Nuno Galvão Teles, managing partner da Morais Leitão, afirma que estão otimistas relativamente ao pipeline de 2022, com projetos interessantes para os primeiros meses.
Nuno Galvão Teles, managing partner da Morais Leitão, defende que 2021 acabou por ser um ano “relativamente normal” e com bons projetos e bons níveis de investimento. Para a firma foi um ano de “intensa análise interna” e de alguma redefinição em termos da organização e ciclo do negócio.
Segundo o líder da Morais Leitão, estão otimistas relativamente ao pipeline de 2022, com projetos interessantes para os primeiros meses. Acredita que existirá uma retoma do ritmo normal de M&A e que o investimento verde também irá ocupar um lugar relevante, tanto em M&A como em mercado de capitais e private equity.
Que balanço faz do ano de 2021 no que toca ao mercado da advocacia de negócios?
Apesar de toda a incerteza, acabou por ser um ano relativamente normal, com bons projetos e bons níveis de investimento. Todas as áreas cresceram até com desenvolvimento de novos setores. Em termos da relação com o cliente, tem-se vindo a consolidar a relação como parceria estratégica, acrescentado valor à estratégia e negócio do cliente. Já sentimos isso em variadíssimas áreas, com novos serviços e abordagens.
O que mudou no vosso escritório em termos de estratégia em 2021?
Para o nosso escritório, foi um ano de intensa análise interna e até de alguma redefinição em termos da nossa organização e ciclo do negócio, no sentido de trazer cada vez mais o cliente externo para a nossa estrutura. Olhando para os nossos eixos, em termos de desenvolvimento interno, que não é tão visível, trabalhámos intensamente a gestão de talento, tanto na dimensão da retenção como na atração, particularmente na relevantíssima para nós questão da diversidade, mas também na inovação, com o desenvolvimento de novas áreas de negócio, de novas parcerias e de revisão de abordagens.
Quais foram os setores mais movimentados e cuja movimentação se refletiu em termos de faturação no escritório?
Todos cresceram, apesar dos desafios. Seria injusto mencionar apenas alguns, porque vimos crescimento em todos os nossos departamentos.
Quais são as expectativas para 2022 em termos de volume de negócios?
Já estamos otimistas relativamente ao pipeline de 2022, com projetos interessantes para os primeiros meses. Resolvido o impasse político, que tem sempre algum impacto na decisão do investimento, retomaremos o ritmo normal de M&A, num mercado que ainda é relativamente atrativo, com forte atividade no setor transformador e com uma série de oportunidades à medida que o Plano de Recuperação e Resiliência arranque a sua implementação. O investimento verde também ocupa um lugar relevante, tanto em M&A como em mercado de capitais e private equity.
Que tipo de operações podem vir a acontecer?
Na sequência da pergunta anterior, 2022 será marcada por uma forte continuidade em termos de M&A, com várias operações a perspetivarem-se, com alguma ênfase na reestruturação e na consolidação de empresas, uma tendência que deverá continuar a marcar o mercado português. Depois de algum abrandamento, esperamos também a retoma do setor imobiliário e da construção.
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“2022 será marcado por uma forte continuidade em termos de M&A”, diz Nuno Galvão Teles
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