível” avaliar até dia 23 o impacto orçamental das propostas relativas à redução do IRS, conforme solicitado pela Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP).

“Com todo o respeito para com os membros da COFAP, a UTAO conclui estar perante uma missão impossível de concretizar”, afirma o coordenador daquela unidade técnica, Rui Baleiras, numa carta enviada aos deputados, apontando como motivos o prazo definido, a falta de meios informativos e os custos de oportunidade.

Segundo a UTAO, “um exercício de previsão orçamental profissionalmente sério sobre apenas qualquer uma das propostas legislativas não cabe em 15 dias consecutivos de trabalho (fins de semana incluídos)”, sendo que, neste caso, estão em causa sete iniciativas legislativas propondo alterações a vários artigos do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS).

Assim, argumenta, mesmo que aquela unidade “parasse toda a demais produção e dedicasse plenamente os cinco recursos humanos a este trabalho (quatro analistas e o coordenador) durante 15 dias consecutivos, nunca seria capaz de entregar uma avaliação técnica suficientemente rigorosa para não induzir em erro as discussões políticas das iniciativas legislativas em sede de comissão ou plenário“.

Outro dos motivos avançados é a carência de meios informativos necessários à avaliação, já que “os cálculos exigem microdados da campanha de IRS mais recente” e “a UTAO não dispõe de acesso às bases de microdados da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT)”. Adicionalmente, “mesmo que se conseguisse aceder a ela, a desatualização da mesma face a tantas alterações legais entretanto produzidas tornaria inútil a própria base de dados”.

Finalmente, a UTAO aponta os custos de oportunidade para justificar a impossibilidade de responder à solicitação dos deputados, sustentando que os recursos humanos de que dispõe “são escassos e as suas responsabilidades grandes e diversas”.

“Mesmo que as restrições de tempo e meios informativos não existissem, a UTAO teria de confrontar o poder político parlamentar com a produção que deixaria de existir para deslocar toda a capacidade instalada para realizar este estudo avulso, não previsto no seu plano de atividades”, salienta.

Desde logo, concretiza, a “afetação integral da capacidade instalada” da unidade para executar o estudo pedido pela COFAP “iria impedir a publicação da análise à execução orçamental do primeiro trimestre de 2024 em contabilidade pública e adiar, ainda mais, o fecho do estudo avulso, também solicitado pela 5.ª Comissão permanente, sobre progressões remuneratórias dos docentes do ensino não-superior e dos trabalhadores das demais carreiras profissionais”.

Rui Baleiras termina a carta recordando que, num relatório datado de março de 2022, a UTAO propôs uma reforma dos estatutos da unidade que passaria, por exemplo, a permitir a constituição de “um pequeno grupo permanente” de três ou quatro analistas “dedicado a estudos avulsos, com flexibilidade e formação adequadas para assessorar a COF/COFAP em matéria de análise positiva e estatística de efeitos económico-orçamentais de medidas de política fiscal”.

“Sem a criação dessas condições institucionais e a compreensão pelo poder político de que os estudos de suporte técnico precisam de tempo para poderem ser úteis à decisão política, irão repetir-se no futuro estas situações desagradáveis de ‘missões impossíveis'”, avisa. “Apelo, por isso, a que seja possível um diálogo nos próximos meses entre a COFAP e a UTAO para levarmos a bom porto a reforma da UTAO”, acrescenta o coordenador.

Em causa estão as propostas aprovadas na generalidade do PS, BE e PCP sobre o IRS e os requerimentos para que a proposta do Governo, do Chega e da IL baixassem à especialidade sem votação.

A proposta do Governo prevê uma redução adicional entre 0,25 e 3 pontos percentuais nas taxas que incidem do 1.º ao 8.º escalões de rendimento, com a maior descida (3 pontos percentuais) a incidir sobre o 6.º escalão. No 9.º escalão, a taxa mantém-se sem alterações.

O projeto do PS defende reduções mais acentuadas das taxas do IRS sobre os escalões de rendimento mais baixos (entre 1.000 e 2.500 euros brutos mensais), enquanto o do BE o aumento do valor das deduções específicas (sobre trabalho e pensões) e da dedução dos encargos com imóveis para os 360 euros, bem como a eliminação da norma que impede as pessoas com empréstimo à habitação contraído após 2011 de beneficiarem desta dedução.

Já a do PCP insiste na obrigatoriedade do englobamento dos rendimentos sujeitos a taxas especiais e liberatórias, como rendas, mais-valias ou juros, para quem está no patamar cimeiro dos escalões, propondo ainda a subida da dedução específica e a sua atualização em função do IAS, a redução das taxas que incidem sobre os dois primeiros escalões e o agravamento das que incidem sobre os escalões de rendimento mais levado. É ainda criado um novo para rendimentos acima de 250 mil euros por ano, com uma taxa de 56%.

O projeto do Chega, por seu lado, propõe uma redução mais substancial das taxas do imposto até ao 8.º escalão — deixando apenas inalterada a do 9.º, que corresponde ao escalão de rendimento mais elevado, enquanto o da IL propõe o aumento a dedução específica, a redução das taxas do imposto (considerando apenas dois patamares) e fixa o mínimo de existência no valor equivalente a 14 salários mínimos nacionais ao valor atual (820 euros).

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Preço do café em Portugal sobe mais que a média europeia

  • Joana Abrantes Gomes
  • 10 Maio 2024

Apesar de o aumento dos preços ser menor face há um ano, há 15 países do bloco europeu onde o café continua a encarecer. Portugal é um deles, com uma subida homóloga dos preços de 3% em março.

Os preços do café continuam a subir na União Europeia (UE), mas a um ritmo muito menor do que o observado no ano passado. Desde o pico alcançado em 2022 que a inflação sobre este produto tão apreciado tem vindo a desacelerar, mostram os dados do Eurostat.

Em concreto, a taxa de inflação média do café na UE foi de 1% em março, o que compara com a subida média de 13,5% no mesmo mês do ano passado, em termos homólogos, resumiu esta quinta-feira o gabinete oficial de estatísticas.

Portugal, no entanto, foi um dos 14 países onde o preço do café aumentou acima da média do bloco comunitário, num mês em que os restantes 12 países assistiram mesmo a uma descida dos preços deste produto.

Desde outubro de 2022, quando atingiu um pico de crescimento de 17,4%, que a taxa de inflação do café tem vindo a diminuir, após uma subida acentuada que teve início em outubro de 2021, assinala o Eurostat.

Evolução da taxa de inflação do café na UE:

Fonte: Eurostat

Em março, embora o aumento dos preços do café tenha desacelerado no conjunto da UE, houve diferenças significativas entre os 27 Estados-membros. Enquanto 15 países registaram uma taxa de inflação em março deste ano mais elevada do que no mês homólogo, nos restantes 12 observou-se mesmo uma queda dos preços do café.

Finlândia (-15,5%), Lituânia (-15,4%), Dinamarca (-7,5%), República Checa (-6,5%) e Suécia (-6%) tiveram as taxas de inflação decrescentes mais substanciais. Em contrapartida, na Croácia (+7,4%), na Roménia (+6,8%) e na Bulgária (+6,6%) verificaram-se os maiores aumentos do preço do café. Em Portugal, o preço do café aumentou 3% em março, acima da média da UE.

Taxa de inflação do café nos países da UE

Fonte: INE

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Supremo anula indemnização do FC Porto no processo cível dos emails do Benfica

  • Lusa
  • 10 Maio 2024

O acórdão do STJ reiterou também a absolvição do ex-presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, e dos ex-administradores Adelino Caldeira e Fernando Gomes.

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) anulou a indemnização de um milhão de euros que o FC Porto tinha de pagar ao Benfica no processo cível da divulgação de emails do Benfica, decretando uma nova quantificação do valor.

Segundo o comunicado divulgado, o STJ considerou que os ‘dragões’ têm de indemnizar o Benfica e a SAD ‘encarnada’ “pelos danos que lhes causaram, em consequência da apropriação e divulgação de um vasto conjunto de emails provenientes do correio eletrónico benfiquista, contendo informação reservada e sigilosa relativa à sua atividade”, mas com um novo montante a ser decidido posteriormente.

“Quanto à indemnização, no valor de 1.000.000 de euros, a pagar ao clube e à SAD do Benfica em razão dos danos de reputação, o Supremo Tribunal alterou a decisão da Relação, relegando a concretização do quantitativo monetário para liquidação ulterior, dada a insuficiência dos elementos disponíveis”, lê-se na nota sobre o acórdão, que mantém a decisão de condenação do FC Porto, da SAD portista, do Porto Canal e do diretor de comunicação Francisco J. Marques.

O acórdão do STJ reiterou também a absolvição do ex-presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, e dos ex-administradores Adelino Caldeira e Fernando Gomes, rejeitando o recurso ‘encarnado’ que pretendia as suas condenações.

O STJ vincou ainda a ilicitude da atuação dos ‘dragões’ no acórdão proferido esta quinta-feira, assinado pelas juízas conselheiras Isabel Salgado, Maria da Graça Trigo e Catarina Serra.

“Os réus foram condenados a indemnizarem os autores pela atuação ilícita que levaram a cabo, com desrespeito pelo direito ao sigilo de correspondência, expondo segredos do negócio dos autores, com o propósito de obterem vantagem na atividade concorrente, causando-lhes danos de diversas categorias”, refere o comunicado.

O caso cível da divulgação dos emails do Benfica no programa televisivo Universo Porto da Bancada, do Porto Canal, entre abril de 2017 e fevereiro de 2018, conheceu a primeira decisão em junho de 2019, quando o FC Porto e o seu diretor de comunicação foram condenados a pagar cerca de dois milhões de euros à SAD do Benfica, que reclamava 17,7 milhões de euros de indemnização por danos na sua imagem, credibilidade e interesses comerciais.

Já o FC Porto defendeu ter-se limitado a divulgar informação de interesse público, alegando que o correio eletrónico divulgado revelou práticas deturpadoras da verdade desportiva.

A decisão seria revista pela Relação do Porto em 2022, que reduziu a indemnização a pagar ao Benfica e que agora terá de ser recalculada, segundo a posição do STJ.

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ISEG Executive Education “capacita” gestores em Inteligência Artificial

Com coordenação de Carolina Afonso (CEO do Gato Preto e professora no ISEG) e de Winnie Picoto (vice-presidente e professora do ISEG), programa executivo tem duração de 30 horas e custa 2.250 euros.

O ISEG Executive Education arrancou com o programa executivo Artificial Intelligence for Value Creation. Com a coordenação de Carolina Afonso (CEO do Gato Preto e professora no ISEG) e Winnie Picoto (vice-presidente e professora do ISEG), o programa está projetado para capacitar executivos, gestores e outros profissionais, tem a duração de 30 horas e custa 2.250 euros.

“Com a rápida evolução das tecnologias e a transformação digital dos negócios, o ISEG reconhece a necessidade urgente de preparar as organizações para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades apresentadas por este cenário em constante mudança”, afirma a escola, em comunicado.

O ISEG vai ainda lançar o programa executivo Machine Learning for Decision-Making, que irá decorrer de 14 de outubro a 9 de dezembro deste ano, com duração de 61 horas e em formato blended learning com três dias presenciais e os restantes online. Destinado a profissionais que procuram dotar-se da capacidade de desenvolver modelos de aprendizagem automática, retirando “máximo proveito” do Machine Learning na tomada de decisões empresariais, esta outra formação custa 3.200 euros.

Sob a coordenação de Jorge Caiado, este programa “oferece uma oportunidade única para participantes com e sem background de programação desenvolverem as skills necessárias para desenvolverem algoritmos, através de sessões maioritariamente práticas”, detalha na mesma nota.

De acordo com o ISEG Executive Education, “ambos os programas não só visam capacitar os indivíduos, mas também oferecem benefícios tangíveis para as empresas, incluindo a incorporação de Inteligência Artificial e Machine Learning nas operações, a melhoria dos processos de tomada de decisão e a criação de uma cultura de inteligência empresarial.

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É determinante um choque fiscal e um choque de produtividade, diz ministro da Economia

O ministro da Economia realça que não basta um choque fiscal para impulsionar a atividade económica e reitera que a chave do crescimento é a internacionalização.

O ministro da Economia, Pedro Reis, defende que é “determinante um choque fiscal” para a economia, mas não se deve reduzir tudo às questões fiscais, destacando que é preciso promover um segundo choque de produtividade.

“Enquanto não for promovido um choque fiscal, isto suga energia e e recursos às pessoas e à economia. Mas não podemos cair na visão redutora de que tudo o que existe é choque fiscal”, argumentou esta sexta-feira Pedro Reis, falando na apresentação do 27.º CEO Survey, num evento organizado pela PwC e pelo ECO. O governante reforçou que “a chave do crescimento é a internacionalização” e é fundamental um segundo choque da produtividade.

O ministro considera que é preciso “maior intensidade de capital, inovação tecnológica, aposta na qualidade talento e liderança e competitividade em termos de custos de contexto”, para responder aos problemas de produtividade nas empresas portuguesas.

Para Pedro Reis, Portugal tem espaço para se afirmar “como uma potência exportadora, internacionalizada, com base na inovação”, defendendo que é necessário passar essa ambição para as empresas. Mas isso apenas é possível com confiança.

PwC CEO Survey - 10MAI24
Pedro Reis, ministro da EconomiaHenrique Casinhas/ECO

“Confiança vem de ter claro e executar desafios”, adiantou, acrescentando que o programa de Governo está focado em “entregar execução, plano de ação”, criando as condições para as empresas exercerem a sua atividade e crescerem.

Pedro Reis realçou ainda que o financiamento é outro dos temas fundamentais para as empresas, destacando que o Estado deve assumir-se “como uma pessoa de bem”, garantindo os pagamentos a 30 dias.

O ministro destacou ainda que o país está bem posicionado para beneficiar com a transformação que está a acontecer em várias áreas, como sustentabilidade e inovação. “Portugal tem oportunidade de se posicionar”, “tudo o que for transição climática, fileira da energia, agenda verde, mobilidade vai ter oportunidades para a economia portuguesa“.

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Supremo aumenta pena de prisão do ex-ministro Armando Vara para cinco anos e meio

  • Lusa
  • 10 Maio 2024

Armando Vara tinha sido condenado a uma pena de prisão de cinco anos no âmbito do processo Face Oculta, por três crimes de tráfico de influências,

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) aumentou para cinco anos e seis meses a pena de prisão do ex-ministro Armando Vara, em cúmulo jurídico das penas aplicadas nos processos Face Oculta e Operação Marquês.

Segundo o acórdão do STJ, a que a Lusa teve acesso, os juízes conselheiros deram razão à pretensão do recurso do Ministério Público (MP) que pretendia que o antigo governante fosse condenado a pelo menos cinco anos e meio de prisão, acima da decisão de cúmulo jurídico do tribunal, em março de 2023, que tinha aplicado uma pena de cinco anos e um mês de prisão.

Armando Vara tinha sido condenado a uma pena de prisão de cinco anos no âmbito do processo Face Oculta, por três crimes de tráfico de influências, tendo sido libertado do Estabelecimento Prisional de Évora em outubro de 2021, após cumprir cerca de três anos, devido à aplicação das medidas excecionais relacionadas com a pandemia de covid-19.

Entretanto, em julho de 2021, viu o tribunal aplicar-lhe uma pena de dois anos de prisão por branqueamento de capitais no processo Operação Marquês.

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EDP espera eliminação da CESE, mas não este ano. Desconsidera-a a partir de 2026

A EDP está a aguardar a resposta do tribunal relativamente às queixas que apresentou relativamente à CESE. Contribuição já não entra nas estimativas da empresa a partir de 2026.

O CEO da EDP, Miguel Stilwell, diz esperar que a Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético (CESE) seja eliminada, mas a empresa não está contar com isso já este ano. No entanto, as estimativas da empresa em relação ao negócio a partir de 2026 já não têm em consideração a CESE, assumindo que a companhia não terá de suportar o encargo, pelo menos a partir dessa data.

“Consideramos que [a CESE] devia desaparecer. Não estamos a assumir isso para este ano, com certeza, mas vamos esperar para ver as decisões e fazer o caminho a partir daí“, indicou Stilwell numa chamada com analistas a propósito da apresentação de resultados do primeiro trimestre. “Não consideramos [a CESE] nos números [referentes às contas e perspetivas da empresa] a partir de 2026”, indicou, mais tarde na mesma chamada.

Na visão do líder da EDP, “parece haver uma consolidação de que, depois de 2018, a taxa extraordinária [CESE] não é constitucional“. Isto depois de, esta semana, ter sido avançado pelo Jornal de Negócios que o Tribunal Constitucional (TC) considera inconstitucional a CESE aplicada às empresas produtoras de energias renováveis, citando uma decisão de 23 de abril.

Stilwell defende que “já não estamos em tempos extraordinários” e que, uma vez que a CESE se torna mais pesada perante maiores investimentos, é contraproducente, numa altura em que é importante incentivar o investimento para se realizar a transição energética.

A EDP está a aguardar os resultados da litigância que ela própria tem a decorrer em tribunal em relação a este tema. A energética já entregou 558 milhões de euros no âmbito da CESE, mas, em 2023, optou por não efetuar o respetivo pagamento.

A CESE foi criada em 2014, numa altura em que Portugal se debatia com uma crise económica e financeira. Destinava-se, na altura, a promover a saúde do sistema energético através da redução da dívida tarifária, assim como financiar políticas do setor. Tem vindo a ser renovada desde então, em sede do Orçamento do Estado.

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Exportações registam maior queda dos últimos 12 meses em março

Em março, as exportações registaram a maior queda dos últimos 12 meses, enquanto as importações a segunda maior. O défice da balança comercial recuou em 471 milhões de euros, adiantou ainda o INE.

As exportações de bens caíram 13,6% em termos nominais em março, em comparação com o mesmo mês de 2023, isto é, a maior “dos últimos 12 meses”, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Já as importações recuaram 15,5%, face ao período homólogo, a “segunda maior” queda num espaço de um ano, acrescenta o gabinete de estatística. O défice da balança comercial diminuiu em 471 milhões de euros, em termos homólogos, atingindo 1.621 milhões.

No que toca às exportações, todas as categorias “apresentaram decréscimos” em março, face a igual período do ano passado, com o INE a destacar um decréscimo de 16,9% nos fornecimentos industriais e de 16% no material de transporte.

Por sua vez, nas importações, os fornecimentos industriais são também uma das categorias a influenciar o desempenho de março, com o gabinete de estatística a realçar um decréscimo de 26,9% nesta categoria, em consequência da “quantidade significativa de produtos químicos importados da Irlanda no período homólogo”. Além disso, o INE destaca ainda o recuo de 33% dos combustíveis e lubrificantes.

No terceiro mês deste ano, excluindo a categoria de combustíveis e lubrificantes, houve um decréscimo de 13,6% nas exportações e uma diminuição de 13,1% nas importações. Em ambos os casos, é a maior queda “dos últimos 12 meses”.

Apesar do tombo em comparação com o mesmo mês do ano passado, na comparação em cadeia, isto é, face a fevereiro de 2024, as exportações aumentaram 3,5%, enquanto as importações caíram 5,6%. As vendas para o exterior subiram 2,6% enquanto as compras lá fora aumentaram 1,7%, segundo os dados do INE.

Balança comercial encolhe em 471 milhões de euros

Em março deste ano, o défice da balança comercial portuguesa (exportações menos importações) encolheu em 471 milhões de euros, para 1.621 milhões de euros, face a igual período do ano passado. Já, quando comparado com o mês anterior, verificou-se uma diminuição de 731 milhões de euros.

“Os combustíveis e lubrificantes representaram 27,6% do défice da balança comercial em março de 2024 (20,6% em fevereiro de 2024; 37,7% em março de 2023), pelo que o défice da balança comercial expurgado do efeito destes produtos totalizou 1.174 milhões de euros, o que corresponde a um decréscimo de 129 milhões de euros face a março de 2023 e de 693 milhões de euros em relação ao mês anterior”, remata o INE.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h53)

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O que quer Pedro Reis para o Banco Português de Fomento?

O ministro da Economia insiste que é preciso operacionalizar o Banco Português do Fomento e tem que se fazer chegar os instrumentos disponíveis às empresas.

O ministro da Economia, Pedro Reis, defende que o Banco Português de Fomento deve ter um papel mais ativo na capitalização das empresas, colmatando falhas que existam no mercado e chegando às empresas com os seus instrumentos. Para o governante é fundamental operacionalizar o BPF.

Pedro Reis defende que, tal como no caso do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), “não vale a pena o país dispersar-se em discussões que já lá vão, como desenho do PRR. É momento de executar“, explicou esta manhã o ministro num discurso realizado na apresentação do 27.º CEO Survey, apresentado esta sexta-feira em Lisboa, num evento organizado pela PwC e pelo ECO.

O BPF deve ter um papel fundamental na capitalização das empresas portuguesas. “Capitalização implica pôr o Banco Português do Fomento a chegar às empresas com os seus instrumentos“, explicou, detalhando alguns exemplos de como espera colocar este organismo a trabalhar com as empresas.

Mas como pode o BPF ajudar as empresas na sua capitalização? Em primeiro lugar, Pedro Reis defende uma maior articulação entre o Banco do Fomento e a banca comercial. O BPF “tem que cumprir a sua missão que é colmatar falhas de mercado”.

Cabe ao Banco do Fomento apoiar as empresas em operações mais difíceis e para as quais não encontram resposta, como “ir a maturidades mais longas, a apetite de risco mais forte, assegurar linhas de crédito, fazer chegar capital de longo prazo, trabalhar em project finance“, exemplificou o governante.

O Banco de Fomento pode ainda ter uma palavra na promoção de operações de fusões e aquisições, ajudando a promover “operações na calha”. “É importante que aconteçam operações de fusões e aquisições”, reforçou Pedro Reis, realçando que há um problema de dimensão nas empresas portuguesas. “O Banco Português de Fomento, em articulação com a banca comercial que operacionalize esse programa“, rematou.

Em jeito de conclusão, o ministro da Economia reiterou que irá trabalhar junto das empresas. “Vamos trabalhar muito em termos de ecossistema”, apostando na “proximidade e execução e apresentação de uma proposta de integrada de um BPF a apresentar produto”, conclui.

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Montenegro pede ao novo diretor da PSP que aumente “sentimento de segurança” no país

O primeiro-ministro teorizou que as pessoas podem estar seguras mas sentirem-se inseguras, pelo que encarregou o novo diretor da PSP a trabalhar para aumentar o "sentimento de segurança" no país.

Luís Montenegro encarregou o novo diretor nacional da PSP de trabalhar para o “acréscimo do sentimento de segurança” no país, considerando que a população pode sentir-se insegura mesmo quando “objetivamente” não está.

O primeiro-ministro discursava na tomada de posse de Luís Carrilho, depois de o novo Governo ter decidido há dias exonerar José Barros Correia dessa função, causando surpresa no seio desta força de segurança.

Tendo ouvido o discurso de Carrilho na cerimónia, o primeiro-ministro deixou um breve caderno de encargos ao novo diretor-geral, com o aumento do sentimento de segurança à cabeça, que diz ser “uma tarefa importantíssima nos dias de hoje”.

“[A sua] tarefa passa por múltiplos aspetos, desde logo por dar à população portuguesa um acréscimo de sentimento de segurança”, começou por indicar, para, de seguida, acrescentar: “Quem estuda estas matérias sabe que nos sentimos seguros não apenas quando estamos seguros. Sentimo-nos seguros se estamos seguros e se nos sentimos exatamente assim.”

Dito isso, o líder do Governo rematou: “Podemos estar objetivamente seguros e sentirmo-nos inseguros e isso transporta insegurança. Acrescentar sentimento de segurança é uma tarefa importantíssima nos dias de hoje e isso contribui para a tranquilidade das pessoas e do país”.

Importa recordar que, durante a campanha eleitoral das legislativas, o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho gerou controvérsia ao associar o aumento da imigração a um sentimento de insegurança que disse existir na população. Luís Montenegro não se referiu aos imigrantes, mas as suas palavras surgem poucos dias depois da ocorrência de agressões a imigrantes no Porto, estando em causa potenciais crimes de ódio e um dia depois de o cabeça de lista da AD às europeias ter defendido o reforço dos mecanismos de imigração legal.

O segundo ponto no caderno de encargos para Luís Carrilho, deixado pelo primeiro-ministro, foi o “policiamento de proximidade”. “Precisamos de mostrar às nossas populações uma presença mais ativa, também mais preventiva, das nossas forças de segurança e da PSP em particular”, afirmou.

Em relação à PSP propriamente dita, Luís Montenegro reconheceu que “não é possível alcançar estes objetivos sem ter homens e mulheres que estejam empenhados para o trabalho”. Assim, “é imprescindível valorizar o trabalho, as carreiras, de todos os profissionais que prestam serviço na PSP, não só nas condições remuneratórias” como na “formação” e melhoria das condições de trabalho em geral, concluiu.

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