Aprendizagem ao longo da vida digital – uma vez mais
Ajudem o país a passar à ação e ultrapassar o seu maior desafio de sempre que continua a ser: qualificar as pessoas.
Os índices são uma boa maneira de alcançar os decisores políticos e o público, em assuntos complexos. A ALV é-o! Logo, não nos deve surpreender que a Google (Grow) junte esforços com o CEPS (Centre for European Policy Studies) para nos brindar com o Index of Readiness for Digital Lifelong Learning (IRDLL), editado no passado mês de novembro e a anteceder — nada é por acaso! — a tomada de posse da nova Comissária Europeia.
O relatório envolveu uma revisão de literatura de documentos de política da UE com referência à aprendizagem digital e a temas relacionados. A equipa de investigação realizou 15 entrevistas semi-estruturadas com as partes interessadas a nível da UE, incluindo representantes da Comissão Europeia (CE) e realizadas durante julho e agosto de 2019.
O IRDLL foi construído com dados existentes e novos dados gerados a partir de questionários com especialistas da UE-27. Para o desenvolvimento deste índice, outros índices foram fonte de inspiração, mas também orientação da literatura revista e referenciada para a criação destes indicadores compostos.
O IRDLL apresenta um combinado qualitativo e quantitativo de avaliação da situação atual de cada EM (Estado Membro) para ajudar decisores políticos, parceiros sociais, meios de comunicação social e o público a entender o que precisa ser feito.
A página 64 é sobre a classificação de Portugal e que bem apresentada está! e dá-nos uma boa classificação (e faz algumas recomendações relevantes) no seio dos 27. O estudo cita também um caso de Portugal: National Project for Autonomy and Curriculum Flexibility – PACF (Portugal)
Neuza Pedro (UL) foi a especialista portuguesa envolvida no trabalho. Ela ressalva, escrevendo-nos:
“Este foi um projeto profundo e demorado de recolha e análise de Portugal sobre iniciativas de aprendizagem ao longo da vida digital e foi desenvolvido em maio de 2019. O meu relatório foi desenvolvido mais fortemente em cima de dados das escolas elementares e secundárias. Há muito trabalho para ser feito neste campo e espero que a LLLplatform possa realmente contribuir para isso”.
Neste “ranking” os líderes são seguidos por países acima e abaixo da média europeia. A Suécia vem em 7.º lugar, seguido pela Espanha (8.º) e Portugal (9.º), Áustria (10.º), Lituânia (11º), Irlanda (12.º), Croácia (13.º). No Topo estão Estónia (1.º), Holanda (2.º), Finlândia (3.º), Luxemburgo (4.º), Malta (5.º) e Ciprus (6.º) e não é por acaso não!, como explica o Relatório. Surpreendentemente (para quem esteja desatento pode ler a explicação para o facto) a Alemanha e a Bélgica surgem nos últimos lugares.
PizzaMOOC: Pizza Revolution é o primeiro MOOC sobre como fazer pizza que a Universidade de Nápoles lançou recentemente, através de sua plataforma. Parece um “fait-divers” mas olhem que não! A E&F&A está a mudar e este é apenas um sinal mais.
Querem outro? Aqui vai: “O nosso portefólio pretende, no entanto, ser apenas o início do processo de transformação de talento e empresas, onde o lifelong learning é o mote para uma oferta integrada e sequencial, baseada no upskilling e reskilling de talento. Nasce assim o portefólio para 2020 da Nova SBE Executive Education.
O Relatório oferece três recomendações específicas à UE:
- Tem de ser mais estratégica
- Deve apoiar mais diretamente a aprendizagem digital, criando imediatamente um Instrumento financeiro dedicado.
- Tem de apoiar a compreensão e a produção de conhecimento, a nível europeu, sobre a Aprendizagem digital.
Há já uma enxurrada de atividades em cima desta questão e, não por acaso, a presidente da CE von der Leyen claramente declarou no seu programa que este é um tema de importância crescente.
Estejam atentos aos próximos movimentos e não fiquem na passiva. Ajudem o país a passar à ação e ultrapassar o seu maior desafio de sempre que continua a ser: qualificar as pessoas.
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