BCP pode antecipar para julho o fim dos cortes salariais
Se o BCP reembolsar todos os CoCo's até julho, os cortes nos salários dos funcionários podem ser levantados nessa data. É o novo acordo de trabalho do BCP. E também o há no Montepio.
A partir de julho de 2017, os trabalhadores do Banco Comercial Português (BCP) passarão a receber o salário na totalidade, sem cortes. É seis meses antes do previsto, refere o Jornal de Negócios, que cita informação da Febase.
No entanto, a medida só avançará se todos os 750 milhões de euros em CoCo’s forem reembolsados ao Estado até essa data. A decisão resultou da negociação entre o banco e a federação, que culminou com a assinatura de uma revisão do Acordo Coletivo de Trabalho pelo Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas e pelo Sindicato dos Bancários do Centro.
Os cortes salariais entre 3% e 11%, atualmente em vigor, aplicam-se aos funcionários que, a partir de 2014, estejam a receber mais de mil euros mensais, explica o jornal. Mantinham-se até um ano depois do reembolso de todas as obrigações convertíveis de capital contingente ao Estado, prevista para 2017. Com a entrada dos chineses da Fosun no capital, o banco espera fazê-lo ainda no primeiro semestre do ano.
A Febase avança, em comunicado, que “as promoções passam a ser por mérito e a ter de abranger, anualmente, 16% dos trabalhadores entre os níveis cinco e nove, assegurando, em consequência, a subida do nível salarial”. É, para a federação, “um acordo que permite manter a estabilidade social e o nível de empregabilidade dentro do Grupo BCP”.
Também há acordo no Montepio
À redação do ECO chegou ainda outro comunicado da Febase, que confirma a assinatura de um Acordo Coletivo de Trabalho entre a Caixa Económica Montepio Geral e o Sindicato dos Bancários do Norte, o Sindicato dos Bancários do Centro e o Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas. Abrange não só o Montepio Geral como também o Montepio Valor e o Montepio Crédito.
“O acordo agora firmado traduz o empenho, esforço e responsabilidade de todas as partes, o que permitiu construir uma plataforma de entendimento que melhor defende a manutenção de postos de trabalho, os interesses dos trabalhadores e da instituição”, sublinha a federação.
“Consideramos que se trata de um Contrato Coletivo de Trabalho equilibrado, que reúne práticas já existentes na nossa instituição, às quais damos a força de regulamentação, com novos benefícios e práticas de gestão que valorizam os colaboradores e o seu desenvolvimento profissional, prevendo um conjunto de benefícios sociais impar no setor”, afirmou José Félix Morgado, presidente do banco.
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