Quer financiar uma startup de oncologia? A OncoStats precisa de 250 mil euros
A OncoStats permite que as informações clínicas dos pacientes oncológicos sejam registadas de forma sistemática e estruturada. Quer lançar-se no Brasil, Reino Unido, Alemanha e Suíça.
A OncoStats, startup portuguesa que pretende mudar a forma como se pratica oncologia, quer financiar-se em 250 mil euros. Para isso, lançou, esta quarta-feira, uma operação de venda de ações na Seedrs, tornando-se na primeira empresa portuguesa do setor da saúde a recorrer à maior plataforma de equity crowdfunding europeia.
Avaliada em 2,25 milhões de euros, a OncoStats vai colocar no mercado 10% do seu capital, detalha a empresa, em comunicado. O valor angariado servirá para criar uma equipa a tempo inteiro para o desenvolvimento e internacionalização da OncoStats. A empresa quer preencher sete cargos: um gestor executivo, três software developers, um designer, um investigador e um administrativo.
A campanha, lançada esta quarta-feira, atingiu já 27% do objetivo e estará ativa durante os próximos 60 dias.
Fundada em novembro de 2015, a OncoStats permite que as informações clínicas dos pacientes oncológicos sejam registadas de forma sistemática e estruturada, numa plataforma desenhada por médicos e para médicos. Os pacientes também podem comunicar informações e efeitos secundários durante os tratamentos ambulatórios com as equipas clínicas, através de uma aplicação móvel.
Isto permite economizar tempo no registo e produção de relatórios, melhorar a qualidade da informação clínica e reduzir a probabilidade de erro médico.
Miguel Borges, CEO e um dos três cofundadores da startup, explica que a nova equipa será responsável “pelo amadurecer da plataforma, pela expansão a outros tipos de cancro e a sua instalação em diversos hospitais portugueses“. Neste momento, as ferramentas da OncoStats estão disponíveis para o cancro da mama.
“Portugal é a nossa rampa de lançamento para o mundo, mas, por outro lado, é esta mesma equipa que vai iniciar a estratégia de internacionalização no Brasil e em três mercados europeus — Reino Unido, Alemanha e Suíça“, adianta ainda Miguel Borges.
Já Filipe Portela, diretor de desenvolvimento de negócios da Seedrs, diz esperar que este seja “mais um caso de sucesso e abra portas a outras empresas do setor”.
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