PSD quer limitar salários dos gestores da CGD
Sociais democratas querem repor obrigações de transparência na Caixa, a exemplo do que acontece com outros gestores públicos.
O PSD está a preparar uma iniciativa legislativa com o objetivo de repor limites aos salários de gestores na Caixa Geral de Depósitos e que corrija a lacuna que existe na lei atual que permite que os novos administradores do banco público não apresentem declarações de rendimentos ao Tribunal Constitucional, à Inspeção Geral de Finanças e à PGR. A notícia está a ser avançada pelo Expresso que cita fonte autorizada da bancada parlamentar do PSD.
O PSD entende que a obrigatoriedade de declaração de rendimentos, património e interesses aplicáveis aos gestores públicos devem estender-se a António Domingues e à sua equipa. A iniciativa do PSD deverá estender-se também ao vencimento da nova administração da CGD.
O governo alterou em Julho o decreto lei que visa os gestores públicos da obrigatoriedade de apresentarem três declarações (Tribunal Constitucional, Inspeção Geral de Finanças e PGR) tendo ao abrigo dessa alteração deixado de fora os administradores do banco público. Um regime de exceção que o PSD quer ver agora corrigido.
A notícia surge no seguimento da denúncia feita por Marques Mendes no seu comentário habitual na SIC, ao invocar o tratamento excecional que a lei concede à nova administração da Caixa e depois da acesa troca de palavras entre o líder do PSD, Pedro Passos Coelho e António Domingues.
O ex-primeiro Ministro acusa António Domingues de ter tido acesso a informação privilegiada, tendo com essa informação realizado o plano de capitalização da CGD ainda antes de tomar posse. António Domingues, por seu turno, acusa Passos Coelho de estar a faltar à verdade e afirma que foi usada apenas informação pública.
O salário do novo presidente da Caixa, de 423 mil euros, está a gerar polémica desde que Mário Centeno o revelou no parlamento. A atual administração do banco público irá ganhar mais do dobro da que auferia a administração presidida por José de Matos.
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