Certificados de aforro voltam a perder dinheiro
Os certificados de aforro voltaram a perder dinheiro. Em novembro, o volume de resgates superou as novas subscrições, levando à saída efetiva de dinheiro destes títulos. Os CTPM atraíram 237 milhões.
Os certificados de aforro estão novamente a perder dinheiro. Depois de um período de captação de recursos à custa do prémio extraordinário, os resgates voltaram a estes títulos de dívida destinados a pequenos investidores ao contrário dos Certificados do Tesouro Poupança Mais que continuam a captar mais de 200 milhões de euros por mês.
“O saldo de certificados de aforro diminuiu em 15 milhões de euros“, diz a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP). Foram registadas, em novembro, 52 milhões de euros em novas subscrições destes títulos, mas os resgates foram superiores: 67 milhões de euros, atirando novamente os certificados para um saldo negativo.
Com a introdução do prémio provisório de 2,75 pontos percentuais em 2012, e a suspensão da anterior fórmula de remuneração, gradualmente os portugueses foram regressando aos certificados de aforro, mas os resgates voltam agora a tomar conta deste produto. Para este saldo negativo terá pesado o início da retirada de dinheiro em antecipação ao fim do prémio aplicado à Série C, cujas subscrições terminaram em janeiro de 2015.
No final de dezembro, estes certificados da Série C deixam de contar com a bonificação, ficando a taxa dependente da Euribor a três meses, tal como acontece com os títulos da Série D, a que está atualmente em comercialização. Qual é o juro? 0,687%. Só não é tão baixo porque quem tem estes títulos da Série C já conta com os prémios de permanência que puxam pela remuneração. Ainda assim, haverá investidores que preferem resgatar.
Mais concorrência
Ao mesmo tempo que os certificados de aforro voltam a perder dinheiro, os Certificados do Tesouro Poupança Mais continuam a captar recursos das famílias. Em novembro, de acordo com o IGCP, entraram 237 milhões de euros, em termos líquidos. Um valor ligeiramente superior aos 225 milhões registados em outubro. Isto num mês em que decorreu mais uma emissão de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável.
“Verificou-se um aumento do saldo de OTRV, em resultado do lançamento da OTRV NOV2021, no montante de 1.500 milhões de euros”, diz o IGCP. A terceira emissão destas obrigações para o retalho decorreu entre 14 e 25 de novembro, registando-se uma elevada procura. Mais de 90 mil investidores colocaram ordens num montante superior a dois mil milhões de euros.
(Notícia atualizada às 12h03 com mais informação sobre os produtos do Estado)
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