Wall Street, em máximos históricos, fecha mais cedo — e com ganhos

Sessão marcada por baixo volume de transações no dia após o feriado de Ação de Graças. Ainda assim, houve ganhos e os três índices estão em máximos de sempre, avançando pela quarta sessão consecutiva.

Wall Street fechou as negociações mais cedo esta sexta-feira, numa sessão marcada pelo baixo volume de transações que, ainda assim, foi de ganhos. O closing bell tocou à uma da tarde em Nova Iorque, seis da tarde em Lisboa, numa altura em que os investidores regressam aos mercados após o feriado do Dia de Ação de Graças.

O índice de referência mundial S&P 500 fechou em terreno positivo pela quarta sessão consecutiva, com ganhos de 0,39%, situando-se agora nos 2.213 pontos. Já o industrial Dow Jones avançou também pela quarta sessão consecutiva com uma valorização de 0,36% e o tecnológico Nasdaq fechou a subir 0,34% em relação à sessão anterior de quarta-feira. Todos os três principais índices estão em máximos históricos, tendência que se tem mantido desde a eleição de Donald Trump para Presidente dos Estados Unidos da América.

As operadoras de telecomunicações e as empresas de utilities lideraram os ganhos, de acordo com a Bloomberg. Em média, as utilities valorizaram 1,4% nesta sessão, enquanto as operadoras avançaram uma média de 1,05%.

Em contrapartida, as energéticas foram as únicas penalizadas pela acentuada queda nos preços do petróleo, que atingiu os três pontos percentuais esta sexta-feira – o barril tem negociado abaixo da linha dos 50 dólares e há poucas esperanças de que o cartel dos países produtores chegue a um acordo para cortar na produção. Em média, os títulos das energéticas caíram 0,4%.

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Bolsas fintam queda do petróleo

  • Rita Atalaia
  • 25 Novembro 2016

O ceticismo em torno de um acordo da OPEP arrastou o petróleo para quedas acentuadas. Mas esta descida não contagiou as praças na Europa e nos EUA. No PSI-20, as papeleiras voltaram a brilhar.

O petróleo voltou a afundar. Os preços da matéria-prima foram pressionados pelo ceticismo dos investidores quanto a um acordo da OPEP na próxima semana. Mas esta descida não foi suficiente para arrastar as bolsas na Europa e nos EUA para o vermelho. Este otimismo também contagiou a bolsa nacional, com as papeleiras a voltarem a ser as estrelas da sessão.

 

 

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“Nunca defendi um modelo de substituir exportações por procura interna”

Numa entrevista à agência Lusa em que fez um balanço de um ano de Governo, que se assinala este sábado, António Costa explica o que quer para economia.

O primeiro-ministro nega ter preconizado um modelo de substituição das exportações pela procura interna, coloca no segundo semestre de 2015 uma queda no crescimento e admite que algum endividamento informal retardou o aumento do consumo pelas famílias.

Estas posições foram assumidas por António Costa numa entrevista à agência Lusa em que fez um balanço de um ano de Governo, que se assinala no sábado.

“Após um ano podemos dizer que não só que cumprimos aquilo que prometemos, como há resultados que demonstram que a opção foi certa”, defendeu o líder do executivo.

Na entrevista, António Costa sustentou que o país já “inverteu o ciclo descendente” no crescimento económico que vinha do segundo semestre de 2015, que as exportações e o investimento têm vindo a aumentar “e, mais importante do que tudo, o desemprego tem vindo a cair”.

“Temos mais 90 mil empregos do que há um ano e foi possível encontrar uma solução que ofereceu ao país estabilidade política e social e que nos vai permitir ter, ainda por cima, o melhor exercício de consolidação orçamental dos últimos 42 anos. Se estivéssemos no final do mandato, poderíamos fazer um balanço francamente positivo, mas estamos só no primeiro de quatro anos de mandato”, advertiu.

Interrogado sobre as razões que justificam um crescimento bem mais baixo em 2016 do que inicialmente foi estimado pelo PS, o primeiro-ministro alegou que o cenário macroeconómico dos socialistas “foi feito no primeiro trimestre de 2015, quando o país registava um crescimento significativo”.

“Ao contrário do que era previsível, esse crescimento não prosseguiu e no segundo semestre de 2015 a economia portuguesa afundou abruptamente. O que mudou não foram as nossas previsões mas, antes, de forma abrupta, a realidade no segundo semestre de 2015 por motivos que têm a ver com a fase final do Governo anterior”, alegou.

Agora, segundo o primeiro-ministro, “o crescimento tem vindo a acelerar, com o segundo semestre deste ano a ser melhor do que o primeiro e o terceiro a ser melhor do que o segundo”. “E tenho confiança que este quarto trimestre será melhor do que o terceiro“, advogou.

Questionado se a aposta do seu Governo na evolução do consumo interno como motor da economia não ficou aquém das estimativas iniciais, o líder do executivo afirmou que, “ao contrário do que a direita dizia”, nunca defendeu um modelo de substituir as exportações pela procura interna.

Não é possível manter cortes de pensões e de vencimentos para além do que foi o período extraordinário da ‘troika’

António Costa

“Tínhamos sim uma prioridade definida que era a reposição do rendimento das famílias e a razão fundamental, em primeiro lugar, teve a ver com a dignidade. O trabalho deve ser dignamente remunerado, os direitos dos pensionistas devem ser respeitados – e o Tribunal Constitucional aliás disse-o claramente. Não é possível manter cortes de pensões e de vencimentos para além do que foi o período extraordinário [da ‘troika’]”, vincou.

António Costa considerou depois “extraordinário que agora a direita diga que o país está a crescer, mas não com base na procura interna“.

“Pergunto o seguinte: A procura interna seria maior atualmente se este Governo não tivesse reposto os vencimentos e as pensões e se não se tivesse reduzido a carga fiscal? Temos vindo a crescer com uma ação combinada com o aumento das exportações – exportações que a direita dizia que iam deixar de existir porque íamos dar cabo da competitividade, mas, afinal, já sabemos que estão a subir acima de 6% ao longo de todo este ano, mesmo com quebras significativas em mercados tão importantes como o angolano ou brasileiro”, declarou.

Neste ponto, o primeiro-ministro aproveitou para elogiar a “enorme capacidade” das empresas nacionais de diversificarem os mercados para onde exportam, registando-se mesmo “um excelente desempenho nos mercados mais exigentes”.

“Com exceção da Alemanha, aumentámos as exportações para todos os países europeus e para os Estados Unidos. Por outro lado, o investimento, ao contrário do que foi dito, tem vindo a aumentar – mais 6,6% no primeiro semestre deste ano”, referiu.

Já sobre a evolução do consumo interno, António Costa admitiu que as medidas de reposição de rendimentos e de redução da sobretaxa de IRS poderão não se ter traduzido imediatamente num aumento da procura interna.

Certamente, muitas famílias tinham sistemas de endividamento informal que aproveitaram para ir resolvendo ao longo deste ano“, justificou.

Ainda no que respeita às mudanças na política económica introduzidas ao longo do último ano, António Costa disse que a ideia de haver uma alternativa entre exportações e procura interna “só existe para quem teve a ilusão de que se recuperava a competitividade da economia à custa de uma política de baixos salários e de corte de direitos”.

Só existe para quem teve a ilusão de que se recuperava a competitividade da economia à custa de uma política de baixos salários e de corte de direitos

António Costa

“É uma ilusão que espero que tenha sido perdida em definitivo e nós não acreditamos nela. Pelo contrário, consideramos essencial prosseguir uma política de aumento do rendimento disponível das famílias, mas isso não tem a ver só com procura interna. O aumento do rendimento das famílias é um objetivo em si, independentemente de se traduzir ou não em aumento da procura interna“, frisou.

Mais, de acordo com António Costa: “O fundamental é não nos voltarmos a enganar enquanto país sobre qual a estratégia a seguir. Não nos podemos meter em atalhos por via do empobrecimento e diminuição de direitos”, acrescentou.

Costa afirma não sentir necessidade de rever acordo com Bloco de Esquerda

O primeiro-ministro declara não sentir necessidade de rever a declaração conjunta PS/Bloco de Esquerda e rejeita estar bloqueado pelos parceiros de esquerda no ímpeto reformista do Estado social, salientando que recusa, isso sim, as reformas do PSD/CDS-PP.

Esta posição foi assumida por António Costa, depois de confrontado com a intenção da direção do Bloco de Esquerda de proceder a prazo a uma “revisão” e “atualização” da declaração conjunta que assinou no ano passado com o PS – uma ideia que não foi seguida pelo PCP.

Neste ponto, o primeiro-ministro defendeu que o seu horizonte “é de médio prazo e tem como objetivo atacar os bloqueios estruturais que têm estagnado a economia portuguesa desde o princípio do século – uma estratégia que consta na Agenda para a Década e que no essencial está traduzida no Programa Nacional de Reformas”.

“Em segundo lugar, temos o Programa do Governo, que cobre só uma parte da Agenda para a Década, que tem como horizonte apenas esta legislatura, cujo cumprimento se iniciou já numa parte muito significativa. Uma parte importante já está concretizada, mas cerca de um terço do programa do Governo ainda nem sequer se iniciou ao nível de execução”, salientou.
Por isso, na perspetiva de António Costa, as posições conjuntas que o PS assinou com o Bloco de Esquerda, PCP e PEV são só uma parte do programa do Governo“.

Não tenho essa ideia de que está tudo feito, porque temos grandes desafios pela frente e vamos continuar a trabalhar nesse sentido.

António Costa

“São uma parte importantíssima, decisiva, sem a qual o Governo não existiria, mas são só uma parte. Portanto, não tenho essa ideia de que está tudo feito, porque temos grandes desafios pela frente e vamos continuar a trabalhar nesse sentido”, respondeu.

António Costa referiu depois que a sua “carta de navegação é muito simples: Cumprir o programa do Governo, cumprir o Programa Nacional de Reformas e isso seguramente excede o horizonte da legislatura”.

“Portanto, não sinto necessidade de haver nenhuma revisão relativamente a qualquer tipo de acordo. No entanto, se qualquer partido tem alguma proposta a apresentar nesse sentido, não criaremos dificuldades e sentar-nos-emos à mesa, até porque falamos com muita regularidade com o PEV, PCP e Bloco de Esquerda, avaliamos a execução dos compromissos e felizmente todos nos sentimos confortáveis face à forma como nos temos empenhado de boa-fé na execução desses compromissos“, advogou.

Confrontado com o facto de a ideia de esgotamento dos acordos de viabilização do executivo se estender também a vários observadores políticos – e não apenas à direção do Bloco de Esquerda -, o primeiro-ministro apresentou um novo argumento: “Ainda há pouco foi feita a pergunta sobre o salário mínimo nacional, matéria em relação à qual o acordo só fica cumprido em 2019”.

Acham que com os níveis de pobreza do país podemos dar por esgotada a política de correção de rendimentos e de redução das desigualdades?

António Costa

“Acham que com os níveis de pobreza do país podemos dar por esgotada a política de correção de rendimentos e de redução das desigualdades? Infelizmente, estamos muito longe de poder dar por esgotado o nosso programa”, alegou.

Questionado se o PS está bloqueado na sua capacidade de fazer reformas em áreas do Estado social face às posições “conservadoras” do Bloco de Esquerda, PCP e PEV nessas áreas, o primeiro-ministro contrapôs que “o PSD e o CDS-PP chamam reformas à destruição do Serviço Nacional de Saúde e ao fim da escola pública“.

“Pergunto qual é a medida que consta do programa do Governo que não estamos a executar por falta de apoio parlamentar, ou qual é a medida que estamos a executar contra o programa eleitoral do PS? Estamos a executar as reformas, mas as nossas reformas e não as deles [PSD e CDS-PP]”, defendeu.

António Costa advogou em seguida que o seu Governo está a fazer reformas no setor da saúde ao nível dos cuidados continuados, no desenvolvimento das unidades de saúde familiares, com o objetivo de cobrir toda a população portuguesa com médicos de família.

Já na educação, apontou como exemplos a generalização da educação pré-escolar até aos três anos e o investimento na escola pública (em vias da multiplicação dos contratos de associação).

Estamos a fazer as reformas que consideramos essenciais para o país, aquelas que fortalecem os serviços públicos, que são essenciais para que haja uma rede de solidariedade, sem a qual o país não conseguirá ter uma sociedade decente”, acrescentou.

Costa aberto a acordo de concertação social que melhore a evolução do salário mínimo

O primeiro-ministro afirma que o Governo vai propor que o salário mínimo aumente para 557 euros em 2017, mas está aberto a que, em concertação social, se encontre um acordo que ainda “melhore” a sua evolução até 2019.

Na entrevista que concedeu à agência Lusa, António Costa rejeita por outro lado que possa violar o que está inscrito na declaração conjunta PS/Bloco de Esquerda caso haja um acordo em concertação social com valores diferentes sobre a evolução do salário mínimo nacional até ao final da legislatura.

“O programa do Governo é claro sobre qual o montante a propor na concertação social em relação ao aumento do salário mínimo nacional, tendo em vista alcançar o objetivo de haver um salário mínimo de 600 euros em 2019. Para o próximo ano, o Governo proporá que seja de 557 euros“, declarou o primeiro-ministro.

Neste ponto, o líder do executivo salientou como princípio que o salário mínimo “é fixado pelo Governo”, embora se deseje que tal possa ser concretizado com base em concertação social.

“E desejamos até que possa haver um acordo de médio prazo que fixe uma trajetória de evolução do salário mínimo nacional. Se os parceiros sociais acordarem um outro aumento, com uma trajetória de evolução que permita ir mais longe do que os 600 euros em 2019 e mais longe do que os 557 euros em 2017, qual a razão para o Governo dizer o contrário?“, questionou António Costa.

Interrogado se o Governo poderá estar a violar um dos princípios da declaração conjunta PS/Bloco de Esquerda caso aceite em concertação social aumentos faseados (não necessariamente com vigência a partir de 1 de janeiro) e com uma evolução diferente ao nível de montantes até 2019, o primeiro-ministro afastou qualquer problema nesse nível político.

A declaração conjunta com o Bloco de Esquerda está transcrita no programa do Governo.

António Costa

“A declaração conjunta com o Bloco de Esquerda está transcrita no programa do Governo. Diz que o Governo proporá em concertação social que a atualização do salário mínimo nacional seja de 557 euros em 2017, 580 euros em 2018, de forma a atingir os 600 euros em 2019”, vincou António Costa.

Ora, segundo o primeiro-ministro, “é isso que necessariamente o Governo fará e, portanto, não há qualquer contradição”.
Se houver um acordo na concertação que melhore [a evolução do salário mínimo], então excelente, ótimo“, sustentou, antes de deixar um recado indireto a algumas confederações patronais.

“Nesta matéria não há surpresa para ninguém. No ano passado ainda se podia dizer que não havia a expectativa [sobre a evolução do salário mínimo], que estávamos muito em cima do dia 1 de janeiro e que era preciso alguma ponderação. Desta vez, toda a gente conhece o programa do Governo desde o ano passado”, frisou.

Costa diz que se sentiu mais jovem com a opinião de Sócrates sobre a sua liderança

O primeiro-ministro afirma que se sentiu “mais jovem” depois de ouvir José Sócrates defini-lo como “um líder em formação” e elogia o Presidente da República pelo contributo dado para a existência de um novo clima de serenidade.

“Acho que foi muito generosa. Senti-me muito mais jovem”, declarou António Costa em entrevista à agência Lusa, depois de confrontado com a avaliação que o seu antecessor socialista na chefia do Governo, José Sócrates, fizera sobre a sua liderança no PS e no executivo.

Em entrevista recente à TVI, a propósito do lançamento do livro “O Dom Profano – Considerações sobre o Carisma”, a jornalista Judite de Sousa perguntou a José Sócrates como definia a liderança de António Costa.

“António Costa é um líder em formação. É primeiro-ministro há pouco tempo”, disse então José Sócrates. Nesta entrevista à agência Lusa, António Costa foi ainda questionado sobre a atuação do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e considerou não ter “a menor razão de queixa”.

“Os dois presidentes da República [Cavaco Silva e Marcelo Rebelo de Sousa] com quem trabalhei ao longo deste ano, cada um com o seu estilo, tiveram uma relação sempre institucionalmente correta com o Governo. E o atual Presidente da República tem dado um contributo muito positivo para o novo clima que hoje se respira no país – um clima de tranquilidade, normalidade e serenidade na forma como as pessoas, as empresas e as instituições encaram pacificamente o futuro”, sustentou.
De acordo com o primeiro-ministro, esse “contributo” até agora dado por Marcelo Rebelo de Sousa “é indiscutivelmente positivo”.

“E digo isto com à-vontade de não ter sido o meu candidato presidencial”, completou.

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E por falar em empreendedorismo. Gostava de saber mais sobre Cynatura?

  • ECO + Santander Totta
  • 25 Novembro 2016

O Banco Santander Totta apoia o Poliempreende - Projetos de Vocação Empresarial, sendo o patrocinador do primeiro prémio.

O Cynatura – Design of Nature Solutions based on Cynara with Signature é um projeto que cria e aplica inovação com base no conhecimento multidisciplinar do cardo (Cynara cardunculus L.), considerada uma espécie funcional com vocações e aplicações diversas. Esta ideia surge na sequência da instalação na ESAV de campos de cardo em escala para a produção de flor em quantidade e qualidade para se assegurar a autenticidade e exclusividade do Queijo Serra da Estrela. Neste sentido, surgiu a oportunidade de se obter a baixo custo uma elevada quantidade de biomassa vegetal em fresco e seco, que se constitui como uma oportunidade para o futuro.

Nas diversas vertentes do “Cynatura”, pretende-se promover a valorização alimentar, da saúde e do bem-estar, a sustentabilidade ambiental e a integração social, afirmando o cardo como uma cultura de futuro que se inspira no potencial da biodiversidade e dos recursos genéticos e na valorização social dos recursos humanos.

Em desenvolvimento, encontra-se um conjunto de produtos e conteúdos num planeamento escalonado, que se iniciou com o desenvolvimento e produção de produtos na área da cosmética e saúde (Cosmetics and Healthcare), designadamente um sabonete com propriedades hidratantes, antibacterianas, antifúngicas e esfoliantes, tendo por base extratos, essências e óleo de cardo.

Paralelamente, na área Alimentar e da Nutrição (Food and Nutrition), aprimoram-se produtos gourmet derivados de raiz, pecíolo, folha e sementes de cardo, que aliam a exaltação dos aromas e texturas às características nutracêuticas.

Atualmente, e para se dar cumprimento à missão global do projeto, encontra-se em fase de investigação para o desenvolvimento de produtos inovadores na área da proteção de plantas e biocidas (Plant Protection and Biocides) e dos óleos, essências e energia (Oils, Essences and Energy) muito vocacionados para a segurança e sustentabilidade ambiental.

Na 13ª edição do Poliempreende, a equipa do IPV “Cynatura” foi distinguida com uma Menção Honrosa.

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Com a OPEP em desacordo, petróleo cai mais de 3%

Os preços do petróleo estão a derrapar mais de 3% nos mercados internacionais. O barril negoceia-se abaixo dos 50 dólares por barril, numa altura em que um acordo da OPEP parece cada vez mais longe.

O preço do petróleo nos mercados internacionais continua a cair e está abaixo da linha dos 50 dólares, numa altura em que volta a haver dúvidas de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) chegue a um acordo para cortar na produção da matéria-prima. Falta menos de uma semana para a reunião do cartel, que deverá acontecer a 30 de novembro, em Viena (Áustria).

Neste contexto, e face à expectativa, as quedas no preço do petróleo ultrapassam os três pontos percentuais: em Londres, o preço do barril cai 3,24% para 47,41 dólares, enquanto em Nova Iorque, o barril de crude para entrega em janeiro negoceia-se a 46,35 dólares, uma derrapagem de 3,36%. Ainda assim, esta semana, os preços registaram já subidas de aproximadamente 3% e de 2% nos contratos de Brent e WTI, respetivamente. É a segunda semana consecutiva de valorização, apesar das perdas desta quinta-feira.

Preços do petróleo estão a afundar mais de 3%

Fonte: Bloomberg (Valores em dólares)
Fonte: Bloomberg (valores em dólares)

De acordo com a agência Bloomberg, Noureddine Boutarfa, ministro da Energia da Argélia, vai viajar este sábado a Teerão, capital do Irão, numa tentativa de ajudar ajudar a desbloquear um possível acordo na reunião da OPEP da próxima quarta-feira. No entanto, as esperanças têm vindo a esvair-se, depois da Arábia Saudita adiar para segunda-feira as conversações com os produtores fora da organização. Segundo a agência, o cartel ainda não chegou internamente a um acordo sobre como aplicar os cortes na produção, medida que, a verificar-se, fará subir os preços do crude.

Bob Yawger, responsável da Mizuho Securities, disse à Bloomberg que “o mercado está cético quanto a capacidade da OPEP de chegar a um acordo. Já faltam poucos dias para a reunião [dos países produtores] e os preços não estão a ir na direção que os membros da OPEP gostariam. Ainda espero que cheguem a um qualquer acordo fraco, o que fará pouco, mas poderão nem sequer ser capazes de fazer isso”, defendeu.

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PCP e direita aprovam museus gratuitos ao domingo

O PCP contou com a ajuda do PSD e CDS, além do BE, para aprovar uma proposta para repor a gratuitidade dos museus nos domingos e feriados, até às 14h00.

O Partido Comunista Português propôs, o Partido Socialista não queria, mas a direita e o Bloco de Esquerda ajudaram a proposta a ser aprovada. No próximo ano voltará a ser gratuita a entrada nos museus e monumentos nacionais nos domingos e feriados até às 14h00 para todos os cidadãos residentes em território nacional.

“Durante o ano de 2017 o Governo adota as medidas necessárias à reposição da gratuitidade da entrada nos museus e monumentos nacionais nos domingos e feriados até às 14h00 para todos os cidadãos residentes em território nacional”, pode ler-se na proposta dos comunistas que foi aprovada pelo BE, PSD e CDS.

Além disso, a proposta refere que tem de haver uma compensação através do Fundo Fomento Cultural. “Para efeitos do estabelecido no número anterior é garantida aos museus e monumentos nacionais a compensação correspondente às entradas registadas através da reafectação de verbas do Fundo Fomento Cultural”, propõe o PCP.

pcp proposta

Na justificação da proposta, os comunistas escrevem que a cultura é o “pilar do regime democrático e condição para a formação integral do indivíduo, essencial para emancipação individual e coletiva”.

Editado por Pedro Sousa Carvalho

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Já pensou no que vai fazer com o subsídio de Natal?

No Natal, vai gastar mais a comprar prendas. Mas, pelo menos parte do subsídio deve ser poupado. Conheça três formas distintas de aplicar esse dinheiro. E a vantagem de as escolher.

Falta precisamente um mês para o Natal. E está mais do que na hora de começar a comprar os presentes. Se faz parte do grupo de portugueses que recebe o subsídio, sem ser em duodécimos, esta quantia extra que vai entrar na conta até ao final do mês vem mesmo a calhar para fazer face a estas despesas, mas não gaste tudo. Poupe uma parte.

Um estudo do Cetelem revela que 63% dos inquiridos têm a intenção de utilizar o subsídio de Natal para fazer face às despesas habituais da quadra natalícia. Entre os consumidores que utilizam o subsídio de Natal para comprar presentes, a maior parte (32%) tencionava despender uma parte significativa do mesmo, enquanto 23% pensava gastar apenas uma pequena parte. Da totalidade dos que revelaram pretender utilizar o subsídio de Natal, 8% afirmaram ainda que o mesmo não seria suficiente para comprar todos os presentes.

Mas a sabedoria financeira recomenda evitá-lo. Se conseguir, deixe pelo menos uma parcela do subsídio para outro tipo de aplicações. O ECO mostra-lhe três formas distintas de rentabilizar 1.000 euros de subsídio de Natal. Seja através da amortização de dívida, da constituição de poupanças de curto a médio prazo, seja a pensar na reforma. Conheça-as.

1. Tem dívidas? Pague-as, mas não todas

Um dos melhores e primeiros investimentos que pode fazer com o subsídio de Natal é liquidar ou, pelo menos, amortizar uma parte dos créditos que possa ter. Alivia assim na gestão das suas finanças pessoais o fardo resultante do pagamento de juros.

No caso do crédito à habitação, não irá ter grande vantagem em fazer este tipo de abatimentos. Por um lado, o valor do subsídio de Natal tende a ser uma quantia demasiada baixa para que a sua utilização na amortização do crédito à habitação traga vantagens em termos de poupanças. Por outro lado, o nível historicamente baixo das Euribor faz com que também não compense realizar amortizações de empréstimos da casa. Apenas valerá a pena no caso da taxa de juro associada ao empréstimo da casa ser superior àquela que teria caso aplicasse o dinheiro num produto financeiro.

No caso do crédito ao consumo ou dos cartões de crédito, o cenário será contudo bastante distinto, já que as taxas de juro que lhe estão associadas são habitualmente bastante elevadas. Aí já valerá a pena liquidar ou amortizar quantias em dívida. Por exemplo, no caso dos cartões de crédito, as taxas de juro que os bancos cobram por ultrapassagem do prazo de reembolso da quantia emprestada, facilmente os juros cobrados poderão chegar a ultrapassar a fasquia dos 17%. Já no caso do crédito pessoal sem finalidade específica, os custos com juros podem chegar a rondar os 14%.

A título de exemplo, um crédito pessoal de 10 mil euros por um prazo de 60 meses que tenha associada uma taxa de juro na ordem dos 14%, uma amortização de mil euros irá permitir uma poupança de 136 euros no primeiro ano e de cerca de 413 euros ao fim dos 60 meses de vida do crédito.

2. Engorde a poupança a prazo

Ter uma quantia de parte para servir como reserva que possa ser utilizada numa situação de “aperto” financeiro é uma das medidas que os especialistas em finanças pessoais mais aconselham. Se conseguir rentabilizar esse valor ainda melhor. Os depósitos a prazo, que continuam a figurar no topo das preferência dos aforradores, podem ser uma forma de aplicar essa quantia. Contudo, encontrar uma aplicação a prazo com uma taxa atraente, tornou-se uma missão muito difícil. Os bancos estão a remunerar as novas aplicações em depósitos a prazo, à taxa de juro média mais baixa desde pelo menos os últimos 13 anos. Em setembro, os bancos pagaram uma taxa de juro bruta de 0,35%, em média, neste tipo de produtos financeiros.

As melhores taxas de juro estão disponíveis para aplicações de valores mais altos, sendo que para uma poupança de mil euros e um prazo de um ano, apenas um produto consegue remunerar acima de uma taxa bruta de 1%. É o que acontece com o BNI Europa que paga uma taxa de juro de 1,85%, a 12 meses, na subscrição do depósito “BNI Europa”. Em termos práticos, essa aplicação irá permitir um retorno líquido de 13,32 euros, no fim do prazo.

Contudo, na generalidade das instituições o retorno possível é bastante baixo. Entre os restantes produtos do ranking dos cinco depósitos mais rentáveis, não se consegue encontrar, tendo em conta o cenário considerado, aplicações que paguem, em termos brutos, mais de 0,65%.

Depósitos a 12 meses mais rentáveis

Fonte: Proteste Investe (Valores em percentagem; *TANB média)
Fonte: Proteste Investe (Valores em percentagem; *TANB média; cenário de aplicação de 1.000 euros)

Outra opção de baixo risco para aplicar o valor do subsídio de Natal serão os produtos de poupança do Estado. Mais em concreto, os Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM). Mil euros é precisamente a quantia mínima para poder investir neste produto, sendo que o seu principal inconveniente é o facto de não poder resgatar o dinheiro durante o primeiro ano de aplicação.

Já em termos de retorno, se o objetivo for uma aplicação por um prazo de apenas 12 meses, o depósito a prazo do BNI Europa oferece um retorno mais atrativo, mas irá implicar provavelmente uma mudança de banco. Ao final do primeiro ano, a remuneração bruta dos CTPM é de 1,25%. Ou seja, inferior à do depósito referido acima. Mas, caso o aforrador esteja disponível para manter o dinheiro até ao prazo final de aplicação, aí os CTPM já serão mais compensadores face à generalidade dos depósitos a prazo, para o mesmo prazo: cinco anos.

Os CTPM são remunerados a taxas crescentes. São de 1,25% no primeiro ano, 1,75% no segundo, 2,25% no terceiro, 2,75% no quarto ano e 3,25% no quinto ano. Ou seja, apontam para uma taxa de juro bruta média de 2,25% ao final dos cinco anos. Todavia, caso a economia portuguesa apresente um crescimento real no quarto e no quinto ano após a subscrição, é acrescentado um prémio aos juros desses períodos. Aplicar mil euros em CTPM irá, assim, render no mínimo 100,8 euros, em termos líquidos.

3. Pense já no futuro

Outra das formas para rentabilizar o subsídio de Natal é investi-lo a pensar no futuro. Ou seja, aplicá-lo num plano poupança reforma (PPR). Tendo em conta a crise demográfica que se vive em Portugal e a alteração à fórmula de cálculo do valor da reforma que significa que esta será cada vez mais baixa, usar o valor do subsídio para aplicar num PPR poderá ser uma boa solução. Essa aposta poderá ser feita através de fundos PPR ou dos PPR sob a forma de seguro.

No caso dos fundos PPR, que são disponibilizados pelas gestoras de ativos, é possível escolher um produto adaptado ao perfil de risco do aforrador. Estes produtos são segmentados por níveis diferentes de risco, consoante o grau de exposição ao investimento em ações.

Um aforrador que esteja mais próximo da idade da reforma, à partida, terá vantagens em optar por um fundo de investimento PPR com um grau de risco mais baixo, tendo em conta que nessa fase é aconselhado a evitar perdas. Já se o aforrador for mais jovem e estiver disposto a assumir um grau de risco mais elevado, a opção por um fundo PPR mais agressivo poderá ser vantajosa, porque tem um espaço temporal para compensar eventuais perdas que possa sofrer.

Fundos PPR mais rentáveis

Fonte: APFIPP (Dados de 18 de novembro de 2016)
Fonte: APFIPP (Dados de 18 de novembro de 2016)

Os últimos dados da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP) mostram que existem três fundos PPR que este ano apresentam um retorno superior a 2%. O topo dos retornos mostra dois produtos do Bankinter: o Bankinter PPR Life Path Income, que em 2016 apresenta uma remuneração de 2,11%, e o Bankinter PPR Ações Life Path 2025, cuja remuneração no mesmo prazo é de 1,49%.

na modalidade de seguros, entre os mais rentáveis no último ano, há dois PPR a apresentar uma rentabilidade bruta no último ano acima de 5%: o Leve DUO da Fidelidade e o PPR-PSN da PSN Mutua de Seguros. No top 5 encontramos ainda PPR com taxas acima de 3%. Mas estas são rendibilidades passadas. Tenha em atenção que as taxas atuais são bastante mais baixas.

Seguros PPR mais rentáveis

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Fonte ASF; Dados a 31 de dezembro de 2015

Para além da vantagem de ajudar a fomentar a poupança para a reforma, a subscrição ou reforço de um PPR ainda este ano apresenta benefícios fiscais. É possível deduzir no IRS de 2016 a declarar em 2017, 20% das contribuições realizadas este ano. No caso de indivíduos com menos de 35 anos essa dedução tem um limite de 400 euros, entre os 35 e os 50 anos, o limite são 350 euros, enquanto para idades acima de 50 ano, o limite é de 300 euros. Ou seja, assumindo um aforrador que aplique mil euros num PPR irá ver deduzidos 200 euros no global das deduções à coleta.

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PSI-20 aguenta-se no verde numa sessão sem direção

  • Rita Atalaia
  • 25 Novembro 2016

PSI-20 aguenta-se no verde numa sessão sem direção. Depois de tocar o verde e o vermelho durante a sessão, a bolsa nacional conseguiu encerrar em alta. E novamente graças às papeleiras.

A bolsa nacional andou à deriva na última sessão da semana. Depois de andar no verde e no vermelho, o PSI-20 conseguiu encerrar em alta, numa sessão marcada pelo fraco volume de negociação. O feriado do dia de Ação de Graças nos EUA diminuiu ontem as apostas e hoje não foi diferente. Os mercados norte-americanos vão encerrar mais cedo.

O PSI-20 encerrou em alta de 0,4% para 4.461,89 pontos, acompanhando o otimismo nas principais praças europeias. Apesar de ter fechado no verde, a bolsa nacional oscilou entre ganhos e perdas, numa sessão onde o volume de negociação foi fraco. Os investidores estiveram ontem ausentes do mercado devido ao feriado do dia de Ação de Graças. Mas hoje também houve menos apostas, já que o mercado vai encerrar mais cedo.

Entre as cotadas que mais impulsionaram, as papeleiras continuam a brilhar. A Altri subiu 3,4% para 3,67 euros, enquanto a Navigator disparou 2,5% para 2,93 euros e a Semapa ganhou 1,7% para 12,38 euros. As empresas ligadas ao papel continuam a beneficiar da tendência de descida do euro face ao dólar. Face à moeda única, a paridade está cada vez perto no horizonte. Cada dólar está a negociar esta sexta-feira nos 0,91 euros (um euro está a valer 1,06 dólares), depois de uma valorização de 2,31% ao longo do mês. É a subida mais forte registada desde maio.

Destaque ainda para a Mota-Engil, que recuperou de uma série de sessões em queda. A construtora registou uma subida de quase 2%. A Jerónimo Martins também conseguiu avançar e suportar os ganhos.

Do outro lado da balança, a Galp Energia caiu 0,9% para 12,64 euros, reagindo ao desabamento dos preços do petróleo. O barril do Brent, negociado em Londres, afundava mais de 3%.

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Como a cultura de compliance pode salvar a sua empresa

  • Marta Santos Silva
  • 25 Novembro 2016

Não basta ter um código de conduta, é preciso exercê-lo. Caso contrário, a organização arrisca-se a ser o "idiota útil", diz António Cluny, o procurador português na Eurojust.

Todas as empresas devem ter um código de conduta que deixe claras as práticas que são aceitáveis — é um passo essencial para evitar problemas mais tarde e para proteger o prestígio na sociedade. Mas sabia que o código de conduta não é suficiente? Para melhor proteger a sua empresa há mais passos a tomar para criar uma verdadeira cultura de compliance.

O que é compliance? A palavra inglesa, que significa “cumprir com” determinadas instruções, usa-se para representar uma procura ativa de cumprimento das regulamentações aplicáveis, em parte pela via da prevenção. Numa conferência organizada esta sexta-feira pela sociedade de advogados Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva e associados, sublinhou-se a importância de cultivar uma cultura de compliance no seio das empresas.

“Todas as empresas devem ter um código de conduta”, afirmou António Cluny, procurador português no Eurojust. Mas não se pode ficar por aí. É preciso “um plano de prevenção e contenção de riscos para o negócio”, assim como, numa relação com parceiros comerciais, é necessário “pedir garantias de que não há impedimentos que possam vir a pôr em causa o prestígio da empresa”.

As estratégias servem para a sociedade não se arriscar a ser o “idiota útil, desculpem a expressão”, disse o procurador ao referir-se a um dos casos práticos que serviu de base à discussão sobre corrupção e branqueamento de capitais da conferência. Isto significa que, não tendo uma cultura que incentive a investigação não só dos riscos no interior da empresa mas também os apresentados pelos seus parceiros comerciais nas suas diferentes iniciativas, a empresa fica exposta a problemas mais tarde.

Que características deve ter um programa de compliance?

“A primeira premissa é existência de regras”, começou por explicar o advogado da sociedade Morais Leitão, Duarte Santana Lopes. A cultura de compliance cria-se à volta dessas regras. O advogado delineou alguns dos principais componentes para a sua criação:

  1. Fazer uma análise dos riscos — sejam eles os riscos do setor de atividade em que a organização está inserida, seja do país onde opera. Importa também conhecer os riscos apresentados pelos parceiros da organização.
  2. Elaboração de um código de conduta… e não só — é necessário acompanhar o código de conduta de procedimentos de decisão transparentes e da adesão expressa dos funcionários ao código de conduta criado, havendo mecanismos de responsabilização quando este não é cumprido.
  3. Criação de tarefas específicas para promover a compliance — muitas empresas já têm apostado na contratação de um compliance officer, cujo trabalho é especificamente tentar prever e prevenir a tomada de riscos que venham a violar as regulamentações. Devem ainda ser promovidas investigações externas à organização.
  4. Formação regular — os funcionários devem ter acesso a formações frequentes para manter presentes as regulamentações do código de conduta e as práticas de compliance na organização.
  5. Divulgação pública dos códigos de conduta — não basta fazer, é preciso mostrar que se faz. A organização deve ter o cuidado de comunicar as suas práticas de compliance de forma a reforçar a sua reputação e a sua imagem.

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Brexit. Há como voltar atrás?

  • Ana Luísa Alves
  • 25 Novembro 2016

Cinco meses depois da votação que ditou a saída do Reino Unido da União Europeia, o ex-primeiro-ministro Tony Blair diz que ainda é possível voltar atrás.

Quem votou para ficar na União Europeia, ainda tem hipótese de ver a sua vontade satisfeita? O ex-primeiro ministro Tony Blair disse esta manhã ao semanário News Statesman que a saída da União Europeia pode não acontecer se os eleitores decidirem que o medo de abandonar fala mais alto do que os benefícios que esta saída possa trazer.

Há cinco meses, no referendo do Reino Unido para o divórcio da União Europeia o “sim” ganhou. No entanto, Tony Blair comparou o Brexit à “venda de uma casa sem se ter visto aquela para onde se vai”.

“Isto ainda pode ser evitado se os ingleses assim o quiserem”, disse Tony Blair ao semanário News Statesman, citado pela agência Reuters. “Não digo que fiquemos na União Europeia, mas podíamos. Até sabermos o que significa sair como podemos saber se vale a pena?”, acrescentou o ex-primeiro-ministro, que desempenhou funções entre 1997 e 2007.

O resultado do Brexit apanhou muitos CEOs, investidores e o setor bancário de surpresa e a libra registou a maior queda de sempre num dia face ao dólar. A instabilidade financeira é a maior que se vive desde a Segunda Guerra Mundial, e já levou alguns líderes europeus a afirmar que o Reino Unido devia repensar este divórcio.

Segundo a agência Reuters, há sondagens que mostrado que a vontade para a permanência na União Europeia tem aumentado e que alguns dos que votaram “sim” já se arrependeram. No entanto, a primeira-ministra Theresa May sempre afirmou que “o Brexit significa Brexit” e que vai levar a cabo as conversações formais para a saída no fim de março.

“Ela é uma pessoa muito sensível, mas está a entregar o Brexit, e tem de o fazer. De outro modo vai perder o apoio dos meios de comunicação da direita, e abrir mais uma fenda no Partido Conservador”, defendeu Tony Blair ade propósito da posição de Theresa May.

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Via Verde: agora já pode pagar parquímetros com o telemóvel

A Via Verde Estacionar é uma nova app lançada pela Via Verde que permite pagar estacionamento de rua via telemóvel. A aplicação estará disponível a partir de segunda-feira em seis cidades.

A Via Verde acaba de lançar uma app intitulada ‘via verde estacionar’ que permite realizar o pagamento de serviços de estacionamento de rua através do telemóvel.

Disponível, a partir de segunda-feira, numa primeira fase em seis cidades: Porto, Vila Nova de Gaia, Vila Real, Figueira da Foz, Amadora e Portimão este novo serviço da Via Verde deverá cobrir as principais cidades nacionais em 2018.

Pedro Mourisca, administrador delegado da Via Verde adiantou, durante a apresentação que decorreu esta sexta-feira, no Porto, que “o novo serviço tem a vantagem de não serem necessários trocos, parquímetros ou pré-pagamento“.

Mourisca adiantou ainda que o objetivo “é ter todos os clientes [da Via Verde] a utilizar a aplicação”.

Apesar de já existirem algumas aplicações no mercado, a da Via Verde é a única que é extensível a todas as cidades não sendo necessário descarregar mais nenhuma app.

Mas como se processa a operação?

A Via Verde garante que o sistema é simples e seguro. Para utilizar o serviço Via Verde Estacionar é necessário descarregar a aplicação. Em seguida, caso já seja cliente Via Verde e tenha acesso à área reservada do site “A minha Via Verde” apenas terá que fazer o login na app Via Verde Estacionar com os mesmos códigos utilizados no site. Se é cliente mas não efetuou ainda o registo pode registar-se na própria app Via Verde Estacionar.

O novo serviço obriga a que já tenha um contrato com a Via Verde pelo que terá de ter um identificador, porém o carro que vai estacionar não tem de ter identificador, ou seja, pode associar veículos mesmo que não sejam clientes Via Verde, assim como efetuar estacionamentos simultâneos e até pagar o parquímetro de amigos e familiares.

O preço é idêntico ao praticado pelos meios de pagamento tradicionais com a vantagem de possibilitar o pagamento exato do tempo em que estacionou.

Para estacionar o cliente tem que selecionar a opção “Novo estacionamento” e efetuar quatro passos:

  1. escolher o veículo
  2. escolher uma cidade
  3. escolher uma localização
  4. escolher a duração e a quantia

Após fazer estas seleções o utilizador tem de “iniciar o estacionamento”. Com o início é disponibilizado um ecrã com informação sobre o tempo que falta para acabar, a hora a que foi iniciado, a hora a que termina, o custo, o veículo, a cidade e a zona, havendo ainda um botão para prolongar/terminar o estacionamento.

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Wall Street em recorde após Dia de Ação de Graças

Bolsas norte-americanas fecham mais cedo. Ainda assim, após o feriado com o Thanksgiving, investidores mantêm apetite comprador do outro lado do Atlântico.

Depois do feriado norte-americano com o Dia de Ação de Graças, os investidores regressam a Wall Street com algum apetite comprador. A sessão desta sexta-feira é mais curta do que o habitual — bolsas encerram às 13h00, hora de Nova Iorque (18h00 em Lisboa) –, mas nem por isso o mercado perde alento. As ações avança, tocando recordes.

O S&P 500, índice de referência mundial, somava 0,08% 2.204,72 pontos, tendo chegado a recorde. Também o industrial Dow Jones atingiu um novo máximo histórico ao ganhar 0,24%, já o tecnológico Nasdaq somava 0,09%.

A puxar pelas bolsas norte-americanas estão os dados económicos divulgados na quarta-feira que revelam que a maior economia continua robusta: os pedidos de subsídio de desemprego na última semana caíram mais do que o esperado pelos analistas, ao mesmo tempo as encomendas de bens duradouros das empresas também revelam confiança quanto à evolução económica dos EUA.

"As expectativas de que as políticas de Trump serão amigas do crescimento. Os dados macroeconómicos americanos têm sido também robustos. Não creio que vá acontecer muita coisa hoje, tendo em conta que é o dia a seguir ao Dia de Ação de Graças.”

Daniel Murray

EFG Asset Management

E isto numa altura em que os investidores continuam atentos àquilo que poderá ser o plano de Trump para fazer descolar a maior economia do mundo. O próximo inquilino da Casa Branca quer aumentar os gastos públicos em infraestruturas e baixar os impostos sobre as empresas. Neste cenário, o risco de a taxa de inflação acelerar para níveis indesejáveis vai levar a Reserva Federal norte-americana a subir as taxas de juro diretoras já em dezembro. Isso mês sinalizaram os responsáveis do banco central americano nas atas divulgadas esta semana.

“A história que está a impulsionar os mercados é bastante convincente”, referiu Daniel Murray, da EFG Asset Management, à Bloomberg. “As expectativas de que as políticas de Trump serão amigas do crescimento. Os dados macroeconómicos americanos têm sido também robustos. Não creio que vá acontecer muita coisa hoje, tendo em conta que é o dia a seguir ao Dia de Ação de Graças”, acrescentaram.

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