Inflação na Zona Euro ascende a níveis de 2014
Dados revelados hoje pelo Eurostat mostram que em setembro a inflação anual na Zona Euro atingiu 0,4%.
A inflação anual na Zona Euro terá atingido os 0,4% em setembro, revelou esta sexta-feira o gabinete estatístico da União Europeia, o Eurostat. O valor, que duplicou relativamente aos 0,2% registados em agosto, é o mais alto desde 2014.
O objetivo do Banco Central Europeu seria alcançar uma inflação próxima de 2% — os resultados provisórios de setembro divulgados hoje são promissores mas estão ainda longe dessa meta. A inflação média é arrastada para baixo por um período de deflação nos preços da energia, cuja queda abrandou, no entanto, em setembro: a inflação anual da energia foi de -3%, uma melhoria substancial relativamente aos -5,6% registados em agosto.
Evolução da inflação na Zona Euro
O economista Jack Allen, que falou à Bloomberg, explicou que o aumento dos preços da energia deverá continuar a aumentar, inflacionando a média na Zona Euro. “A não ser que os preços do petróleo voltem a cair de repente, a inflação global deverá subir na direção do objetivo de quase 2% do Banco Central Europeu ao longo dos próximos meses à medida que vão desaparecendo finalmente os efeitos negativos da energia”, afirmou o economista da Capital Economics, em Londres. “Mas isto vai ser temporário”.
A decisão de ontem da OPEP em cortar a produção de crude também vai ajudar a manter a pressão em alta dos preços do ouro negro, já que haverá uma menor oferta, sendo de prever uma manutenção do consumo.
A baixa inflação na Zona Euro é uma preocupação premente para o Banco Central Europeu, que se tem visto forçado a comprar 80 mil milhões de euros em dívida todos os meses.
O Eurostat também divulgou hoje os dados provisórios do desemprego da Zona Euro em agosto: a taxa de desemprego manteve-se estável nos 10,1%. Portugal é dos países com mais desemprego na Zona Euro.
Editado por Mónica Silvares.
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