Passos Coelho: críticas à CGD não param com Macedo
O líder do PSD não vai parar as críticas ao processo de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos por causa do novo presidente executivo ter sido ministro no seu Governo.
Paulo Macedo, ex-ministro da Saúde, é uma pessoa “muito sensata”, que não vai fazer revoluções. A avaliação é de Pedro Passos Coelho que, no entanto, alerta que não se sente condicionado por essa escolha do Governo. As críticas em relação à Caixa Geral de Depósitos, em específico aos salários, são para continuar.
“Não sei se era essa intenção: ir buscar um ex-ministro meu para que o PSD deixasse de fazer observações sobre a Caixa…“, começou o líder da oposição, revelando logo de seguida que a nomeação de Paulo Macedo não impede o ex-primeiro-ministro de criticar, por exemplo, as remunerações da administração da CGD.
Apesar de reconhecer que não existe um “sistema que seja perfeito”, Passos Coelho argumenta que “as pessoas quando são contratadas não têm um preço de tabela, dependem do que representam no mercado”. E, por isso, deverá ser o preço de mercado, uma média dos últimos três anos, a ditar o futuro salário do gestor público em causa. Essa é a proposta que regressa à Assembleia da República esta terça-feira pela mão do Partido Social Democrata.
"As pessoas quando são contratadas não têm um preço de tabela, dependem do que representam no mercado.”
O líder da oposição sinaliza até que “o sistema pode ser melhorado” com a criação de duplos limites. “O limite do mercado e um limite estabelecido por um múltiplo das funções entre a própria instituição”, acrescentou Pedro Passos Coelho. No entanto, o líder do PSD ressalva que esta última opção pode levar a administração a fazer aumentos para justificar os seus salários, pelo que seria uma solução com perigos.
E Paulo Macedo deve ganhar o mesmo salário de António Domingues? “Julgo que não”, respondeu o líder do Partido Social Democrata, acrescentando que com a regra que o PSD quer que regresse o ex-ministro iria ganhar “muitíssimo menos”. Passos Coelho argumenta que “o Estado devia dar o exemplo de parcimónia do tratamento de dinheiros públicos” uma vez que vai meter dinheiro dos contribuintes na CGD.
Editado por Mónica Silvares
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