Lucro dos CTT cai 9% para 46 milhões até setembro
Sem o banco postal, Correios teriam registado subida dos resultados em mais de 10%. Administração mantém dividendo 0,48 euros.
Os CTT registaram uma diminuição do lucro em 9,1% até aos 46 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. O desempenho foi afetado pelo banco postal. Excluindo o Banco CTT, o lucro foi de 62,5 milhões de euros, mais 11,1% face ao mesmo período do ano passado.
No reporte de contas consolidadas enviado ao mercado, os CTT reafirmam ainda da intenção da administração liderada por Francisco Lacerda de propor “aos acionistas o pagamento de um dividendo de 48 cêntimos por ação (um crescimento de 2,1% face a 2015) relativo ao exercício de 2016, a pagar em 2017, consistente com a sua política de dividendos”.
A empresa de serviço e banco postal assume que “o desenvolvimento do Banco CTT terá um impacto negativo nos resultados dos CTT nos primeiros anos de atividade. Contudo, dada a elevada liquidez do balanço dos CTT e a capacidade de gerar cash flow, não se estima que esse impacto se venha a refletir na capacidade de pagar um dividendo de acordo com a política definida”.
"O desenvolvimento do Banco CTT terá um impacto negativo nos resultados dos CTT nos primeiros anos de atividade. Contudo, dada a elevada liquidez do balanço dos CTT e a capacidade de gerar cash flow, não se estima que esse impacto se venha a refletir na capacidade de pagar um dividendo de acordo com a política definida.”
Nos primeiros três trimestres, os CTT viram as suas receitas caírem 3,6% até aos 518,8 milhões de euros, com o EBITDA — lucro antes de impostos, depreciações e amortizações — a recuar quase 15% para 85,9 milhões de euros. Sem contar com o banco postal, o EBITDA teria cedido 2,5% para 102,4 milhões de euros.
Em relação ao Banco CTT, de resto, apresentou receitas de 271 mil de euros e gastos de 18,8 milhões de euros, o que contribuiu para um EBITDA negativo em 18,5 milhões de euros, “genericamente em linha com o que estava previsto.
Quanto à força de trabalho, os CTT tinham 12.324 trabalhadores no final de setembro, o que corresponde a um aumento de 0,7% face ao mesmo período do ano passado. “Verificou-se uma redução de 71 efetivos do quadro e um aumento de 123 contratados a termo”, diz a empresa.
As ações dos CTT recuam mais de 30% este ano, cotando nos 6,105 euros.
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