As apostas do BPI no PSI-20 na era de Trump

  • Rita Atalaia
  • 21 Novembro 2016

Donald Trump venceu nos EUA. Lançou a turbulência no mercado, numa altura em que é grande também o stress na Europa. Como investir neste contexto? Em que empresas? Veja as apostas do BPI em Lisboa.

Donald Trump surpreendeu meio mundo ao vencer a corrida à Casa Branca. A eleição para presidente dos EUA provocou ondas de choque a nível global, atingindo a Europa numa altura em que a região está também a viver momentos de tensão política. Vive-se um contexto desafiante para quem investe nos mercados. Mas o BPI continua a ver oportunidades. Em Portugal são duas as apostas: Corticeira Amorim e EDP Renováveis.

Se nos EUA os planos expansionistas de Trump estão a puxar pelas ações, estão a provocar stress no mercado europeu de dívida, especialmente a soberana. Isto depois do Brexit e numa altura em que se aproxima o referendo italiano que ameaça fazer cair Renzi. São vários os pontos de tensão nos mercados, o que torna mais difícil fazer as apostas certas.

Os investidores precisam de um guia para encontrarem o caminho dos ganhos em bolsa. E para o BPI, na Península Ibérica, há várias soluções. Elegeu oito cotadas ibéricas, sendo duas nacionais. A Corticeira Amorim é uma delas, sendo a única a quem o BPI alterou as suas projeções para o final do próximo ano. O banco manteve a recomendação de “comprar”, mas subiu o preço-alvo de 10 euros para 10,2 euros.

O BPI acredita que há um potencial de subida de 24%. “A Corticeira Amorim beneficia das tendências positivas na indústria do vinho e da melhoria do ‘mix’ de vendas”, refere o BPI no seu top de recomendações para o mercado de ações da Península Ibérica. A empresa portuguesa está a ser impulsionada pelas novas rolha das cortiça com tecnologia NDTech e pelas soluções para o revestimento de pavimento. Os títulos seguem agora nos 8,16 euros.

Além da empresa de cortiça, que recentemente foi castigada pela venda de uma posição por parte Américo Amorim, o BPI aposta também na EDP Renováveis, cotada que sentiu o peso da eleição de Trump. A subsidiária da EDP é uma “história de crescimento com planos para adicionar 3,1 GW de capacidade até ao final de 2020, resultando numa taxa de crescimento anual de 7% do EBITDA e de 19% do lucro por ação no período entre 2015 e 2020″, explica o banco. Para a empresa de energia renovável, o BPI recomenda “comprar” e atribui um preço-alvo de 7,80 euros para o final do próximo ano. Neste caso, o potencial de subida é um pouco superior: de 30%. As ações negoceiam nos 6,02 euros.

Apesar do embate inicia provocado pela eleição de Donald Trump, as ações da EDP e da EDP Renováveis devem recuperar. “A EDP Renováveis reagiu de forma negativa aos resultados das eleições nos Estados Unidos, comportamento compreensível no seguimento da vitória de um candidato pouco favorável às energias renováveis”, refere a equipa de research do BiG. No entanto, os analistas dizem que continuam a existir oportunidades de negócio. E isto é crucial, uma vez que a América do Norte representa 46% do EBITDA previsto da EDP Renováveis para 2017, segundo o BPI.

E em Espanha?

O BPI diz que a ACS, o BBVA, a DIA, a Grifols, a Repsol e o Sabadell estão no topo das suas preferências em Espanha. A ACS por ser uma empresa geograficamente diversificada com forte presença nos EUA e na Austrália e a DIA por ter uma exposição das vendas de 35% aos mercados emergentes (Brasil e Argentina), que enfrentam dinâmicas positivas no mercado espanhol. A Grifols também “opera num oligopólio com uma perspetiva favorável para a procura”, refere o BPI.

No setor bancário, o BBVA demonstra um crescimento dos lucros através da melhoria da qualidade dos ativos em Espanha e subida das taxas de juro nos EUA e no México. E o Sabadell revela um capital sólido e negoceia com um desconto face ao setor bancário e aos pares locais, explica o BPI. Na energia, a aposta dos investidores deve recair na Repsol pelas melhorias na unidade de exploração e produção, numa altura em que o mercado petrolífero está a ser agitado pela perspetiva de a OPEP não conseguir chegar a um acordo para reduzir a produção da matéria-prima.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CaixaBI: Venda na Corticeira Amorim “será benéfica para o título”

Corticeira derrapa em bolsa, mas analistas do CaixaBI acreditam que a venda de 10% de Américo Amorim vai aumentar liquidez do título.

As ações da Corticeira Amorim até podem estar a afundar 10% na bolsa, mas os analistas do CaixaBI acreditam que a venda da posição de 10% da parte da Amorim International Participations e a Investmark, sociedades detidas por António Ferreira Amorim e por Américo Ferreira Amorim, “vai ser benéfica para o título”.

“Na sequência do anunciado Accelerated Bookbuilding, o free float da Corticeira Amorim irá subir para 25% (dos atuais 15%), contribuindo para o aumento da liquidez do título, bem como para a melhoria da sua representatividade no índice PSI-20″, afirma o CaixaBI numa nota de investimento. “Acreditamos que o free float adicional resultante desta venda se mostrará benéfico para o título. Irá criar condições para que removamos o desconto de 10% atualmente aplicado à nossa estimativa de valor justo”, acrescentam os analistas do banco de investimento.

"Na sequência do anunciado Accelerated Bookbuilding, o free float da Corticeira Amorim irá subir para 25% (dos atuais 15%), contribuindo para o aumento da liquidez do título, bem como para a melhoria da sua representatividade no índice PSI-20.”

CaixaBI

As ações da produtora de cortiça chegaram a cair cerca de 11% durante a manhã, estando neste momento a registar um perda superior a 7% até 7,998 euros. Refletindo a pressão vendedora que registou nas primeiras horas da negociação, até ao momento já foram trocados mais de 440 mil títulos da Corticeira Amorim, 13 vezes mais do que a média diária observada nos últimos 12 meses. Desde o início do ano, a Corticeira acumula um ganho de 30%, quando o índice nacional regista uma perda de 15%.

“Iremos aguardar pela divulgação das condições de venda da participação na US Floors antes de procedermos ao ajuste da nossa avaliação”, diz o CaixaBI.

Corticeira Amorim termina a semana em queda

Fonte: Bloomberg (Valores em euros)
Fonte: Bloomberg (Valores em euros)

A Amorim International Participations e a Investmark, sociedades detidas por António Ferreira Amorim e por Américo Ferreira Amorim, vão encaixar 105,07 milhões de euros com a venda de 10% do capital da Corticeira Amorim. Cada ação foi vendida a um preço de 7,9 euros, que representou um desconto de mais de 8,5% face à última cotação de fecho. Em comunicado enviado esta quinta-feira à noite à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários CMVM) a empresa liderada por António Rios Amorim diz que a oferta particular de venda de 10% da Corticeira, lançada durante o dia de quinta-feira foi concluída com sucesso.

“Com o principal acionista a vender 10% do capital da empresa junto de investidores institucionais, o mercado ajustou em baixa. Esta operação em específico representa uma colocação significativa do capital da empresa, o que poderá ajudar a explicar uma desvalorização tão expressiva em bolsa”, explicava ao ECO Steven Santos, gestor do BiG. “Além disso, muitos investidores parecem ter aproveitado para tomar mais-valias, visto que a ação atingiu recentemente máximos históricos. A Corticeira Amorim foi uma das poucas ações nacionais a viver um bull market em 2016″, acrescentou.

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Corticeira afunda 10% após Amorim vender posição

Desconfiança total dos investidores em relação à produtora de cortiça depois de Américo Amorim ter alienado uma fatia importante na Corticeira. Ações afundam 10%.

O negócio rendeu 105 milhões de euros à Amorim International Participations e a Investmark, sociedades detidas por António Ferreira Amorim e por Américo Ferreira Amorim, que venderam 10% da Corticeira. Mas os investidores estão a olhar para a transação com alguma desconfiança. No meio da pressão vendedora, os títulos da produtora de cortiça afundavam 9,75% até 7,82 euros. Ainda assim, a cotada liderada por Rios de Amorim continua a acumular um ganho de 30% em 2016.

“Com o principal acionista a vender 10% do capital da empresa junto de investidores institucionais, o mercado ajustou em baixa. Esta operação em específico representa uma colocação significativa do capital da empresa, o que poderá ajudar a explicar uma desvalorização tão expressiva em bolsa”, explicava ao ECO Steven Santos, gestor do BiG. “Além disso, muitos investidores parecem ter aproveitado para tomar mais-valias, visto que a ação atingiu recentemente máximos históricos. A Corticeira Amorim foi uma das poucas ações nacionais a viver um bull market em 2016″, acrescentou.

"Com o principal acionista a vender 10% do capital da Corticeira Amorim junto de investidores institucionais, o mercado ajustou em baixa. Esta operação em específico representa uma colocação significativa do capital da empresa, o que poderá ajudar a explicar uma desvalorização tão expressiva em bolsa.”

Steven Santos

Gestor do BiG

Entretanto, o PSI-20, o principal índice português, cedia cerca de 0,5% até 4.517,92 pontos, com 15 cotadas no vermelho. Com nota de destaque para as ações do setor energético.

A EDP cedia 0,24% até 2,90 euros, depois de ontem ter anunciado que lucrou menos nos primeiros nove meses do ano. A elétrica apresentou resultados líquidos de 615 milhões de euros, menos 16% que no período homólogo. Também a EDP Renováveis e a Galp, duas cotadas com grande peso no índice nacional, seguiam com perdas que não iam além dos 0,5%.

Ações da Corticeira terminam mal a semana

Fonte: Bloomberg (Valores em euros)
Fonte: Bloomberg (Valores em euros)

“A conjuntura externa deverá marcar a abertura nacional, sendo a apresentação de resultados relegada para um plano menor”, diziam os analistas do BPI no Diário de Bolsa. “O principal tema da atual conjuntura é a incerteza que rodeia a campanha eleitoral americana, quando faltam apenas quatro dias para as eleições. As sondagens continuam a apontar para uma indefinição”, acrescentaram.

Com Wall Street a registar o maior ciclo de perdas em cinco anos — após o fecho de ontem no vermelho –, o sentimento dos investidores europeus também não era muito positivo. Frankfurt, Madrid, Milão, Londres… as principais praças no Velho Continente perdiam em torno de 0,5%.

(Notícia atualizada às 8h45 com citação do BiG)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Amorim vende 10% da Corticeira

Os dois maiores acionistas da Corticeira estão a vender 13,3 milhões de ações, representativas de 10% do capital da empresa. O objectivo é aumentar a dispersão do capital social da Corticeira.

Os dois maiores acionistas da Corticeira Amorim, a Amorim International Participations e a Investmark Holdings, detentoras respetivamente de 15,086% e de 18,778% do capital da Corticeira lançaram uma oferta particular de venda de 10% da Corticeira. A operação destina-se apenas a investidores institucionais. As empresas vendedoras são detidas por Américo Amorim.

Segundo comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) “a oferta, na sua globalidade, pode abranger até 13.300.000 ações representativas de até 10% do capital da Corticeira Amorim”. Cada uma das empresas vendedoras irá desfazer-se de 5% do capital.

António Rios Amorim, presidente da Corticeira, em declarações ao ECO adianta que as duas sociedades “detidas respetivamente pelos family offices de António Ferreira de Amorim e de Américo Ferreira de Amorim decidiram colocar no mercado, através de um processo de ABB (accelerated bookbuilding) e em partes iguais, ações representativas de 5% a 10% do capital social da Corticeira Amorim”.

Para Rios Amorim com esta operação os dois acionistas “visam contribuir para o reforço do free float da Corticeira Amorim, indo ao encontro do crescente interesse manifestados por investidores nacionais e internacionais”.

O presidente da Corticeira refere que “são muito boas notícias para a Corticeira Amorim, para os investidores e para o mercado: altera materialmente o free float da empresa, aumenta substancialmente a visibilidade e a liquidez do título e sobretudo alarga a base de investidores”.

"São muito boas notícias para a Corticeira Amorim, para os investidores e para o mercado: altera materialmente o free float da empresa, aumenta substancialmente a visibilidade e a liquidez do título e sobretudo alarga a base de investidores.”

António Rios Amorim

Presidente executivo da Corticeira Amorim

A operação denominada de accelarated bookbuilding está sujeita “à procura” e “preço de condições de mercado“.

Ainda segundo o comunicado, a operação “visa contribuir para o reforço do nível de dispersão do capital social da Corticeira Amorim, indo ao encontro do crescente interesse manifestado por investidores, nacionais e internacionais, potenciando a liquidez do título e fomentando uma maior representatividade do título no PSI20″.

Atualmente, 83 % do capital da empresa liderada por António Rios Amorim é imputado a Amorim, com o free float a ser de apenas 15%. Após a operação a família Amorim ficará ainda detentora de mais de 70% do capital.

Os bancos mandatados para agilizar a operação são o UBS e o BPI.

Os termos finais da operação serão comunicados após as conclusão da operação que deverá ocorrer amanhã dia 4 de novembro.

A Corticeira fechou a sessão de hoje em bolsa nos 8,645 euros por ação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

Corticeira Amorim brilha em Lisboa e BCP abre mais uma porta à Fosun. Lá por fora, é a vez do Goldman Sachs a prestar contas aos investidores americanos.

É a ação com maior destaque no PSI-20. Depois de ter sido colocada como uma “bala de prata” pela casa de investimento Haitong, a Corticeira Amorim registou esta segunda-feira um máximo histórico perto dos 9,5 euros. Ainda no principal índice de referência, com a fusão de ações à vista, o BCP anunciou uma assembleia geral que vai abrir mais uma porta à entrada dos chineses da Fosun.

Salta a rolha à Corticeira

A Corticeira Amorim chega esta terça-feira à bolsa a cotar-se perto dos 9,5 euros, um máximo de sempre para a produtora de cortiça. Valoriza mais de 60% em 2016, em contraciclo com o PSI-20. A Haitong tem-na como favorita para os próximos meses devido ao crescimento da produção de vinho e da forte procura por rolhas. Aparentemente, há espaço para mais ganhos com a Corticeira até final do ano, assumem os analistas. Será?

BCP abre mais uma porta à Fosun

Depois de aprovada a fusão de ações, o BCP abre mais uma porta à entrada dos chineses da Fosun no capital do banco. Agendou para 9 de novembro uma assembleia geral para aumentar os limites de votos para 30% e ainda alargar o Conselho de Administração para 25 membros. Ações subiram 1,5% antes do anúncio da convocatória.

Preços na indústria nacional

O INE apresenta os preços dos produtos industriais praticados em setembro, tais como eletricidade, gás, água e outros produtos das indústrias extrativas e transformadoras. Em agosto, os preços caíram 3% face ao mesmo mês de 2015.

Goldman Sachs à prova

O Goldman Sachs, um dos maiores bancos norte-americanos, apresenta esta terça-feira os resultados relativos ao exercício do último trimestre. Com uma temporada de resultados positiva para a banca norte-americana, já depois de Citigroup, Wells Fargo, JPMorgan e Bank of America ter batido as estimativas dos analistas, as atenções voltam-se hoje para o Goldman Sachs. Mercado aponta a um lucro de 3,79 dólares por ação.

Inflação nos EUA

Apresentando uma taxa de quase pleno emprego, à volta dos 5%, as autoridades da política monetária norte-americanas estão concentradas agora na evolução do índice de preços – a Reserva Federal tem um duplo mandato, para o emprego e para a inflação. Por isso, nada mais importante do que saber qual o valor da taxa de inflação observada em setembro. A sondagem da Bloomberg aponta para uma taxa de 1,5%, perto do objetivo do banco central. Yellen já disse que poderá manter estímulos mesmo que a inflação suba.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Corticeira Amorim brinda a máximos

Razões para festejar com a Corticeira Amorim. É uma das preferidas da Haitong e as ações atingiram um valor máximo de sempre.

A Corticeira Amorim fechou hoje no valor mais elevado de sempre, perto de 9,5 euros. Tem razões para festejar. A produtora de cortiça nacional é uma das preferidas da casa de investimento Haitong para o próximo trimestre porque o negócio deverá crescer com o aumento da produção de vinho e com a forte procura por rolhas de cortiça.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Corticeira Amorim em máximos de sempre, mas Lisboa fecha a cair

Lisboa acompanhou perdas na Europa mas houve uma cotada a brilhar na bolsa nacional: as ações da Corticeira Amorim avançaram mais de 4% para o valor mais elevado de sempre.

Foi o melhor desempenho na bolsa lisboeta. As ações da Corticeira Amorim fecharam a subir mais de 4% até aos 9,49 euros, o valor mais elevado de sempre, depois de a casa de investimento Haitong ter colocado, na semana passada, a produtora de cortiça na lista de preferidas para o próximo trimestre.

Segundo os analistas do ex-BESI, a cotada liderada por António Rios de Amorim “está a desfrutar de um forte momento, impulsionada pelo aumento da sua quota, o crescimento da produção de vinho e o regresso da cortiça à preferência no que respeita às rolhas para o vinho“, razão pela qual está entre as suas favoritas para os próximos três meses.

Evolução das ações da Corticeira nos últimos três dias

corticeira-01
Fonte: Bloomberg (valores em euros)

Ainda assim, apesar desta valorização acentuada, o PSI-20 fechou a cair. O principal índice português perdeu 0,49% até aos 4.599, 62 pontos, acompanhando o sentimento negativo na Europa. A pressionar o benchmark português estiveram sobretudo os pesos-pesados Galp e Jerónimo Martins, cujas perdas foram superiores a 1,5%.

Também os CTT caíram mais de 2%, num “movimento que poderá em parte ser justificado pela realização de mais-valias após os ganhos registados na semana passada, fruto da descida das yields das OT a 10 anos”, explicaram os analistas do BPI no Comentário de Fecho.

Na Europa, as quedas de Madrid a Frankfurt situaram entre 0,5% e 1%, com a exceção a vir de Itália. O MIB de Milão valorizou 0,22% com o setor financeiro em destaque.

“Os bancos italianos foram impulsionados por notícias sobre movimentos de consolidação. O Unicredit confirmou que está em conversações para vender a sua participação no Bank Pekao, enquanto que os acionistas aprovaram os planos para a fusão entre a Banco Popolare e Banca Popolare di Milano”, justificaram os analistas do BPI.

(notícia atualizada às 17h05)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Corticeira Amorim em máximo desde março

  • Rita Atalaia
  • 17 Outubro 2016

A empresa de cortiças está a negociar nos 8,47 euros, um nível que não era registado desde março deste ano. Os títulos disparam quase 6%.

As ações da Corticeira Amorim dispararam 5,8% na abertura da sessão, o maior movimento desde 18 de março. As ações sobem numa jornada marcada pelo aumento do volume de negociação.

Os títulos da empresa subiram para 8,47 euros face aos oito euros da abertura da sessão. Já o volume de negociação está acima da média para esta altura do dia. O movimento da cotada não reflete a subida muito ligeira do índice PSI-20 e do Stoxx 600.

Na semana passada, o Haitong selecionou a empresa de cortiças como uma das suas apostas para os próximos três meses, juntando-a aos CTT e também à NOS, na semana passada. A empresa liderada por António Rios de Amorim “está a desfrutar de um forte momento, impulsionada pelo aumento da sua quota, o crescimento da produção de vinho e o regresso da cortiça à preferência no que respeita às rolhas para o vinho”, diz o Haitong.

É neste sentido que o banco inclui a Corticeira na sua lista das eleitas. Uma aposta suportada também no potencial aumento do capital disponível para negociação em bolsa. “A família que controla a empresa poderá vender até 10% da sua posição, o que será um catalisador para os títulos e aumentará a visibilidade” das ações que sobem 50% em 2016.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Balas de prata: Corticeira junta-se aos CTT e NOS

O Haitong apresentou as novas apostas para o final do ano. São seis as cotadas ibéricas eleitas, com três destas de nacionalidade portuguesa. A Corticeira é a novidade.

A Corticeira Amorim tem sido uma das estrelas da bolsa nacional, mas agora passou a “bala de prata”. O Haitong selecionou a empresa de cortiças como uma das suas apostas para os próximos três meses, juntando-a aos CTT e também à NOS.

A empresa liderada por António Rios de Amorim “está a desfrutar de um forte momento, impulsionada pelo aumento da sua quota, o crescimento da produção de vinho e o regresso da cortiça à preferência no que respeita às rolhas para o vinho”, diz o Haitong.

É neste sentido que o banco inclui a Corticeira na sua lista das eleitas. Uma aposta suportada também no potencial aumento do capital disponível para negociação em bolsa. “A família que controla a empresa poderá vender até 10% da sua posição, o que será um catalisador para os títulos e aumentará a visibilidade” das ações que sobem 50% em 2016.

CTT, a recuperação

A Corticeira Amorim entra na lista das “balas de prata” com um potencial de subida de 24%, tendo em conta o preço-alvo de 11,00 euros atribuído pelo Haitong. Maior margem de progressão tem a NOS (36%) face à avaliação de 8,00 euros, mas nenhuma cotada chega ao potencial atribuído aos CTT.

A empresa de correios, que atingiu pela primeira vez um nível abaixo dos 5,52 euros da oferta pública de venda (nos 5,511 euros), mantém-se, tal como a NOS, na lista do Haitong suportada pela elevada rendibilidade do dividendo (cerca de 8%). O banco de investimento dá-lhe um potencial de 80% face ao preço-alvo de dez euros. Os CTT estão a cotar nos 5,80 euros.

Três espanholas

Nenhuma das seis “balas de prata” tem tanta margem de progressão como a empresa liderada por Francisco Lacerda. A mais próxima é a Euskaltel que pode valorizar 56%, na perspetiva do Haitong, um das três cotadas espanholas eleitas.

Além da Corticeira, dos CTT, NOS e Euskaltel, o banco de investimento introduziu no seu cabaz também a Acerinox e a Logista para tentar apresentar um registo mais expressivo que os índices ibéricos, o PSI-20 e o IBEX-35. No terceiro trimestre, o resultado foi praticamente igual.

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.